sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Amostras entopem laboratório


Todos os dias chegam cerca de 200 amostras de casos suspeitos de infecção com o vírus H1N1, da gripe A, para serem confirmadas no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em Lisboa. No laboratório que coordena a rede nacional de diagnóstico da gripe A já foram realizadas cerca de 7500 análises.
Nos últimos dias o Instituto Ricardo Jorge registou um aumento do número de pedidos de confirmação laboratorial, o que provocou um atraso na resposta a todas as solicitações. É o caso de um pai de uma criança de cinco anos que aguarda há mais de cinco dias pelo resultado das análises à amostra recolhida no Serviço de Atendimento à Gripe de Paço de Arcos, em Oeiras.
'Estamos a responder conforme o que está estabelecido nas orientações da Direcção-Geral da Saúde', afirmou fonte do laboratório, explicando que se está a dar prioridades aos casos de 'doentes internados com síndroma gripal, doentes crónicos, grávidas, crianças com menos de 12 meses, profissionais de saúde doentes ou que tiveram contacto directo com doentes e casos suspeitos de resistência do vírus aos antivirais'.
Nestas situações, garante a mesma fonte laboratorial, a 'resposta está a ser dada num período médio de 24 horas'.
Portugal registou ontem a sexta morte provocada pelo vírus H1N1. Nos Açores, um homem de 50 anos morreu com gripe A, um dia após o falecimento do primeiro menor, em Lisboa. A criança foi internada na madrugada de quarta-feira, vindo a falecer no mesmo dia.
O resultado da autópsia ao menino de dez anos foi revelado ontem, dando conta de uma doença cardíaca congénita agravada pelo vírus da gripe A. Ana Jorge, ministra da Saúde, explicou ontem que foi essa conjugação que vitimou a criança. 'É uma alteração congénita do coração. As duas situações em conjunto foram a razão da morte súbita', disse Ana Jorge, em conferência de imprensa no Hospital D. Estefânia.
Gonçalo Cordeiro, director de Pediatria Clínica, sublinhou 'que este caso foi uma situação clínica excepcional', garantindo ter sido efectuado o correcto acompanhamento médico à criança. CM

Gripe A: Chamadas para Linha Saúde 24 chegam às 8000 diárias


O início da campanha de vacinação contra a gripe A levou a um aumento progressivo do número de chamadas para a Linha Saúde 24, atingindo as oito mil diárias, disse hoje à Lusa fonte daquele serviço.
De acordo com a mesma fonte, verificou-se um ligeiro aumento de chamadas para a linha desde quarta-feira - dia em que faleceu uma criança de 10 anos que tinha contraído o vírus -, mas esta é uma tendência que já vem desde segunda-feira, dia em que começou o plano de vacinação contra a doença, tendo-se registado oito mil chamadas diárias.
O número de chamadas recebidas pela linha foi de cerca de 4500 por dia durante a primeira quinzena de Outubro, enquanto que entre os dias 15 e 26 deste mês esteve sempre acima das 5000 diárias."Desde dia 26 tem-se verificado um aumento progressivo e estamos nas oito mil chamadas por dia", disse a fonte da linha, salientando que o início deste aumento progressivo coincidiu com o princípio da vacinação.
"As pessoas apresentam dúvidas e todo o tipo de questões relacionadas com a doença", contou.

Também a directora clínica do Hospital D. Estefânia, hospital de referência no atendimento pediátrico a suspeitos de gripe A e onde quarta-feira faleceu a criança de 10 anos, informou que o padrão de procura dos serviços é hoje "semelhante ao dos últimos dias e reflecte um aumento progressivo de doentes".
Por outro lado, fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo revelou que não se tem verificado, desde quarta-feira, um afluxo anormal de doentes com suspeitas da doença aos centros de saúde.
"Não verificámos um aumento do número de utentes para além do que é normal", disse, salientando que, actualmente, qualquer centro de saúde recebe doentes com gripe A, depois de uma fase em que estes pacientes eram atendidos nos Serviços de Atendimento da Gripe (SAG). Lusa

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Facturação dos hospitais privados nos 1.200 M€ em 3 anos


O volume de negócios dos hospitais privados deverá ultrapassar os 700 milhões de euros este ano e atingir os 1.200 milhões de euros nos próximos dois a três anos, segundo Teófilo Leite, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).
Os últimos dados disponíveis, referentes a 2005, apontam para a existência de 93 hospitais privados em Portugal, mas estão já concretizados ou em fase de concretização mais 25 novas unidades de saúde privadas em todo o País. Estas novas unidades representam um investimento global de 500 milhões de euros e deverão gerar nos próximos anos um volume anual de negócios de 525 milhões de euros.
Segundo Teófilo Leite os hospitais privados têm actualmente 3.000 camas, devendo atingir as 5.000 com as novas unidades de saúde. Contudo o responsável adianta que os hospitais têm o dobro da capacidade porque a taxa de permanência dos doentes é inferior em 50% à dos hospitais públicos.

Actualmente o sector privado é responsável pela realização de mais de 25% das cirurgias em Portugal, ao abrigo do programa SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia), criado pelo Governo para reduzir as listas de espera. Este factor explica, segundo o responsável, as "muito elevadas" taxas de ocupação dos hospitais privados.

