sexta-feira, 30 de julho de 2010

Saúde: APAH preocupada com perda de património

A Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) encara com «alguma preocupação» a forma como o Ministério da Saúde está a «perder o seu património», embora concorde com o aumento do capital estatutário dos hospitais EPE, graças à venda de hospitais.
O presidente da APAH, Pedro Lopes, comentava desta forma a notícia hoje avançada pela Agência Lusa de que o Ministério da Saúde vendeu ao Estado quatro hospitais em 2009 por mais de cem milhões de euros.

Deste valor, a tutela aplicou perto de 75 milhões de euros como aumento de capital estatutário de 18 hospitais Empresas Públicas Empresariais (EPE).

«É com alguma preocupação que vejo como o património do Ministério da Saúde deixa de ser do Ministério da Saúde para ser património de outro, mesmo sendo do Estado», disse.

Por outro lado, Pedro Lopes congratula-se com o aumento do capital estatutário dos hospitais EPE.

O administrador hospitalar considera que na origem desta transacção deve estar «certamente uma dificuldade financeira para fazer face às dotações dos capitais estatutários» dos hospitais EPE.

Sobre a alienação dos imóveis, Pedro Lopes não tem dúvidas: «O Ministério da Saúde fica mais pobre».

Os hospitais vendidos em 2009 foram os de Santa Marta, São José e Capuchos que, juntamente com o pediátrico Dona Estefânia, compõem o Centro Hospital de Lisboa Central, e serão transferidos, em 2013, para o novo Hospital de Todos os Santos, em Chelas.

Em 2009, foi igualmente vendido o Hospital Miguel Bombarda.

Estes quatro hospitais foram vendidos à sociedade Estamo, detida pela empresa pública Parpública, por cerca 111,5 milhões de euros, segundo dados que constam no site da empresa.

Saúde vendeu hospitais ao Estado e aplicou verbas em 18 EPE

O Ministério da Saúde vendeu a uma empresa do Estado, em 2009, quatro hospitais, por mais de cem milhões de euros, dos quais perto de 75 milhões foram aplicados como aumento de capital de 18 hospitais Empresas Públicas Empresariais (EPE).
A tutela confirmou estas vendas e remeteu para um despacho a aplicação das verbas conseguidas com as transações, as quais foram distribuídas por 18 hospitais EPE.

Nesse despacho foi determinado que «90 por cento do produto de alienação dos prédios» destes hospitais passasse para o Ministério da Saúde.

INEM garante «plena operacionalidade» socorro pré-hospitalar


O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garantiu hoje que o seu dispositivo de socorro pré-hospitalar mantém "plena operacionalidade" e que a sua capacidade de intervenção "nunca foi tão grande" como atualmente.
Hoje à tarde, o PCP apelou hoje ao Governo para que reforce os meios ao dispor do INEM, dizendo que este está sem condições para assegurar um socorro eficaz, enquanto a Ordem dos Enfermeiros acusou a instituição de comprometer a rapidez e segurança no socorro das vítimas.

Em comunicado, o INEM sublinha que o seu dispositivo de socorro pré-hospitalar "mantém plena operacionalidade" e crítica aqueles que tentam "causar alarme na população".

"O INEM tomou um conjunto de medidas para ultrapassar problemas de natureza laboral e financeira que têm subsistido. No entanto, reafirma-se que estes problemas não condicionam qualquer redução da capacidade de intervenção do sistema integrado de emergência médica, que nunca foi tão grande como no momento presente", lê-se no comunicado.

O INEM conta atualmente com 42 viaturas médicas de emergência e reanimação, cinco helicópteros, 28 viaturas de suporte imediato de vida, 61 viaturas de suporte básico de vida, outras 226 sediadas nos postos de emergência médica dos bombeiros e 173 postos de reserva, segundo o documento.

O Instituto Nacional de Emergência Médica lamenta ainda que, aproveitando-se "legítimas reivindicações corporativas ou sindicais", se promova uma "inaceitável tentativa de denegrir o funcionamento da emergência hospitalar e de causar alarme na população". LUSA

