segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vagas para enfermeiros

A ministra da Saúde, Ana Jorge, comprometeu-se a abrir concurso de duas mil vagas para os enfermeiros e a apresentar uma nova proposta de grelha salarial, novidades comunicadas esta semana ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que, ainda assim, critica.


Segundo Guadalupe Simões, dirigente do SEP, as vagas não chegam para todos e deverão ficar de fora cerca de 2500 profissionais. Isto porque existem 4500 enfermeiros em situação precária – 3500 contratados e mil subcontratados.

A questão da carreira de enfermagem, tema a debater e que se arrasta desde Junho, foi adiada para a próxima reunião negocial entre ministério e sindicato, marcada para dia 15.

Nesta última ronda, que se realizou na quinta-feira, a ministra admitiu ainda abrir concurso para os enfermeiros que trabalham no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e que, devido à lei da mobilidade, estavam em risco de "desfalcar" o INEM de recursos.

O Ministério da Saúde garantiu abrir concurso para 80 vagas, para os 94 candidatos que trabalham no INEM.

Na próxima reunião está ainda previsto que seja debatida a situação dos enfermeiros que trabalham nas parcerias público-privadas e a falta de enfermeiros. CM

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ameaça cancela vigília


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusa o Ministério da Saúde de ameaçar desmarcar uma reunião agendada para as 18h00 de ontem com a ministra Ana Jorge caso o SEP não desconvocasse uma vigília prevista para as 17h30. O SEP acabou por desmarcar a vigília “em função da importância da reunião”, mas considerou “inqualificável” a atitude do Governo.
Em comunicado, o sindicato explicou que a vigília tinha como objectivo “alertar para a crescente precariedade com que os enfermeiros estão confrontados e exigir a admissão de mais enfermeiros para os Centros de Saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”.
O SEP estima que faltem mil enfermeiros na região de Lisboa. Guadalupe Simões admite reagendar a vigília em função dos resultados da reunião com Ana Jorge, que terminou depois do fecho desta edição. CM

Depressão pode aumentar riscos de incontinência urinária

Mulheres idosas que sofrem de depressão correm mais risco de desenvolver incontinência urinária, segundo um estudo da Universidade de Washington, nos EUA.
De acordo com os investigadores, estudos anteriores já demonstravam altas taxas de depressão entre as mulheres com incontinência, porém pouco se sabia sobre qual condição levaria à outra. Nesse sentido, a nova pesquisa apresenta evidências de que a depressão levaria ao «descontrolo da bexiga», mas o contrário não ocorreria.
A equipa de cientistas acreditava que, devido ao facto do neurotransmissor serotonina cumprir um papel em ambas as condições, as mudanças fisiológicas causadas por uma delas poderiam ser o primeiro estágio para a outra. «Pensamos que, possivelmente, iríamos ver duas coisas. Em algumas pessoas, por causa das mudanças químicas no corpo, a depressão poderia levar à incontinência, mas, noutras, a causa ocorreria ao contrário, como reação psicológica à incontinência», destacou Jennifer Melville.
Na pesquisa, os especialistas utilizaram dados colhidos em seis anos de uma pesquisa com pessoas recentemente aposentadas em 70 mil lares. A partir daí, foram conduzidas duas análises: uma em que as mulheres que entraram no estudo com depressão foram examinadas quanto ao desenvolvimento de incontinência urinária; e a outra, que observou aquelas que já tinham o distúrbio urinário, para ver se desenvolviam o problema de saúde mental durante o acompanhamento.
De acordo com os autores, as análises dessa amostra de cerca de 6 mil mulheres com média de idade de 59 anos tiveram resultados surpreendentes. A pesquisa indicou «um processo muito forte, levando da depressão à incontinência e, na verdade, a incontinência não levando à depressão».
«Os médicos podem usar as descobertas deste estudo para aconselhar mulheres com depressão sobre um aumento potencial do risco para o desenvolvimento de incontinência urinária, ou sobre o que fazer se os sintomas de incontinência começarem», explicaram os autores, destacando que, por outro lado, a perda de controlo da bexiga pode representar um grande impacto emocional e, por isso, não deve ser ignorada.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Centros de saúde: Faltam mais de cinco mil enfermeiros


No distrito de Lisboa, faltam mais de mil enfermeiros nos cuidados primários, número que aumenta para cinco mil a nível nacional, denunciou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que se concentra esta quinta-feira em vigília, frente ao Ministério da Saúde.
A dirigente da Direcção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) explicou que a estrutura tem acompanhado as alterações na organização dos centros de saúde e que ficou «evidente» a falta de enfermeiros ao nível dos cuidados primários. «Já fizemos um levantamento do número de enfermeiros, em cada um dos centros de saúde, e verificámos que pelos menos na região de Lisboa faltam mais de mil enfermeiros, tendo em conta os rácios da Organização Mundial de Saúde», adiantou Isabel Barbosa.
Esse número aumenta cinco vezes quando se analisa o panorama a nível nacional, referiu. «Se tivermos em conta apenas os cuidados primários, ou seja, os centros de saúde, faltam cerca de cinco mil enfermeiros. Mas estamos a deixar de fora a rede de cuidados continuados, a rede de cuidados paliativos e os hospitais porque juntando tudo são cerca de 21 mil», disse a presidente do SEP, Guadalupe Simões.
Além da falta de enfermeiros, como explicou a responsável, está também em causa o «alto nível de precariedade nos centros de saúde», principalmente em Lisboa, Setúbal e Santarém, com o aparecimento do «recente fenómeno» da subcontratação. «Além dos contratados que já existiam, muitos deles há cinco anos ou mais, agrava-se este facto porque subcontratam enfermeiros que são absolutamente necessários ao funcionamento dos centros de saúde», denunciou a dirigente sindical.
Para o SEP, «não há razão lógica» para que este fenómeno aconteça e defende que se os enfermeiros são necessários devem ser contratados.
Com a vigília de hoje, os enfermeiros pretendem deixar várias exigências ao Governo. «A primeira exigência é mais admissão de enfermeiros e depois é estabilizar todos os enfermeiros com vínculo precário que existem nos centros de saúde e efectivarem-nos», adiantou Isabel Barbosa, acrescentando que serão cerca de 200, só em Lisboa, os enfermeiros com vínculo precário.
Querem, por outro lado, melhores condições de trabalho, como «Salas de tratamento adequadas e transporte com motorista para a prática dos cuidados continuados», sublinhou.
A vigília começa por volta das 17:30, podendo prolongar-se até perto das 19:30, e será sobretudo de dirigentes, delegados e activistas do SEP. Lusa

Hospitais: Dívida aos laboratórios subiu para 585,5 M€

A dívida dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde aos fornecedores de medicamentos alcançou os 585,5 milhões de euros em Setembro, um agravamento de 20 por cento desde Janeiro, referem dados da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma).
O prazo médio de pagamento dos hospitais aos fornecedores era, em Setembro de 243 dias, «o dobro do tempo definido como aceitável pelo Governo», refere a Apifarma na sua «newsletter» de Novembro.
Segundo a associação, mais de metade da dívida total «acumula-se há mais de 90 dias, prazo que o Ministério da Saúde definiu como aceitável para pagamento dos medicamentos que os hospitais compram à indústria farmacêutica». Lusa

Estado dá incentivos para «empurrar» médicos para Interior

Os médicos que optem por trabalhar no interior do país vão receber cerca de 750 euros do Estado. De acordo com a edição de hoje do jornal i, vão ser abertas 179 vagas, 44 delas para médicos de família, em zonas desfavorecidas do país, no próximo ano.
Os profissionais dispostos a fixarem-se nesses locais durante um período de cinco e sete anos terão uma bolsa mensal de 750 euros por mês (70% do salário de um interno).
Os dois sindicatos médicos aprovam a medida do Governo, mas Mário Jorge, presidente da Federação Nacional dos Médicos, salvaguarda que «é necessário definir uma política mais global para fixar profissionais nas zonas carenciadas».
Uma das situações é a contratação dos clínicos depois de terminado o período de formação.