O presidente da APHP refere que as cirurgias nos hospitais privados são "cerca de dois terços do valor que custa no Serviço Nacional de Saúde. Somos mais económicos porque temos hospitais onde utilizamos intensivamente as tecnologias de informação e temos equipas altamente motivadas". É neste contexto que a APHP defende que o sistema português de saúde deve evoluir para um modelo que promova a liberdade do utente para escolher a unidade de saúde e o médico. A associação defende que esta liberalização permitirá tornar o sistema de saúde socialmente mais justo, mais eficiente e mais próximo dos patamares de desenvolvimento de outros países europeus.
De acordo com um estudo da consultora Health Consumer Powerhouse Portugal caiu na classificação de sistemas de saúde na Europa, em 2009, do 16.º para 21.º lugar. Lusa

Urgências do Amadora-Sintra vão ser reformuladas em 2010


A reformulação das urgências do Hospital Amadora-Sintra só avançará em 2010, já que as verbas necessárias só chegaram no final de Agosto, revelou o presidente do conselho de administração.
Esta medida, que estava prevista pela administração desde o início do ano, altura em que o Hospital Amadora-Sintra foi transformado em Entidade Pública Empresarial (EPE), foi adiada por falta de verbas.
Para avançar com esta reformulação, o hospital esteve a aguardar pela realização do capital estatutário [o montante que o Governo transfere quando concede às unidades de saúde a gestão empresarial], cuja primeira tranche só chegou a 31 de Agosto.
Em declarações à agência Lusa, Artur Vaz explicou que a instituição já recebeu 13 milhões de euros, dos 76 milhões de euros que irá receber até 2011.
É com esta verba que o hospital conta agora avançar com a reformulação do serviço de urgências e outras medidas, como a criação de um pólo adequado de cirurgia do ambulatório e outras obras como o reforço da potência eléctrica do edifício, disse.

O serviço de urgências deste hospital motivou, desde sempre, várias reclamações dos utentes, que se queixam de esperar demasiado tempo para serem atendidos.
No passado Inverno, a gripe congestionou este serviço durante vários dias, com longas horas de espera para atendimento, que diminuíram após a descida do pico da actividade gripal.
O Hospital Amadora-Sintra foi transformado em EPE no início do ano, ao fim de 13 anos de gestão privada pela José de Mello Saúde. Lusa

Gripe A: Vacina usada em Portugal foi recusada nos EUA


A vacina que está a ser usada em Portugal contra a gripe A não foi aprovada pelos Estados Unidos por conter substâncias na sua composição que podem alegadamente causar danos à saúde dos que a tomam.
A notícia faz manchete na edição desta quarta-feira do Diário de Notícias, que recorda que a vacina em causa, aprovada pela Organização Mundial da Saúde e escolhida pela Agência Europeia do Medicamento para ser usada em todos os Estados membros, é a Pandemrix. Relativamente à qual também o Infarmed garante terem sido feitos todos os testes de qualidade.
No entanto, acrescenta o diário, a Pandemrix está a provocar a recusa de muitas pessoas na Alemanha da sua utilização, dando como justificação o facto de os políticos e os funcionários públicos de topo serem preventivamente vacinados com uma outra.
Nos EUA, a Pandemrix não foi aprovada porque contém uma substância, o escaleno, que alegadamente provoca a alteração do sistema imunitário.
Vários estudos ligaram os seus efeitos à síndrome da Guerra do Golfo porque terá sido utilizado como adjuvante na vacina do antrax.

O que está em causa nesta vacina, segundo os seus detractores, são dois componentes que se encontram tanto na própria vacina como no adjuvante que lhe é adicionado para aumentar os efeitos. DN

Respiração boca a boca prejudica sobrevivência do paciente


Anteriormente reconhecida como uma parte importante da reanimação cardiopulmonar, a respiração boca a boca prejudica as hipóteses de sobrevivência de pessoas com paragem cardíaca.
Estudos apontaram para uma taxa de sobrevivência «três vezes superior» em pessoas submetida apenas às compressões no peito (até à chegada de socorro), segundo a Folha Online.
Desta forma, a International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), («Aliança Internacional dos Comités de Reanimação», em tradução livre), que reúne as principais associações de cardiologia, vai mudar em 2010 as directrizes para procedimentos de emergência em paragem cardíaca.
Os leigos que acompanharem pessoas com paragem cardíaca passarão a ter instruções para aplicar somente as massagens no peito.
O cardiologista Sérgio Timerman, do Instituto do Coração (InCor) no Brasil, refere que «quando coração pára, o importante é manter o fluxo sanguíneo com a compressão». «A respiração boca a boca é uma das causas que levam a diminuição do fluxo», explica. LUSA

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Recusa de médicos e enfermeiros leva à desconfiança


