quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tamiflu esgotado em certas farmácias


O medicamento para tratamento da gripe A Tamiflu está esgotado em diversas farmácias e distribuidoras de medicamentos contactadas ontem pelo CM. A Roche, laboratório que produz o Tamiflu, garante que não há motivo para alarme e que a situação ficará normalizada na próxima semana.
As farmácias têm feito pedidos diários para fornecimento do medicamento. "As pessoas estão alarmadas, os pedidos têm sido muito frequentes e as distribuidoras não estão a fornecer Tamiflu", contou ao CM a farmacêutica adjunta Fernanda Borges, na Farmácia Cosmos, em Lisboa, revelando que desde 13 de Julho não têm o medicamento para venda.
Na farmácia Figueiras, também em Lisboa, havia apenas dez caixas de Tamiflu. "Já fizemos pedidos várias vezes, mas, neste momento, está esgotado nos armazenistas", conta ao CM Joaquim Cabrita, director técnico do estabelecimento.
Na distribuidora farmacêutica Plural, que fornece 800 farmácias do País, o Tamiflu está esgotado há mais de duas semanas. "Temos tido pedidos das farmácias, mas, neste momento, não temos o medicamento", disse Paulo Fonseca, director-geral da distribuidora.
Também nas distribuidoras Cofanor e Farcentro nos foi dito que o medicamento está esgotado.
A Roche, através do director de Comunicação João Pereira, garante resolução do problema para a próxima semana.
O laboratório afirma que "houve um aumento na procura do Tamiflu nas últimas semanas". E sublinha que "reduziu a distribuição na última semana, de modo a preservar uma reserva de Tamiflu em stock até à chegada de nova remessa". "Na próxima semana chegará novo stock de Tamiflu, o qual será suficiente para responder a todas as encomendas registadas até este momento", garantiu João Pereira.
Ontem foram detectados mais 17 casos de gripe A no País, registando-se um aumento do número de infectados para 265. CM

terça-feira, 28 de julho de 2009

Versão Final da Carreira de Enfermagem


Última Versão da Nova Carreira de Enfermagem


sábado, 25 de julho de 2009

65% do salário para doentes



As pessoas que tenham de ficar em isolamento devido à gripe A não recebem ordenado nos primeiros três dias, auferindo apenas 65% do salário a partir do quarto dia, o equivalente a baixa médica por doença.
O Governo anunciou ontem que vai equiparar o isolamento devido à gripe A à baixa médica, o que poderá custar 70 milhões de euros à Segurança Social. O número de infectados em Portugal subiu ontem para 198. CM

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Gripe A (pânico porquê)

Enfermagem Pediátrica

Maria Augusta Sousa: Enfermeiros internos


A Ordem dos Enfermeiros, liderada por Maria Augusta de Sousa, congratulou-se ontem com a possibilidade de criação de um internato em enfermagem. CM

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Farmacêutica pode ganhar 1.170 milhões com gripe A


A GlaxoSmithKline (GSK) pode ganhar 1.170 milhões de euros com a vacina que está a produzir contra a Gripe A, segundo noticia o «Cinco Días».A maior farmacêutica britânica tem já garantido vendas no valor de 500 milhões de libras (580 milhões de euros) até Janeiro, mas pode aumentar os ganhos, visto que mais de 50 governos e outras entidades já pediram 195 milhões de doses, sendo que cada uma será vendida a um preço máximo de 6 libras (7 euros). Só o governo britânico encomendou 132 milhões de doses tanto à Glaxo, como à Baxtyer.A farmacêutica investiu 2.312 milhões de euros em investigação e desenvolvimento e na triplicação da produção do antiviral «Relenza» até aos 190 milhões de doses até ao fim do ano.Este vírus tornou-se uma fonte de lucros para a Glaxo, afirmou o CEO do grupo, Andrew Witty: «A gripe A vai ser positiva para os resultados da nossa empresa, mas apenas graças aos esforços que temos realizado. Temos assumido riscos muito importantes durante muito tempo e temos dedicado uma enorme quantidade de recursos a investigações que outros não têm feito».Das vacinas que a GlaxoSmithKline produziu, 50 milhões de doses vão ser doadas à Organização Mundial da Saúde para serem distribuídas nos países pobres. FE

Gestão de risco nos hospitais


Um em cada dez internamentos hospitalares complica-se por um qualquer erro, com dano para os doentes, uma conclusão que levou vários peritos da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo a defenderem a criação de uma estrutura e de uma estratégia explícita de gestão do risco clínico.
A ministra da Saúde considerou, no Porto, que há “velocidades diferentes” na criação de equipas de gestão de risco nos hospitais. CM

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Cursos sem emprego são os que têm mais vagas


Direito e Enfermagem lideram o topo das licenciaturas que têm mais vagas no concurso nacional de acesso ao Ensino Superior que arranca amanhã. Há 4200 vagas para 117 cursos pós-laborais, muitos de engenhariasAs licenciaturas de Direito na Universidade de Lisboa e na Universidade de Coimbra lideram, respectivamente com 450 e 330 lugares, o top dos cursos com mais vagas no concurso nacional de acesso ao Ensino Superior Público, que arranca amanhã. Curiosamente, são dois dos cursos apontados como tendo maior desemprego, num estudo elaborado este ano pelo próprio Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.A seguir a estas duas licenciaturas, no top 5 da lista dos cursos com mais vagas estão as licenciaturas em Enfermagem na Escola Superior de Enfermegam de Coimbra e de Lisboa, respectivamente com 320 e 300 vagas. Uma oferta aparentemente excessiva, tendo em conta as queixas recorrentes de enfermeiros que estão há anos no desemprego.Só em quinto lugar da lista aparece o primeiro curso de Medicina, na Faculdade de Medicina de Lisboa, que este ano vai manter o mesmo número de vagas: 295. Em termos totais, vão ser abertas este ano 1658 vagas para o curso de Medicina, o que corresponde a um aumento de 44 vagas em relação a 2008. Este ano, à semelhança do que se passou na última candidatura, vão ser abertas vagas específicas para estudantes já titulares de uma licenciatura (168 vagas, contra 125 no ano passado) e há a somar também a abertura de um novo curso de Medicina na Universidade do Algarve. São 32 vagas a que podem concorrer licenciados com formação nas áreas fixadas pela universidade.A avaliar pela procura do ano passado, Medicina promete continuar a ser um dos cursos mais procurados e, logo, a bater os recordes das notas de acesso: na candidatura de 2008, a Faculdade de Medicina do Porto liderou as notas mais altas com o último aluno a entrar a apresentar uma média de 18,5 valores. A seguir a Medicina, que detém os primeiros quatro lugares das notas mais altas, aparece Engenharia Biomédica na Universidade do Minho (com 18,1 valores), e só depois Bioengenharia (18%) e Arquitectura (18%) na Universidade do Porto.Este ano, as universidades e politécnicos públicos vão abrir 51918 vagas em 1099 cursos (51352 vagas no concurso nacional e as restantes em concursos locais), o que corresponde a um aumento de 1100 vagas (mais 2%) em relação ao ano passado. E a um crescimento de 11% em relação a 2004: em cinco anos, foram criadas mais 5245 vagas no Ensino Superior universitário e politécnico.Este ano, segundo o Ministério, aumenta de forma "significativa" a oferta de ensino superior para trabalhadores-estudantes: vão ser postas a concurso 4200 vagas para 117 cursos em regime pós-laboral, maioritariamente engenharias, o que significa uma duplicação face a 2007 em que havia apenas 2160 vagas para este efeito. FE

