quinta-feira, 30 de abril de 2009

Gripe mexicana: descoberta a primeira pessoa infectada


É o chamado «caso zero», ou seja, o primeiro humano infectado pelo vírus de que há registo. As autoridades de saúde mexicanas confirmaram que se trata de Edgar Hernandez, um rapaz de cinco anos, que vive em La Gloria, perto de uma quinta com gado suíno, refere a CNN.
«O caso zero é determinante para podermos desenhar a cadeia de transmissão da doença e a história natural dela. A partir daí poderemos saber tudo sobre esta gripe para cortarmos a cadeia o mais rapidamente possível», disse Cristina Furtado, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, ao tvi24.pt.
Edgar sobreviveu ao vírus no início de Abril e as autoridades de saúde mexicanas apressaram-se a recolher amostras de toda esta comunidade de cerca de três mil pessoas: o menino de cinco anos foi o único que acusou positivo no teste do vírus da gripe suína. Ou seja, terá sido Edgar Hernandez a contrair o vírus a partir de um suíno e a passá-lo por via aérea para outro humano, desencadeando a pandemia do H1N1 que, recorde-se, é exclusivamente humano.
Até agora, há sete mortes confirmadas a nível laboratorial no México e uma nos EUA. «O primeiro país é sempre o menos preparado. Agora já nos é mais fácil detectar casos precocemente. Ainda não sabemos muito sobre o vírus, mas factores como a condição social, o grupo etário, a vacinação e o ambiente poderão influenciar a taxa de mortalidade com maior incidência no México, apesar de haver casos um pouco por todo o mundo», explicou a mesma especialista.
A epidemiologista acrescentou que a gripe mexicana «é mais difícil de tratar, uma vez que se transmite por via aérea, de humano para humano». Basta um espirro, tosse ou mesmo durante a fala para uma pessoa infectada contaminar outra: «Tudo o que envolva excreção de gotículas.»
O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, como laboratório nacional de referência da gripe, faz parte da comissão de acompanhamento da gripe suína em Portugal. «Todas as análises para detectar o vírus passarão por aqui», adiantou Cristina Furtado, exemplificando com o caso da criança internada no Hospital de S. João: «Se os médicos considerarem que há uma grande probabilidade, segundo determinados critérios clínicos, de se tratar de um caso destes, as análises laboratoriais serão feitas aqui.»

Crise e desemprego levam à depressão


A crise económica e o desemprego conduzem a quadros de depressão na população portuguesa e, de acordo com os especialistas, aumentam o risco de suicídio.
"O desemprego impede a pessoa de trabalhar, destrói famílias e aumenta o alcoolismo, que é um factor que está muitas vezes associado ao suicídio", explicou Mário Jorge Santos, da Sociedade Portuguesa de Suicidologia.
Já os casais em que ambos os cônjuges perdem o emprego, os comportamentos depressivos e autodestrutivos são cada vez mais frequentes.
Por outro lado, o psiquiatra Nuno Pedro Gil acredita que não há receitas contra a depressão: "Não há cápsulas, comprimidos ou terapias capazes de resolver problemas como a pobreza ou a miséria". Durante o dia de hoje o tema ‘Isolamento e Suicídio’ é debatido em Beja, num seminário organizado pela Rede Europeia Anti-Pobreza.

Medicamentos vão ficar mais caros a partir do Verão


Os medicamentos de marca à venda nas farmácias portuguesas vão ficar mais caros nos casos em que exista igualmente disponível um genérico como alternativa. Isto em virtude da descida da comparticipação do Estado.
A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do Diário Económico, que recorda que a notícia foi já confirmada pelo secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, num debate sobre a Política do Medicamento. LUSA

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Conclusões da Reunião 27 de Abril


Da reunião de 27 de Abril, após discussões sem grandes avanços no que diz respeito aos pontos de desentendimento entre MS e Sindicatos, apenas de referir o facto de o MS se tornar permeável ao aumento salarial.


Isto é, do nivel 11 inicialmente proposto 995 euros, surge o nivel 15 como ponto de partida 1201 euros, negociáveis.


Todos os outros pontos apresentados pelos Sindicatos foram recebidos e irão ser avaliados pelo MS e discutidos na Próxima Reunião a 7 de Maio.