A recusa de alguns médicos e enfermeiros em serem vacinados contra a gripe A está a potenciar a desconfiança dos portugueses na qualidade e segurança da vacina, admitiu ontem o director-geral da Saúde, Francisco George, no arranque da campanha de vacinação.
No Hospital Garcia de Orta, em Almada, cinco por cento dos cem profissionais inscritos para a vacinação recusam-na. Para dar o exemplo, Francisco George vacinou-se ontem, no Centro de Saúde de Alvalade. 'Reconhecemos a importância da vacina e não faz sentido este movimento que não tem fundamento científico. Os profissionais serão vacinados mais tarde.'
Várias pessoas não confiam na vacina. Marisa, 30 anos, com uma gravidez de 30 semanas, salienta: 'Não quero a vacina, pois os médicos, que sabem mais do que nós, não a querem tomar. Vou recusá-la.' Isabel Matias, 40 anos, acrescenta: 'Não há estudos suficientes. Não deixo o meu filho ser vacinado, que é asmático.' Já Vera Silva, de 21 anos, espera para ver a reacção que a vacina provoca.
Apesar da campanha ter arrancado ontem, nem todos os centros de saúde estavam preparados. Em Leiria, Batalha, Porto de Mós e Marinha Grande, por exemplo, a vacinação só terá início segunda-feira, após a convocação das grávidas. No hospital e centros de saúde de Viseu a vacina será administrada a partir de amanhã e em Coimbra começa hoje.
Em Évora, a vacinação começou ontem para os primeiros 80 enfermeiros e 83 médicos e técnicos. No Algarve, os centros de saúde de Tavira e Portimão aderem nos próximos 15 dias.
No próximo ano, a vacina da gripe sazonal incluirá a estirpe da gripe A. CM

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

54 mil serão vacinados em 15 dias

Arranca hoje a vacinação em massa de trinta por cento da população portuguesa contra a gripe A. É a maior campanha já alguma vez realizada no nosso país, e até Abril a Direcção-Geral da Saúde prevê vacinar três milhões. A Pandemrix, que inviabiliza o contágio pelo vírus H1N1, colhe contudo resistência por parte da população por causa das reacções alérgicas.
Paulo Moreira, porta-voz do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças, admitiu ontem que “houve falhas na informação prestada”. A subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, defende que “os receios não têm fundamento, uma vez que a vacina contra a gripe sazonal e a vacina contra a gripe A são do mesmo tipo, obedecem à mesma metodologia e foram licenciadas e aprovadas pelos mesmos organismos. Está assegurado um perfil de qualidade e de eficácia. As reacções mais frequentes à vacina da gripe sazonal são também apontadas à da gripe A: dores de cabeça, fadiga, dor e vermelhidão no local da injecção e febre.
No entanto, a possibilidade de desencadear uma reacção alérgica é reduzida, e para grupos de risco, como as grávidas, “é melhor tomar a vacina”, considera Meliço Silvestre, epidemiologista e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. O especialista diz ter tomado a vacina contra a gripe sazonal e que dentro de um mês será vacinado contra o H1N1. “É uma responsabilidade social que todos os médicos devem assumir”, garante.
Ao todo, nos próximos 15 dias prevê-se a vacinação de 54 mil portugueses: dez mil grávidas em período de gestação superior a três meses, 14 mil profissionais de saúde e 30 mil trabalhadores de actividades consideradas decisivas para o funcionamento do País. Daqui por duas semanas chegará um novo lote de 60 mil doses de vacinas.
Não podem ser vacinadas pessoas que estejam engripadas. A Pandemrix, tal como a Influvac, uma das vacinas contra a gripe sazonal, apresenta uma grande semelhança no que respeita às pessoas que não podem ser vacinadas, caso dos alérgicos a ovos.
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde advertiu que “podem ocorrer reacções adversas raras que apenas poderão ser detectadas a partir do momento em que as vacinas passam a ser utilizadas em larga escala”. Nos últimos três anos foram registadas pelo Infarmed 39 reacções adversas às vacinas contra a gripe sazonal. CM

Bastonário: Não existe atestado sem consulta médica

O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, recusou hoje que possa vir a ser possível passar um atestado sem que haja uma consulta médica e acrescentou que "em Portugal se exagera com a necessidade de atestado médico".
"Um atestado médico é uma declaração que o médico produz após realizar um acto médico. Não existem atestados na ausência do médico. Esses papéis passarão a ter o valor que a burocracia lhes quiser dar, mas não terão nada a ver com Medicina", declarou Pedro Nunes, à margem da apresentação da Fundação Portuguesa de Pneumologia, que decorreu de manhã em Lisboa.
As declarações do bastonário surgem em reacção a uma denúncia do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), avançada na passada semana e que dava conta de atestados médicos "ilegais", que os médicos dos centros de saúde seriam obrigados a passar a doentes com gripe A (H1N1) e familiares, sem que houvesse observação clínica.
"Em Portugal exagera-se com a necessidade de atestado médico e quer-se muitas vezes transformar os médicos em polícias, que não o devem ser nem têm essa função", criticou Pedro Nunes. LUSA

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bastonária dos Enfermeiros acredita que maioria dos enfermeiros vai optar por ser vacinada


A bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz estar convencida que a maior parte da classe vai optar por ser vacinada contra a gripe A. Maria Augusta de Sousa considera, no entanto, normal que nem todos pensem da mesma maneira.
A maior parte dos enfermeiros que trabalham na Linha Saúde 24, em Lisboa, ouvidos pela TSF, não quer ser vacinado contra a gripe, porque considera que esta foi não suficientemente testada.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros pensa, no entanto, que esta não é uma opinião generalizada na classe.
Já a direcção-geral da saúde afirma não ter qualquer dúvida sobre as vantagens da vacina contra a gripe A. TSF

Bastonário dos Médicos diz que enfermeiros da Linha Saúde 24 só podem estar mal informados