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ordem dos Enfermeiros contra escolas de Enfermagem


A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, acusa as instituições de ensino de Enfermagem de "inadmissível intromissão" no processo de discussão do modelo de acesso à profissão. Em causa estão as críticas feitas pelas escolas de Enfermagem e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos à alteração do estatuto .
A Ordem defende que, depois de finalizar o curso, o aluno deve ser sujeito a um período de exercício profissional tutelado, antes de aceder à profissão, o que os alunos qualificam como 'estágio suplementar'. 'É de formação profissional que se trata', contesta a bastonária. O modelo deverá ser votado na próxima semana no Parlamento. CM

Intoxicações: CIAV recebeu mais de 30 mil chamadas em 2008


O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) recebeu no ano passado mais de 30 mil chamadas sobre possíveis intoxicações.
Os medicamentos são os principais culpados: as crianças não resistem a prová-los, milhares de mulheres consomem doses excessivas propositadamente e os idosos enganam-se nos tratamentos.
"No ano passado recebemos entre 30 e 32 mil chamadas", diz a coordenadora do CIAV, Fátima Rato, justificando a inexactidão dos números com um problema informático que fez desaparecer os dados de 2008.
A responsável admite um aumento residual do número de chamadas, que em 2007 se situou nas 30 mil, mas garante que isso "não significa um acréscimo de intoxicações e que pode ter apenas a ver com uma maior divulgação do serviço".
A partir das 18:00, os telefones do CIAV, instalado na sede do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em Lisboa, começam a tocar com mais insistência. Em 20 por cento dos casos trata-se apenas de pedidos de informação ou colaboração na área de toxicologia. Todos os outros telefonemas relatam situações de exposição a uma substância.
"Quando as pessoas regressam do trabalho e as crianças deixam a escola e chegam a casa começa o pico das chamadas", explica a médica do INEM. Até às onze da noite, o trabalho não pára: quase metade diz respeito a acidentes com crianças.
Em 2007, os técnicos do CIAV atenderam 10 673 crianças até aos 15 anos. "Os miúdos entre um e quatro anos representam 65 a 70 por cento dos casos relatados com crianças", sublinha.
Mas, ao contrário do que acontece com a maioria das crianças, em que a exposição aos produtos é acidental, "mais de 40 por cento das consultas com adultos são devido a intoxicações voluntárias, fundamentalmente por ingestão de medicamentos".
Em 2007, o centro recebeu 4883 telefonemas relatando intoxicações voluntárias. Fátima Rato explica que a maioria diz respeito a mulheres entre os 20 e os 50 anos. "Muitas vezes são encontradas por familiares ou amigos que ligam para o CIAV".
"As intoxicações dos adultos são potencialmente mais graves. Muitas acontecem por vontade própria, por isso, o contacto com o CIAV é feito mais tardiamente. Isso reflete-se também na gravidade da situação".
Em 2007 registaram-se 521 situações graves com adultos e 83 com crianças. Mas a maioria dos telefonemas - cerca de 13 mil - revelou ser pouco grave.
Fátima Rato explica que no caso dos idosos, a maioria das situações diz respeito a erros terapêuticos: os mais velhos têm mais propensão a enganar-se na dose ou na hora de toma dos medicamentos e os acidentes com crianças também não costumam representar muita gravidade, em parte porque "o contacto com o centro é geralmente feito muito precocemente".
A ligação do CIAV ao INEM permite um fácil acesso através do 112, que é automaticamente accionado em caso de necessidade.
Mas a coordenadora diz que na maioria dos casos as pessoas "nem sequer precisam recorrer a qualquer serviço de saúde para receberem indicações, orientações ou tratamento".
"Existem medidas simples que se podem adoptar em casa e são suficientes", garante, lembrando que ligar para o 808 250 143 é sinónimo de "retirar muitas pessoas dos serviços de urgências e das consultas dos centros de saúde, que estão sempre tão congestionadas". Lusa

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Revisão dos Estatutos da Ordem dos Enfermeiros


Decorrente de uma notícia divulgada hoje, 16 de Julho, pelo «Correio da Manhã» - a qual refere o possível adiamento para a próxima legislatura de várias propostas legislativas apresentadas pelo Governo e onde se confunde «carreira de Enfermagem» com a «alteração ao Estatuto», importa esclarecer o seguinte:
A alteração ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros continua em processo legislativo na Assembleia da República, tal como ontem, dia 15, informámos os membros, após reunião com a Comissão Parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública;
Estivemos hoje, de novo, na Assembleia da República, onde confirmámos junto dos responsáveis deste processo que serão realizadas, no dia 21 de Julho, a votação na especialidade e, no dia 23 de Julho, a votação em Plenário - conforme compromisso assumido em audiência e expresso na nossa nota de ontem;
Sabemos que existem tentativas de contra-informação no sentido de procurar confundir e travar o processo. Continuaremos a intervir para que os compromissos assumidos por todos os Grupos Parlamentares sejam concretizados.
Lisboa, 16 de Julho de 2009. OE

Governo aprova verba de 45 milhões de euros para comprar três milhões de vacinas


O Governo aprovou, esta quinta-feira, uma despesa de 45 milhões de euros para aquisição de três milhões de vacinas contra a gripe A, correspondentes a seis milhões de doses. As vacinas deverão estar disponíveis, no prazo máximo, até Janeiro.