A greve para dia 12 de Maio mantém-se.

domingo, 26 de abril de 2009

México: Governo desaconselha viagens


O Governo português desaconselha as deslocações à Cidade do México devido ao surto de gripe suína, que já causou a morte a mais de 80 pessoas.
Segundo o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, nas instâncias turísticas mais procuradas pelos portuguesas não há conhecimento de quaisquer casos de infecções.
Por esta altura, o número de turistas portugueses no México é reduzido, entre 300 a 350 pessoas e estão essencialmente concentrados na zona da Riviera Maia.
Contudo, alertou António Braga, 'por medida de precaução, se alguém pretender deslocar-se a essas zonas deve contactar o gabinete de emergência consular'.
Até ao momento, não há nenhum português no México que tenha mostrado vontade de regressar antecipadamente.
Já depois de a Comissão Europeia ter garantido a inexistência de casos suspeitos na União, a Direcção-Geral de Saúde (DGS) assegurou que em Portugal também não existe qualquer situação suspeita do vírus da gripe suína. Contudo, as autoridades estão em alerta e este domingo participam num encontro por audio-conferência com outros organismos europeus de saúde para 'fazer um ponto da situação'.
Francisco George, da DGS, garantiu que 'não há razão par alarme' e esclareceu ainda que estamos perante um caso de 'saúde pública humana' e não um verdadeiro veterinário, isto é, o vírus transmite-se entre humanos e não existe qualquer risco no consumo de carne de porco. Correio da Manhã

sábado, 25 de abril de 2009

12 de Maio há Greve

12 de Maio - Dia Internacional do Enfermeiro

Greve e Manifestação

http://http://www.sep.org.pt/images/stories/sep/accaosindical/2009/04/comunicado14.pdf

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Empresas de médicos: Ministério gastou 14,6 M€ em 2008


O Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagou, no ano passado, 14,6 milhões de euros a empresas de médicos pelos serviços prestados nas urgências hospitalares, quase o dobro do que tinha gasto no ano anterior, revelou à Lusa o Ministério da Saúde.
A mesma fonte revelou que, em 2008, o Estado pagou a empresas de médicos 14.616.000 euros, contra 9.414.000 euros em 2007, o que representa um aumento de 5.202.000 euros.
Conforme noticiou a Agência Lusa em Setembro do ano passado, o recurso a empresas de médicos para suprir a falta de profissionais para assegurar as urgências hospitalares levou a que alguns especialistas cobrassem até 100 euros por hora quando estavam a prestar serviço através de empresas de médicos. Lusa

Hospitais de gestão empresarial com prejuízos de 192,7 M€


Os 37 hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE) tiveram prejuízos de 192,7 milhões de euros em 2008, o que representa um agravamento de 35,6 por cento face ao ano anterior, revelou o secretário de Estado Ajunto e da Saúde.
Francisco Ramos considera serem valores «normais», tendo em conta que os hospitais EPE «precisam de tempo» até os resultados financeiros poderem ser positivos.
«É normal os primeiros anos [dos hospitais que são transformados em EPE] terem um mau desempenho», adiantou. Lusa

terça-feira, 21 de abril de 2009

Espanhol convidado para dirigir Centro de Procriação Medicamente Assistida


O director da Maternidade Alfredo da Costa convidou um médico espanhol para assumir a direcção do Centro de Procriação Medicamente Assistida. Jorge Branco disse que não há ninguém a nível nacional disponível para este lugar.


O director da Maternidade Alfredo da Costa confirmou que convidou um médico espanhol para assumir a direcção do Centro de Procriação Medicamente Assistida, cujas instalações foram inauguradas esta segunda-feira pela ministra da Saúde.
Aos jornalistas, Jorge Branco explicou que este clínico de Valência esteve nas instalações deste centro na sexta-feira, devendo o médico dar uma resposta sobre este convite ainda esta semana.
O director desta maternidade justificou o convite pelo facto de «a nível nacional não haver mais ninguém liberto de trabalho para poder vir para esta unidade».
«Portanto, não tive outra alternativa senão recorrer ao estrangeiro», resumiu o director da Maternidade Alfredo da Costa.
Na visita que fez, a ministra da Saúde aproveitou para se congratular com estas instalações e disse que a falta de médicos que impede este centro de funcionar a cem por cento não é um problema.
«Os serviços quando estão prontos devem abrir mesmo que não tenham todos os seus recursos em funcionamento. Obviamente que, à medida da sua existência, os recursos humanos vão sendo encontrados», explicou Ana Jorge.
A ministra adiantou ainda que os casais inférteis que não tiveram resposta aos seus problemas no sistema público poderão vir a ser atendidos no privado.
«Estes poderão ir às suas listas de espera. Se os casais quiserem há neste momento quatro serviços privados no país reconhecidos e que aceitaram fazer este processo de contratualização», sublinhou.
Em Portugal, existem 2800 casais inférteis em lista de espera no Serviço Nacional de Saúde, 800 dos quais na região de Lisboa.