Quatro em dez esperam pelo menos um mês por consulta no SNS

Quatro em cada dez pacientes aguardam pelo menos um mês por uma consulta com o médico de família, concluiu a Deco Proteste num inquérito, cujos resultados foram hoje difundidos.
«A situação piorou face ao último estudo da associação em 2004», sendo que «a longa espera atinge agora mais seis por cento de utentes», indica, em comunicado, a associação de defesa de direitos dos consumidores, que para o seu estudo inquiriu 4.300 utentes dos serviços de saúde.
A associação concluiu, também, que «os portugueses estão mais satisfeitos com os centros de saúde do que em 2004, mas ainda esperam muito pelas consultas», sendo as regiões Norte e do Algarve as mais afectadas pela demora. Lusa

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Bastonária exige uma mudança de política ao Ministério


A Ordem dos Enfermeiros não aceita o fim dos contratos de cerca de 30 profissionais de saúde, que trabalham para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Contactada pela TSF, a bastónária dos enfermeiros exigiu um mudança de política por parte do Ministério da Saúde.


Dezenas de colaboradores do INEM terminam contratos em menos de um mês, como confirmou à TSF o porta-voz do Instituto Nacional de Emergência Médica, que esclareceu que se trata de profissionais médicos, principalmente enfermeiros, ao abrigo do programa de mobilidade.
Contudo, a Ordem dos Enfermeiros mostra-se preocupada com esta situação, e em declarações à TSF, a bastonária Maria Augusta de Sousa lamentou a instabilidade laboral que pode pôr em causa o funcionamento do INEM.
«Não faz qualquer sentido que este corpo de pessoas que não tenha efectivamente uma garantia da continuidade do seu trabalho. A questão que se coloca é que estas medidas que são tomadas conduzem a uma eventual condição que pode pôr em causa o funcionamento normal do INEM», sublinhou.
A bastonária disse ainda à TSF que vai ter uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Jorge, no próximo dia 25 deste mês, para a sensibilizar para este problema.
«É preciso ter presente que não se garante a qualidade dos cuidados por substituição de enfermeiros que não têm competência e experiência de intervenção nesta área», destacou.
Em risco, alertou a bastonária Maria Augusta de Sousa, está a qualidade da prestação de cuidados de saúde do INEM. TSF

INEM: Vários responsáveis na Região Centro demitiram-se


Vários responsáveis do INEM na Região Centro demitiram-se nos últimos dias devido a divergências com a direcção nacional, disseram hoje à agência Lusa fontes da instituição.
«Estes responsáveis, todos com larga experiência de 'back office' e formação, apresentaram a demissão. Os meios SIV da Região Centro poderão não estar operacionais a partir de 01 de Janeiro», declarou uma das fontes, que pediu para não ser identificada.
Conctactado pela Lusa, o enfermeiro Rui Miguel, coordenador regional dos meios Suporte Imediato de Vida (SIV), confirmou alguns dos problemas que abalam a delegação regional do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).«Tenho sido informado pelos colegas da sua intenção de não continuarem após 31 de Dezembro», disse.
Cerca de 30 enfermeiros, seis dos quais com responsabilidades de coordenação em «back office» a partir de Coimbra, asseguram na região a prestação de cuidados de emergência com ambulâncias SIV.
No Centro, o INEM dispõe de bases SIV em Peniche, Pombal, Cantanhede, Tondela e Seia. Todos os coordenadores da região vão reunir-se na terça-feira, em Coimbra, para analisar a situação.

Vinte e três dos 24 enfermeiros que integram os meios SIV não têm vínculo ao INEM, estando requisitados a outros serviços do Ministério da Saúde ao abrigo de comissões de serviço por interesse público.
Há anos que a maioria destes profissionais anseia fazer parte dos quadros do Instituto, não vislumbrando agora que tal venha a acontecer até final de 2010. Neste quadro, «estão quase todos a dizer que não ficam», disse Rui Miguel, frisando que ele próprio já comunicou à hierarquia a sua indisponibilidade para continuar no INEM.
Paulo Anacleto, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), alegou, por outro lado, que «muitos dos enfermeiros» adstritos aos meios SIV «estão a ser pressionados» pelas antigas chefias a regressar aos hospitais de origem no dia 1 de Janeiro.

A Lusa tentou contactar a responsável máxima do INEM na Região Centro, mas tal não foi possível porque Regina Pimentel encontra-se de baixa médica. Por seu lado, a responsável de comunicação e imagem do INEM, Raquel Leal, desvalorizou a situação, sublinhando que a maioria dos enfermeiros em causa está requisitada no âmbito da «mobilidade interna» entre serviços do Ministério da Saúde.
«É um processo de mobilidade normal da Função Pública. Internamente não é um problema, se têm de regressar já contavam com isso», disse.
Raquel Leal adiantou, no entanto, que aqueles enfermeiros «têm agora a possibilidade de prorrogar essa mobilidade», desde que as chefias de origem estejam de acordo. Lusa

Gripe A: Hospital de Guimarães admite situação insustentável


O director clínico do Centro Hospitalar do Alto Ave, em Guimarães, Dias dos Santos, reconheceu que a situação nas urgências daquela unidade «tornou-se insutentável» com o disparar de casos de utentes com sintomas de gripe A.
Alguns dos utentes que recorreram sábado às Urgências do Centro Hospitalar do Alto Ave em Guimarães (Hospital Senhora da Oliveira) «fartaram-se de esperar» e deram largas à indignação, gerando alguns desacatos. Dias dos Santos reconheceu que a situação nas urgências do Hospital de Guimarães «tornou-se insustentável» no sábado, mostrando-se compreensivo com a indignação dos utentes.
«Compreendo que as pessoas se sintam injustiçadas e percam a paciência. Ninguém gosta de estar à espera de ser atendido durante cinco ou seis horas consecutivas, mas, nos últimos dias, é o que tem acontecido com alguma frequência», admitiu, argumentando com o facto de a Urgência ter passado, «de repente», de atender «cerca de 300 utentes por dia para cerca de 500 e mais pacientes», o que, frisou, «torna humanamente impossível a prestação de um serviço célere e com alguma qualidade, com o reduzido número de profissionais disponíveis».
Os Serviços de Urgência do Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA) há algum tempo que apresentam sinais de dificuldade, sobretudo na resposta ao atendimento. Ultimamente, o problema agravou-se devido ao aumento da procura por parte de doentes que apresentam sintomas do vírus H1N1.
«As normas solicitam às pessoas que se dirijam aos cuidados primários, mas isso quase nunca se verifica e os doentes concentram-se massivamente no hospital, entupindo literalmente o serviço», sublinhou o médico, que garante que está a fazer esforços para reforçar a equipa e tentar minimizar o problema, mas que «não é fácil encontrar profissionais disponíveis para assumir aquelas tarefas».
Segundo o mesmo responsável, o problema é já do conhecimento da ministra da Saúde, Ana Jorge, que, na última deslocação ao CHAA, reconheceu que «as urgências geral e pediátrica evidenciam necessidade de renovação», admitindo que a obra «poderá entrar brevemente em concurso».
«Estamos na fase final desse projecto que todos queremos concretizar, para alcançar mais qualidade e motivação para os profissionais e responder bem às necessidades de saúde da população», prometeu, na altura, a governante. Lusa

sábado, 21 de novembro de 2009

Faro tem novo hospital


O novo Hospital Particular do Algarve, em Faro, um investimento que ronda os 35 milhões de euros, vai abrir as portas no próximo dia 27, anunciou o respectivo grupo investidor.
Instalada na zona de Gambelas, perto da Universidade do Algarve e do Aeroporto Internacional de Faro, a unidade de Saúde privada disporá de um serviço de atendimento permanente (24 horas/dia) e de um total de 80 camas.
Segundo informação veiculada pelo porta-voz do empreendimento, Paulo Oliveira, o Hospital Particular do Algarve assenta no conceito de "hotel de saúde", com possibilidade de "intervenção cirúrgica a qualquer hora do dia ou da noite". O novo hospital levará à colocação na região, em permanência, de 125 médicos. CM