O bastonário da Ordem dos Médicos acredita que os enfermeiros da Linha Saúde 24 só podem estar mal informados e pensa que esta é a explicação para que a maior parte não queira ser vacinado contra a gripe A.
O bastonário da Ordem dos Médicos não tem dúvidas de que a vacina contra a gripe A é segura, em reacção à notícia da TSF que ouviu os enfermeiros da Linha Saúde 24 que mostram reticências em ser vacinados.
Apesar de fazerem parte do grupo prioritário, em Lisboa, entre os mais de 200 enfermeiros que trabalham na Linha Saúde 24, a maior parte recusa ser vacinado, por entender que esta é uma vacina que ainda não foi suficientemente testada.
O bastonário da ordem dos médicos, Pedro Nunes, não concorda e desconfia que os enfermeiros não estão bem informados. Pedro Nunes admite, ainda assim, que alguns médicos não queiram ser vacinados contra a gripe A. TSF

Ministra da Saúde NÃO vai ser vacinada


«A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse que ainda não sabe se será vacinada.» link «Também perante a mudança de Governo disse não poder responder se integra os membros do Executivo que serão prioritários na vacinação.» Saúde SA

Gripe A: Enfermeiras e médica contraíram vírus

Quatro enfermeiras do serviço de cirurgia do Centro Hospitalar de Coimbra e uma médica que esteve recentemente em Espanha foram contagiadas com a gripe A.
De acordo com a SIC as enfermeiras terão apanhado o vírus de uma paciente enquanto a médica o deverá ter trazido de Espanha. As cinco estão neste momento de quarentena e a serem tratadas enquanto que a paciente foi transferida para o serviço de doenças infecciosas.
Recorde-se que a campanha de vacinação contra a gripe A arranca na segunda-feira. De acordo com o Ministério da Saúde as crianças entre os 5 e os 12 anos só serão vacinadas depois do Inverno. CM

Sindicato Enfermeiros manifesta «confiança» em Ana Jorge


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses tem «confiança» em que a reconduzida ministra da Saúde, Ana Jorge, continue o trabalho desenvolvido até agora e faz votos para que retome o processo negocial da carreira de enfermagam.
Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse à Lusa que, numa perspectiva de «continuidade da política» do Ministério da Saúde e do trabalho que tem vindo a ser concretizado, o sindicato manifesta «confiança» na prossecução desse trabalho.
«Outra questão prende-se com o processo negocial da carreira de enfermagem que foi iniciada», disse a dirigente sindical, dizendo esperar que a ministra convoque nova reunião negocial após o encontro marcado para 15 de Outubro ter sido adiado. Lusa

Gripe A: Enfermeiros da Saúde 24 recusam vacina


Apesar de fazerem parte do grupo prioritário, o primeiro com direito à vacina, a maior parte dos 200 enfermeiros que trabalham na Linha Saúde 24, em Lisboa, não quer ser vacinado contra a gripe, com o argumento de que a vacina ainda não foi suficientemente testada. Isto apesar das autoridades de saúde garantirem a qualidade da vacina.
Em declarações à TSF, Cátia Pereira, uma das enfermeiras especializadas que só atende chamadas relacionadas com casos de gripe, explica que «junto de pessoas saudáveis julgo que a gripe A não é muito alarmante e como também é uma vacina que considero não estar muito estudada e verificada optei por não tomar».
No entanto, apesar destes receios, a Direcção-Geral de Saúde assegura que esta vacina contra a nova variante da gripe oferece todas as garantias, com Graça Freitas a explicar que, «se a vacina foi feita num período mais pequeno do que o habitual, isso não quer dizer que tenha sido feita à pressa, as pessoas podem ficar completamente tranquilas». LUSA

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Psoríase: Doentes querem reconhecimento como doença crónica


A esmagadora maioria dos doentes com psoríase gasta em média 200 euros por mês em tratamento, um valor incomportável para muitas famílias, que acabam por ter de optar entre medicamentos e alimentação, alerta a PsoPortugal - Associação Portuguesa de Psoríase.
A associação luta por isso pelo reconhecimento da psoríase como doença crónica para que os medicamentos possam ser mais facilmente adquiridos pelos doentes. A mais recente medida foi a entrega de uma petição na Assembleia da República com mais de 11 500 assinaturas, aproveitando o arranque da nova legislatura e as vésperas do Dia Mundial da Psoríase, que se assinala a 29 de Outubro.
«O essencial do problema é que a psoríase é uma doença crónica para nós [doentes] e para os médicos, que a tratam como tal, mas não é vista como uma doença crónica pelo Serviço Nacional de Saúde», disse hoje à agência Lusa o presidente da PsoPortugal, João Cunha."Isso faz com que muitos doentes estejam impedidos de realizar os tratamentos porque nem sequer conseguem adquirir os medicamentos", afirmou.
De acordo com a mesma fonte, um inquérito realizado junto dos associados da PsoPortugal revelou que a "esmagadora maioria das pessoas" tem uma despesa que ronda os 200 euros por mês. LUSA

Doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte em Portugal


De acordo com dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e relativos a 2008, as doenças do aparelho circulatório continuam a ser principal causa de morte em Portugal.
As doenças do aparelho circulatório estão no topo da lista, no ano passado provocaram a morte a mais de 33 600 pessoas, na sua maioria mulheres. Valor que dá uma média de 92 óbitos por dia.
Seguem-se os tumores malignos na lista de doenças mais mortais. Em 2008 foram quase 25 mil aqueles que perderam a vida devido ao cancro, tendo sido os homens as principais vítimas.
Em terceiro lugar surgem as doenças do aparelho respiratório que provocaram mais de 11 500 mortes, na sua maioria indivíduos do sexo masculino.
Em quarto lugar estão as doenças do aparelho digestivo com quase 11 600 óbitos e logo a seguir os acidentes, envenenamentos e o que o Instituto Nacional de Estatística classifica como violências, que em 2008 foram as responsáveis por 4500 mortes, sendo quase dois terços do sexo masculino.
Por fim surge a diabetes, mais fatal nas mulheres. No ano passado perderam a vida 4267 pessoas devido a esta doença.
Entre as outras causas de morte, o INE divulga que ocorreram 790 óbitos pelo vírus da SIDA e 1035 pessoas faleceram na sequência de lesões auto provocadas intencionalmente.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística em 2008 morreram em Portugal Continental 104 768 pessoas, mais de 97 mil tinham 50 anos ou mais. TSF

Algarve conta receber 300 mil vacinas contra gripe A


Das 48 mil doses que chegam a Portugal nos próximos dias, apenas duas mil serão distribuídas no Algarve, que durante as três fases irá receber 300 mil doses. Os primeiros a receber a vacina serão profissionais de saúde «insubstituíveis» e grávidas com patologias crónicas.

Segundo a responsável pela vacinação na Administração Regional de Saúde do Algarve, nos próximos dias serão vacinados prioritariamente os profissionais de saúde «insubstituíveis», pela «sua especialidade», e trabalhadores do INEM, do Instituto Português do Sangue e da Linha de Saúde.
Além disso, acrescentou Helena Mecena, serão prioritárias numa primeira fase grávidas com patologias graves no segundo e terceiro trimestres de gestação, a quem aconselhou a consultarem o médico de família «para confirmarem se vão ser abrangidas nesta primeira fase».
No entanto, adiantou, para a vacinação, basta apresentarem «o boletim de saúde», desde que a sua situação esteja registada naquele documento.
A partir de Janeiro, devem chegar vacinas em número suficiente para administrar a outros grupos, nomeadamente mais profissionais de saúde, cidadãos com patologias crónicas e crianças com idade máxima de cinco anos.
Se as doses que chegarem a Portugal forem em número suficiente, os serviços de saúde admitem ainda vacinar crianças até aos 12 anos.
A responsável pela vacinação na Administração Regional de Saúde do Algarve aconselhou aos doentes consultarem os seus médicos, pedindo uma declaração para serem vacinados.
A vacina contra a gripe A vai ser administrada apenas no Serviço Nacional de Saúde, mediante apresentação da declaração do médico, sendo que Portugal tem encomendadas vacinas para cerca de três milhões de portugueses. TSF

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Estado está a falhar na área da saúde mental - especialista


O Estado «está a falhar» na área da saúde mental, obrigando que, em Portugal, a reinserção social dos doentes está, «cada vez mais», nas mãos das Organizações Não Governamentais (ONG). «O Estado tem de tomar conta das populações», acusa o presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.
O papel do Estado, que devia responder às carências da sociedade, está a ser desempenhado pelas ONG, «que estão disponíveis para receber este tipo de doentes, ensinam-lhes as aptidões e os recursos que é preciso aprender para adquirir meios para conseguir trabalhar e algumas delas conseguem mesmo arranjar empregos», defendeu Adriano Vaz Serra.
Já o coordenador da Saúde Mental em Portugal, em declarações à TSF, considerou que também o Estado tem a obrigação de garantir a reinserção social dos doentes. «As ONG têm um papel importante, mas não podemos esquecer a importância dos serviços públicos», afirmou Caldas de Almeida.
O responsável realçou ainda o contributo das ordens religiosas nos cuidados de saúde mental, sublinhando que, «nos próximos anos, vão ter oportunidade» de continuar a ajudar nesta área. LUSA

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Medicamentos: Indústria investe 100 M€ por ano em Portugal


A indústria farmacêutica investe anualmente cerca de 100 milhões de euros em investigação e desenvolvimento em Portugal, valor que a crise terá diminuído nos últimos tempos e que se traduziu na diminuição de ensaios clínicos, revelaram especialistas.
João Barroca, da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), revelou hoje, durante um encontro sobre a gestão do medicamento em meio hospitalar, que o investimento dos laboratórios em Portugal foi de 100 milhões de euros em 2007.
Sobre os anos seguintes, João Barroca disse não ter dados, confessando estar «curioso» por saber esses valores, uma vez que, desde então, «vários centros de pesquisa em Portugal encerraram por dificuldades externas e internas». Lusa