terça-feira, 27 de julho de 2010

Enfermeiros e sindicatos debatem Emergência Pré-hospitalar

Ordem dos Enfermeiros (OE), sindicatos e associações reúnem-se hoje, em Lisboa, num clima de «preocupação», para discutir o Plano Estratégico para a Emergência Pré-hospitalar, recentemente aprovado pelo Governo.
Em declarações à agência Lusa, a bastonária da OE, Maria Augusta Sousa, referiu que a Ordem tem «acompanhado todo este processo com preocupações acrescidas», já que as situações resultantes do plano são «altamente preocupantes».
O plano prevê maior formação dos técnicos de ambulância de emergência e dos técnicos operadores de telecomunicações de emergência, mas a OE discorda, alegando «o estreitamento do campo de ação dos enfermeiros».
A bastonária defende que o Plano de Emergência Pré-hospitalar deve ser uma garantia de qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos, dizendo aguardar que o Ministério da Saúde forneça mais «informações» sobre as medidas.
Maria Agusta Sousa disse que a «preocupação comum» da OE, sindicatos e associações é a «segurança e qualidade dos cuidados que se prestam aos cidadãos», considerando que a «insegurança criada» na emergência pré-hospitalar resulta de razões financeiras que são «inaceitáveis».
O Ministério da Saúde (MS) aprovou o Plano Estratégico dos Recursos Humanos de Emergência Pré-hospitalar, que recebeu 83 contributos e mereceu a desaprovação da OE durante a discussão pública realizada em maio.
Segundo o relatório do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), publicado no Portal da Saúde, a OE discorda, de forma global, do plano por considerar que a definição do perfil funcional dos profissionais de enfermagem é feita com «o estreitamento do campo de ação dos enfermeiros».
O INEM assegura que «não é essa a intenção do documento», afirmando que foram introduzidas várias alterações, que se procuram aproximar das propostas da OE.
O plano cria uma nova carreira profissional, de técnico de emergência pré hospitalar (TEPH), que terá uma componente formativa «mais exigente».
A OE manifesta «frontal oposição à criação de um grupo técnico para atuar na área de emergência», embora reafirme «a importância de melhorar a formação dos atuais técnicos de ambulância de emergência, tripulante de ambulância de socorro e técnico operador de telecomunicações de emergência».
Para o INEM, o único caminho possível, além do aumento dos meios de suporte imediato de vida (SIV), é o alargamento da formação dos novos técnicos de emergência pré hospitalar.

domingo, 25 de julho de 2010

Ana Jorge: 4000 vagas vão absorver maioria dos precários


A ministra da Saúde assegurou hoje que a maioria dos cerca de 6000 funcionários dos serviços de Saúde com contratos a termo certo ficará com a «situação resolvida» com próxima abertura de concursos para preenchimento de 4000 vagas.
«Os outros vamos ver o que acontece», disse Ana Jorge, que falava à margem da exposição «Corpo - Estado, Medicina e Sociedade no tempo da I República», em Lisboa, promovida pela Comissão Nacioanl para as Comemorações do Centenário da República.
A minista salientou que aos mais de seis mil funcionários naquela situação foram «prolongados» os seus contratos até à conclusão dos concursos que se iniciam a 31 de julho para preenchimento de 4000 vagas, pelo que enquanto os concursos não chegarem ao fim «as pessoas estão contratadas». Lusa

Urgência do Sta Maria e Pulido Valente têm reorganizar horários


Os médicos especialistas dos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, em Lisboa, vão ter de reorganizar o seu horário diurno, nos dias úteis, uma medida que pretende limitar o pagamento de horas extraordinárias na urgência interna.
A informação foi confirmada à agência Lusa por um membro do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, que agrega aquelas duas unidades, quando confrontada com uma notícia da TVI, avançando que estes dois hospitais iam deixar de ter médicos especialistas a fazer urgências internas.
De acordo com a fonte da Lusa, o conselho de administração deliberou, no passado dia 15, que «as escalas de urgência interna nos dias úteis [passassem a ser] elaboradas de forma a assegurar interinamente o período das 20:00 às 08:00». LUSA

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Saúde: mais de 6000 precários correm risco de desemprego

Mais de seis mil trabalhadores dos serviços públicos de saúde arriscam ir para o desemprego a partir do fim do mês, alertou hoje o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, exigindo a resolução “urgente” desta situação.
Em resposta à agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Saúde garantiu que “nenhum dos 6432 contratos vai caducar no dia 31 de Julho”, embora sem adiantar qual a solução que será encontrada.

Segundo Ana Amaral, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Ilhas, em causa estão sobretudo auxiliares, administrativos e técnicos superiores de saúde, como o caso dos psicólogos, com contratos que terminam no último dia deste mês.

Os sindicalistas dizem que só no princípio do ano passado foram abertos os concursos que permitiriam alterar a situação de precariedade destes trabalhadores. Mas esses concursos foram anulados com a justificação de ter havido um erro na distribuição das quotas.

“Na lei da execução orçamental está previsto e salvaguardado a possibilidade da prorrogação destes contratos se os trabalhadores forem candidatos a concursos. Se os concursos foram anulados não se sabe o que lhes vai acontecer a partir de 31 de Julho”, afirmou à agência Lusa Ana Amaral.

A dirigente sindical sublinha que as funções destes trabalhadores são essenciais para as unidades públicas de saúde e que a sua saída “põe em causa a própria actividade dos serviços em que estão colocados”.

“Não há Serviço Nacional de Saúde sem trabalhadores que o assegurem e é inaceitável que o Ministério assobie para o ar quando dentro de uma semana há seis mil trabalhadores que vão ser despedidos e provocar a rutura de muitos serviços”, escreve o Sindicato numa carta aberta que hoje entregou no gabinete da ministra Ana Jorge.

A situação destes trabalhadores precários arrasta-se há vários anos, mas agravou-se quando há três anos a lei foi alterada e impediu a continuação deste tipo de contratos.

É o caso de Neuza Tojal, administrativa, que trabalha no centro de saúde de São Mamede, que há sete anos vive em situação de precariedade.

“Estou à espera de uma resposta até 31 de Julho. Em 2007 fiz um contrato até 31 de Julho de 2008 e a partir daí tem sido adenda atrás de adenda e agora estamos à espera de uma resposta, porque é sempre tudo em cima da hora”, lamentou em declarações à Lusa.

