quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Linha Saúde 24: só 2,4% chamadas reencaminhadas para INEM

Apenas 2,4 por cento das chamadas que são recebidas pela Linha Saúde 24 necessitam de ser reencaminhadas para o INEM, segundo dados hoje divulgados no Congresso Nacional de Emergência Médica, em Lisboa.
Segundo o enfermeiro Sérgio Gomes, coordenador da Linha Saúde 24, foram recebidas mais de dois milhões de chamadas neste serviço de atendimento telefónico desde que começou a funcionar há cerca de quatro anos e meio.

Dessas, apenas 2,4 por cento necessitaram da intervenção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Sérgio Gomes revelou ainda que o número de utentes com uma patologia que pode ser tratada em casa ronda os 30 por cento, valor que “tem vindo a aumentar”, cumprindo assim um dos objectivos da Linha Saúde 24.

O coordenador do serviço indicou ainda que do total de utentes que utilizaram o 800 24 24 24, mais de metade tinha intenção de ir às urgências hospitalares, mas depois da triagem da Linha “só 20 por cento” precisavam efectivamente de cuidados médicos urgentes.
A interligação entre a Linha e o INEM é representada pelas chamadas feitas entre os dois organismos. Assim, a Linha Saúde 24 encaminhou perto de 60 mil chamadas para o INEM, enquanto o Instituto de Emergência Médica reencaminhou mais de 66 mil para o contacto telefónico com os enfermeiros da Linha.

O “pico” de chamadas para a Saúde 24 aconteceu no ano passado, aquando do surto de gripe A (H1N1): num só dia foram recebidas 19 mil chamadas, num total de 450 mil.

No congresso foram ainda referidas as chamadas feitas para o 112. Segundo dados fornecidos pelo capitão da GNR Carlos Pimentel, em agosto, as centrais 112 receberam 871 mil chamadas, das quais 73,6 por cento eram falsas.

Destas, mais de 18 mil foram reencaminhadas para o INEM, 4400 para a GNR e pouco mais de duas mil para a PSP. Lusa

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Medicamentos: Ministra destaca relação médico/doente

A ministra da Saúde, Ana Jorge, salientou hoje a importância da relação médico/doente no processo de escolha da marca do medicamento a comprar, opção que a partir de março poderá ser decidida pelo próprio paciente.
«Aquilo que tentamos sempre introduzir, e que faz parte daquilo que defendemos, é que cada cidadão saiba escolher o que é bom para si e que saiba defender a sua saúde», disse a ministra, em declarações aos jornalistas, à margem da sessão solene do Dia do Farmacêutico, que hoje decorreu em Lisboa.
Ana Jorge ressalvou que essa escolha deverá ser feita preferencialmente em conjunto com o médico que está a acompanhar o paciente. LUSA

Uma em cada três portuguesas teve uma gravidez indesejada

Uma em cada três portuguesas já teve uma gravidez indesejada, apesar de o uso de métodos contracetivos estar bastante disseminado: mais de 85 por cento das mulheres adotam uma medida de controlo de natalidade.
No domingo assinala-se o Dia Mundial da Contraceção, mas hoje a Sociedade Portuguesa da Contraceção (SPC) organiza uma reunião científica sobre o estado da contraceção em Portugal.
Em Portugal, e de acordo com o Inquérito Nacional de Saúde de 2007, mais de 85 por cento das mulheres não grávidas e sexualmente ativas usam alguma medida para controlo da natalidade. A pílula é o método mais utilizado (65,9 por cento), seguido do preservativo (13,4 por cento) e do dispositivo intra-uterino (8,8 por cento).
No entanto, uma em cada três mulheres acaba por ficar grávida sem o desejar.
“Nós somos humanos e às vezes falhamos: nem sempre temos os métodos de contraceção que são os mais adequados e falta um aconselhamento técnico para perceber que não são”, disse à agência Lusa Teresa Bombas, da SPC.
Os contracetivos orais são o método mais disponível e mais usado pela população portuguesa, mas é também “o que falha mais”, alerta a especialista, que defende que "é preciso educar a população para a existência de outras alternativas".
Teresa Bombas sabe que há adolescentes que começam a usar contracetivos sem consulta prévia. No entanto, para a responsável, este pode não ser um aspeto negativo: “É melhor que comecem a conselho de uma amiga do que depois de uma interrupção”, defende.
A percentagem de adolescentes portuguesas que engravidam é muito superior à média registada nos restantes países europeus: por cada mil adolescentes portuguesas dos 15 aos 19 anos, 17 são mães, enquanto na Europa Ocidental a média é de dez. LUSA

sábado, 25 de setembro de 2010

OM: «Não há vantagem» em doentes passarem a escolher fármacos

O bastonário da Ordem dos Médicos disse hoje que «não há qualquer vantagem» em os doentes passarem a escolher a marca do medicamento que compram, considerando que a medida «põe em causa a vida das pessoas».