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Grávidas querem epidural


A maioria das grávidas recebe tratamento para a dor no trabalho de parto, sendo a via epidural o método preferido. Segundo um estudo realizado a nível nacional nos hospitais públicos, entre 37 por cento e 93 por cento das grávidas opta pelam anestesia.
A médica anestesista do Hospital de S. Marcos, Braga, Maria Rui Crisóstomo, coordenadora do estudo, explica: "Fizemos um inquérito telefónico a todos os serviços de Anestesiologia dos blocos de parto públicos e constatámos que a maioria das grávidas tem acesso ao tratamento da dor no trabalho de parto, embora seja uma actividade ainda não valorizada pela tutela."
A responsável defende a criação de uma base de dados a nível nacional para "criar indicadores mais fiáveis". Em 2008, houve 104 675 nascimentos no País. Neste ano, no Hospital de Braga, dos 3068 partos, 2080 grávidas foram tratadas com técnicas de analgesia. "Torna-se imperativo fazer um bom controlo da dor", disse. CM

Parkinson: nova terapia genética com resultados encorajadores


Testes preliminares de uma nova terapia genética para a doença de Parkinson deram resultados "encorajadores" nos primeiros pacientes, com melhoria da motricidade e da qualidade de vida até um ano depois do tratamento.
Estas melhoras foram obtidas por uma equipa do Centro de Investigação Molecular de Fontenay-aux-Roses, em França, e constam num estudo publicado hoje na revista norte-americana Science Translational Medicine.
Nos macacos a terapia genética - a primeira baseada num vírus equino directamente inoculado no cérebro - permitiu "80% de recuperação, com resultados estáveis até 44 meses depois da injecção do tratamento", afirma Béchir Jarraya, neurocirurgião do Hospital Henri Mobdor, na região de Paris, onde está a decorrer um ensaio clínico em humanos.

Os cientistas simularam a doença de Parkinson em macacos através da administração de uma neurotoxina que lhes provocou os tremores, a rigidez e a postura instável que lhe são característicos. A seguir injectaram-lhes um vírus de cavalo sem perigo para o homem, o vírus da anemia infecciosa equina (VAIE), pertencente à família dos lentivírus, que "esvaziaram e encheram" com três genes essenciais (TH, AADC e CH1) ao fabrico da dopamina pelo cérebro.
É a perda de dopamina que provoca o descontrolo dos movimentos do corpo. O tratamento normal consiste na administração de medicamentos que aumentam o nível da substância no cérebro, mas não ao ponto de assegurarem um funcionamento normal.
A primeira fase do ensaio envolveu seis pacientes, os primeiros dos quais foram tratados há já um ano; e a segunda abrangerá 12. "Um ensaio com um número alargado de pacientes (fase 3) não será feito antes de 2013", segundo Stéphane Palfi.

Os resultados nos primeiros pacientes - "uma resolução das discinesias" (movimentos ou posturas anormais) obtida "sem efeitos secundários (inflamação cerebral, por exemplo) - são "extremamente encorajadores", sublinha Palfi.
O tratamento (proSavin) é produzido pela sociedade britânica Oxford biomédica, promotora do ensaio humano.
Parkinson, a doença neurodegenerativa mais frequente depois de Alzheimer, afecta cerca de 20.000 pessoas em Portugal e 6,5 milhões no mundo, crescendo proporcionalmente ao aumento da esperança de vida da população. Lusa

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Imagine um mundo sem enfermeiros

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Gripe A já custou 68 milhões ao Estado


A gripe A já teve um custo para o Estado de 67,5 milhões de euros. Só este ano, o Governo gastou 45 milhões com compra de seis milhões de doses de vacinas e 22,5 milhões com o anti-viral Oseltamivir.
De acordo com a TSF estes são apenas os custos directos. Por apurar estão ainda os indirectos que podem subir dos 330 aos 500 milhões de euros, valores que dependem da evolução da pandemia e se regem por um estudo da Deloitte.
Segundo esta análise, se se tiver em conta o absentismo laboral, a doença pode implicar uma redução do Produto Interno Bruto da ordem dos 0,3 e 0,45 por cento.
Sobre este estudo, a ministra da Saúde, Ana Jorge, optou por não comentário: "É muito precoce estarmos a fazer comentários", declarou aos jornalistas num encontro que decorreu na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
"Estamos ainda numa fase muito precoce da epidemia em Portugal, não sabemos o que vai acontecer, até porque a entrada das vacinas agora poderá modificar o comportamento da epidemia", disse. CM