Faro: Hospital lamenta queda de tecto em cima de utentes


O Conselho de Administração do Hospital de Faro lamentou hoje o incidente da queda de algumas placas de um tecto falso numa sala de apoio à urgência que provocou ferimentos, sem gravidade, a duas pessoas.
Duas pessoas sofreram segunda-feira escoriações leves no Hospital de Faro, devido à queda de algumas placas do tecto falso na sala de espera da triagem.
Em comunicado de imprensa enviado à comunicação social, o Hospital de Faro lamenta a queda das placas de tecto falso que provocou uma escoriação ligeira a um utente e levou a assistir outra pessoa por «precaução e submetido a uma TAC, para verificação».
«O incidente foi causado pelo desprendimento de uma grelha do difusor de ar, instalado por cima do tecto falso, caíram 8 das 54 placas de tecto falso que compõem a estrutura da referida sala», lê-se ainda no mesmo documento.
O Conselho de Administração informa que já mandou instaurar um inquérito de averiguação junto da empresa responsável pela manutenção, que tem um contrato em vigor com o Hospital nesse sentido, e que procederá de à divulgação do resultado as conclusões do inquérito, sobre quais as origens e os responsáveis.

«O Conselho de Administração do Hospital de Faro defende o melhor e a mais diferenciada prestação de cuidados aos nossos utentes», refere o comunicado. Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Valores Públicos em Santa Maria


Adalberto Campos Fernandes, responsável pela administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, defende que é preciso desfazer os mitos e desconfianças em torno do sector público: «Nós temos um capital de prestígio académico e de investigação médica que não pode ser prejudicado por passos precipitados», alertou. A concentração de qualidade do domínio público é, segundo o responsável pelo Hospital de Santa Maria, determinante para que «as gerações futuras continuem a ser servidas por médicos com grande essência de formação».Face às dificuldades económicas e sociais, Adalberto Campos Fernandes sugere a discussão entre todos os conceitos e modelos de gestão hospitalar, reconhecendo, porém, que talvez este não seja o melhor momento para o fazer. «Temos hoje condições para fazer uma avaliação subjectiva para que, dentro de três ou quatro anos, possamos falar de matéria de facto e não de juízos de valor». Diário Económico

Medicamentos para infertilidade passam a custar menos de metade


A ministra da Saúde, Ana Jorge, esclarece, em declarações à TSF, que os medicamentos utilizados no tratamento da infertilidade vão passar a custar menos de metade do que acontece actualmente.
O Estado vai aumentar a comparticipação dos medicamentos utilizados no tratamento da infertilidade. A medida consta de um despacho da ministra da Saúde que começa a valer a partir de hoje.
«Os casais neste momento tinham que pagar cerca de 69 por cento, porque a comparticipação do Estado era de 31 por cento, agora a comparticipação do Estado passa a 69 por cento, portanto insere-se no escalão B e a redução fica em cerca de metade daquilo que é a parte paga pelos casais na aquisição deste medicamentos», explica.
No despacho implementa-se também um programa provisório, que deverá começar a funcionar no Verão, para os casais que não conseguem ter filhos e que estão há mais de um ano em lista de espera.
A ministra da saúde reconhece os atrasos do Governo, mas garante que está a trabalhar para recuperar o tempo perdido.
«É mais um passo na concretização do que tinha sido uma promessa do Governo, que se atrasou e assumimos, porque sabemos que para quem está à espera é um assunto sofrido», salienta Ana Jorge.
Estamos a tentar que se diminuam os tempos de espera, de modo a haver uma maior acessibilidade e uma facilitação em todo o país, aumentando a resposta e qualidade no sector público e privado», acrescenta.
A ministra da saúde inaugura, esta segunda-feira,o centro de procriação medicamente assistida da maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.

Hospital em risco de perder quatro milhões


Recebeu o Correio da Manhã o seguinte esclarecimento do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas:
"No passado dia 10 o Correio da Manhã refere o SAMS- Serviço de Assistência Médico-Social dos Bancários como o maior devedor dos subsistemas totalizando uma dívida de 797 mil euros.
Porque se entende que está em causa o bom-nome do SAMS do SBSI, importa esclarecer o seguinte:
Entre o SAMS e o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, do Norte e do Centro e o Ministério da Saúde/IGIF (actualmente ACSS), foi celebrado um protocolo em 2000 em que os SAMS, como contrapartida de assumirem as despesas de saúde dos seus beneficiários, inclusive junto dos hospitais públicos, passavam a receber do Estado uma compensação financeira por beneficiário, apurada semestralmente.
Este protocolo para o SAMS do SBSI cessou, por acordo, no final de 2008, sobretudo devido ao atraso dos pagamentos por parte da referida ACSS.
Neste momento, o SAMS do SBSI é devedor ao Hospital Curry Cabral da importância de 577 mil euros relativos ao ano de 2008 mas, por sua vez, é credor da ACSS, ao abrigo do referido protocolo, de uma importância superior a 30 milhões de euros, relativa ao mesmo período. É, pois, abusivo incluir o SAMS do SBSI numa notícia que se refere a clientes de cobrança duvidosa pois o recebimento, por parte do SAMS, das quantias que a ACSS lhe deve, determinará a liquidação das dívidas aos hospitais públicos, incluindo o Hospital Curry Cabral.

sábado, 18 de abril de 2009

SEP Evolução da Nova Carreira




Gostariamos de Agradecer ao Sr. Enfermeiro José Carlos Martins que nos escreveu/enviou esta nota clarificavativa dos desenvolvimentos da negociação da Carreira de Enfermagem entre os Sindicatos e o MS. Desde já um Muito Obrigado...