O sindicato diz agora que irá perceber “até onde os trabalhadores estão dispostos a ir” para “avançar com formas de luta”. Lusa

Médicos: Regime de contratação de reformados arranca amanhã


O regime excecional de contratação de médicos aposentados, que define as condições em que podem trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), entra em vigor na quinta feira, segundo um diploma hoje publicado em Diário da República.

Este regime, que vigorará durante três anos, tem três objetivos: «continuar a dar resposta à escassez de médicos em Portugal», «assegurar a manutenção dos cuidados de saúde a todos os cidadãos» e «contribuir para consolidar a prestação de cuidados de saúde com qualidade», segundo o Ministério da Saúde.

Os médicos só poderão ser contratados mediante proposta do estabelecimento de saúde e após a autorização da ministra da Saúde, que fundamenta o interesse público excecional, refere o Decreto-Lei n.º 89/2010. Lusa

Montijo: Doentes e profissionais transferidos para Barreiro


Os doentes e profissionais do serviço de cirurgia do Hospital do Montijo vão começar hoje a ser transferidos para o Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, devido às obras naquela valência.

«Conforme previsto, teve início no passado dia 28 de junho a obra de instalação da Cirurgia de Ambulatório no Hospital do Montijo. Esta nova valência ficará localizada no mesmo edifício onde se encontra o internamento do Serviço de Cirurgia», explicou em comunicado a presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, Izabel Monteiro.

«Tendo em atenção a necessidade de acautelar o conforto e a segurança dos doentes durante o período mais crítico da obra, entendeu o Conselho de Administração transferir a partir de hoje os doentes internados no Serviço de Cirurgia do Hospital do Montijo para o Hospital de Nossa Senhora do Rosário«, acrescenta o documento. Lusa

Circuncisão reduz em 60% risco de infeção com VIH nos homens


A circuncisão reduz em 60 por cento o risco de infeção com o vírus da sida, sendo recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em vários países africanos, apesar de a instituição reconhecer que não é uma «varinha mágica».

A afirmação foi feita hoje, em Viena (Áustria), pelo ugandês David Okello, diretor regional da OMS em Brazaville (Congo), que considera que há «suficientes provas científicas para a promover como um dos método para prevenir a sida».

No entanto, Okello alertou que a circuncisão, que custa cerca de 50 dólares (38,7 euros), não é um «preservativo natural», defendendo que a intervenção cirúrgica deve ser acompanhada por um intenso acompanhamento, sobretudo relativamente ao uso do preservativo.

A organização norte-americana Population Services International (PSI) circuncidou desde 2008 cerca de 60 mil homens em vários países africanos, incluindo Quénia, Suazilândia, Zâmbia, Botsuana e Zimbabué.
Investigações posteriores com seis mil homens demonstraram que a intervenção reduziu o risco de infeção com o vírus da imunodeficiência humana adquirida (VIH), apesar de as mulheres continuarem com o mesmo risco de infeção se mantiverem relações sexuais desprotegidas com homens circuncidados.

Krishna Jafa, diretora do PSI para o VIH, assegurou hoje que, se a circuncisão alcançasse 80 por cento da população masculina de África Oriental e do Sul, “poderiam evitar-se nos próximos cinco anos cerca de quatro milhões de infeções” até 2025.

Alcançar estes resultados vai significar também “uma poupança nos gastos de saúde de cerca de 20 mil milhões de dólares [15,5 mil milhões de euros] no mesmo período”, acrescentou Krishna Jafa.

O filantropo multimilionário e fundador da Microsoft, Bill Gates, que financia uma campanha de circuncisão de homens em África, afirmou, num discurso proferido na segunda feira, no âmbito da Conferência Sida 2010, que decorre até sexta feira em Viena, que “o custo de não fazer nada é muito superior ao dos programas de circuncisão".

No entanto, esta iniciativa não está isenta de polémica: a organização norte-americana Intact America considerou hoje que “a promoção da circuncisão masculina envia uma mensagem equívoca, cria um sentido erróneo de proteção e expõe as mulheres a mais riscos de se infetarem com o VIH”.

“Os homens já fazem fila [em África] para serem circuncidados, acreditando que já não precisam de usar mais o preservativo”, alertou Georganne Chapin, diretora daquela instituição, em comunicado. Lusa

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Hospital de São João corta garrafas de água a doentes

O Hospital de São João, no Porto, anunciou hoje que vai acabar com a distribuição de garrafas de água aos seus doentes, excepto para 'casos com indicação clínica', poupando assim cerca de 30 mil euros por ano.
Em comunicado, o São João refere que esta decisão se enquadra 'nas medidas de contenção de custos', aprovadas pelo Conselho de Administração daquela unidade hospitalar em 11 de Maio.
A instituição acrescenta, contudo, que a 'água engarrafada será distribuída nos restantes casos através dos dispensadores de água'.
O presidente do CA do Hospital de São João, António Ferreira, estimou em meados de Maio conseguir poupar este ano 5,3 milhões de euros com a implementação de medidas que visam 'manter o equilíbrio financeiro' da unidade hospitalar.
O responsável garantiu que o pacote de medidas de contenção se centrava no 'respeito pelo doente, nunca pondo em causa os tratamentos necessários'.
Contactada pela Lusa, fonte do gabinete de comunicação do hospital esclareceu que esta medida vai permitir poupar 30 mil euros/ano. Lusa