Erro médico: Sistema de notificação avança até final do ano


As unidades de saúde portuguesas vão ter a funcionar, até ao final do ano, um sistema de notificação de eventos adversos, o qual visa incentivar os profissionais a comunicarem os erros sem terem receio de ser punidos.
De acordo com a chefe da divisão de segurança clínica da Direcção-Geral da Saúde (DGS), Cristina Costa, o sistema será ibérico e está a ser desenvolvido pelas autoridades portuguesas e espanholas, através de um enquadramento legal adequado «para os profissionais notificarem os eventos adversos sem terem receio de ser castigados».
«A ideia não é punir os profissionais, mas aprender com os erros e melhorar», adiantou, acrescentando que o grande objectivo da iniciativa é «aprender com o erro», sendo por isso o sistema designado de «notificação e aprendizagem».
Segundo Cristina Costa, algumas instituições já têm este sistema a funcionar, mas a DGS pretende tê-lo a operar de uma forma uniformizada.
Em Portugal, um em cada dez internamentos hospitalares complica-se por um qualquer erro, com dano para os doentes, segundo o documento «Governação dos Hospitais», elaborado por um grupo de trabalho da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
Há anos que especialistas defendem a existência, em cada hospital, de «uma estrutura e uma estratégia explícita de gestão do risco clínico», conforme se lê no documento. Um desses especialistas é o cirurgião José Fragata, director do serviço de cirurgia cardiotorácica do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, para quem a notificação e discussão do erro médico é fundamental para que estes eventos diminuam.
Por esta razão, o autor do livro «O Erro em Medicina», acolhe com grande satisfação a iniciativa da DGS de implementar em Portugal um sistema de monitorização de eventos adversos. José Fragata vai mais longe e defende a existência de dois sistemas, que «podem perfeitamente coexistir: um sistema voluntário e outro obrigatório».
A declaração obrigatória refere-se aos casos que, «pela sua gravidade, se denominam eventos nunca, como a cirurgia no lado errado, erros de transfusão, mortes inesperadas, etc.», explicou. Lusa

Ministra: cerca de 50 mil pessoas vacinadas contra vírus H1N1


Ministra: cerca de 50 mil pessoas vacinadas contra vírus H1N1Cerca de 50 mil pessoas já foram vacinadas contra a gripe A nos centros de Saúde, o que «significa que já houve uma maior adesão à vacina, o que é bem-vindo», afirmou esta sexta-feira a ministra da Saúde, Ana Jorge.
À margem da comemoração do milésimo transplante hepático no Hospital Curry Cabral, a responsável referiu que “felizmente tem havido uma adesão às vacinas”.
Na próxima semana, a responsável prometeu apresentar dados mais pormenorizados sobre o número de pessoas vacinadas e sobre grupos de risco.
“O número esperado de [vacinados] podia ser maior dado que o número de vacinas que já existe é maior. Mas nas primeiras semanas a adesão às vacinas não foi muito grande”, afirmou.
A campanha de vacinação contra a gripe A H1N1 começou a 26 de Outubro para grávidas do segundo e terceiro trimestre com patologia associada, profissionais de saúde considerados imprescindíveis e profissionais de outros sectores essenciais para o funcionamento da sociedade. Na passada segunda-feira, todos os doentes crónicos e as crianças com mais de seis meses e até aos dois anos passaram a poder ser vacinadas.

"Nas últimas duas semanas, tem havido uma maior adesão e os números têm vindo a subir e os serviços têm vindo a ser capazes de responder, o que é muito bom”, afirmou.
Ana Jorge referiu ainda não ter havido qualquer indicação para parar com a vacinação das grávidas. A ministra acrescentou que médicos, obstetras e estudiosos da questão têm sido “precisos” nas indicações, dizendo não haver qualquer razão para evitar a vacina e que o risco que uma grávida corre “não sendo vacinada e tendo a gripe", é “muito superior”.
Em Portugal, foram noticiados três casos de morte fetal após vacinação das grávidas contra a gripe A, negando as autoridades de Saúde que haja uma relação, embora as situações estejam a ser analisadas. Lusa

Ministra afasta hipótese de novo modelo financiamento do SNS

A ministra Ana Jorge afastou hoje a possibilidade de alterações na forma de financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), depois do primeiro-ministro ter referido o pagamento conforme as possibilidades e o uso dos serviços consoante as necessidades.
Durante o discurso na sessão comemorativa do milésimo transplante hepático do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, o primeiro-ministro, José Sócrates, referiu que o país tem um SNS porque «aspira à igualdade».
«Sim, à igualdade no acesso à Saúde. E é através do SNS que gostaríamos que todos os portugueses pudessem ser iguais no acesso à saúde. É por isso que temos um SNS para servir o valor da igualdade. Mas é também através do SNS que queremos dar expressão ao valor da equidade, que todos paguem em função das suas possibilidades e recebam em função das suas necessidades», sublinhou. Lusa

Hospitais: Curry Cabral vai tornar-se EPE, anuncia ministra


O Hospital Curry Cabral, de Lisboa, será transformado em Entidade Pública Empresarial, anunciou hoje a ministra da Saúde, Ana Jorge, na cerimónia de comemoração dos mil transplantes hepáticos naquela unidade hospitalar, em Lisboa.
Para justificar a decisão, a governante referiu que a medida está inserida no quadro da reforma da rede hospitalar que tem sido desenvolvida desde a legislatura passada.
«Dentro desta linha reformista», Ana Jorge também respondeu afirmativamente aos pedidos dos responsáveis do Curry Cabral de transformar o Centro Hepato-Bilio-Pancreático e de Transplantação em Centro de Responsabilidade Integrado. Lusa

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Portugal envia mais médicos e enfermeiros


Uma segunda equipa de três médicos e três enfermeiros partiu, ontem, para Cabo Verde, para substituir o primeiro grupo de sete profissionais que partiu a 7 de Novembro para apoiar o combate à epidemia de dengue – a doença já infectou perto de 17 mil pessoas. A equipa é composta por dois médicos de Medicina Interna cabo-verdianos, uma infecciologista e três enfermeiros dos Cuidados Intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Os profissionais de Saúde integram as escalas de serviço no Hospital Agostinho Neto, na Cidade da Praia, capital cabo-verdiana. Na bagagem levam ainda 35 quilos de equipamento clínico e medicamentos. A primeira equipa levou 14 embalagens de material clínico, dois monitores de funções vitais e dois ventiladores.
Fernando Regateiro, presidente do conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra, sublinha ao CM a prontidão da resposta ao pedido de ajuda: "Em apenas três horas reunimos uma equipa de profissionais."
Entretanto, a doença continua a colher vítimas em Cabo Verde. Domingo registaram-se 301 novos casos de dengue, mas nenhuma morte. No total, a dengue provocou nos últimos dois meses 16 744 casos, dos quais 149 de febre hemorrágica da dengue e seis mortes. O próprio primeiro-ministro José Maria Neves esteve uma semana de baixa, tendo ontem regressado ao trabalho.
Para a directora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Maria de Lurdes Monteiro, há "uma diminuição gradual de casos, embora seja muito lenta". A epidemiologista confessa não gostar dos números de fim-de-semana "porque podem não ser os melhores indicadores". "Ainda não percebi a razão, mas o que é certo é que ao fim-de-semana o número de novos casos é substancialmente mais baixo. Será por as pessoas preferirem ficar doentes em casa a ir ao hospital?", questiona. CM

‘Viagra’ para mulheres dispara desejo sexual


A falta de desejo sexual das mulheres pode ter um final feliz muito em breve. Dentro de 18 meses, dizem os especialistas, poderá ser aprovado o medicamento que irá tratar a disfunção hipoactiva do desejo sexual das mulheres, prometendo uma revolução semelhante à que o Viagra desencadeou nos homens.
Para já ainda está só na fase dos ensaios clínicos, mas os responsáveis da Boehringer Ingelheim acreditam que deverá chegar ao mercado lá para 2011. Os dados divulgados esta semana no Congresso da Sociedade Europeia da Medicina Sexual, em Lion (França), demonstram que a frequência das relações sexuais nas mulheres que tomaram a Flibanserina dobrou: aumentou de 2,8 para 4,5 vezes por mês.
Duas mil mulheres, maiores de 18 anos e que ainda não estavam na menopausa, aceitaram participar no ensaio clínico para testar a nova função da Flibanserina. Entre 9 a 26 por cento destas mulheres foi diagnosticada a disfunção hipoactiva do desejo sexual. Antes do ensaio, que durou seis meses, a média de relações sexuais era de 2,8 por mês. Após esse período, o grupo que tomou 100 mg/dia deste medicamento afirmou que a sua actividade sexual aumentou para 4,5 por mês. O grupo ao qual foi dado um placebo também registou um aumento: passou de 2,8 para 3,7 relações sexuais por mês.
Esta substância, inicialmente usada no tratamento de depressões, já se mostrara eficaz em estimular a libido de animais de laboratório e humanos durante os ensaios clínicos do antidepressivo. CM