Cara(o) Colega
Depois da reunião Negocial de 15.Abril (entre as 10h00 e as 13h00), seguiu-se reunião da Comissão Executiva toda a tarde e ontem, 16, foi reunião de Direcção Nacional.
A – A REUNIÃO NEGOCIAL DECORRENTE DAS LUTAS QUE TEMOS DESENVOLVIDO, o
Ministério da Saúde (MS) tem evoluído de posição.
Registamos:· - A aprovação do Modelo de Desenvolvimento Profissional/Alteração Estatutária da Ordem Enf. (9.Abril);· - A importante evolução fixada nesta reunião negocial. Contudo, o MS/Governo está muito longe de dar resposta e consagrar, em várias matérias, as justas soluções que reivindicamos.
1 – ÂMBITO DE APLICAÇÃOO MS começou por propor 1 Decreto Lei (DL) de Carreira para “funcionários/CTFP” e 1 ACT para CITs;
5. Março: 1 DL de Carreira para CTFP e Actuais CITs e 2 ACTs (1 para CTFP e outro para CITs);
12.Março: 1 DL de Carreira para CTFP, Actuais e Futuros CITs (aos Futuros CITs não se aplicava a grelha salarial) e 2 ACTs (1 para CTFP e outro para CITs);
15.Abril: Governo está a estudar 1 DL e 1 ACT para CTFP e 1 DL e 1 ACT para CIT (EPEs e ParceriasPP), sendo os CONTEÚDOS (dos DLs e dos ACTs) IGUAIS;MS vai remeter à CNESE Propostas de alteração aos Diplomas das EPEs e ParceriasPP.CNESE continua a exigir: “1 Carreira e restantes matérias iguais para a Enfermagem inteira”.

2 – ESTRUTURA DE CARREIRA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALO MS aceitou proposta sindical:
i) Categoria de Enfermeiro: integra Enfermeiros e Enf.º Especialistas;
ii) Categoria de Enf.º Gestor: enquadra o exercício de funções de gestão (gestão operacional/Serviços/Unidades Funcionais);
iii) Exercício de funções de “gestão transversal”/Departamentos/Unidades de Gestão (Enf.º Supervisor) é em comissão de serviço e são recrutados entre Enf.º Gestores; Acesso de Enfermeiro a Enf.º Gestor é por Concurso.

Aspectos que continuam em negociação:
i) ajustamento dos conteúdos funcionais;
ii) requisitos de acesso à Categoria de Enf.º Gestor;
iii) método de selecção e questões relativas à comissão de serviço do Enf.º Supervisor (critérios de não renovação);
iv) Regulamentação dos Concursos (ingresso e acesso) é em Portaria a negociar.

3 – ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO SALARIAL MS clarificou: Posição 1 (Nível 11 = 995.51) é para os Enfermeiros do Exercício Profissional Tutorado (EPT). CNESE rejeitou. Evoluir do Nível 12 = 1 047 para o Nível 15 = 1 201 (Início da Carreira Técnica Superior) para Ingresso; Evoluir do Nível 42 = 2 591 para o Nível 44 = 2 694 no topo da Categoria de Enfermeiro;Evoluir do Nível 50 = 3 003 para o Nível 57 = 3 364 (topo da Carreira Técnica Superior) no topo da Categoria de Enf.º Gestor;

Sendo positivo É ALTAMENTE INSUFICIENTE.É TOTALMENTE INACEITÁVEL QUE: Os Enfermeiros licenciados não tenham a possibilidade de atingir o Nível 57, como os restantes licenciados da Administração Pública, na Categoria de Enfermeiro;· - MS proponha 11 Posições (Categoria de Enf.º) e regra de progressão igual às Carreiras Gerais (5/5 anos);· - MS não aceite mudança de 2 Posições Remuneratórias após a obtenção do Título de Enf.º Especialista. Diz que é um automatismo.

Sobre estas matérias remuneratórias, nós tomámos posição (desargumentando as propostas deles e avançando com as nossas) e o MS não reagiu, registou. Só reagiu em relação á progressão de 2 escalões dos especialistas,· abrindo uma “ligeira e incerta porta.”

4 – TRANSIÇÃOÉ INADMISSÍVEL, agora com razões acrescidas (face à alteração da estrutura de Carreira), que o MS mantenha a sua Proposta de Transição. Exceptuando os actuais Enf.ºs Supervisores do 6º escalão que transitariam de imediato, os actuais restantes Enf.ºs Supervisores e Chefes nunca transitariam para a nova Carreira (porque o aumento salarial que incidiria no actual vencimento de Chefes e Supervisores também incidiria no valor da Posição 1de Enfermeiro Gestor.