«Vamos poder ter capacidade de vacinar gratuitamente todos os grupos considerados de riscos, numa altura em que as vacinas já estejam disponíveis para serem utilizadas», declarou Ana Jorge, no final do Conselho de Ministros. A ministra da Saúde adiantou que, «com segurança», as vacinas só estarão disponíveis em Dezembro ou só no início do Janeiro». «Não sabemos ainda exactamente quando estarão concluídos todos os procedimentos de produção das vacinas, assim como os ensaios clínicos necessários para que seja ministrada em condições de segurança», justificou. Interrogada sobre os custos totais da operação de combate à gripe A, a ministra da Saúde não apresentou uma estimativa, apenas adiantando que «vai custar algum dinheiro». Ana Jorge frisou ainda que, por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), «as vacinas vão ser dadas gratuitamente a todas as pessoas, que terão de fazer duas doses». «Estes três milhões de vacinas vão contemplar todos os grupos de risco e ainda uma margem para poder haver vacinação para outros grupos que forem necessários vacinar. Não haverá necessidade de fazer a vacinação a toda a população, porque é considerado que este grupo é suficiente para conter a propagação da epidemia», sustentou. TSF

Construção do Hospital de Loures avança este ano, diz ARS


A construção do Hospital de Loures vai avançar até ao final deste ano e deverá estar concluída no início de 2012, adiantou hoje à Lusa, fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.
De acordo com a ARS, o processo "encontra-se numa fase de negociação competitiva" onde estão a ser analisadas as propostas do Grupo Espírito Santo Saúde e do Grupo Mello, etapa esta que termina no próximo mês de Setembro com a escolha da melhor proposta.
"Nessa altura, a ARS estará já numa fase final de negociação com o vencedor e poderá ser emitido um despacho governamental dos Ministérios das Finanças e Saúde a autorizar a realização da obra, o que é previsto acontecer até Outubro", adiantou a mesma fonte.
Em Novembro está prevista a assinatura do contrato entre o Estado e o vencedor do concurso, sendo que aí se poderá dar início às obras com previsão de conclusão para o início de 2012.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira, mostrou-se confiante que "desta vez o processo irá avançar" e assegurou que "da parte do município tudo será feito para facilitar o processo", lembrando que a autarquia tem um terreno disponível para acolher o hospital desde 2003. Lusa

Doentes acompanhados nas Urgências


A partir de agora todos os doentes que dêem entrada numa Urgência do Serviço Nacional de Saúde passam a ter direito a um acompanhante, que deve ter "informação adequada e em tempo razoável" sobre o paciente. Segundo a lei nº 33/2009, publicada ontem em Diário da República, o doente deve ser informado desse direito no momento de admissão.
Cabe ao acompanhante comportar-se com "urbanidade", respeitar e acatar as instruções dos profissionais de serviço. Se violar este deveres, pode ser impedido de permanecer junto do doente e ser substituído. De acordo com o documento, os acompanhantes não podem assistir a operações, excepto se forem autorizados pelo médico. CM

Enfermeiros recolhem dez mil assinaturas


Uma petição dos enfermeiros com mais de dez mil assinaturas, que apela a um avanço do processo de reestruturação da carreira antes das eleições de Setembro, foi ontem entregue no Ministério da Saúde.
"Estão a aproximar-se as eleições e tememos voltar à estaca zero nas negociações da carreira", afirmou um dos subscritores da petição, o enfermeiro Pedro José Silva, salientando que "esta é a maior petição de sempre da classe".
O documento, que está acessível desde meados do mês passado no site www.carreiraenfermagem.pt, foi uma ideia gerada em blogues e sites de Enfermagem e não recebeu o apoio dos sindicatos do sector.
"Sabemos que individualmente alguns membros dos sindicatos a subscreveram, mas não foram usados os meios sindicais para a difundir", explicou.
Na petição, os enfermeiros dizem ser discriminados face a outras classes da Função Pública. Lusa

Metade das gravidezes inesperadas acontece com contracepção


Cerca de metade das gravidezes inesperadas acontece em mulheres que usam contracepção, segundo estudos internacionais citados pela ginecologista Fátima Palma, que hoje explica as vantagens de métodos de longa duração.
A médica fala no debate «Os Contraceptivos e Eu», que ocorre no âmbito de uma campanha sobre contracepção realizada pela Associação de Planeamento para a Família (APF).
No âmbito da mesma campanha estão planeadas sessões de esclarecimento nas sedes regionais da APF e distribuição de preservativos femininos nos festivais de Verão, bem como anúncios sobre os dispositivos intra-uterinos (DIU e SIU) nas caixas multibancos.
À Lusa, Fátima Palma sublinhou que os estudos da Organização Mundial de Saúde revelam "uma percentagem importante das falhas dos métodos contraceptivos".
Num estudo da APF de 2006 referia-se que uma em cada cinco portuguesas que abortavam utilizavam métodos anticoncepcionais, lembrou Duarte Vilar, Director Executivo da APF.
A médica da Maternidade Alfredo da Costa (Lisboa) referiu que muitas mulheres desconhecem outras opções de contracepção além da pílula e lembrou que há mitos sobre os métodos de longa duração, como "serem menos eficazes e só poderem ser colocados em mulheres que tiveram filhos".
Para a mesma fonte, a vantagem de métodos como os dispositivos de cobre aumenta a eficácia do planeamento, aproximando-se dos "valores ideais", já que são independentes da toma e consequentemente dos esquecimentos. Também não terem estrogénos ou hormonas é uma vantagem para mulheres que tenham contra-indicações.
A eficácia da pílula "no papel" é de 99 por cento, mas na realidade o risco, em geral, ao longo do ano de as mulheres engravidarem é de oito por cento, acrescentou ainda.
Duarte Vilar referiu ainda a "percentagem significativa de mulheres com esquecimentos frequentes, que se esquece de tomar a pílula pelo menos uma vez por ciclo" e adiantou que ainda há desconhecimento sobre interacções medicamentosas, como os antibióticos que retiram o efeito da pílula.
Duarte Vilar e outra médica da Maternidade Alfredo da Costa, Maria José Alves, lembraram também que "deslocações ou acidentes" com dispositivos intra-uterinos deram origem a gravidezes não planeadas ou indesejadas.
Apesar de menos frequente, a laqueação de trompas também não é totalmente eficaz e Maria José Alves descreveu um caso de uma gravidez depois de o homem ter sido sujeito a uma vasectomia, por o casal desconhecer que o efeito não era imediato.
Sobre os preservativos femininos, que a APF começa oficialmente a distribuir sábado nos Festivais de Verão, Fátima Palma refere que o elevado preço foi um dos factores da fraca aceitação deste método.
A médica sublinhou que com este método a mulher passa a ter disponível mais uma forma de prevenir as infecções transmitidas sexualmente. Lusa