Alimentos biológicos crus ou ao vapor são «a melhor dieta»

Os produtos biológicos, consumidos crus ou cozinhados ao vapor, são «a melhor dieta», porque, graças a este tipo de alimentação, é possível prevenir e curar doenças, disse um especialista em alimentação biológica e nutriterapia.
Diferente da nutrição, a nutriterapia «é uma terapia feita através da escolha dos alimentos», que, ao ter em conta as características específicas de cada alimento, pode «prevenir, mas também curar, várias doenças», explicou Jean-Claude Rodet, co-fundador da Associação Internacional de Nutriterapeutas e da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (AGROBIO).
De acordo com este especialista, o estudo dos alimentos e das suas características «é já muito antigo» e nasce com Paracelso, um médico que viveu entre os séculos XV e XVI e que desenvolveu o conceito de terapia através dos alimentos, da sua forma e da cor. «A beterraba vermelha, pela sua cor, faz lembrar o sangue e, na realidade, este alimento ajuda quando existe uma situação de anemia. As unhas-do-diabo, uma planta, parecem dedos tortos e, na realidade, têm propriedades para curar as deformações articulares das mãos», exemplificou Rodet, que também dirige o Instituto de Saúde Natural, de Montreal, Canadá.
«O feijão tem a forma de um rim e hoje sabemos, através de pesquisas científicas, que o feijão pode curar várias doenças do rim», acrescentou.
Jean-Claude Rodet não tem dúvidas de que «a maioria das doenças pode ser curada através dos alimentos», embora haja situações «em que já é tarde demais para qualquer tratamento». «Mas isso também acontece com os medicamentos farmacêuticos», salientou.
Para levar uma alimentação saudável e saber usar os alimentos na prevenção de doenças, é preciso, no entanto, saber algumas regras. «É preciso identificar as fraquezas do organismo e depois fortalecê-lo através de alimentos naturais, biológicos, na maioria crus, e depois escolher alimentos específicos para cada doença», explicou, acrescentando que esse é um trabalho que deve estar nas mãos de um nutriterapeuta. Para além da importância da escolha dos alimentos, Rodet explicou que é preciso depois saber prepará-los, ter «cuidado» com o processo de cozedura e com a sua conservação.
Para este especialista, não há dúvidas de que a cozedura a vapor é a forma mais saudável de preparar os alimentos porque é a que melhor preserva as suas propriedades, e desaconselha a fritura, o «barbecue» e a grelha. «Quando os alimentos são carbonizados ou caramelizados já são tóxicos. Não são saudáveis», disse.
Jean-Claude Rodet não exclui o consumo de carnes vermelhas, porque «faz parte da diversidade dos alimentos», mas defendeu que deve ser ingerida em pequenas quantidades, no máximo uma vez por semana, porque é «acidificante e provoca um desequilíbrio acidobásico do organismo, que pode causar doenças generativas». Já no que diz respeito ao peixe, Rodet aconselha o seu consumo cru, «com sumo de limão por cima», senão cozido ao vapor, no forno ou estufado.
Apesar de referir estas regras gerais, o especialista defende a individualização da alimentação, ou seja, um tipo de dieta em que são levadas em conta as características físicas específicas de cada pessoa e o seu estilo de vida, pois cada um tem necessidades alimentares próprias. Jean-Claude Rodet tem a certeza de que esta é uma tendência alimentar que veio para ficar e que se está perante «uma viragem ecológica que não é uma moda, mas uma tendência de futuro». Lusa

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Depressão será a doença mais comum do planeta em 2030


Nos próximos 20 anos, a depressão deverá afectar mais pessoas que qualquer outro problema de saúde, inclusive as doenças cardiovasculares e o cancro. A estimativa é da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A entidade alerta também para os custos económicos e sociais e para a diminuição da produtividade resultantes dos gastos com tratamento.
Países pobres, onde já se registam mais casos de depressão que os desenvolvidos, serão os mais afectados nas próximas décadas.
«A patologia tem diversas causas, algumas biológicas, mas parte delas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais stress no dia a dia que as ricas, e não é surpreendente que tenham mais depressão», disse o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS, na primeira Cimeira Global de Saúde Mental, em Atenas, na Grécia.
Segundo o responsável, não devemos considerar que haja uma epidemia silenciosa, porque a depressão tem vindo a ser cada vez mais diagnosticada.

«Mas as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e tratadas como em qualquer outro distúrbio, e é preciso mudar a mentalidade em relação à doença», sublinha o médico.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Crianças até dois anos de idade começam a ser vacinadas hoje



Todas as crianças até aos dois anos de idade podem ser vacinadas contra o vírus H1N1 a partir de hoje, depois de o Ministério da Saúde ter decidido considerar este grupo prioritário na prevenção e combate à gripe A, antecipando assim a sua vacinação.
Inicialmente estava previsto que a partir desta semana iria ser vacinado o grupo B, que inclui pessoas com doenças crónicas como diabetes, problemas cardiovasculares, asma, insuficência renal e profissionais de saúde em contacto directo com doentes, entre outros. Mas o Ministério da Saúde decidiu considerar como prioridade todas as crianças entre os seis e os 24 meses, pelo que também elas podem ser vacinadas a partir de hoje. O calendário inicial integrava as crianças saudáveis no grupo C e só começariam a ser vacinadas mais tarde, em função da chegada de novas doses de vacina. A ministra da Saúde afirmou no Sábado que, no entanto, Portugal tem vacinas contra a gripe A (H1N1) em stock, pelo que os pais de crianças saudáveis dos seis aos 24 meses devem contactar os centros de saúde para saberem quando as podem vacinar. «Além dos doentes crónicos, dos profissionais de saúde e dos profissionais essenciais para o funcionamento do país, temos também esta possibilidade« de incluir as crianças mais novas - cerca de 145 mil - já na fase de vacinação que arranca hoje, disse Ana Jorge. As vacinas, explicou, chegam em frascos de 10 doses e é necessário organizar a sua aplicação para não haver desperdícios, já que existe um prazo de 24 horas para serem usadas depois de aberta a embalagem. É por isso que os pais devem contactar os centros de saúde para marcarem a hora e o dia em que podem vacinar os filhos. Até aqui as crianças tinham de levar uma declaração médica a atestar a necessidade da vacina, em função de doença crónica, mas tratando-se de crianças saudáveis basta apenas o Boletim de Nascimento ou a Cédula de Saúde. Segundo Ana Jorge, não há falta de vacinas nas unidades de saúde autorizadas a ministrá-las e todas as que chegaram a Portugal já estão distribuídas pelas administrações regionais e centros de saúde. Entre 02 e 08 de Novembro foram registados focos de infecção por gripe A (H1N1) em 191 escolas do país, triplicando os valores da semana anterior (60). "A actividade gripal centra-se ainda predominantemente em ambiente escolar", segundo o último relatório semanal do Ministério da Saúde sobre a evolução do vírus. TSF

Bagão Félix: reforma na saúde tem de se basear no bom-senso


O ex-ministro da Segurança Social Bagão Félix defendeu hoje que "qualquer reforma com pés e cabeça" na área dos cuidados "tem de se basear no bom-senso".
"Nos cuidados de saúde está implícita uma exigência ética e deontológica que ultrapassa em muito a generalidade dos bens e serviços", disse.
Bagão Félix intervinha no segundo e último dia de trabalhos do congresso "Que sistema de saúde para Portugal", organizado pela Associação dos Médicos Católicos Portugueses.
Entrecruzam-se, na prestação dos cuidados de saúde, "a sua natureza humana, a aspiração de equidade", bem como "as especificidades estritas", as regras éticas e deontológicas e "uma evolução tecnológica alucinante no diagnóstico e terapêutica".
O antigo governante realçou ainda que se impõe "uma gestão cada vez mais exigente numa economia de escassez", "uma crescente consciencialização dos direitos das pessoas" e "o imperativo da privacidade".
"A ética está sempre antes da política", enfatizou, reconhecendo que "qualquer mudança reformadora na prestação dos cuidados de saúde é palco de muitas e apaixonadas discussões".

