domingo, 31 de julho de 2011

Saúde: tutela espera saldar dívida 3.000 M€ a fornecedores

O ministro da Saúde revelou hoje que o seu ministério deve cerca de 3.000 milhões de euros aos fornecedores do Serviço Nacional de Saúde e anunciou que prevê aplicar um plano de pagamentos, a definir com as Finanças, até ao final do ano.
Paulo Macedo falava aos jornalistas, no final de um encontro com dirigentes do Ministério e das principais unidades do Serviço Nacional de Saúde, realizado no auditório do Infarmed.

Questionado sobre quanto deve a tutela aos fornecedores, o ministro respondeu que fez "um levantamento unidade a unidade", no âmbito do programa de Governo, não só das dívidas existentes a Junho, mas também na estimativa a 31 de Dezembro, "para evitar as habituais surpresas".

Paulo Macedo lembrou que esta dívida abrange a exigível e outra que não é ainda exigível, que corresponde a menos de 90 dias. "Quando se fala de dívida, há uma que já é devida, infelizmente há muito tempo, e há outra que são compromissos normalíssimos que existem", explicou.

Os valores levantados são, no total, ligeiramente superiores a 3.000 milhões de euros, sendo, portanto, a partir deste valor que a tutela vai elaborar o plano de pagamentos.


"Obviamente as empresas precisam de receber estes valores, não só porque são devidos mas porque lhes afecta a própria actividade", sublinhou, acrescentando que este levantamento é "indispensável" para efeitos orçamentais, mas também para a regularização de pagamentos que têm que ser feitos "de forma realista e de acordo com as possibilidades".

O plano está previsto ser elaborado conjuntamente com o Ministério das Finanças e estar pronto até dia 31 de Dezembro.

ADSE financia em 200 M€ anuais serviços de saúde privados

A ADSE financia em 200 milhões de euros anuais os serviços de saúde privados e pode ser «um embrião» para o financiamento da saúde em Portugal, sector que corre o risco de colapsar, segundo o presidente da Associação de Hospitalização Privada.




Em entrevista à Agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), Teófilo Ribeiro Leite, sublinhou o volume de financiamento da ADSE (Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública) aos privados, na ordem dos 200 milhões de euros anuais, e que resulta da sua cobertura a 13 por cento da população.

Sem queixas sobre os prazos de pagamento da ADSE às unidades de saúde privadas, Teófilo Ribeiro Leite sublinha que este sistema é «um bom pagador», logo a seguir aos seguros privados, os quais já cobrem 20 por cento da população portuguesa.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Técnica pioneira em Portugal no tratamento de tumores ósseos

Uma técnica pioneira no tratamento de tumores ósseos que evita incisões está a ser aplicada pela primeira vez em Portugal no serviço de imagiologia do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho.

A técnica em causa – Crioablação Percutânea guiada por imagem – é um tratamento minimamente invasivo que consiste na introdução, através da pele e sem necessidade de incisão, de uma agulha especial guiada por Tomografia Computorizada (TC) que permite o seu posicionamento com grande precisão no seio do tumor.

A agulha gera gelo no interior do tumor, o que leva à destruição das células tumorais, permitindo assim que este possa ser tratado de forma eficaz, com preservação dos tecidos e órgãos adjacentes.

A primeira Crioablação Percutânea Guiada por Imagem foi realizada pela Unidade de Radiologia de Intervenção do Serviço de Imagiologia do Centro Hospitalar Gaia/Espinho, em colaboração com os Serviços de Hemato-Oncologia e Anestesia.

O procedimento, realizado com anestesia, teve uma duração de cerca de 90 minutos.

Esta nova técnica está indicada, sobretudo, no tratamento de tumores ósseos, dependente, no entanto, da avaliação clínica de cada caso.

Sindicato desmente INEM sobre melhoria prestação de socorro

O Sindicato dos Profissionais de Emergência Médica (SINAPEM) desmentiu hoje o presidente do Instituto de Emergência Médica (INEM) alegando que as ambulâncias não têm sistema informático de georeferenciação e que os poucos verbetes clínicos eletrónicos não funcionam devidamente.

Em entrevista no sábado à Agência Lusa, o presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, disse que foi introduzido nas ambulâncias um sistema informático de georeferenciação, que traça imediatamente a rota entre a localização da viatura médica e o local onde está a vítima, permitindo ganhos de tempo na prestação do socorro.

Assegurou ainda que, desde 01 de julho, as ambulâncias deixaram de utilizar o papel, com a informatização dos meios de emergência através de verbete clínico eletrónico, o que permitiu reduzir também o tempo de prestação do socorro.