«É um processo perfeitamente pernicioso que põe em causa a vida das pessoas», disse à agência Lusa Pedro Nunes, que reagiu ao anúncio do secretário de Estado da Saúde sobre a possibilidade dos doentes poderem escolher, a partir de março, qual a marca do medicamento que compram, desde que respeitem a substância ativa prescrita pelo médico.

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) adiantou que «não há qualquer vantagem para o Ministério da Saúde em implementar medidas dessa natureza», sublinhando que «se os doentes soubessem que medicamentos queriam tomar e quais os melhores não iam médico».

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Doença de Alzheimer lembrada em todo o mundo


O Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer assinala-se hoje sob o tema «Demência. É altura de agir!» para alertar governos e cidadãos para a necessidade de sensibilizar para uma doença que afecta 90 mil portugueses.
A Associação Alzheimer Portugal assinala a data com várias acções e relembra a urgência da criação e desenvolvimento de um Plano Nacional para as Demências.
O director executivo da associação, António Costa, estima que existam em Portugal 153 mil pessoas com demência e, dessas, 90 mil tenham Alzheimer.
O tema das comemorações deste ano aponta para «a necessidade de governos e cidadãos agirem no sentido de divulgar e sensibilizar para esta doença e melhorar a prestação de serviços a pessoas que sofrem de demência e aos seus cuidadores».
A Alzheimer´s Disease International aproveita a oportunidade para lançar o Relatório Mundial sobre a Doença de Alzheimer 2010, com enfoque no impacto económico da doença a nível global.

A celebração do Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer foi lançada na abertura da conferência anual da Alzheimer´s Disease International, em Edimburgo, a 21 de Setembro de 1994, evocando o décimo aniversário da organização que congrega associações de todo o mundo.
Para assinalar a data, a Associação Al/zheimer Portugal promove o III Congresso Nacional de Envelhecimento Cerebral e Doença de Alzheimer, no Porto, e um lanche animado com «Fados e Guitarradas» no Centro de Dia Alzheimer Portugal.
O dia ficará ainda marcado por um almoço-convívio no Parque da Cidade (Porto), pela III Mostra de Saúde de Vila Nova de Gaia e por acção de informação sobre a doença que decorrerá na Casa da Juventude de Esposende e no Lar de Idosos de Travassos, em Fafe.
No Cine Teatro de Pombal decorrerá uma iniciativa com o tema «Lembrar Alzheimer» e em Almeirim, no Parque Central da Cidade, será distribuída informação sobre a doença.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Medicamentos: Novo sistema de comparticipação em Outubro

O novo sistema de comparticipação do Estado no preço dos medicamentos entra em vigor a 01 de Outubro, de acordo com a portaria hoje publicada em Diário da República.
A portaria do decreto-lei 48-A/2010, de 13 de Maio, vem agora definir os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos comparticipáveis de acordo com os escalões de comparticipação nele previstos.

No diploma, o Ministério da saúde defende que “o nível de comparticipação não deve incorporar qualquer estímulo económico à sobreutilização de determinados medicamentos”.

Assim, os grupos e subgrupos farmacoterapêuticos são distribuídos pelos vários escalões "consoante a graduação da comparticipação do Estado no preço dos medicamentos, tendo em consideração as indicações terapêuticas do medicamento, a sua utilização, bem como as entidades que o prescrevem ou fornecem e as necessidades terapêuticas acrescidas de decorrentes certas patologias".

O diploma vem definir quais os medicamentos que passam a ter uma comparticipação estatal no escalão C e quais os que deixam de ser comparticipados. Da longa lista, as hormonas do crescimento surgem como os únicos fármacos que passam a ter comparticipação nula.

Na semana passada, a Ministra da saúde anunciou mudanças nas regras de comparticipação estatal aprovadas em Conselho de Ministros.