Na sua opinião, reformar o sector da saúde "é uma tarefa bem mais difícil de anunciar do que de pôr em prática".
O cirurgião Manuel Antunes, que interveio também na fase final dos trabalhos, lembrou que os cuidados de saúde em Portugal absorvem cerca de 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), valor superior à média da União Europeia, que ronda os 8,4 por cento.
Ao afirmar que em Portugal os gastos com saúde "quintuplicaram nos últimos 20 anos", Manuel Antunes preconizou que "esta escalada um dia tem que terminar, o que já deveria ter acontecido ontem".
O catedrático e médico dos Hospitais da Universidade de Coimbra abordou "a falência do modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que tem sido seguido até aqui".
Importa, por outro lado, acautelar a separação do exercício da medicina privada das actividades que os profissionais cumprem no âmbito do SNS.
"Sem duplicações e sem promiscuidades", acrescentou Manuel Antunes.

Duarte Lima, antigo líder da bancada parlamentar do PSD, interveio sobre a "Perspectiva do utilizador".
O advogado caracterizou os cuidados do SNS pela sua "boa medicina, bom cuidado humano e boa organização logística". Lusa

sábado, 14 de novembro de 2009

4.500 novos casos cancro mama por ano, morrem 1.500


Em Portugal estão a surgir 4.500 novos casos de pessoas com cancro da mama por ano e a mortalidade anual é de 1.500 pessoas, mas a prevenção precoce pode salvar, alertou hoje o presidente da Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS).
A situação actual em Portugal é que surgem todos os anos 4.500 novos casos de cancro de mama, ou seja, «há 12 novos casos por dia de cancro da mama», disse à agência Lusa o presidente da SPS, João Moura Pereira.
Em cada 100 mulheres com cancro de mama, apenas um homem é registado com essa doença, ou seja, 1 por cento. Lusa

Sarna atingiu profissionais da urgência Hospital São Bernardo


Um surto de sarna, uma doença cutânea transmissível, atingiu vários profissionais do Serviço de Urgência Geral do Hospital São Bernardo nos últimos dias, disse hoje fonte daquela unidade de saúde.
Segundo um comunicado divulgado esta tarde pelo hospital, os profissionais afectados “foram prontamente medicados, estando neste momento a situação controlada”.
O documento salienta que “após a primeira aplicação cutânea do tratamento, deixa de existir risco de contágio”, pelo que os profissionais afectados se mantêm no posto de trabalho e o serviço a funcionar normalmente.
De acordo com o hospital, a contaminação terá tido origem num doente que deu entrada naquele serviço, tendo, nesse mesmo dia, sido efectuada uma desinfecção nas instalações e equipamentos”.
O Hospital São Bernardo garante ainda que o Serviço de Saúde Ocupacional e a Comissão de Controlo de Infecção do Centro Hospitalar estão a acompanhar esta situação, mas que não se registaram novos casos nos últimos dias. Lusa

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Açores: Casais com acesso gratuito a técnicas de RMA


Os casais açorianos com problemas de fertilidade vão ter acesso gratuito a técnicas de reprodução medicamente assistidas, nos termos de uma convenção que será estabelecida com uma entidade privada, anunciou hoje o secretário regional da Saúde, Miguel Correia.
Nesse sentido, o executivo regional abriu hoje um concurso para a convenção da prestação de cuidados de saúde nesta área, que tem um prazo de 10 dias para a apresentação de propostas.
«O concurso visa permitir o acesso gratuito a técnicas de reprodução medicamente assistida a casais que tenham dificuldade em ter filhos», afirmou Miguel Correia, em declarações aos jornalistas no Corvo.
Actualmente, a Região envia anualmente cerca de 100 casais por ano para clínicas no continente, o que envolve um gasto de cerca de 170 mil euros.
«Queremos encontrar um parceiro nos Açores que pratique este tipo de técnicas», frisou o secretário regional, salientando que está em causa «garantir o acesso gratuito a técnicas que são muito onerosas».
Segundo Miguel Correia, o acesso dos casais será feito através dos hospitais e centros de saúde, mas estão previstos casos de acesso directo, desde que sejam preenchidos determinados requisitos clínicos.

O secretário regional da Saúde admitiu que «é previsível um aumento da procura» deste tipo de técnicas na sequência da convenção que será assinada com uma entidade privada, mas assegurou que a dotação financeira a definir pelo governo permitirá cobrir todas as necessidades. Lusa

Consulta da diabetes em todos os centros de saúde em 2010


O coordenador do Programa Nacional de Prevenção e controlo da Diabetes avançou esta sexta-feira que em 2010 espera pôr em marcha a consulta de diabetes em todos os centros de saúde e implementar a nível nacional o rastreio sistemático dos olhos.
No Fórum Nacional da Diabetes, que decorre no próximo sábado, Dia Mundial da Diabetes, José Manuel Boavida lembrou que esta é uma doença que afecta cerca de 2,6 milhões de portugueses, entre diabéticos e pré-diabéticos, noticia a Lusa.
Manuel Boavida sublinhou que existem um elevado número de casos não diagnosticados, que se deve ao facto de esta ser uma «doença silenciosa, quase sem sintomas», onde os primeiros indícios são «muito leves» e aos quais as pessoas se adaptam.
«Não há uma política activa de análise de rotina nas pessoas saudáveis», disse.
O coordenador explica que este é um cenário «perigoso» porque o que vai acabar por conduzir a um diagnóstico serão as complicações decorrentes da diabetes, como as lesões nos olhos, nos rins ou as amputações das extremidades do corpo.
José Manuel Boavida referiu também que quem se dirige aos centros de saúde são as pessoas que já têm queixas e que é preciso conseguir chegar junto das pessoas que estão fora do circuito médico.
«A medicina do futuro tem de ir à procura das pessoas que têm a tensão alta, que têm diabetes, que têm colesterol elevado, a fim de evitar as complicações, os sofrimentos e os altos custos que isto tem para o serviço nacional de saúde», defendeu, acrescentando que cerca de 30 por cento do total de enfartes do miocárdio e dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) ocorrem em diabéticos. Lusa

Director Geral da Saúde diz que surto vai aumentar


O director geral da Saúde, Francisco George, apelou hoje àqueles que recusam a vacinação contra a Gripe A para se protegerem, porque a actividade epidémica vai intensificar-se e o risco da vacina "é praticamente nulo".
"É preciso que todos compreendam a necessidade e a oportunidade de rapidamente se protegerem, uma vez que estamos a admitir que a actividade epidémica aumente. A actividade epidémica não será dramática, mas vai aumentar", declarou à agência Lusa, em Coimbra, onde participou na sessão de abertura do 1º Congresso Europeu e Ibero-Americano de Simulação Biomédica e Segurança do Doente.
Para Francisco George, "comparar os benefícios da protecção que a vacina assegura com os riscos da vacina, que são praticamente inexistentes, não faz sentido".
Contudo, disse que há sinais positivos, já que as recusas à vacina "estão a diminuir de forma significativa", e "todas as unidades de vacinação comunicam que a adesão tem aumentado".
Sobre a situação da Gripe A em Portugal, o director geral da Saúde disse que "há uma reconhecida intensificação da actividade epidémica, mas dentro dos padrões que tinham sido admitidos, antecipados e esperados".
"Há um aumento da actividade dentro dos parâmetros e do padrão epidemiológico que tinha sido admitido para a quadragésima quinta semana. Confirmamos que há um aumento da circulação do vírus, um aumento da actividade gripal dentro dos padrões que tinham sido antecipados, esperados", sublinhou.
Referiu que "este trabalho de seis meses foi para preparar o país para um situação deste tipo".
"Não estamos com problemas surpreendentes. Não há, portanto, nada de novo sobre esta matéria, agora", concluiu.
Na sessão de abertura do congresso, o director do Centro de Simulação Biomédica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) referiu que a segurança do doente é hoje um dos temas que mais preocupam as pessoas e as entidades interessadas em saúde".
Martins Nunes sublinhou que é um sinal dessas preocupações a presença de 120 participantes no congresso e o envolvimento das mais importantes sociedades científicas mundiais -- a europeia, a americana e a latino-americana, bem como de centros de simulação biomédica de vários países.
O 1º Congresso Europeu e Ibero-Americano de Simulação Biomédica e Segurança do Doente compreende conferências e 12 workshops em várias áreas e conta com participantes oriundos de vários países da Europa, África, América do Norte e do Sul. DN