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bebé morreu em Espanha devido a "terrível erro" de Enfermagem


Um bebé prematuro, filho de uma jovem marroquina que foi a primeira vítima mortal da gripe A (H1N1) em Espanha, morreu hoje, segunda-feira, num hospital de Madrid devido a um "terrível erro profissional", informaram fontes sanitárias.
O pessoal de enfermagem "confundiu a via de administração de um leite específico para bebés prematuros e introduziram-no na veia, quando devia ser por via nasogástrica", explicou António Barba Ruiz de Gauna, director do Hospital Gregório Maranon.
A sonda nasogástrica é um tubo de material plástico, mais ou menos flexível, que normalmente se coloca por via nasal.
O bebé, que nasceu por cesariana às 28 semanas de gestação, não ficou infectado com a gripe A (H1N1) que matou a mãe. A jovem de 20 anos morreu a 30 de Junho.
"É uma negligência gravíssima que não tem desculpa", disse o director do hospital, adiantando que foi aberta uma investigação interna à pessoa que cometeu o erro.
O bebé "estava a evoluir bem", quando domingo à noite lhe foi administrado o leite pela via errada. Embora o erro tenha sido detectado pouco depois e os médicos tenham "tentado limpar-lhe o sangue", o bebé morreu hoje.
Em relação à possibilidade da família do bebé processar o hospital por negligência, o director disse que o estabelecimento de saúde assume "todas as responsabilidades humanas".
A família da jovem anunciou poucos dias após a sua morte que iria iniciar um processo judicial pelo facto.
Após a morte do bebé, os profissionais de enfermagem foram afastados do serviço no Hospital Gregório Maranon.
O caso está também a ser investigado pela tutela. JN

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Carreira: Dez mil enfermeiros assinam petição online


Mais de dez mil enfermeiros assinaram uma petição pública online a favor da conclusão da reestruturação da carreira de enfermagem, que será entregue quinta-feira à ministra da Saúde, disse hoje à Lusa um dos responsáveis pela iniciativa.
A petição, que está acessível desde 15 de Junho no site www.carreiraenfermagem.pt , surgiu entre responsáveis por blogues e sites de enfermagem e teve logo uma grande adesão no primeiro dia, com 2000 assinaturas, adiantou o enfermeiro Pedro Silva.
«As negociações da carreira de enfermagem têm-se arrastado desde 2005 e estamos a chegar perto das eleições. Como não sabemos qual será o cenário pós-eleitoral e perante a possibilidade de [o processo] regressar à estaca zero, o que seria péssimo e iria trazer muita desmotivação», os profissionais decidiram avançar com esta petição, justificou.
O objectivo traçado são as dez mil assinaturas, número que foi alcançado na passada quinta-feira e que representa um sexto dos efectivos inscritos na Ordem do Enfermeiros, disse Pedro Silva, sublinhando que a petição «é uma iniciativa independente, cívica, que não usou as estruturas dos sindicatos».

«Confiamos nos sindicatos, mas consideramos que nesta altura era importante haver uma acção cívica deste tipo para manifestar as preocupações dos enfermeiros», sublinhou.
Na petição, que será entregue quinta-feira no Ministério da Saúde, os subscritores consideram «inadmissível que o processo [negocial] ainda não esteja concluído».
Em causa está a equiparação salarial ao nível dos licenciados da função pública. Desde 1999 que os enfermeiros têm como formação de base para o exercício profissional um curso de licenciatura.
«Dezenas de milhares de enfermeiros frequentaram cursos de complemento de formação para obter o grau de licenciado. Uma década depois, os enfermeiros continuam sem carreira», salientam os profissionais. Lusa

domingo, 12 de julho de 2009

Pâncreas: Investigação abre esperança ao tratamento do cancro


O cancro do pâncreas é um dos mais letais e quando é descoberto já pouco se pode fazer, mas investigadores da Universidade de Coimbra recorreram à genética para descobrir quais as lesões que se tornarão malignas.
Pioneira a nível internacional, a investigação está a ser finalizada no Centro de Investigação em Meio Ambiente Genética e Oncologia (CIMAGO) da Faculdade de Medicina de Coimbra e os resultados permitem perspectivar, a curto prazo, uma metodologia capaz de discriminar as lesões que no futuro evoluem para cancro.
A investigação consiste em análises genéticas de vários marcadores no DNA do líquido ou aspirado pancreático, colhido na biopsia, identificando as mutações que prevêem a evolução para a malignidade.
Deste modo, a análise genética pode ser feita muito antes da degeneração, o que permite uma conduta terapêutica preventiva, ou seja, a cirurgia, que continua a ser o mais eficaz tratamento destes tumores.

Pelos métodos actualmente disponíveis, em cerca de 80 por cento dos casos em que se detecta um cancro do pâncreas já não é possível operá-lo e o tratamento por quimioterapia e por radioterapia tem resultados muito limitados, referiu à agência Lusa José Manuel Pontes, coordenador da investigação.
«Mais de 90% das pessoas a quem é diagnosticado cancro do pâncreas estão mortas em cinco anos. Entre os 20 por cento que são operáveis, a maior parte acaba por ter uma recidiva tumoral e morre», explica.
Na prática, «só nos casos que, quase por milagre, são diagnosticados numa fase muito precoce é que a cirurgia é curativa e estão vivos aos cinco anos», refere, salientando que este é o quinto cancro mais frequente em Portugal, e tem vindo a aumentar a nível internacional.
Em média surge já na terceira idade, mas também aparece em crianças. O tabaco e o álcool, além da história familiar, são factores de risco.