sábado, 10 de outubro de 2009

Robô vítima de trauma treina profissionais


Silva foi vítima da explosão de uma mina. Uma equipa médica portuguesa luta para salvá-lo no meio da selva, mas trata-se apenas de um boneco com o qual médicos e enfermeiros vão aprender a actuar em cenário de guerra.Com 1,80 metros de altura e 80 quilos, Silva luta pela sobrevivência. Aparentemente não tem feridas exteriores, mas entrou em paragem cardio-respiratória, o que obrigou a equipa de trauma e emergência (médico, enfermeiro e socorrista) a usar um desfibrilhador, depois de ter tentado reanimá-lo com uma massagem cardíaca.O boneco robô é accionado por um simulador que permite a programação de diversas situações de trauma. Silva respira, tem pulsação, sangra e pode ser entubado e sujeito a intervenções críticas e a medicação, como qualquer doente.O robô faz parte do Centro de Simulação Médica do Exército, inaugurado no dia em que o Hospital Militar Principal comemora o 175.º aniversário.Além de possibilitar o treino em ambiente hospitalar, o Centro de Simulação prepara equipas médicas para ambientes de campanha (pré-hospitalar e hospital de Campanha), constituindo um suporte essencial para o treino dos profissionais de saúde militares."Vamos capacitar essas equipas para actuar em terreno adverso", nomeadamente nas acções das missões nacionais militares destacada no estrangeiro, mas também no reforço da saúde civil portuguesa em situação de catástrofe ou emergência, disse à agência Lusa o tenente-coronel Jácome de Castro.O médico explicou que esta tecnologia foi desenvolvida pelo exército norte-americano na década de 90 para possibilitar a formação em situações que no dia-a-dia os hospitais não estão em condições de fornecer.O Centro de Simulação tem duas valências: Uma área para treino de emergência hospitalar e outra para treino em situações adversas.O Hospital Militar Principal tem ainda um hospital de campanha, com um bloco operatório, uma Unidade de Cuidados Intensivos e tele-medicina, para que os profissionais de saúde que estejam no terreno possam ser acompanhados e aconselhados pela estrutura hospitalar fixa.Montado nas instalações do Hospital Militar Principal, o hospital de campanha dispõe de equipamento de cirurgia e de várias camas."O hospital está pronto para partir em qualquer momento, para qualquer ponto do globo. Nós podemos ser chamados a utilizá-lo em missões internacionais e no território nacional", garantiu o médico Jácome de Castro."Em seis horas temos capacidade de colocar uma primeira parte do hospital em qualquer ponto do território nacional, em 24 horas instalar um hospital com 12 camas, a funcionar em pleno, e em 74 horas um hospital com 40 camas", garantiu.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Freira lança acção no YouTube contra vacina da gripe A


Decidida a alertar a população para os riscos da vacinação contra o vírus da gripe A (H1N1), uma freira beneditina espanhola iniciou um movimento no YouTube. Mais do que alertar para os efeitos secundários, esta enfermeira e médica apela para que as pessoas “digam não à vacina”.
Decidida a alertar a população para os riscos da vacinação contra o vírus da gripe A (H1N1), uma freira beneditina espanhola iniciou um movimento no YouTube.
Mais do que alertar para os efeitos secundários, esta enfermeira e médica apela para que as pessoas “digam não à vacina”.
Teresa Forcades defende que ninguém deve ser obrigado a vacinar-se contra a gripe A e denuncia os interesses políticos e económicos por detrás das empresas responsáveis pela sua produção e comercialização.
A freira aponta uma situação de alegada contaminação para fundamentar a sua posição. Refere especificamente que “um dos laboratórios responsáveis pela produção de vacinas contra a gripe A enviou uma vacina contaminada”. Como tal, diz: “Enquanto não se esclarecer esta situação não a quero para mim, para os meus filhos, nem para ninguém do meu círculo de contactos.”

Operações às cataratas em “excesso”


O presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, António Travassos, alertou ontem para o excesso de cirurgias às cataratas que estão a ser feitas, salientando que os números são "astronómicos" comparativamente a outros países com uma dimensão semelhante a Portugal. Fonte do Ministério da Saúde reconhece que o número de cirurgias foi superior ao habitual em 2008 e 2009, mas que este número "corresponde ao aumento da capacidade de resposta conferido pelo Programa de Intervenção em Oftalmologia, que veio colmatar algumas carências".
Segundo o dirigente da SPO, a ambliopia, patologia visual que mais afecta as crianças portuguesas, é quase sempre tratável, mas o diagnóstico e a terapêutica chegam muitas vezes demasiado tarde para permitir uma recuperação total. CM

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Jovens com Asperger deixam escola aos 16 anos


Um grande número de jovens com síndrome de Asperger, uma perturbação neurocomportamental, abandona a escola a partir dos 16 anos.
Com o objectivo de contrariar este facto, criando condições para a aquisição de competências e para a obtenção de emprego, a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) deu ontem início às obras de reabilitação da ‘Casa Grande’, um edifício que englobará um centro de actividade ocupacional e uma residência, em Benfica, Lisboa, cuja conclusão está prevista para o início de 2012.
De acordo com Maria da Piedade Monteiro, presidente da APSA, "a grande responsabilidade da associação é fomentar o emprego", preparando as empresas para acolher os jovens. O projecto beneficiará 53 utentes da área de Lisboa, com uma permanência de 4 ou 5 anos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Medicina molecular dá Nobel