quinta-feira, 15 de julho de 2010

INEM está a avaliar custo-benefício dos helicópteros


O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) assegurou hoje que a relação custo-benefício do serviço de helitransporte é "avaliada a todo o tempo" com vista a “uma gestão adequada” dos recursos.
Abílio Gomes comentou, desta forma, a notícia divulgada hoje pela Agência Lusa de que cada hora de voo assegurada pelos três helicópteros ao serviço do INEM em Macedo de Cavaleiros, Santa Comba Dão e Loulé custou, no último trimestre, mais de 5600 euros ao Ministério da Saúde
Segundo fonte da empresa que aluga estes meios, a Helisul, a fatura apresentada ao Ministério da Saúde pelo serviço prestado em abril, maio e junho foi de 1,3 milhões de euros.
Para o presidente do INEM, “a gestão adequada dos meios obriga a que a sua relação de custo-benefício tenha que ser avaliada a todo o tempo”.
Esta avaliação permitirá “fazer uma gestão adequada e consciente dos recursos disponíveis para prosseguir os fins do INEM”, adiantou.
O INEM não faz, para já, um balanço sobre o serviço de helitransporte em Portugal, “uma vez que os três novos helicópteros iniciaram a sua actividade a 01 de abril” e “é ainda muito cedo para tirar conclusões e levar a cabo medidas”.

Estes três helicópteros foram prometidos em 2007 pelo então ministro da Saúde, Correia de Campos, como contrapartida para o fecho de serviços de atendimento permanente nos centros de saúde e urgências hospitalares.
Além destes três meios aéreos, o INEM tem dois helicópteros, em Lisboa e Porto, de maior dimensão. LUSA

INEM: Estado gastou 5.600 €/hora de voo dos helicópteros


Cada hora de voo assegurada pelos três helicópteros ao serviço do INEM em Macedo de Cavaleiros, Santa Comba Dão e Loulé custou, no último trimestre, mais de 5600 euros ao Ministério da Saúde, segundo a empresa que aluga estes meios.
Segundo Luís Tavares, diretor comercial da Helisul, empresa que aluga os três helicópteros em actividade ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), desde 01 de abril deste ano, a fatura apresentada ao Ministério da Saúde pelo serviço prestado em abril, maio e junho foi de 1,3 milhões de euros.
Destes três meses de actividade, o MS já pagou os dois primeiros, revelou o responsável. LUSA

terça-feira, 13 de julho de 2010

DESEMPREGO na Enfermagem: um quinto dos licenciados desde 2007 não exercem


Do número total de licenciados em Enfermagem desde 2007, 19 por cento não está a exercer a profissão, apesar de haver falta de profissionais no país, disse esta segunda-feira à Lusa a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
“Dos formados desde 2007, 19 por cento não estão a exercer a profissão. Dos últimos formados, em 2009, esse número ascende a 29 por cento - 23 por cento estão sem qualquer actividade e seis por cento noutras actividades”, revelou Maria Augusta Sousa.
Este número faz parte de um relatório que está a ser ultimado pela Ordem, realizado a partir de um questionário feito a jovens enfermeiros.
A análise dos questionários permitiu também concluir que, “mesmo entre os que têm emprego, 56 por cento têm vínculos precários”.
“Isso causa desmotivações, e era um problema que não existia no nosso país. Mais de 40 por cento ponderam ou já ponderaram abandonar a profissão”, disse.
A bastonária revelou ainda que “há um aumento progressivo dos jovens a irem trabalhar para o estrangeiro”.
Apesar destes números, a bastonária garante que “as necessidades que existem no país não estão cobertas e há carências objectivas quantificadas”.

A justificação para isto é, segundo Maria Augusta Sousa, “a total dissonância entre políticas formativas e de emprego existente na área”.
A bastonária referiu, como exemplos, que “há hospitais onde os enfermeiros estão a prestar cuidados a 200 por cento, cuidados nas comunidades que não abrem porque não há enfermeiros e cuidados ao domicílio que é preciso reforçar [com mais profissionais]”.
“Não está concertada a oferta formativa com o que é a organização necessária para os cuidados de enfermagem. Por razões burocráticas, contenção de despesa ou utilização incorreta de pessoal não qualificado”, disse.
A bastonária referiu ainda que, segundo os últimos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o rácio de enfermeiros por mil habitantes na Europa é de 9,1, número que em Portugal está nos 5,9.
Maria Augusta Sousa falava à Lusa no dia em que foram divulgadas o número de vagas abertas este ano nos cursos do Ensino Superior.