O número de novos casos em cada ano (entre 500 e 1.000) é idêntico ao dos doentes que morrem, afirma José Manuel Pontos, frisando ser algo que não acontece com mais nenhum tumor.
A equipa da Universidade de Coimbra tem vindo a pesquisar as mutações genéticas com risco oncológico em tumores e quistos. Participam cerca de 160 doentes dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), Instituto Português de Oncologia do Centro (Coimbra) e Hospital CUF (Lisboa).
A análise dos marcadores genéticos é feita a partir da colheita na biopsia, que já habitualmente é feita no doente que apresenta queixas ou lesões, não encarecendo assim o diagnóstico nem sujeitando o paciente a nova intervenção invasiva.
José Manuel Pontes diz que em 25% dos casos em que é possível operar acaba por se constatar que a cirurgua era desnecessária, pois o que existia era apenas uma inflamação pancreática. E trata-se de uma operação de alto risco, com elevada morbilidade e mortalidade.

«O objectivo é permitir um diagnóstico mais seguro, fiável, para detectar quais as lesões que evoluem para a malignização, e propor um tratamento preventivo, que é a cirurgia», conclui o investigador. LUSA

sábado, 11 de julho de 2009

Descoberta de gene crucial para o crescimento ósseo tem assinatura portuguesa



Uma equipa de cientistas de que faz parte uma investigadora portuguesa descobriu o gene responsável por uma doença esquelética rara, abrindo assim caminho à identificação de uma nova classe de moléculas implicadas em doenças ósseas.
A descoberta, realizada por uma equipa do Centro Hospitalar Universitário Vaudois, em Lausanne (Suíça), a que pertence a bióloga portuguesa Belinda Campos Xavier, é descrita num artigo publicado na última edição do American Journal of Human Genetics.
O gene em causa (Glypican 6, ou GPC6), encontrado no cromossoma 13, está na origem da omodisplasia recessiva, uma doença esquelética caracterizada por crescimento ósseo deficiente, sobretudo no que se refere aos ossos longos do corpo (úmero e fémur).
Segundo a investigadora, este trabalho ajuda a compreender melhor e a prevenir a doença, já que permitirá, por exemplo, o recurso ao aconselhamento genético e à despistagem de potenciais portadores do gene através de diagnóstico pré-natal.
Da omodisplasia recessiva resulta uma variedade de nanismo com membros curtos, estatura na fase adulta entre 132 e 144 centímetros, anomalias crânio-faciais e ocasionalmente defeitos cardíacos e atraso cognitivo.
Trata-se de uma doença de «transmissão autossómica», ou seja, em que o gene alterado (com mutação) está localizado num cromossoma não sexual (nem no X, nem no Y) e recessiva, por ser indispensável à sua transmissão a presença de dois alelos com o gene mutado (um do pai e o outro da mãe), explicou Belinda Campos Xavier.
A descoberta do gene permite compreender melhor a biologia do crescimento ósseo, ao identificar uma nova classe de moléculas implicadas nas doenças ósseas e sugerir a possibilidade de outros Glypicans (existem seis no homem) serem responsáveis por outras doenças do desenvolvimento ósseo.
Do ponto de vista clínico, a identificação do gene desta patologia dá a possibilidade às famílias afectadas de recorrerem ao aconselhamento genético e ao diagnóstico pré-natal em futuras gestações, melhorando a sua qualidade de vida.
Belinda Campos Xavier licenciou-se em Biologia na Universidade de Coimbra (1997), doutorou-se em Doenças Genéticas Ósseas pela Universidade René Descartes - Paris V (2002) e nos dois anos seguintes fez um pós-doutoramento na Divisão de Pediatria Molecular do Centro Hospitalar Universitário Vaudois de Lausanne, onde é actualmente assistente de investigação responsável por vários projectos na área das doenças genéticas do esqueleto.
Em 2007 recebeu o Primeiro Prémio de Investigação Nestle por este trabalho, atribuído no Encontro Suíço de Investigação Pediátrica. TSF

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Regime excepcional para contratar médicos aposentados


O Ministério da Saúde mantém a intenção de contratar médicos aposentados, medida que só poderá concretizar-se através da criação de um "regime excepcional", disse à Lusa o secretário de Estado e Adjunto da Saúde.
Francisco Ramos reagia desta forma à notícia avançada hoje pelo semanário Sol que dá conta de uma circular que a Caixa Geral de Aposentações (CGA) emitiu há duas semanas e dirigiu "a todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), dizendo que não é legal a contratação de médicos que se tenham aposentado antecipadamente do Estado".
De acordo com o Sol, "a CGA acrescenta que nem através de empresas prestadoras de serviços os hospitais podem proceder a este tipo de contratações".
Francisco Ramos reconhece que este é o sentido da lei em vigor, mas reafirma a intenção do Ministério da Saúde de criar um "regime excepcional" que permita essa contratação.
A hipótese "está a ser tratada como proposta", avançou o secretário de Estado, frisando: "Estamos a trabalhar no assunto." LUSA

Máscaras contra gripe A esgotadas


corrida às máscaras para evitar contágios pelo vírus H1N1 já se faz sentir. Algumas das farmácias do País percorridas pelo CM, em Lisboa, Porto, Faro e Leiria esgotaram o stock deste produto, comercializado em embalagens de três unidades, a 10 euros.
Segundo os responsáveis da Ospiquer, empresa distribuidora de máscaras, se o ritmo da procura se mantiver até Outubro – altura em que o director-geral da Saúde, Francisco George, prevê que 25% da população portuguesa esteja infectada –, não será possível dar resposta à procura.
A marca tem duas mil máscaras para entrega imediata, mas são esperadas mais cinco mil unidades na próxima semana, uma vez que o ritmo de produção tem vindo a aumentar, desde que o número de casos disparou.
10 CASOS EM 24 HORAS
Em Portugal, o número de doentes continua a aumentar a um ritmo assustador. Em apenas 24 horas registou-se mais dez casos, havendo agora 71 pessoas infectadas pelo vírus H1N1. Espanha registou a sua segunda morte devido à gripe A.
Entretanto, o Ministério da Justiça (MJ) activou um plano de contingência que engloba os tribunais, cadeias, conservatórias, serviços de reinserção social e PJ, e constituiu um grupo de trabalho, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde (DGS), para definir prioridades em termos de vacinação. Segundo apurou o CM, o secretário de Estado adjunto e da Justiça, Conde Rodrigues, reuniu-se ontem de manhã com todos os dirigentes dos organismos tutelados pelo MJ e foi instituído um ponto de contacto em cada um dos organismos, sobretudo naqueles que estão em contacto com o público. Foi ainda enviada informação aos 23 mil funcionários sobre os procedimentos a adoptar.
Por outro lado, desde Maio que todos os reclusos que entraram nas cadeias portuguesas foram monitorizados.