Ministra: Taxas moderadoras não cumpriram objectivos


A ministra da Saúde afirmou esta quinta-feira que as taxas moderadoras nos internamentos e cirurgias serão revogadas por «não terem cumprido os seus objectivos», mas defendeu que o anterior ministro não cometeu um erro ao implementá-las.
"Não podemos considerar um erro, foram tomadas decisões na altura e têm de ser enquadradas como decisões que na altura foram consideradas as mais adequadas", disse hoje a ministra da Saúde, Ana Jorge, sobre a decisão tomada pelo seu antecessor, Correia de Campos, de implementar taxas moderadoras para cirurgias e internamentos hospitalares, medida hoje revogada em Conselho de Ministros com efeitos a 01 de Janeiro de 2010.
À margem de uma visita ao Hospital de São José, em Lisboa, a ministra referiu também que o fim destas taxas resulta de uma análise aos proveitos que delas advinham: "São muito pouco eficazes para a sustentabilidade do sistema e a sua eficácia enquanto moderadoras não existiu".
A ministra excluiu, no entanto, que as taxas em vigor para as consultas possam ser abolidas, dizendo que essa seria uma decisão que não faria sentido e que é preciso alguma regulação no acesso aos serviços de saúde, com objectivos pedagógicos.

"É o uso criterioso em função das necessidades que faz com que os serviços tenham capacidade de responder àquilo que são as necessidades das pessoas", afirmou.
Ana Jorge adiantou também que no quadro do próximo Orçamento de Estado não estão previstas novas taxas na saúde ou "outras medidas que levem a aumentar a contribuição das pessoas".
No entanto, disse que em relação às actualizações das taxas em vigor, que acontecem todos os anos, mas que em 2009 não se verificaram devido ao clima económico, ainda nada está decidido.
Ana Jorge justificou a revogação das taxas em Conselho de Ministros - evitando desta forma uma discussão no Parlamento - dizendo que só desta forma o fim das taxas poderia ter efeitos já no início do próximo ano.

"As taxas a serem discutidas no Parlamento só terão efeitos em sede de Orçamento de Estado. O Orçamento de Estado este ano não vai ser discutido agora, será mais tarde, e por essa razão, nós considerámos que seria importante que pudesse entrar em vigor já no início de 2010", declarou a ministra.
No final do primeiro Conselho de Ministros deliberativo do Governo, o ministro Pedro Silva Pereira afirmou que a decisão de revogação destas taxas moderadoras "está na linha do que tinha sido sinalizado pela ministra da Saúde".
De acordo com a avaliação feita pelo executivo em relação à aplicação das taxas moderadoras para internamento e cirurgia, a conclusão é que "não cumpriu os objectivos e que visavam um efeito pedagógico na consciências sobre os custos do SNS".
"O Governo decidiu agora pela revogação porque o seu protelamento para a sede do Orçamento do Estado não permitira que houvesse efeitos logo a partir de 01 de Janeiro de 2010", justificou. LUSA

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Turistas cancelam viagens a Cabo Verde


Os turistas portugueses já começaram a cancelar as viagens para Cabo Verde. De acordo com a Associação Portuguesa de Agências de Viagens (APAVT), registaram-se 40 pedidos de cancelamento devido à epidemia de dengue, que já infectou mais de 13 mil pessoas naquele país. Os pedidos de informação, acrescenta a APAVT, também sofreram "um aumento exponencial".
"Temos registado alguns cancelamentos, na ordem das quatro dezenas", disse Paulo Brehm, da APAVT, ressalvando porém que continua a haver reservas para Cabo Verde: "Algumas pessoas cancelam as viagens, outras continuam a reservar. O balanço ainda não está feito, mas o que se pode dizer é que os operadores não encontraram, até ao momento, motivos para cancelar a operação."
Entre os mais de 13 mil infectados pode estar o primeiro-ministro de Cabo Verde. José Maria Neves aguarda os resultados das análises para determinar a doença. "Pode ser dengue, pois a epidemia está a afectar muitas pessoas, mas também pode ser cansaço", disse Janira Hopfer Almada, ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares.
A epidemia de dengue em Cabo Verde está a ter repercussões até na criminalidade. As autoridades de segurança locais revelaram ontem que durante o fim-de-semana se registou uma diminuição de cerca de 70 por cento no número de ocorrências.
Alcides Gomes Tavares, comandante da Brigada Anticrime de Cabo Verde, não hesitou em relacionar a doença com a redução da criminalidade. "Esta descida deve-se à epidemia de dengue que assola Cabo Verde, não poupando os criminosos e muito menos os cidadãos honestos", afirmou, referindo-se aos números apresentados pelo comando da Polícia Nacional cabo-verdiana: 15 ocorrências registadas no último fim-de-semana, quando a média costuma ser de cinquenta casos. CM

José Sócrates: Vacinação à gripe A


O primeiro-ministro, José Sócrates, e a ministra da Saúde, Ana Jorge, serão hoje vacinados contra a gripe A na Unidade de Saúde Marginal, em São João do Estoril. CM

Genéricos representam um sexto dos medicamentos vendidos


Uma em cada seis embalagens de medicamentos vendidos em Portugal já é de genéricos, afirmou terça-feira à noite, no Porto, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde à margem de um debate sobre «Política do medicamento».
Manuel Pizarro acrescentou que «há seis meses era apenas uma em cada sete embalagens», concluindo assim que a evolução registada mostra que «os portugueses, confiam cada vez mais nos genéricos».
«A quota dos genéricos em termos de embalagens está em 17,4 por cento e em valor encontra-se nos 18,6 por cento» dos medicamentos vendidos em Portugal.Mas nem tudo corre bem neste domínio, segundo Vasco Maria, presidente do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), que também participou no debate, organizado pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. Vasco Maria condenou a proliferação de «medicamentos genéricos à volta da mesma substância activa», tendo dado como exemplo a sinvastatina, utilizada para combater problemas cardiovasculares e da qual existem várias cópias à venda. «Estranho que a tutela ainda não tenha feito nada» sobre esta questão, realçou Vasco Maria, numa altura em que Manuel Pizarro já não se encontrava na sala.

À margem deste debate, o governante falou ainda sobre as despesas com medicamentos, desmentindo que haja descontrolo. «A despesa com medicamentos cresceu 1,6 por cento acima daquilo que tínhamos previsto», disse Pizarro, explicando que a explicação para este facto reside na decisão do anterior governo de proporcionar «genéricos gratuitos para todos os pensionistas com mais de 65 anos que ganham menos do que o salário mínimo nacional».
«Isto abrange 900.000 portugueses e contribuiu, seguramente muito, para o crescimento do mercado dos genéricos e também para que gastássemos um pouco mais do que o que tínhamos previsto», acrescentou. O governante garantiu que o Governo tem a «despesa sob controlo».

