quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Situação da “Linha 24” leva Director-Geral da Saúde ao Parlamento



O Director-Geral da Saúde, Francisco George, vai à Comissão Parlamentar de Saúde dar esclarecimentos sobre o funcionamento da Linha Saúde 24. A linha telefónica "Saúde 24" foi acusada de falhas e os supervisores chegaram mesmo a denunciar aquilo a que chamaram de "caos organizativo" no serviço.
Em causa está o conflito laboral entre enfermeiros e Administração da Linha. A administração da ”Saúde 24” dispensou, no início do mês de Janeiro, quatro enfermeiros ao mesmo tempo que anunciava a intenção de não renovar com outros três. Como justificação, a administração apresentava a má prestação dos enferemeiros em causa. Todos os enfermeiros que prestam serviço na Linha são avaliados, todos os anos, de acordo com critérios conhecidos aquando da sua admissão. Ora, a administração da LCS, empresa que gere a linha "Saúde 24" invocava precisamente que os enfermeiros em causa apresentavam em sucessivas avaliações resultados de ”não satisfaz”. Os visados contra – argumentam acusando a LCS de os estar a despedir por terem denunciado o "caos organizativo" da instituição, o que foi negado pela empresa. Recorde-se que a linha telefónica ”Saúde 24” foi acusada de falhas e que os supervisores chegaram mesmo a denunciar aquilo a que chamaram de "caos organizativo" no serviço Em reunião da comissão conjunta de acompanhamento da Linha Saúde 24, realizada em meados de Janeiro, constituída por dois representantes do ministério da Saúde e dois representantes da LCS, ambas as partes se comprometeram a "tomar decisões, que serão oportunamente comunicadas", para resolver o conflito. Afirmou na altura uma fonte da DGS que as partes iriam reflectir sobre o que os assuntos abordados na reunião com vista a criar condições para ultrapassar um conflito que foi considerado laboral e que a Direcção-Geral da Saúde não queria que, de alguma forma, pusesse em causa a qualidade do serviço prestado aos utentes. A Direcção-Geral de Saúde afirmava na altura que tudo estava normal no funcionamento da Linha Saúde 24, mas as críticas surgiam e motivaram mesmo que o grupo parlamentar do Partido Social-Democrata, pela voz do seu líder Paulo Rangel a interpelar o Primeiro-Ministro, no debate mensal dedicado à saúde. A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantia na altura, que o serviço prestado aos utentes da Linha Saúde 24 "não foi afectado" pelo diferendo entre funcionários e a administração. "O serviço prestado aos utentes não foi afectado, o que mostra o profissionalismo das pessoas. É um bom serviço, esperamos que seja ainda melhor", disse a titular da pasta da Saúde em declarações aos jornalistas. Numa iniciativa do Ministério da Saúde, a ”linha de Saúde 24” foi criada em 2007 para dar assistência em cuidados de saúde, fazendo triagem e aconselhamento dos utentes, tendo em vista evitar que estes se desloquem aos hospitais e centros de saúde sem necessidade. Desde o seu arranque e até à data mais de 800.000 pessoas ligaram para a Linha telefónica Saúde 24 (808242424). (RTP)

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