DOENTES EM CASA
A ministra da Saúde, Ana Jorge, afirma que 92 por cento das pessoas que contraírem a gripe A não precisarão de ficar internadas em hospitais, já que poderão ser atendidas e observadas em casa.
VACINA TESTADA
A vacina contra a gripe A (H1N1) poderá ser testada no início de Agosto e distribuída, em grande escala, em Outubro nos Estados Unidos. Segundo a ministra Ana Jorge, quando Portugal tiver vacinas, a distribuição será feita com base em critérios de equidade.

Portugueses sem dinheiro para a saúde


Cerca de vinte por cento dos portugueses abdicaram de ir ao dentista ou de comprar óculos por não conseguirem suportar os seus custos, revela um estudo apresentado ontem na comemoração dos 30 anos do Serviço Nacional de Saúde.
De 2001 a 2008, o número de portugueses que se encontra nestas condições aumentou para cerca do dobro. No entanto, as consultas nos Centros de Saúde aumentaram 20%. Os portugueses recorrem com mais frequência às unidades de saúde, sobretudo nas regiões do Norte e do Centro. O Algarve é a região com menos consultas.
O estudo foi apresentado no Centro Cultural de Belém na presença da ministra da Saúde, Ana Jorge, e do ex-Presidente Jorge Sampaio. CM

Esperma a partir de células


Cientistas britânicos anunciaram ontem a criação de esperma humano a partir de células estaminais embrionárias portadoras dos cromossomas XY (masculino), uma descoberta que deverá levar a uma melhor compreensão dos mecanismos de fertilidade.
Este esperma produzido em laboratório não será utilizado para a fecundação do óvulo, dado que a lei não autoriza. A equipa da Universidade de Newcastle e do Instituto de Células Estaminais do Nordeste de Inglaterra, responsável pela descoberta, espera que a legislação evolua de forma rápida para que esta técnica seja validada como tratamento contra a infertilidade masculina. "É um desenvolvimento importante porque permitirá aos investigadores estudar em pormenor como se forma o esperma, o que deverá levar a uma melhor compreensão da infertilidade masculina, disse Karim Nayernia, coordenador da equipa de investigadores. CM

INEM entrega ambulâncias


O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) entregaram ontem, em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, 33 ambulâncias a corpos de bombeiros de Norte a Sul do País.
Estas ambulâncias juntam-se a mais 110 viaturas que já foram entregues desde o início do ano, num investimento de 13 milhões de euros e que representa 75 por cento do parque de ambulâncias dos postos de emergência médica. As novas ambulâncias substituem outras existentes nos corpos de bombeiros, que são postos de emergência médica do INEM e que já atingiram o limite do seu tempo útil de vida, estimado em sete anos.
O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, precisou que 'estas viaturas não integram a reserva estratégica' que o INEM possui ao abrigo de normas internacionais de 60 viaturas.
MAIS 31 POSTOS DE EMERGÊNCIA MÉDICA
Mais 31 postos de emergência médica serão criados este ano, num trabalho conjunto entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e as corporações de bombeiros, divulgou ontem o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro. 'A eleição das localidades que irão receber estes postos será determinada por dois critérios-base', referiu o secretário de Estado. 'A distância a que o posto ficará de um hospital e o número de intervenções diárias solicitadas', precisou Manuel Pizarro. Por sua vez, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, explicou que os postos representam 'novos corpos de bombeiros com ambulância do INEM e tripulação, que vai cobrir 50% das necessidades detectadas pela Liga'.CM

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dívidas dos hospitais de 484 milhões €


A dívida dos hospitais públicos aos fornecedores de medicamentos atingiu, em Maio, os 484 milhões de euros.
De acordo com os dados da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, as dívidas dos hospitais têm estado sempre a aumentar, só tendo descido em Novembro, quando o Estado injectou mais de 900 milhões de euros no sistema, e em Fevereiro, com uma ligeira redução de 435 para 432 milhões de euros. Os hospitais com gestão empresarial são os que têm mais dificuldades: desde Dezembro de 2008, os valores em dívida passaram de 95,9 milhões para 168,8 milhões de euros. Juntando as compras feitas nos últimos 90 dias, o valor sobe para os 484 milhões de euros em Maio. CM

Portugueses continuam a confiar no SNS


Apesar de o número de hospitais e clínicas privadas ter aumentado, os portugueses continuam a confiar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), de acordo com um estudo do sociólogo Villaverde Cabral, divulgado na edição desta quarta-feira do Público.
No ano passado, os utilizadores do serviço público aumentaram de 84,8% para 89,9% em relação a 2001, sendo que o privado ganhou mais utentes apenas nas cirurgias e nas consultas de especialidade, explica a investigação, realizada entre 26 de Fevereiro e 15 de Abril de 2008.
O resultado mais negativo (43,2%) em relação ao SNS são os tempos de espera, que subiu cerca de 20% para uma consulta, quer nos hospitais quer nos centros de saúde. Mas, na globalidade, os 3.039 inquiridos estão mais satisfeitos do que em 2001 com os cuidados de saúde públicos em Portugal.
Os portugueses que não têm médica de família são agora menos, de 15 para quase 8%, e as opiniões positivas acerca das consultas externas hospitalares aumentaram 12% nos últimos sete anos. O grau de satisfeitos em relação às urgências também subiu, de 39 para quase 45%. LUSA

