
Os medicamentos genéricos permitem ao utente poupar, em muitos casos, metade do valor de um remédio de marca. Uma poupança agora só possível mediante decisão do médico, após o cancelamento da campanha de substituição de medicamentos de marca por genéricos mais baratos anunciado ontem pela Associação Nacional de Farmácias.
Numa incursão por algumas farmácias no Centro de Lisboa, o CM constatou que, entre os medicamentos mais vendidos, é possível poupar-se até 12,60 euros. É o caso do antidepressivo Digassim que custa 30,31 euros, enquanto o genérico se fica pelos 17,71.
A campanha de substituição permitiu, segundo João Cordeiro, presidente da ANF, poupar cerca de 200 mil euros desde o dia 1 de Abril. "Em meia dúzia de dias, os doentes pouparam 112 mil euros e o Serviço Nacional de Saúde poupou 93 mil. A ministra prefere comparticipar medicamentos de marca mais caros e rejeita comparticipar genéricos mais baratos. Concluo que não há crise no Ministério da Saúde", afirmou ontem João Cordeiro, revelando que "os recibos passados pelas farmácias vão passar a conter a informação do preço do genérico mais barato e a diferença para o medicamento de marca".
Além disso, João Cordeiro anunciou o lançamento de uma petição para que o Ministério permita ao doente escolher entre medicamentos mais baratos, garantindo ainda que irá processar o Ministério da Saúde se as receitas médicas forem devolvidas sem qualquer pagamento.
Em resposta, Ana Jorge mostrou-se intransigente quanto ao assunto: "As receitas com irregularidades serão devolvidas." A ministra da Saúde, porém, revelou abertura para proceder a alterações à lei no que diz respeito à prescrição de medicamentos. "A lei já tem algum tempo e muitas vezes a sua aplicação cria dificuldades. Poderá ser revista", afirmou Ana Jorge, reiterando o apelo aos médicos feito a meio de Março: "Tenho apelado a todos os médicos para discutirem com o doente os custos do tratamento, mas a escolha deve ser feita pelo médico."
SUBSTITUIR REMÉDIOS É PERIGOSO
Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, considera que a substituição de medicamentos de marca por genéricos é um perigo para a saúde dos doentes. "Há genéricos muito potentes e com duplicação das doses colocam o doente em risco", afirmou, defendendo que "não vale a pena correr esse risco só para que um determinado grupo de comerciantes ganhe mais dinheiro".
O bastonário sublinhou o papel do médico, dizendo que este "deve estar disponível para defender a melhor solução para o doente que passa também pelo ponto de vista económico". Para Pedro Nunes, os médicos são a única entidade não interessada economicamente na questão do medicamento. Já o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Família, Luís Pisco, é da opinião de que tem de ser o doente a pedir o genérico ao médico de família. Correio da Manhã
Numa incursão por algumas farmácias no Centro de Lisboa, o CM constatou que, entre os medicamentos mais vendidos, é possível poupar-se até 12,60 euros. É o caso do antidepressivo Digassim que custa 30,31 euros, enquanto o genérico se fica pelos 17,71.
A campanha de substituição permitiu, segundo João Cordeiro, presidente da ANF, poupar cerca de 200 mil euros desde o dia 1 de Abril. "Em meia dúzia de dias, os doentes pouparam 112 mil euros e o Serviço Nacional de Saúde poupou 93 mil. A ministra prefere comparticipar medicamentos de marca mais caros e rejeita comparticipar genéricos mais baratos. Concluo que não há crise no Ministério da Saúde", afirmou ontem João Cordeiro, revelando que "os recibos passados pelas farmácias vão passar a conter a informação do preço do genérico mais barato e a diferença para o medicamento de marca".
Além disso, João Cordeiro anunciou o lançamento de uma petição para que o Ministério permita ao doente escolher entre medicamentos mais baratos, garantindo ainda que irá processar o Ministério da Saúde se as receitas médicas forem devolvidas sem qualquer pagamento.
Em resposta, Ana Jorge mostrou-se intransigente quanto ao assunto: "As receitas com irregularidades serão devolvidas." A ministra da Saúde, porém, revelou abertura para proceder a alterações à lei no que diz respeito à prescrição de medicamentos. "A lei já tem algum tempo e muitas vezes a sua aplicação cria dificuldades. Poderá ser revista", afirmou Ana Jorge, reiterando o apelo aos médicos feito a meio de Março: "Tenho apelado a todos os médicos para discutirem com o doente os custos do tratamento, mas a escolha deve ser feita pelo médico."
SUBSTITUIR REMÉDIOS É PERIGOSO
Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, considera que a substituição de medicamentos de marca por genéricos é um perigo para a saúde dos doentes. "Há genéricos muito potentes e com duplicação das doses colocam o doente em risco", afirmou, defendendo que "não vale a pena correr esse risco só para que um determinado grupo de comerciantes ganhe mais dinheiro".
O bastonário sublinhou o papel do médico, dizendo que este "deve estar disponível para defender a melhor solução para o doente que passa também pelo ponto de vista económico". Para Pedro Nunes, os médicos são a única entidade não interessada economicamente na questão do medicamento. Já o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Família, Luís Pisco, é da opinião de que tem de ser o doente a pedir o genérico ao médico de família. Correio da Manhã
Comparação entre Medicamentos:
Ben U Ron 1,83 euros; Paracetamol 1,00 euros; Diferença 0,83 euros
Voltaren 9,31 euros ; Diclofenac 4,10 euros; Diferença 5,21 euros
Losec (28 comp) 39,53 euros; Omeprazol (56 comp) 39,53 euros; Diferença 28 comp
Clavamox DT 15,69 euros; Amoxicilina+Àc. Clavu. 8,75 euros; Diferença 6,94 euros
Xanax (0,5mg) 7,43 euros; Alprazolan 3,72 euros; Diferença 3,71 euros
Sem comentários:
Enviar um comentário