O curso de Direito na Universidade de Lisboa e o de Enfermagem na Universidade de Coimbra voltam a ser este ano os que mais vagas oferecem no próximo ano lectivo com 450 e 330 lugares respectivamente.
Os alunos poderão candidatar-se à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior a partir de terça feira, 13 de julho. LUSA

INEM: Salários em atraso para os médicos dos helicópteros


Os médicos dos helicópteros de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garantem que não recebem desde Abril, quando o serviço foi alargado a todo o país e passou a contar com cinco veículos. O INEM adianta apenas que está a elaborar protocolos para remunerações e satisfação de outras necessidades destes profissionais.
De acordo com a edição desta terça-feira do Diário de Notícias, em Abril, três novos helicópteros foram colocados ao serviço do INEM, ficando estacionados em Loulé, Macedo de Cavaleiros e Santa Comba Dão, mas, desde essa altura, que «uma centena de médicos, todos sem qualquer vínculo, e que recebem uma média de 500 a 600 euros por turno de serviço, estão sem receber», tendo sido «contactados e cumprem agora as escalas em regime de prestação de serviço», adianta uma fonte.

Em causa, está uma dívida de «quase 300 mil euros, que afecta todos os médicos embarcados nos helis», que, quando questionam o serviço, «é através de coordenadores regionais, que justificam o atraso com falta de verbas», continuou a mesma fonte. «O pagamento foi assumido directamente pelo INEM, que nunca nos deu qualquer justificação para este atraso», explica, salientando que, ao contrário do que acontece com as viaturas médicas, cujo pagamento é feito pelos hospitais, neste caso, a responsabilidade é do instituto de emergência.
Esta centena de médicos também nunca recebeu fardas e desconhece se tem seguro de acidentes de trabalho. O INEM apenas esclareceu que está a estudar «a elaboração de protocolos, a firmar com as administrações regionais de saúde, para garantir as questões remuneratórias, de seguros e fardamentos dos meios aéreos», sem adiantar mais pormenores sobre os atrasos no pagamento aos médicos.

O INEM dispõe, para este ano, de um orçamento de 84,7 milhões de euros, sensivelmente mais 9,3% do que em 2009, para garantir o funcionamento de 1.300 profissionais, cinco helicópteros, 61 ambulâncias e 48 viaturas médicas de reanimação. O serviço de helicópteros tem uma despesa máxima, em três anos, de 20 milhões de euros, como consta de uma portaria conjunta, dos ministérios das Finanças, Administração Pública e Saúde. Mas, em Junho, o INEM anunciou um plano de redução de custos, no qual suprimia o funcionamento de dois helicópteros de Lisboa e Porto. LUSA

sábado, 10 de julho de 2010

SIDA: descobertos anticorpos que abrem caminho a vacina


Investigadores norte-americanos descobriram dois anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maior parte dos tipos de vírus da imunodeficiência humana (VIH), abrindo caminho a uma vacina eficaz contra a SIDA, revela um trabalho hoje publicado.
Mais de um quarto de século sobre a identificação do VIH responsável por cerca de 30 milhões de mortos, a procura de uma vacina contra a infeção ainda não foi bem sucedida, apesar do esforço da comunidade científica internacional.
De acordo com os autores do trabalho que será publicado na sexta feira na revista Science, os dois anticorpos descobertos -- VRCO1 e VRCO2 -- mostraram um elevado potencial a impedir a infeção de células humanas para cerca de 90 por cento das variedades de VIH em circulação.Os investigadores demonstraram igualmente o mecanismo biológico pelo qual os anticorpos bloqueiam o vírus.

“A descoberta destes antigenes com poderes excecionais na neutralização do VIH e a análise à forma como eles operam representam avanços que vão acelerar os nossos esforços para descobrir uma vacina capaz de proteger de forma abrangente contra o vírus da SIDA”, congratulou-se Anthony Fauci, diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas norte-americano, que co-dirigiu as equipas de investigação.
Num comunicado citado pela agência noticiosa France Presse, o responsável salientou que a técnica usada pelas equipas de investigação para descobrir estes anticorpos “representa uma nova forma de abordagem que pode ser aplicada à conceção ou ao desenvolvimento de vacinas contra outras doenças infecciosas”.
Os virologistas descobriram estes anticorpos produzidos naturalmente pelo organismo no sangue de um seropositivo. Conseguiram depois isolá-los através de um novo instrumento molecular.

Após esta descoberta, os investigadores começaram a desenvolver os componentes de uma vacina que pode ensinar o sistema imunitário humano a produzir grandes quantidades de anticorpos semelhantes aos anticorpos VRCO1 e VCRO2. LUSA

sexta-feira, 9 de julho de 2010

SEP: Região de Lisboa precisa de duplicar enfermeiros


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) calcula que são necessários mais 1000 enfermeiros na região de Lisboa na área dos cuidados de saúde primários para garantir a qualidade dos serviços prestados.
Numa "ação em defesa dos cuidados de saúde primários", as direções regionais de Lisboa, Setúbal e Santarém do SEP entregaram hoje um abaixo assinado na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo no qual reivindicam a admissão de mais enfermeiros, fim dos contratos precários, reforço de materiais e equipamentos “indispensáveis” nas salas de tratamento e meios de transporte para as viaturas domiciliárias.
Em declarações à agência Lusa, Rui Marroni, da direção regional de Lisboa do SEP, afirmou que a reorganização dos cuidados de saúde primários levou a uma “degradação” dos serviços prestados à população, principalmente pela “falta de enfermeiros”.
“Há uma necessidade enorme de enfermeiros”, disse, adiantando que atualmente estão ao serviço dos cuidados de saúde primários do distrito de Lisboa cerca de 1000 enfermeiros, mas são necessários outros mil, tendo em conta o rácio da Organização Mundial de Saúde, de 300 a 400 famílias por enfermeiro.