Hospital de Braga avança sem visto


É mais uma polémica em torno da construção do novo Hospital de Braga: apesar de decorrerem há cerca de seis meses, as obras não têm ainda visto do Tribunal de Contas.
Ontem, no lançamento da primeira pedra de duas unidades de saúde familiar, em Braga, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que, "mesmo que o Tribunal de Contas exija algum acerto no contrato de concessão, a construção do novo hospital de Braga é um processo irreversível".
"Estamos perante um processo muito complexo", disse o governante, sublinhando a necessidade de "respeitar integralmente os termos da lei".
"Se o Tribunal de Contas puser em causa algum aspecto, o mesmo será, naturalmente, corrigido no contrato de parceria entre o Estado e os investidores privados", adiantou o governante.
A construção do novo Hospital Central de Braga, que terá 700 camas e 12 salas de cirurgia e que será gerido pela Mello Saúde, está orçada em 200 milhões de euros.
A falta de visto do Tribunal de Contas não é a primeira polémica em torno da construção desta unidade. Ainda recentemente, o arqueólogo que liderava as prospecções nas terraplanagens foi despedido por, segundo o próprio, "estar a levantar demasiados problemas".
Também a provável destruição de parte da área de protecção ao monumento das Sete Fontes tem levantado contestação em Braga. CM

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tribunais dão razão às farmacêuticas contra os genéricos


Os tribunais administrativos aprovaram 26 das 31 providências cautelares interpostas pelas farmacêuticas com o objectivo de suspender a entrada no mercado de medicamentos genéricos, afirmou à Lusa fonte da Associação Portuguesa da Industria Farmacêutica (Apifarma).
«Em 31 providências cautelares interpostas nos tribunais administrativos - 1ªInstância e Superiores - 26 foram favoráveis às companhias inovadoras», de acordo com os dados recolhidos pela Apifarma.
As providências cautelares interpostas pela indústria farmacêutica tinham como objectivo suspender a autorização de introdução no mercado (AIM) e a definição do Preço de Venda ao Público (PVP) atribuídos pelo Infarmed a vários medicamentos genéricos, cujas patentes das substâncias activas ainda não tinham expirado.
Segundo a mesma fonte, “os tribunais consideraram válidas as pretensões das empresas inovadores e ordenaram a suspensão das AIM’s e a concessão de PVP’s”. A maioria das 31 providências cautelares foi interposta por seis empresas, entre as quais a Novartis.
Fonte oficial da Novartis confirmou à Lusa ter três casos de providências cautelares já deferidos pelo Tribunal Administrativo do Sul, mas revelou ter mais de uma dezena em fase de instrução, todos eles em relação à mesma molécula, cuja patente só expira em 2012, mas para a qual o Infarmed já autorizou a entrada no mercado.
Segundo a fonte da empresa, a interposição de providências cautelares junto dos tribunais administrativos não é a melhor solução, mas é a possível, dada a inexistência de um tribunal especializado em propriedade intelectual e face à morosidade dos processos no Tribunal de Comércio.
O presidente da Associação Portuguesa de Genéricos (APOGEN), Paulo Lilaia, considera que as decisões que têm estado a ser tomadas contra as empresas de genéricos são incorrectas. “Achamos que é uma decisão que não é correcta e que tem de ser decidida pelos tribunais comerciais e não pelos administrativos”, afirmou o responsável à Lusa.
“Trata-se de uma estratégia utilizada pelas empresas de investigação para atrasar indevidamente a entrada dos genéricos no mercado com prejuízo para os cidadãos e para o Estado”, argumentou Paulo Lilaia, que estima que estejam abrangidas por estas providências cautelares entre 10 a 15 substâncias activas, ou seja, cerca de 100 marcas, “algumas das quais com grande peso económico”.
“Estes medicamentos representariam nos últimos 12 meses mais de 100 milhões de euros, o que significa que se perderam potencialmente poupanças entre os 35 e os 40 milhões de euros”, concluiu.
O director-executivo da Apifarma, Rui Ivo, tinha afirmado recentemente à Lusa que as providências cautelares interpostas pelas farmacêuticas eram uma tentativa das empresas protegerem as suas patentes e não de limitar o acesso dos genéricos ao mercado.
As empresas farmacêuticas têm recorrido aos tribunais administrativos para suspender a eficácia das AIM dadas aos genéricos pelo Infarmed, alegando que as mesmas não podem ser atribuídas por ainda existirem patentes em vigor.
“Esta situação não é boa nem para a inovação, nem para os genéricos. Numa situação ideal, havendo disputa de patentes, a solução devia ser uma resolução do conflito num curto espaço de tempo e num tribunal especializado na matéria”, defendeu.
O mercado dos medicamentos genéricos gerou o ano passado em Portugal vendas de 622 milhões de euros registando uma quota de 18,56 por cento num mercado total que vale 3,3 mil milhões de euros, segundo dados do Infarmed. LUSA

5.500 trabalhadores passam aos quadros da Educação e Saúde


O Ministério da Educação tem luz verde para abrir concurso para 2 mil e 500 trabalhadores não docentes, enquanto que no da Saúde serão aproximadamente 3 mil os contratados a passar aos quadros, embora a Ministra Ana Jorge não consiga ainda definir quem. “Existem muitos profissionais que estão em situações de contrato a termo (…) e são alguns desses que serão incluídos nesses 3 mil. A breve prazo serão informados sobre quem serão os felizes contemplados” – afirmou a ministra. Rádio Renascença

domingo, 5 de julho de 2009


A Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN) alertou hoje para a existência de espaços com falsos nutricionistas, sugerindo a quem quer perder peso que procure locais credíveis e que, em caso de dúvida, peça o diploma aos profissionais.
«Têm surgido muitos espaços que apregoam consultas de nutrição realizadas por nutricionistas, mas onde, de facto, não são nutricionistas que as estão a realizar», denuncia Alexandra Bento, presidente da APN, destacando que a associação já tem alertado os órgãos de soberania sobre esta situação.
Alexandra Bento destacou que está para breve a criação da Ordem dos Nutricionistas - que já recebeu parecer favorável do Ministério da Saúde -, o que facilitará a identificação de quem pode ou não intitular-se como tal. «Mas, por enquanto, a população tem de se preocupar, porque há pessoas que estão a passar por nutricionistas quando de facto não o são», aconselha.
«Muitas vezes, em espaços de dietas de franchising, não é um nutricionista que lá está, mas pessoas que não têm habilitação. É uma situação terrível e um atentado à saúde pública», considera.