Logo nunca reuniriam condições para transitarem para a nova Carreira. Eles só registaram, não reagiram. Apesar de ter retirado da mesa negocial a sua Proposta de Grelha Salarial Transitória, É INTOLERÁVEL que, na Transição para a nova Carreira, o MS pretenda manter a actual remuneração dos Enf.ºs (aplicar regra do Regime das Carreiras Gerais).

5 – DURAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO. Sobre esta matéria (regimes de trabalho, regras de organização do trabalho/horários, pagamentos) e com a sua Proposta, o MS pretendia remeter os Enfermeiros para o Regime Geral(Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas/RCTFP – Lei 59/2008). MS aceitou a não remissão para o Regime Geral e a consagração dum Regime Específico. CNESE ficou de apresentar Proposta.

6 – AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO Apesar de afirmar pretender um Regime Especifico para os Enfermeiros, com a sua Proposta, o MS remetia-nos para o SIADAP até à existência do citado Regime Especifico. MS aceitou fixar as bases do Sistema Específico no DL, decorrente da discussão do Grupo de Trabalho. Entre 20 e 24.Abril MS vai agendar a 1.ª reunião do Grupo de Trabalho, que inclui dirigentes da CNESE.

B) PERSPECTIVAS DE TRABALHO- Ficaram de hoje, dia 17, remeter à CNESE:
i) As Actas,
ii) as Propostas de alteração dos tais DL das EPEs e Parcerias Público-Privadas- CNESE ficou de remeter Propostas- A 24.Abril (sexta) MS ficou de remeter nova Proposta à CNESE (com as alterações que se fixaram na reunião de 15 e alterações de coisas que daí decorram), incorporando já as nossas propostas/ou não.
A 27 Abril (segunda) – nova reunião negocial Entre outros aspectos, porque a CNESE continua a exigir:

1 – Regulação da Área da Assessoria (Risco, Qualidade, Controle e Infecção Hospitalar, etc)2 – Estrutura Salarial:
2.1 - Posição 1 e restante estrutura salarial devem reflectir os reconhecidos deveres especiais a que estão sujeitos os Enfermeiros (Carreira Especial) e a reconhecida penosidade inerente ao exercício de funções;
2.2 - Enfermeiros com o grau académico de licenciado devem ter a possibilidade de, na Categoria de Enfermeiro e no decurso da sua vida profissional activa, atingir o Nível 57;
2.3 - Enfermeiros com a Categoria de Enfermeiro Gestor devem desenvolver-se em posições remuneratórias seguintes à posição 57;
2.4 - O exercício de funções de Enfermeiro Supervisor deve conferir direito a um acréscimo remuneratório correspondente a 50% da Posição 1 da Categoria de Enfermeiro.
3 – Mudança de Posição Remuneratória:
3.1 – Regras específicas de progressão;
3.2 – Progressão de duas posições remuneratórias aos Enfermeiros, actuais e futuros, após a aquisição do título de Enfermeiro Especialista.
4 – Princípios gerais de Transição
4.1 - Os Enfermeiros integrados na actual Carreira de Enfermagem devem transitar (todos) para a nova Carreira e manter as actuais Categorias de que são detentores e o inerente exercício de funções;
4.2 – Regras específicas de transição que valorizem de imediato, a formação de Licenciado;
4.3 - Os Enfermeiros integrados na actual Carreira de Enfermagem e não detentores do grau académico de Licenciado não devem ter o mesmo enquadramento/desenvolvimento salarial que os restantes;
4.4 – Contagem de todo o tempo de serviço para todos os efeitos legais;
4.5 – Direito ao descongelamento de escalões na actual Carreira, desde 2008 e antes da transição.

A DIRECÇÃO NACIONAL DECIDIU COLOCAR EM MARCHA MAIS UMA ACÇÃO DE PRESSÃO/LUTA DIA 12 DE MAIO – DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO – Dia de Comemoração, de Exigência e de Luta FAZEMOS GREVE (Turnos da MANHÃ e TARDE) E MANIFESTAÇÃO NACIONAL DA ENFERMAGEM PORTUGUESA, A PARTIR DAS 14H30Cara(o) Colega ESTAMOS NA FASE CRUCIAL DO PROCESSO.

É determinante que todos nós façamos um esforço acrescido de atenção à Informação, ao Esclarecimento e Mobilização dos colegas do Serviço. Atrevemo-nos a referir que, participar empenhadamente neste processo, estruturante para vários anos, constitui um dever cívico e uma obrigação profissional, pelo que representa para a Enfermagem Portuguesa e para TODOS os ENFERMEIROS

Cumprimentos

José Carlos Martins

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Centro aberto há um mês não funciona por falta de um médico


Depois da remodelação, que custou mais de meio milhão de euros, o centro de Procriação Medicamente Assistida (PMA) da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa, reabriu a 9 de Março, mas ainda não fez nem um tratamento. Depois de uma avaria técnica, o atraso deve-se agora à falta de um especialista.