As alterações vão provocar um aumento do preço de alguns fármacos, apesar de o Governo ter avançado também com uma descida administrativa de seis por cento do preço de todos os medicamentos, que entra em vigor já a 1 de Outubro. LUSA

sábado, 18 de setembro de 2010

Ana Jorge quer prescrição «muito rigorosa» de medicamentos


A ministra da Saúde, Ana Jorge, defendeu hoje que a prescrição de medicamentos e meios complementares de diagnóstico «deve ser muito rigorosa», contribuindo para uma maior eficiência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Ana Jorge falava esta tarde nos Paços do Concelho da Lousã, numa receção que antecedeu a cerimónia de lançamento da primeira pedra do novo Centro de Saúde desta vila do distrito de Coimbra.
«Temos que ter a garantia de que nos medicamentos e nos meios complementares de diagnóstico temos uma prescrição médica muito rigorosa», disse.A ministra da Saúde salientou a importância de introduzir “medidas de eficiência no sistema”.
“Se todos contribuírem, estamos seguramente a fortalecer o Serviço Nacional de Saúde”, adiantou, vincando a necessidade de envolver neste objectivo, por um lado, o Estado e os médicos, mas também os cidadãos que recorrem ao SNS.
Na sua opinião, importa “moralizar” e promover “o uso racional do medicamento”, evitando desperdícios.
“Se houver um uso criterioso, vamos fazer economias de facto importantes”, acentuou.

Em resposta a um pedido do PSD nesse sentido, a ministra da Saúde disponibilizou-se para ir à Assembleia da República explicar estas e outras medidas de racionalização do SNS.
“Estou sempre disponível para ir ao Parlamento explicar”, disse aos jornalistas.
O futuro Centro de Saúde da Lousã vai ser construído a norte da vila, na zona da Sarnadinha, freguesia de Vilarinho, num terreno cedido pela Câmara Municipal.
O presidente da autarquia, Fernando Carvalho (PS), disse que se trata de “um equipamento ansiado ao longo dos anos”, recordando que o processo para a sua construção começou em 2002.
“É um investimento fundamental” para um concelho cujo crescimento demográfico nesta década deverá rondar os 20 por cento, segundo o autarca do PS.
Adjudicada à firma Costa e Carvalho pelo montante de 2 143 222 euros, a empreitada de construção tem um prazo de 18 meses.

O projecto foi aprovado pelo valor global de 2 297 400 euros, sendo co-financiado pelo programa Mais Centro do Quadro Nacional de Referência Estratégico (QREN).

Oeste: Novos hospitais terão ambos as valências básicas

Os dois futuros hospitais da região Oeste vão manter em simultâneo as valências consideradas «básicas» na saúde apesar de funcionarem em complementaridade em algumas áreas, afirmou à agência Lusa a ministra da Saúde.
«As áreas básicas, como medicina, cirurgia e ortopedia, têm de existir nos dois hospitais», Torres Vedras e Caldas da Rainha, disse à agência Lusa a ministra Ana Jorge.
A norte da região, o ministério vai fazer obras de melhoramentos e ampliação do atual hospital distrital de Caldas da Rainha, mantendo em funcionamento os hospitais de Alcobaça e Peniche. LUSA

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Saúde: Ministério garante gestão de acordo recursos que tem

O Ministério da Saúde afirmou hoje que «tem a sua ação orientada para a gestão eficiente dos serviços, de acordo com os recursos que lhe são disponibilizados», no mesmo dia que o ministro das Finanças defendeu «melhorias na gestão» do SNS.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem pela frente um grande desafio que «exige melhorias na sua gestão» e no «cumprimento dos prazos de pagamento» aos fornecedores«, afirmou Teixeira dos Santos à Lusa, no final de uma visita a Macau.
»O Ministério da Saúde, como todo o Governo, tem a sua ação orientada para a gestão eficiente dos serviços, de acordo com os recursos que lhe são disponibilizados, quer no âmbito do Orçamento do Estado, quer no âmbito da execução orçamental«, afirma a nota enviada à Agência Lusa. Lusa