Três cientistas foram ontem galardoados com o Prémio Nobel da Medicina, resultado de investigações sobre a protecção dos cromossomas. O anúncio foi feito em Estocolmo, na sede da Academia Real Sueca das Ciências, que hoje divulga o vencedor do prémio Nobel da Física.
Os trabalhos da australiana Elizabeth H. Blackburn, da norte--americana Carol W. Greider e do inglês Jack W. Szostak, explicou a Academia, "abrem o caminho para a cura de diversas doenças causadas por degenerações genéticas como certo tipo de anemias, o cancro da pele ou do pulmão".
Hans Jörnvall, do Comité Nobel para a Medicina, foi quem revelou o nome dos três vencedores: "Este ano, o prémio Nobel da Medicina foi atribuído aos três cientistas que descobriram a solução para um grande problema da biologia: como os cromossomas podem ser inteiramente copiados durante a divisão celular e como eles se protegem contra a degradação".
A solução, esclareceu o comité, "estava nas terminações dos cromossomas, os telomeros, e na enzima que os forma, a telomerase". Esta enzima poderá ser a chave para a eterna juventude, porque está implicada no envelhecimento celular.
Cláudio Sunkel, director do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, referiu que o trabalho dos premiados "tem a ver com uma parte específica do processo através do qual as células duplicam o material genético". "Descobriram como as portas do cromossoma se protegem e se mantêm constantes ao longo do tempo".
Alexandre Quintanilha, um dos mais reputados investigadores portugueses, conhece Elizabeth Blackburn há mais de vinte anos, tendo colaborado com a cientista em trabalhos do Comité de Investigação do Departamento do Genoma Humano. "A Elizabeth Blackburn é uma investigadora da máxima qualidade e penso que já devia ter recebido o prémio há bastante tempo", disse.
PORMENORES
ELIZABETH BACKBURN
Nasceu na Austrália em 1948 e actualmente é professora de Biologia e Fisiologia na Universidade da Califórnia, São Francisco, nos EUA.
CAROL W. GREIDER
Natural de San Diego, na Califórnia, em 1961, é professora no departamento de Biologia molecular e Genética na Escola de Medicina Johns Hopkins (EUA).
JACK W. SZOSTAK
Nasceu em Londres em 1952 e está na Escola de Medicina de Harvard desde 1979. É professor no Massachusetts General Hospital e no Howard Hughes Medical Institute.
MAIS CINCO NOBEL
Até segunda-feira serão conhecidos os vencedores de mais cinco categorias do prémio Nobel. Hoje será o de Física, seguindo-se Química, Literatura, Paz e Economia.
EGAS MONIZ FAZ 60 ANOS
Em 1949, o português António Egas Moniz foi galardoado com o Nobel da Medicina.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Farmácia trocou medicamento


Dois profissionais da farmácia do Hospital de Santa Maria– um responsável de turno e a manipuladora dos medicamentos – já foram constituídos arguidos pela Secção de Homicídios da Polícia Judiciária de Lisboa pelo crime de ofensas à integridade física por negligência no caso dos doentes que cegaram após intervenção cirúrgica. Os funcionários poderão incorrer numa pena de prisão até um ano ou na pena de multa até 120 dias.
Segundo apurou o CM, a tese de negligência estará fundamentada na troca de produtos – citotóxicos, que servem para tratar o cancro – administrados aos doentes, conclui o relatório da PJ que ontem foi entregue ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.
A PJ detectou erros no manuseamento dos produtos farmacológicos, os mesmos que já tinham sido identificados pela própria Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, entre 22 a 31 de Julho.
A Autoridade Nacional do medicamento (Infarmed), recorde-se, também detectou “não-conformidades” nos procedimentos hospitalares. Porém, os mesmos erros não foram detectados pela vistoria da Ordem dos Farmacêuticos. Os peritos concluíram, a 6 de Agosto, “não se ter verificado qualquer incorrecção por parte dos farmacêuticos, nem qualquer alteração aos procedimentos estabelecidos”. O CM tentou um esclarecimento da bastonária, mas tal não foi possível.
A substância que foi injectada a 17 de Julho nos olhos dos seis pacientes, causando-lhes cegueira, permanece desconhecida. A análise feita pelo Instituto de Medicina Legal terá sido inconclusiva. Outra amostra do produto foi enviada para um laboratório no estrangeiro.
A administração do hospital alega haver segurança nos procedimentos e diz que “as circunstâncias que levaram a este grave incidente não decorreram das fragilidades dos procedimentos em vigor”.
AVASTIN PARA CANCRO
Era suposto ter sido administrado o Avastin (bevacizumab), medicamento de uso exclusivo hospitalar para o tratamento de doentes com cancro metastizado do cólon ou do recto.
REMÉDIO SUSPENSO
O hospital suspendeu os tratamentos com Avastin até à conclusão dos inquéritos.

Gripe A: Portugal recebe 49 mil doses de vacinas


Portugal vai receber numa primeira remessa 49 mil doses e os primeiros portugueses a vacinar-se contra a gripe A, a partir de 26 de Outubro, serão os profissionais de saúde (incluindo médicos e enfermeiros) considerados imprescindíveis e essenciais à prestação de serviços considerados essenciais, bem como as grávidas a partir do 3º mês de gestação com doença associada.
O plano de vacinação contra a gripe A (H1N1) foi apresentado hoje pela ministra da Saúde, Ana Jorge, que admitiu poder vir a ser vacinada, não por ser médica mas por exercer cargo num órgão de soberania.
Ana Jorge afirmou que a vacinação será realizada exclusivamente no Serviço Nacional de Saúde, nos centros de saúde, “onde habitualmente se administram vacinas”.

Cancro digestivo é o mais mortal


O cancro digestivo é o tumor que mais mata em Portugal, o que o torna um problema de saúde pública que deve ser alvo de campanhas de informação frequentes, alertou o oncologista Sérgio Barroso.
Em Portugal, os cancros digestivos mais frequentes são o colorrectal e o do estômago, registando-se milhares de casos por ano. Segundo Sérgio Barroso, do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo, o cancro colorrectal é responsável por cinco mil novos casos/ano, com uma mortalidade a rondar os 3 mil casos. Já o gástrico tem quatro mil novos casos, com a mortalidade a rondar os 3 mil. "Se forem tratados numa fase precoce podem ter cura", sublinha.
Inactividade física, obesidade, álcool e tabagismo são factores de risco.