«Falta um médico que é o mais importante já que vai ser o director do centro», disse à TSF o director da maternidade, justificando que não existem médicos da área em Portugal.
Jorge Branco adiantou que esta sexta-feira terá uma reunião com um colega espanhol, que dirigiu um centro de PMA num hospital de Valência «durante mais de 20 anos», pelo que espera ter o problema resolvido «até meados» de Maio.
Ainda assim, o director da Maternidade Dr. Alfredo da Costa mostrou acreditar que é possível recuperar o tempo perdido, já que a nova tecnologia da unidade remodelada permite diminuir os tempos de espera.
Actualmente, aquele hospital tem mais de 800 casais em listas de espera, o que constitui «um número muito elevado», tendo em conta o «ritmo de antigamente», mas «com estas novas instalações e equipas mais completas», aquilo que era feito num ano inteiro poderá agora ser concretizado em meses, frisou.
Além disso, acrescentou, existe «a possibilidade de entrarem neste projecto também centros privados», logo «vamos dar uma resposta muito superior àquela que se fazia no ano passado».
Os casais que estavam há mais tempo em lista de espera já foram chamados para a primeira formação. TSF

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Negociações inconclusivas entre enfermeiros e Ministério


A Comissão Negociadora dos Sindicatos dos Enfermeiros encontrou hoje alguma «abertura» na ronda negocial com o Ministério da Saúde para debater a nova carreira, apesar de a reunião ter sido inconclusiva.

«Houve por parte do Ministério da Saúde (MS) alguma abertura para a discussão de algumas matérias, ao nível da estrutura da carreira, que nós consideramos importantes para chegarmos a um entendimento», disse à Agência Lusa Pedro Frias, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Apesar das posições enfermeiros e do Ministério da Saúde ainda estarem «muito distantes» e ter havido «pouca discussão em termos da aplicação da carreira», Pedro Frias afirmou que foram abertas «algumas perspectivas».
«O descontentamento dos enfermeiros relativamente à condução deste processo por parte do Ministério da Saúde provavelmente fez com que o MS percebesse que os enfermeiros estão mobilizados, descontentes e prontos a avançar para formas de luta e isso fez com que houvesse abertura de determinadas portas, mas ainda nada está concluído», acrescentou.
Foi marcada uma próxima reunião para o dia 27 de Abril, tendo ficado apontado que ambas as partes enviariam propostas para o projecto do decreto-lei, disse Pedro Frias à Lusa.
Os enfermeiros exigem uma carreira que regule as condições de trabalho de todos os enfermeiros do país, independentemente do vínculo, e uma carreira com uma única categoria.
A Comissão Negociadora dos Sindicatos dos Enfermeiros é composta pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira. Lusa / SOL

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Dívidas dos hospitais-empresa voltaram a aumentar no início do ano



Depois de terem sido reduzidas para metade no final de 2008, as dívidas dos hospitais-empresa voltaram a crescer, cerca de 30 milhões de euros, nos primeiros dois meses deste ano. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares justifica este aumento com a má gestão e o impacto dos aumentos salariais.
Em 2008, o Governo disponibilizou 900 milhões de euros para resolver sobretudo os atrasos nos pagamentos aos fornecedores e as dívidas foram reduzidas para metade.
Mas durante os meses de Janeiro e Fevereiro as dívidas voltaram a crescer, cerca de 30 milhões de euros.
Contas que o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, não estranha e justifica com a má gestão e o impacto dos aumentos salariais.
«Os hospitais não estão a conseguir gerir de forma correcta e estão novamente a criar dívidas. Como sabemos este ano os ordenados estão a subir, portanto esse impacto vai ser muito forte ao nível do crescimento por outro lado tem a ver com a questão de alguma ineficiência no exercicio da gestão», sublinhou.
O crescimento das dívidas dos hospitais-empresa foi revelado pelo secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, que em declarações ao jornal Diário Económico responsabiliza os hospitais por esta situação e lembra que as verbas do fundo de apoio aos pagamentos aos fornecedores continuam disponíveis. TSF

Ordem dos Farmacêuticos critica abertura de farmácia privada no Hospital de Santa Maria