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

SNS: Ex-ministros defendem garantia de sustentabilidade


Os antigos ministros da Saúde Paulo Mendo e Correia de Campos defendem que o próximo Orçamento do Estado (OE) devia garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, preconizando mais verbas e a remuneração por objetivos, respetivamente.
«Eu gostava que o OE [de 2011] não fosse um orçamento cortado, que a crise não cortasse a progressão natural – cada vez com orçamentos maiores – do SNS. O fundamental é o seu financiamento», afirmou à Lusa Paulo Mendo, ministro da Saúde de Cavaco Silva.
Correia de Campos, ministro da Saúde dos socialistas António Guterres e José Sócrates, «gostaria de ver [no OE de 2011], em primeiro lugar, o conceito global de sustentabilidade do SNS», ou seja, manter o SNS com «as suas características universal, geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais da população, tendencialmente gratuito».
Paulo Mendo assume ter alguma dificuldade em apontar «objetivos pontuais», argumentando que «é todo o sistema que tem que ser pensado na sua forma global e ser orçamentado em função dessa globalidade, o que significa uma mudança da forma de ser orçamentado».

Para o antigo ministro social-democrata, a definição do Orçamento é feita «de uma forma completamente irracional e que leva sistematicamente a um subfinanciamento e um défice que complica sempre a gestão e que tem sido corrigido. Agora parece que em situação de crise essa correção é muito difícil e o que se anuncia é um Orçamento que, sendo menor, prejudica todo o sistema», explicitou.
As condições de trabalho dos profissionais da área são outra das questões que preocupam os dois ex-ministros.
O ex-ministro Correia de Campos «gostaria de ver um compromisso do Governo de que vai adotar para os hospitais um mecanismo de retribuição pelo desempenho, bebendo naquilo que se fez com as unidades de saúde familiares», defendendo que esse novo modelo de retribuição começasse a ser aplicado já para «os novos “entrantes” em regime de exclusividade prática».

A obrigatoriedade de os novos médicos escolherem entre o setor público e o privado foi defendida, no princípio de setembro, pelo antecessor de Ana Jorge no Ministério da Saúde, em declarações à Lusa.
Paulo Mendo considera «extremamente perigosa e danosa para o SNS a grande pancada que está a levar, desde há uns anos, o sistema de carreiras dos profissionais de saúde – médicos e enfermeiros - no sistema público, com a introdução dos contratos a prazo, como se fossemos ao mercado buscar serviços não especializados».
Para o antigo governante, «isto é a destruição daquilo que dá mais prestígio ao SNS, que é a existência de carreiras de Estado com toda a dignidade, com entrada por concurso, por progressão na carreira através de concursos, por sistematicamente os profissionais serem analisados por júris dos seus próprios pares. Tudo isso nos últimos anos está a ser destruído». LUSA

Mercado da estética passou ao lado da crise


O mercado da estética em Portugal está em expansão, tendo sentido pouco a crise económica dos últimos dois anos e aumentando mesmo o número de clientes e tratamentos, disseram responsáveis de várias clínicas contactadas pela Lusa.
Todas as empresas contactadas avançam ter planos de expansão e apenas uma refere ter faturado menos no principal ano da crise, ou seja, no ano passado.
A maturidade do mercado, a maior quantidade de informação disponibilizada e o aumento do setor privado são as principais razões apontadas para um crescimento generalizado da procura. LUSA

sábado, 4 de setembro de 2010


A ministra da Saúde entende que o decreto-lei sobre as farmácias que funcionam 24 horas por dia vai «evitar situações confusas» e é a resposta «às necessidades do cidadão».


A ministra da Saúde considera que a aprovação do decreto-lei que regula o funcionamento das farmácias 24 horas por dia, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, será benéfico para «clarificar as situações».
«Vai evitar situações confusas de interpretação daquilo que é a legislação», acrescentou Ana Jorge, numa referência a uma farmácia de Lisboa que foi impedida pela Autoridade do Medicamento de funcionar 24 horas por dia.
Apesar de clarificar este tipo de situações, a titular da pasta da Saúde assegurou que a ideia do legislador não foi mediar conflitos entre as farmácias, pois esse «não é problema do Ministério da Saúde».
«Gostiaria muito que esta questão fosse entendida como uma resposta às necessidades do cidadão e que os parceiros que têm uma responsabilidade social muito grande, porque têm um serviço público de interesse, possam saber entender-se», explicou.
Ana Jorge lembrou que o importante é «garantir que existe sempre uma farmácia aberta numa determinada área geográfica em função do número de habitantes».
A ministra adiantou ainda que o «regime de turnos tem de se manter» e que só este é que vai poder cobrar taxas adicionais, ao contrário das farmácias que trabalham 24 horas por dia que não vão poder cobrar taxas pelo serviço nocturno.