Esta responsável salienta que a APN tem recebido queixas sobre falsos nutricionistas, normalmente «quando as coisas dão para o torto».
«Convenhamos que esta é uma área de negócio forte e, quando há uma área de negócio forte, há sempre quem se queira aproveitar de forma indevida», sublinha.
Alexandra Bento diz que tem sido feito um trabalho com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) para que os atendimentos de nutricionismo nas farmácias sejam realizados por nutricionistas, «porque uma farmácia é um espaço de saúde, credível, e perderia muito se as consultas não fossem dadas por um nutricionista».
Na dúvida, a especialista aconselha os consumidores a informarem-se junto da APN, que representa cerca de 90 por cento dos nutricionistas, ou a pedirem o diploma aos profissionais a quem recorram. «A pessoa vai pagar uma consulta e tem o direito de ver o diploma», frisa.


A associação sugere ainda às pessoas «que procurem locais credíveis de consulta e que não embarquem em modas». Lusa

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Governo vai pagar em Julho incentivos em falta às Unidades de Saúde Familiar



O Ministério da Saúde anunciou, esta sexta-feira, que vai pagar este mês aos profissionais das Unidades de Saúde Familiar (USF) os incentivos institucionais e financeiros em atraso.
Em entrevista à agência Lusa, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, admitiu que «houve algum atraso neste processo», que atribuiu a demoras no sistema de informação que faz a avaliação dos diferentes indicadores.
Manuel Pizarro explicou que os incentivos institucionais, que visam a atribuição de uma verba até 20 mil euros a cada USF, se destinam ao conjunto da equipa e têm como objectivo melhorar as condições de trabalho, a formação dos profissionais e as condições de conforto dos doentes e profissionais.
«Os incentivos que dizem respeito a 2007 só foram objecto de deliberação em Novembro de 2008 e, neste momento, nalgumas regiões já estão completamente pagos, noutras regiões está em curso esse processo, que será completado ao longo deste mês», avançou.
Relativamente a 2008, o governante assegurou que os incentivos serão também atribuídos durante este mês, o que significa uma recuperação de quatro meses de atraso em relação a 2007.
«É mais tarde do que o que está previsto na lei [31 de Março], mas significa, apesar de tudo, uma grande recuperação em relação a 2007», sublinhou, acrescentado que «é uma experiência nova que exige um grande esforço da própria Administração Pública no cumprimento dos critérios de avaliação das USF».
Em falta estão também os incentivos financeiros atribuídos aos enfermeiros e administrativos, cujo valor máximo anual é, respectivamente, de 3 600 e 1 150 euros, mas neste caso os profissionais irão receber apenas metade deste valor porque as USF Modelo B começaram a funcionar há cerca de um ano.
O secretário de Estado referiu ainda que tem sido feito um esforço, que envolveu os profissionais da USF, para realizar uma avaliação tão exaustiva quanto possível e garantiu que o Governo vai «honrar o compromisso assumido».
Actualmente, existem 172 Unidades de Saúde Familiar, mas o objectivo do Governo é chegar às 250 até ao final do ano. «Isso será comprovado porque até ao final do mês de Julho teremos mais de 200 USF», frisou.

Dois terços dos adultos nos EUA têm excesso de peso


As taxas de obesidade continuam a crescer nos EUA. Nenhum dos 50 Estados norte-americanos registou redução da obesidade num ano, e 23 deles reportaram que os adultos têm agora mais peso do que há um ano, segundo dados publicados esta semana pelas organizações Trust for America´s Health e Robert Wood Johnson Foundation.
Os especialistas alertam que dois terços dos adultos americanos apresentam excesso de peso ou são obesos. Por isso, segundo eles, essa epidemia de obesidade poderia frustrar os esforços dos legisladores na reforma do sistema público de saúde dos EUA. «Os nossos custos com a saúde têm crescido juntamente com a circunferência da nossa cintura», destacou o investigador Jeff Levi.
Entre as crianças, os números da obesidade em relação ao ano anterior permanecem estáveis, porém em taxas alarmantes, com 30 Estados a registar que mais 30% das suas crianças têm peso a mais ou são obesas. E os especialistas lembram que crianças obesas são mais susceptíveis a factores de risco cardiovascular, como hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de terem mais hipóteses de sofrerem de asma.

Por isso, as organizações defendem uma estratégia nacional para combater a obesidade. «A epidemia de obesidade é um grande contribuinte para a explosão dos custos em saúde nos Estados Unidos. Como iremos competir com o resto do mundo se a nossa economia e mão-de-obra estão em baixa por causa da má saúde?», sublinharam os autores, acrescentando que muitos países estão a enfrentar os mesmos problemas. LUSA

Cancro da próstata: Novo tratamento pode evitar cirurgias


Dois hospitais britânicos desenvolveram um tratamento pioneiro do cancro da próstata com ultra-sons que evita as intervenções cirúrgicas, segundo um estudo hoje publicado pelo British Journal of Cancer.
Nestes casos, os doentes recebem anestesia geral e são submetidos a ultra-sons de alta intensidade que geram temperaturas de entre 80 e 90 graus centígrados e matam com precisão as células tumorais.
Segundo a publicação médica britânica, a nova terapia foi já utilizada em 172 pacientes, 78 por cento dos quais pôde regressar a casa cinco horas depois do tratamento. Lusa

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ANF considera positiva venda de medicamentos em unidose


A Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o Movimento dos Utentes da Saúde consideram muito positiva a venda de medicamentos em unidose em estabelecimentos farmacêuticos, cujo diploma foi publicado hoje em Diário da República.
«É uma medida que está há três anos para ser publicada e, se a regulamentação for adequada, é uma medida muito positiva, porque evita o desperdício, que é o grande objectivo», disse João Cordeiro, presidente da ANF, salientando ainda não ter tido acesso à portaria.
Manuel Villas-Boas, do Movimento de Utentes da Saúde, também considerou a medida positiva, porque «é evidente que beneficia os utentes», salientando, no entanto, tratar-se de uma «medida pontual, quando são precisas medidas de fundo».
«Esta medida favorece os utentes, mas é preciso ir mais fundo, às listas de espera e ao preço dos medicamentos», disse, realçando que Portugal não tem poder de compra e «há pessoas que vão às farmácias aviar os medicamentos e, depois de feitas as contas, deixam lá parte deles por não os poderem pagar». Lusa