A Ordem dos Farmacêuticos (OF) lamentou hoje a abertura de mais uma farmácia privada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a terceira a abrir no País, depois da de Leiria e da dos Covões (Coimbra).
A OF considera que esta medida, que o «Governo insistiu em implementar», é desnecessária «em termos de benefício público e altamente lesiva das farmácias de bairro, próximas do cliente e integradas nas respectivas comunidades».
A Ordem dos Farmacêuticos entende que o processo de abertura das farmácias privadas nos hospitais sempre foi «pouco claro».
Segundo a legislação em vigor para as farmácias privadas, quem quiser abrir uma farmácia localizada a menos de 100 metros do hospital ou do centro de saúde não o consegue, lembra a OF.
«Outra questão pouco clara relaciona-se com as percentagens a pagar à administração hospitalar e segundo infomação segura estão claramente acima da margem real de comercialização do medicamento» , refere ainda a OF.
A Ordem diz que «continua a reivindicar a necessidade de um esclarecimento das condições de abertura das farmácias privadas nos hospitais», as quais, «em termos sócio-económicos», são «altamente gravosas para as farmácias individuais que têm assegurado, desde sempre, reconhecido serviço de qualidade à comunidade».
«Não se vislumbra qualquer benefício para o utente desta medida governamental.
Por exemplo, num raio de apenas dois quilómetros em torno do Hospital de Santa Maria existem 30 farmácias que podem agora ver a sua sobrevivência ameaçada face a uma concorrência desleal, podendo mesmo vir a estar em causa o futuro da capacidade de escolha do utente» , argumenta a OF.
A OF lembra que a farmácia de Santa Maria abre «quando continuam pendentes nos tribunais vários processos interpostos por um conjunto de farmacêuticos nas comarcas de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro contra esta medida governamental».
Está também pendente em Bruxelas uma queixa interposta pela Ordem dos Farmacêuticos à Comissão Europeia por «violação das regras de concorrência» consagradas no Tratado da União Europeia e em legislação nacional. Lusa

Reunião hoje entre MS e Sindicatos

Reunião hoje entre o MS e os sindicatos para discussão da carreira de Enfermagem. Esperamos ter novidades dignas da Sra Ministra.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Alteração ao Estatuto da OE aprovado em Conselho de Ministros

Proposta de Lei que procede à primeira alteração ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 104/98 de 21 de Abril
Esta Proposta de Lei, a submeter à aprovação da Assembleia da República, vem introduzir alterações ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros, de modo a adequá-lo a novas exigências, redefinindo as condições de inscrição e aquisição de título de enfermeiro e enfermeiro especialista.
Em especial, é introduzido um período de exercício profissional tutelado para a atribuição do título definitivo de enfermeiro e regras para a atribuição do título de enfermeiro especialista.
Procede-se, também, à alteração da composição e das competências do Conselho de Enfermagem e são criadas comissões técnicas para o assessorar.
Prevêem-se, ainda, disposições transitórias com vista a facilitar a mudança para o actual sistema de admissão e atribuição de títulos profissionais, salvaguardando a possibilidade de opção a todos os alunos que se encontrem inscritos nos cursos de licenciatura em Enfermagem, antes da entrada em vigor da presente lei. Regula-se ainda o processo de atribuição do título de enfermeiro aos profissionais habilitados com cursos obtidos em países de língua oficial portuguesa. Portal do Governo

O Estado da Saúde em Portugal

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam que mais de 655 mil portugueses estão em listas de espera no Serviço Nacional de Saúde. Em Março de 2008, cerca de 474 mil utentes estavam inscritos para uma primeira consulta de uma especialidade médica. Na lista de espera para cirurgia estavam inscritos, em Setembro de 2008, 181 099 doentes. Não há dados mais recentes.
No Hospital Garcia de Orta, em Almada, o tempo médio de espera para uma ressonância magnética é de três anos. Como é que uma pessoa com problemas de coluna pode esperar três anos?', questiona José Luís Salles, da Comissão de Utentes da Saúde do Concelho do Seixal, um concelho que reclama há vários anos pela construção de uma unidade hospitalar.
'Geralmente, são os médicos de família que pedem consultas da especialidade. O alongado tempo de espera desactualiza todos os meios complementares de diagnóstico que o doente realizou', explica ao Correio da Manhã Santos Cardoso, presidente do Movimento de Utentes da Saúde.
Em Junho de 2006, o Governo criou o Sistema Integrado de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), que permite ao utente controlar a sua situação. 'O SIGIC é completamente falseado. Um doente espera meses ou anos por uma consulta, tem de realizar novos exames e só depois é que o médico o inscreve no sistema', afirma Santos Cardoso. A criação das 160 Unidades de Saúde Familiar não facilitou a vida aos utentes, diz José Luís Salles: 'Desde 2007 que há uma USF em Miratejo. Na altura havia 50 mil pessoas à espera de consulta, agora são 45 mil'.
TRÊS ANOS POR UMA CONSULTA
Filipe Lopes, aposentado da GNR, com 69 anos, espera há mais de três anos por uma consulta na especialidade de Otorrinolaringologia, no Hospital S. Teotónio, Viseu. O paciente está revoltado e já escreveu duas meses à ministra da Saúde. Diz que é um cidadão 'de um país de quinto mundo' que 'não quer saber dos seus doentes'.