Rui Marroni sublinhou que a falta de enfermeiros é também visível no cumprimento dos programas desenvolvidos nos centros de saúde, já que só o programa da vacinação está a ser cumprido.
O sindicalista defendeu que os centros de saúde poderiam ir buscar os enfermeiros que estão no desemprego, atualmente cerca de 500 em todo o país.
O SEP aponta também “deficiências” nos cuidados de saúde primários ao nível de condições de trabalho e instalações, existindo centros de saúde a funcionar em prédios de habitação “com péssimos acessos”.
Rui Marroni disse ainda que ao nível dos cuidados domiciliários “há uma grande necessidade de equipamentos” e de recursos humanos, nomeadamente transporte, motoristas e auxiliares, uma vez que há enfermeiros “a fazer cuidados domiciliários de autocarro com a mochila às costas”.
Lusa

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Testes de paternidade vão ser vendidos nas parafarmácias

Um mês depois da autoridade que regula o setor do medicamento proibir a venda de testes de paternidade nas farmácias, este produto vai ser vendido nas parafarmácias, com aconselhamento farmacêutico disponível, revelou a empresa que o comercializa.
Trata-se do único teste de paternidade que esteve à venda nas farmácias, o UNODNA Trust, que é um dispositivo que compara os perfis de ADN do homem e da criança, através de dois kits para recolha de amostras de saliva, que são posteriormente enviados para um laboratório. Os resultados finais chegam por meio informático, depois de o cliente instalar um programa no computador, que é enviado com o teste.
A 8 de Junho - menos de um mês após o início da comercialização deste produto nas farmácias – a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) emitiu uma circular, na qual esclarece que «os testes de paternidade não são considerados dispositivos médicos para diagnóstico in vitro, por não se destinarem a um fim médico». Por esta razão, deliberou, «as farmácias que possuam testes de paternidade em stock não os poderão vender ou utilizar, devendo proceder à sua devolução».

Esta decisão apanhou de surpresa o responsável da empresa que comercializa o teste, que disse que a mesma obrigou a uma certa ginástica logística e mudanças ao nível da distribuição. Segundo Mário Mendes, o produto vai continuar à venda, mas agora nas parafarmácias, embora só nas que «ofereçam informação e segurança»: a empresa diz fazer questão que o produto só seja vendido em estabelecimentos que disponibilizem um acompanhamento farmacêutico. Mário Mendes revelou ainda que a decisão do Infarmed não é necessariamente «imutável». LUSA

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Novos carros sem condutor transportam doentes

A ministra da Saúde inaugura quinta-feira o novo sistema de mobilidade do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais (CMRRC-RP), dois carros elétricos que dispensam condutor, conferindo mais autonomia aos doentes.
«Trata-se de dois veículos inteligentes, movidos a baterias elétricas, sem condutor, que autonomamente transportam os doentes entre as enfermarias e os centros de tratamentos, aumentando assim, de um modo ecológico, a sua autonomia”, sublinha o presidente do conselho de administração do Rovisco Pais, Manuel Teixeira Veríssimo.

Os carros ("CyberCar"), um dos quais tem estado a ser testado no complexo do Centro de Medicina de Reabilitação, que se distribui por vários edifícios, são pré-programados e têm uma via dedicada, podendo transportar até quatro doentes nas respetivas cadeiras de rodas e ainda alguns utentes de pé, explicou hoje o médico à agência Lusa.
O presidente do conselho de administração do CMRRC – Rovisco Pais, na Tocha (Cantanhede), destacou a autonomia que os novos carros conferem aos doentes, que habitualmente são transportados em carrinhas entre as enfermarias e os centros de tratamento, localizados em edifícios diferentes, realçando igualmente a sua dimensão ecológica.

O “CyberCar” é “uma inovação tecnológica levada a cabo através de uma parceria entre o Instituto Pedro Nunes (IPN), nomeadamente do seu Laboratório de Automática e Sistemas, a empresa MobiPeople e o CMRRC”, é referido numa nota do Rovisco Pais.

Segundo Manuel Teixeira Veríssimo, os carros, que começam a circular quinta feira à tarde, numa inauguração presidida pela ministra Ana Jorge, são os primeiros construídos com esta tecnologia concebida no IPN - Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia, instituição criada em 1991 pela Universidade de Coimbra. LUSA

DGS alerta para efeitos na saúde das temperaturas elevadas

O distrito de Braga é hoje o único sob aviso laranja devido à persistência de valores elevados de temperatura, segundo o Instituto de Meteorologia (IM), que colocou ainda 16 distritos sob aviso amarelo.
Para Braga, o IM prevê uma temperatura máxima de 37 graus Celsius. O aviso laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro, diz respeito a uma "situação meteorológica de risco moderado a elevado" e estará em vigor naquele distrito do norte de Portugal até às 20:00 de quarta-feira.

No mapa do IM, Viana do Castelo e os arquipélagos dos Açores e da Madeira não apresentam qualquer aviso.