Ainda sobre a política de saúde, Manuel Pizarro realçou que «a ambição do Ministério da Saúde é que em cada hospital, onde existe uma urgência a funcionar 24 horas por dia, exista também uma farmácia» de venda ao público. «Estão abertas cinco e nos próximos dois, três anos vão abrir mais», indicou. Lusa

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Médico preferido nos EUA


O pediatra luso-americano Paulo Pinho foi distinguido em Nova Jérsia (EUA) como o “médico preferido das crianças”, mas orgulha-se de cuidar também dos pais e de seguir quatro gerações da mesma família. “É uma honra. Gosto de saber que estão satisfeitos com o meu trabalho”, referiu.
Paulo Pinho nasceu há 35 anos nos Estados Unidos, onde se licenciou em Medicina, e abriu há três anos a clínica PASE Medical. Numa pesquisa elaborada pela revista ‘New Jersey Family’ sobre os médicos preferidos, o luso-americano foi o escolhido na especialidade de pediatria. “Cerca de 60% dos utentes são portugueses. Por causa da língua e por ser de origem portuguesa. Entendo a cultura e a maneira de viver”, disse o médico.
Atento à grande procura de utentes portugueses, Paulo Pinho tem funcionários que dominam o português. Filho de pais naturais de Viseu, o luso-americano fala fluentemente português graças à Escola Portuguesa que frequentou. “O meu pai era professor e a minha língua primária foi o português”, disse. Os seus dois filhos também falam português e até a mulher, descendente de italianos, aprendeu a língua. CM

Diabetes: Obesidade e hipertensão são factores de alerta

Excesso de peso, hipertensão e obesidade são factores que poderão servir de alerta para o problema da diabetes «que não está diagnosticada», disse hoje o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Luís Negrão.
«Temos uma grande percentagem de indivíduos que têm uma grande probabilidade de, nos próximos dez anos, serem diabéticos, o que quer dizer que as pessoas continuam a viver muito bem, continuam a desconhecer o seu estado de saúde e esquecem-se que há pequenas coisas que podem fazer para melhorar a sua qualidade de vida», disse à agência Lusa Luís Negrão, à margem da apresentação de um estudo no âmbito da campanha «Ganhar Saúde».
De acordo com os dados hoje apresentados, 38 por cento dos 1164 portugueses analisados na segunda fase da campanha de rastreios «Ganhar Saúde» apresentam «elevado risco de sofrer diabetes no futuro» ou têm já a doença.
«O problema é aquele indíviduo (o chamado diabetes tipo II) que não tem grandes quebras da glicémia, mas sim grandes subidas, e esse indivíduo vive muito bem sem qualquer tipo de problemas e suporta a sua actividade física muito bem. Ora, esse é preciso identificá-lo - porque não sabe que é diabético - e é preciso começar a tratá-lo», saliantou o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
No entender de Luís Negrão, é mais grave viver com a diabetes desconhecendo que se tem a doença do que viver com ela, pois «aquele diabético que está diagnosticado esse é acompanhado, é visto pelo médico de família e é devidamente vigiado».
«Agora, aquele que acha que não sofre de doença nenhuma - e nós encontrámos alguns - esses têm uma grande probabilidade de vir a sofrer desta doença», disse.
O estudo, realizado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia em parceria com a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, foi realizado entre Setembro e Novembro deste ano para o projecto «Ganhar Saúde» e avaliou 1164 utentes de 13 Unidades de Saúde Familiar e Centros de Saúde de todo o país.
A principal conclusão retirada pelos autores do estudo, que já vai na segunda fase (a 1.ª foi dedicada à pressão arterial sistólica), é de que «existe uma redução efectiva da primeira para a segunda visita, nos valores rastreados».
O projecto «Ganhar Saúde» tem por objectivo alertar a população para a problemática da hipertensão, excesso de peso e redução do risco cardiovascular e metabólico, desafiando-a a reduzir peso e a mudar de hábitos.
Nesta segunda fase da campanha, as duas Unidades de Saúde Familiar que recolherem os maiores 'donativos' em peso irão receber um equipamento de análise da composição corporal por bioimpedância, que permite efectuar a avaliação fidedigna da massa gorda corporal, parâmetros utilizados no aconselhamento nutricional personalizado. Lusa

Gripe A: Vacina é «segura» e médicos devem ser vacinados

A vacina contra a gripe A (H1N1) é tão «segura» como as vacinas das gripes sazonais e os médicos de família portugueses devem administrá-la a si próprios e aos doentes, defendeu hoje uma especialista britânica.
«A vacina é segura. À semelhança de todas as outras vacinas, foi licenciada pela Agência Europeia do Medicamento e submetida ao mesmo processo de testes pelo qual, todos os anos, passam as vacinas da gripe sazonal», afirmou a médica de família Maureen Baker.
A especialista, secretária honorária e responsável pelo estudo da gripe A do «Royal College of General Practitioners» (Colégio Real de Médicos de Família), falava aos jornalistas em Évora, à margem de um congresso médico.
A fechar o 14.º Congresso Nacional de Medicina Familiar, promovido pela Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG), Maureen Baker transmitiu a experiência do Reino Unido no combate à gripe A.
Questionada acerca das dúvidas em Portugal quanto à vacina contra o vírus H1N1, nomeadamente entre os profissionais de Saúde, a médica britânica argumentou que os seus colegas portugueses devem confiar neste meio de combate à gripe A.
«Enquanto médicos de família, se temos confiança para prescrever aos nossos doentes a vacina para a gripe sazonal, também temos que estar confiantes no que toca à vacinação contra a gripe A», disse.
Por isso, embora seja uma «decisão pessoal», tanto os doentes como os médicos de clínica geral devem ser vacinados, sustentou, realçando que, «quantas mais pessoas» aderirem à vacinação, «menor será o número de afectados».
«Defendo que os médicos devem ser vacinados. Primeiro, para que possam assegurar a continuidade das suas consultas e o funcionamento dos serviços de saúde, para poderem cuidar dos doentes, e, em segundo lugar, porque isso demonstra confiança», afirmou.
A especialista frisou não encontrar «qualquer razão» para que as pessoas não tenham, quanto a esta vacina, «a mesma confiança» do que a que têm na vacina para a gripe sazonal.
Maureen Baker alertou ainda que, em Portugal, os médicos devem acautelar os meses que se seguem, que vão coincidir com o Inverno, em que se espera um aumento dos casos de pessoas afectadas pela gripe A.
«Os médicos de família têm que estar bem preparados e devem planear a forma como vão responder a um elevado número de pessoas doentes com gripe A», avisou.
Em Portugal, continuou, os médicos devem ter consciência que, se os hospitais tiverem muito movimento e se tornar difícil internar os doentes, «mais pessoas, que normalmente seriam admitidas numa unidade hospitalar, terão que ter assistência em casa».
«É provável que os médicos de família estejam envolvidos nesse processo» e «têm que pensar como vão usar os recursos de que dispõem para conseguir dar a melhor resposta aos seus doentes», insistiu, asseverando que os clínicos só poderão responder a esse incremento de trabalho se «eliminarem o trabalho não urgente, até que passe o pico de actividade da gripe A».
Um total de 154 pessoas do Reino Unido já tinham morrido, até à passada quinta-feira, devido à gripe A, relatou a especialista. Lusa

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quatro reacções adversas à vacina notificadas em Portugal


Portugal registou, até ao momento, quatro notificações de reacções adversas à vacina contra a gripe A, que começou a ser administrada no dia 26 de Outubro, revelou fonte do instituto que regula o sector.
Fonte da autoridade nacional que regula o medicamento (Infarmed) esclareceu que o Sistema Nacional de Farmacovigilância recebeu quatro notificações de reacções adversas à vacina Pandemrix. «As reacções relatadas incluíram dor e edema no local da injecção, bem como febre ligeira e indisposição», acrescentou o Infarmed. A mesma fonte disse que estas reacções estão «descritas no respectivo Resumo das Características do Medicamento (RCM)» e que as mesmas evoluíram para «a cura total dos sintomas». TSF

Gripe A: Médicos e enfermeiros já podem ser vacinados


Todos os médicos, enfermeiros e auxiliares em contacto directo com os doentes começam amanhã a serem vacinados contra a gripe A.
Esta alteração ao plano da vacinação foi decidida ontem pela ministra da Saúde, Ana Jorge, e esta quinta-feira divulgada a todos os profissionais de saúde.
A vacinação dos profissionais de saúde em contacto directo com os doentes estava prevista para a fase B do plano de vacinação, o que ocorreria dentro de algumas semanas mas essa situação é antecipada. O motivo deve-se ao aumento do número de casos diagnosticados e à expectativa de que a pandemia irá generalizar-se no País, o que está a ocorrer nalguns países, como a Ucrânia, Bielorússia e Polónia.
A coordenadora do Agrupamento dos Centros de Saúde de Lisboa Norte – Sete Rios, Lumiar, Alvalade e Benfica, Manuela Peleteiro, confirmou a alteração do plano de vacinação ao CM. “A ministra decidiu isso ontem e hoje essa decisão está a ser divulgada aos profissionais. Amanhã já começamos a vacinar os médicos, enfermeiros e auxiliares que estão no atendimento de situações agudas mas todos os profissionais vão ser vacinados.”
A responsável também vai ser vacinada, mas não disse quando. CM