As temperaturas elevadas que se têm feito sentir motivam também o nível de alerta amarelo da Direcção Geral da Saúde (DGS), para o risco dos efeitos do calor sobre a saúde, em 16 distritos.

Viana do Castelo, onde o IM prevê uma temperatura máxima para hoje de 29º, é também a excepção no mapa de alertas da DGS, em conjunto com o distrito do Porto, estando os restantes distritos de Portugal Continental em alerta amarelo.
O alerta amarelo é o segundo numa escala de três da DGS e reporta-se aos efeitos do calor na saúde das populações, sendo activado sempre que as temperaturas se mantêm elevadas ao longo de vários dias.

A DGS salienta que a exposição continuada a temperaturas elevadas pode provocar desidratação e agravamento de doenças crónicas, sendo especialmente vulneráveis as crianças nos primeiros anos de vida, idosos, doentes crónicos, pessoas medicadas com anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos, antidepressivos e neurolépticos.

Estão também mais sujeitos aos efeitos do calor na saúde as pessoas que trabalham expostas ao Sol ou ao calor e quem possui más condições de habitação.

Para prevenir danos das altas temperaturas, a DGS recomenda o aumento da ingestão de água e sumos de fruta natural sem açúcar, evitar bebidas alcoólicas, procurar manter-se em ambientes frescos nos momentos de maior calor e utilizar roupa larga, chapéu e óculos com protecção contra a radiação UVA e UVB.

Para hoje, espera-se a continuação do tempo quente, com o IM a prever céu pouco nublado ou limpo, mas temporariamente muito nublado nas regiões centro e sul, com condições favoráveis a aguaceiros e trovoadas a partir da tarde.

As temperaturas vão atingir os 39º em Évora, 38º em Castelo Branco e Beja, 37º em Lisboa, 33º em Faro, 32º no Porto e 24º no Funchal e em Ponta Delgada.

O IM alerta ainda para os riscos de exposição à radiação ultravioleta do sol, que pode conduzir a problemas agudos e crónicos para a saúde, nomeadamente ao nível da pele (cancro), olhos (cataratas) e sistema imunitário.

Em risco muito alto, o segundo mais grave numa escala de cinco níveis, estão hoje, segundo o IM, as regiões de Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Lisboa, Penhas Douradas, Sines, Viana do Castelo, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada. LUSA

terça-feira, 6 de julho de 2010

Alzheimer: Cientistas descobrem diagnóstico precoce


Um grupo de cientistas do King´s College of London anunciou que descobriu uma forma de diagnóstico precoce para a doença de Alzheimer, através da relação provada entre os níveis de clusterina no sangue e o aparecimento da doença.
De acordo com um estudo, que envolveu 95 doentes ao longo de cinco anos, os investigadores britânicos concluíram que as alterações dos níveis da proteína no sangue começam a verificar-se dez anos antes dos primeiros sinais de Alzheimer. Agora, têm pela frente mais um ano de laboratório, para criarem um teste que possa ser usado como rotina nos hospitais.

A grande questão em torno da doença é «tentar identificar o conjunto de marcadores que possam alterar a sua progressão», pelo que esta descoberta é de aplaudir, considerou um investigador da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, em declarações à TSF.

Ainda segundo Nuno Sousa, o facto de os investigadores terem ligado uma simples análise sanguínea ao aparecimento da doença de Alzheimer e criado um diagnóstico precoce, que, até agora, não existia, poderá permitir uma aplicação de «um conjunto de fármacos, de forma eficaz para o doente», como prevenção do Alzheimer, que, actualmente, atinge 35 milhões de pessoas a nível mundial.

De acordo com os mais recentes dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas afectadas pela doença neurológica poderá duplicar nas próximas duas décadas. LUSA

Psicoterapeuta suíço condenado por tratar com LSD e ecstasy

Um psicoterapeuta suíço foi condenado na segunda-feira por um tribunal de Zurique a 16 meses de prisão, com pena suspensa, por ter cuidado a sua clientela, da alta sociedade local, com LSD, ecstasy e mescalina.
Entre 2004 e 2008, aos fins-de-semana, o psicoterapeuta, de 62 anos, organizou sessões em grupo, reunindo cerca de 60 pessoas, entre as quais médicos, advogados e mulheres de homens ricos. Os participantes pagavam 300 francos suíços (220 euros) por sessão, durante as quais, segundo a acusação, foram fornecidas 700 doses de LSD e outro tanto de ecstasy, 50 de mescalina e 150 de 2-CB, uma droga sintética, que provoca alucinações e tem uma estrutura próxima da mescalina.

Enquanto o Ministério Público o acusava de tráfico de droga, o psicoterapeuta defendeu-se, no tribunal, argumentando que os produtos não eram drogas, mas «substâncias que permitem um alargamento da consciência». O tribunal rejeitou o pedido de absolvição pedido pela defesa, mas não aceitou a acusação de tráfico de droga agravado.