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hospitais Privados de Portugal lançam pacotes de férias


Pacotes de férias com estadia em hotéis à beira-mar que incluem cirurgias e tratamentos clínicos é a oferta de um novo portal na Internet lançado pela subsidiária para a saúde dos Hospitais Privados de Portugal (HPP) no Algarve.
A ferramenta de reservas online dirigida ao turismo de saúde, disponível a partir desta semana, é uma estreia no sector privado da saúde em Portugal e, segundo Paulo Neves, administrador-delegado da HPP Algarve, uma aposta num segmento de mercado que «está a crescer exponencialmente em todo o mundo».
Na plataforma informática disponibilizada pela Internet, ao estilo de qualquer cadeia hoteleira internacional, os turistas de saúde podem agendar, ao mesmo tempo, uma de 32 intervenções médicas - em especialidades como cirurgia plástica, ortopedia, oftalmologia, ginecologia e urologia - e uma semana num hotel de luxo à beira-mar com direito a tratamentos num spa.
«Trata-se de uma experiência-piloto, que a HPP irá alargar a todas as unidades hospitalares do país nos próximos meses», adiantou o responsável.

Os mercados-alvo são, para já, o português e, principalmente, o do Reino Unido, uma vez que «há 300 mil britânicos a fazer cirurgias fora do seu país e, todos os anos, mais 50 mil decidem fazer o mesmo», referiu.
Este fenómeno - particularmente comum para destinos como Hungria, Polónia, República Checa e Índia - resulta, de acordo com Paulo Neves, da possibilidade de reembolso aos utentes das cirurgias efectuadas ao abrigo do programa de combate às listas de espera no Reino Unido.
«Os britânicos vão para países que lhes garantam preços de cirurgia inferiores aos que custariam no Reino Unido, o que nós, em Portugal, também oferecemos, com a vantagem de que somos um destino tradicional, conhecido e tido por seguro entre eles», explicou.

O portal permite ao turista de saúde escolher a equipa que o vai operar, conhecer a priori os procedimentos a que vai ser sujeito e até tirar dúvidas com o cirurgião via email ou skype - através dos quais os clínicos recebem os exames do paciente.
A principal mais-valia para o turista de saúde é, segundo Paulo Neves, «saber de antemão que só pagará uma determinada quantia por todos os serviços, ou seja, pela cirurgia, mas também pelos exames, pelas consultas, pelo internamento e pelos tratamentos».
É precisamente na oferta integrada e no contacto de proximidade que os responsáveis da HPP pretendem fazer frente ao principal concorrente de Portugal neste segmento: Espanha.
«Os hospitais espanhóis também estão em destinos conhecidos dos britânicos e também apresentam preços competitivos, razão pela qual apostámos na informação disponibilizada, para permitir uma melhor escolha», observou.

A HPP Saúde dispõe actualmente de duas unidades hospitalares no Algarve, em Faro e Lagos, e conta vir a abrir uma terceira na capital algarvia, com três blocos operatórios e 60 camas, em 2012.
A perspectiva de crescimento do turismo de saúde está, de resto, a motivar os principais grupos de saúde privados portugueses a investir no Algarve, prevendo-se que a oferta de camas hospitalares privadas triplique nos próximos cinco anos.
Ainda este mês, o Grupo Hospital Particular do Algarve inaugura uma nova unidade na capital algarvia com quase uma centena de camas, muitas em quartos privados e suites. No início de 2010, será a vez de o grupo Trofa Saúde abrir portas ao Hospital Internacional do Algarve, em Albufeira, com 27 camas de internamento. Lusa

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Estudantes de Medicina no estrangeiro lamentam falta de acção da ministra


Os estudantes de Medicina no estrangeiro lamentam que a ministra da Saúde nada tenha feito, dez meses depois, quanto à promessa de que estes alunos podiam acabar o curso em Portugal.

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina no estrangeiro lamenta que a ministra da Saúde nada tenha feito desde que anunciou que estes alunos poderiam regressar a Portugal para acabar o curso.
Ana Jorge disse, em Janeiro, que esta seria uma medida importante para combater a falta de médicos no Serviço Nacional da Saúde.
A ministra afirmou nessa época que já havia negociações em curso com as universidades e que alguns estudantes deveriam a regressar já no início deste ano lectivo.
Passaram entretanto dez meses e o presidente da Associação de Estudantes de Medicina no Estrangeiro, Francisco Pavão, garante que nada foi feito.
Contactado pela TSF, o gabinete da ministra da Saúde confirma que o processo está realmente atrasado e explica que a razão deve-se ao facto do Governo não querer avançar com nenhuma medida antes das eleições. TSF

Asmáticos com mais ajuda


Os doentes de asma e de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) beneficiam, a partir de agora, de uma comparticipação nos medicamentos de 69 por cento.
Com a entrada em vigor da portaria 1263/2009, publicada em Diário da República, as associações de antiasmáticos e/ou de broncodilatadores constantes do escalão C passam a integrar o escalão B, alterando-se a comparticipação de 37 por cento para 69 por cento. Esta era uma exigência das várias associações de doentes com problemas respiratórios. Em Portugal, estima-se que exista um milhão de asmáticos e mais de 500 mil com DPOC. CM

Utentes devem 12,5 M€ em taxas moderadoras aos hospitais


Os utentes dos hospitais públicos não estão a pagar as taxas moderadoras cobradas nas urgências, consultas externas e internamentos hospitalares, segundo a edição de hoje do Correio da Manhã.
No final de 2008, a dívida de cobrança duvidosa dos utentes era de 12,5 milhões de euros, valor que representa 14% dos 89 milhões de euros de dívidas de cobrança duvidosa nos 36 hospitais públicos portugueses.
De acordo com os relatórios dos hospitais públicos de 2008 avançadas pelo CM, os hospitais Santa Maria e Pulido Valente (Centro Hospitalar Lisboa Norte) apresentam a dívida de utentes - consideradas incobráveis - mais elevada: quase 9,5 milhões de euros. LUSA

Acordo entre enfermeiros e ARSLVT para melhorar atendimento


Melhorar e uniformizar procedimentos de enfermagem para elevar a qualidade do atendimento ao doente são os principais objectivos do protocolo hoje assinado entre a Ordem dos Enfermeiros e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).
O protocolo foi criado em finais de 2006 e foi já assinado com 114 instituições de saúde, com o objectivo de garantir a qualidade dos cuidados de saúde prestados pelos enfermeiros.
Tal como explicou à Lusa a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OF), Maria Augusta de Sousa, existe um quadro que define o que são os padrões conceptuais da profissão e os padrões de qualidade que os enfermeiros devem ter na sua prática clínica. Lusa

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vacinação no maior centro de saúde do país ainda não começou por falta de voluntários


Uma semana depois do inicio da campanha de vacinação por causa da gripe A, no maior centro de saúde do pais, em Sacavém, ainda ninguém foi vacinado. À TSF, a enfermeira-chefe disse que aquele centro tinha marcações para esta segunda-feira, mas algumas pessoas faltaram.


Apesar de o centro de saúde de Sacavém ter uma sala especifica para a vacinação da gripe A e uma equipa de enfermagem dedicada em exclusivo nesta primeira fase para os grupos considerados prioritários, ainda não foi administrada nenhuma vacina.
A enfermeira-chefe disse à TSF que apenas existem «várias marcações para a segunda fase do grupo A», sendo poucas as pessoas para a primeira fase que decidiram marcar a vacinação.
«Na semana passada fomos marcando e não abrindo nenhum frasco para haver uma poupança das doses» porque as dez doses que contém cada recipiente têm de ser administradas em 24 horas, justificou Cristina Brás.
Para esta segunda-feira, havia marcações, mas algumas pessoas faltaram, acrescentou a enfermeira-chefe, prevendo que durante esta semana seja possível começar a administrar vacinas às dez pessoas que já se inscreveram.
Cristina Brás reconheceu ainda que a adesão à vacina da gripe A tem sido bastante baixa. TSF