Condenado por violação da lei sobre os produtos terapêuticos, o sexagenário foi condenado, além da mencionada pena suspensa, a uma multa de dois mil francos suíços, cerca de 1.500 euros. LUSA

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Hospital de Sant´Ana pode vir a ter cirurgia ambulatória

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa avançou hoje que o Hospital de Sant’Ana poderá começar a prestar serviços de cirurgia ambulatória no final do Verão, no âmbito de um protocolo com o ministério da Saúde.
«Estamos em negociações para no Hospital de Sant´Ana (Parede, Cascais) podermos prestar serviços de cirurgia ambulatória. Se formos optimistas julgo que após as férias haverá condições para estar em funcionamento», disse à Lusa Rui Ferreira da Cunha, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), à margem da III Corrida e Caminhada da instituição, no âmbito das comemorações do aniversário da instituição, que decorreu esta manhã em Lisboa.

De acordo com o responsável, as negociações com o Ministério da Saúde abrangem também um protocolo para uma «responsabilização pela Administração Regional de Saúde de Lisboa pelos doentes que vão para o centro de reabilitação de Alcoitão».

Numa altura em que muitas instituições de solidariedade social se têm visto confrontadas com dificuldades para atender todos os pedidos de apoio que lhe chegam, o provedor da SCML reconhece que a situação da instituição «é muito especial» devido ao estatuto que têm, mas admite que tem sido necessário fazer uma gestão «muito criteriosa, no sentido de não pôr em causa a sustentabilidade futura».

Os pedidos de ajuda à SCML prendem-se sobretudo com a colocação de idosos em lares, que por não haver vagas disponíveis, tem sido resolvido através de subsídios à instalação de idosos em lares privados.

«Neste momento já estamos a pagar cerca de 800 mil euros por mês em subsídios para que os idosos possam estar em lares privados, exatamente para não deixar ninguém sem apoio. E temos estado a incentivar o apoio domiciliário para evitar a institucionalização e neste momento já há quase quatro mil idosos em apoio domiciliário», adiantou Rui Ferreira da Cunha. LUSA
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa avançou hoje que o Hospital de Sant’Ana poderá começar a prestar serviços de cirurgia ambulatória no final do Verão, no âmbito de um protocolo com o ministério da Saúde.
«Estamos em negociações para no Hospital de Sant´Ana (Parede, Cascais) podermos prestar serviços de cirurgia ambulatória. Se formos optimistas julgo que após as férias haverá condições para estar em funcionamento», disse à Lusa Rui Ferreira da Cunha, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), à margem da III Corrida e Caminhada da instituição, no âmbito das comemorações do aniversário da instituição, que decorreu esta manhã em Lisboa.

De acordo com o responsável, as negociações com o Ministério da Saúde abrangem também um protocolo para uma «responsabilização pela Administração Regional de Saúde de Lisboa pelos doentes que vão para o centro de reabilitação de Alcoitão».

sábado, 3 de julho de 2010

SNS: Médicos já fazem mais horas extraordinárias que normais

SNS: Médicos já fazem mais horas extraordinárias que normais

Os médicos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) fizeram, em 2009, mais duas mil horas extraordinárias, em média, do que no ano anterior.
Segundo dados avançados pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ao semanário Sol, os médicos dos SNS trabalharam, em 2009, mais em regime extraordinário do que no seu horário normal, sendo que a grande maioria das horas extraordinárias foram cumpridas em trabalho de urgência.

Ainda de acordo com os mesmos dados, os médicos hospitalares terão feito, no ano passado, dois bancos de 24 horas por semana, quando a lei em vigor obriga-os a cumprir apenas 12 horas de trabalho extraordinário por semana nas urgências.

A situação, acrescenta o SIM, fica a dever-se, em grande parte, à crescente falta de recursos humanos que o SNS tem vindo a enfrentar, em grande parte, decorrente do facto de, todos os meses, cerca de meia centena de médicos decidir reformar-se.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

DGS anuncia novas regras de segurança nas cirurgias

Para evitar os erros que têm acontecido nos últimos anos, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) anunciou que a partir de sexta-feira todos os hospitais públicos terão de cumprir uma lista de procedimentos no bloco operatório.
Tarefas como confirmar que foi dado o antibiótico ao doente ou que não ficou nenhum instrumento cirúrgico dentro do corpo são algumas das medidas a implementar a partir de amanhã, segundo o Diário de Notícias.

A lista elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) começou por ser aplicada no Hospital de Santo António, no Porto, e no de Santa Marta, em Lisboa.

Há um mês, as regras foram alargadas aos cerca de 20 blocos operatórios do Centro Hospitalar de Lisboa Central, ou seja, no Hospital da Estefânia, São José e Capuchos.

Os bons resultados das práticas cirúrgicas levaram a DGS a alargar agora estas regras a todos as salas de operação do país.

Sindicato dos Enfermeiros

Caros Colegas
A FENSE (SE e SIPE) vai dia 1 de Julho, dar início ao período de negociações suplementares que foi requerido (23/06 pp) á Sr.ª Ministra da Saúde, conforme noticiamos em tempo.
É neste contexto que estes sindicatos (SE e SIPE) vão puxar pelo valor real da Enfermagem e pelo direito que têm, ao seu lugar próprio, no Serviço Nacional de Saúde.
Progressivamente e à medida que as coisas forem acontecendo iremos informando todos os Enfermeiros e Enfermeiras, com a garantia de que não cederemos naquilo que consideramos de razão inquestionável.
Saudações Cordiais
José Azevedo