Filipe mora em São Miguel de Vila Boa, Sátão, e sofre de apneia do sono e por vezes tem falta de ar. Há quatro anos recorreu a um médico particular que o informou de que uma operação à garganta no privado lhe custaria 'mais de 600 contos' [três mil euros]. O sexagenário decidiu marcar uma consulta no médico de família para que organizasse o processo para ser operado no Serviço Nacional de Saúde. 'Paguei os meus impostos durante 40 anos, tenho o direito a que o Estado me trate da saúde. O que se passa comigo é uma vergonha. Devem estar à espera que morra para depois quererem saber de mim.'

Luís Viegas, do Gabinete de Relações Públicas do Hospital São Teotónio, explicou ao CM que o paciente 'não tem qualquer consulta de otorrinolaringologia marcada' na unidade de Saúde. O responsável explicou que Filipe Lopes marcou uma consulta de patologia respiratória do sono, em 31 de Março de 2006, só que a especialidade apenas existe no S. Teotónio há ano e meio. 'O hospital dispõe de duas camas para a cura desta patologia e tem 272 pessoas inscritas na lista de espera. Acreditamos que este paciente será brevemente chamado à consulta.'
CIRURGIAS EM QUATRO MESES
Em Junho de 2008, o primeiro--ministro, José Sócrates, apresentou o Programa de Intervenção em Oftalmologia (PIO), no qual o Governo se comprometia a investir 28 milhões de euros para contratualizar com os hospitais públicos 75 mil primeiras consultas e 30 mil cirurgias em produção adicional, a realizar até Junho deste ano. No mês passado, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou que o PIO estava a cumprir as expectativas e que até ao final do programa 'nenhum português esperará mais de cinco meses pela consulta e mais de quatro meses pela respectiva cirurgia'. Em Dezembro estavam 27 mil utentes à espera de cirurgia aos olhos.
RASTREIOS E CERIMÓNIAS
"NÃO HÁ PAÍS NO MUNDO SEM LISTAS DE ESPERA": Luís Pisco, Coordenador Missão Cuidados de Saúde Primários
Os últimos dados disponíveis, relativos a 2007/2008 apontam para mais de 400 mil portugueses à espera de uma primeira consulta de especialidade. Quem é que faz os pedidos de consultas?
Luís Pisco – A grande maioria dos pedidos é feita nos Centros de Saúde, através do médico de família mas também há pedidos realizados pela consulta externa dos hospitais e por médicos privados.
– Quanto tempo pode demorar uma primeira consulta?
– É difícil dizer, não tenho esses dados e depende de hospital para hospital e de especialidade para especialidade.
– Mas é razoável que um utente espere, por exemplo, três anos por uma primeira consulta?
– Uma espera tão longa não é normal, certamente que houve um mal-entendido até porque hoje em dia está tudo monitorizado. Sinceramente, não vejo como possa ser possível alguém esperar três anos por uma consulta de qualquer especialidade.
– Os números disponibilizados pelo Ministério da Saúde da lista de espera para cirurgias, no final de Setembro de 2008, apontava para cerca de 181 mil portugueses.
– Todos os esforços do Ministério da Saúde vão no sentido de melhorar os serviços de Saúde. Assistimos a uma tendência de melhoria.
– Provavelmente, está a comparar com anos anteriores, em que as listas eram maiores. No entanto, não são muitos doentes à espera, sobretudo se se comparar com outros países europeus?
– Penso que não há nenhum país no Mundo que não tenha listas de espera para cirurgias, até porque muitas operações não devem ser realizadas imediatamente. Uma mesma situação clínica pode ter tempos de espera diferentes em função do hospital de referência e dos meios existentes. E há muitas cirurgias, como as hérnias ou as varizes, que não são consideradas urgentes porque as verdadeiramente urgentes não têm que esperar.
O ESTADO DA SAÚDE
CENTROS DE SAÚDE
Médicos nos 346 C. S. em 2007:

5548 Medicina Geral e Familiar
919 Clínicos Gerais
22 Oftalmologistas
21 Pneumologistas
14 Ginecologistas/obstetras
8 Estomatologistas
7 Psiquiatras
7 Dentistas
Total: 7033 (em 2006 eram 7096)
HOSPITAIS
785 Ginecologistas/obstetras
582 Ortopedistas
416 Cardiologistas
408 Oftalmologistas
292 Otorrinolaringologistas
213 Urologistas
Consultas realizadas nos hospitais:
Ortopedia 699 380
Oftalmologia 650 069
Urologia 293 468Pediatria 38 986
Fonte: Direcção-Geral de Saúde/Dezembro 2008 (dados relativos a 2007)
MAIS PROCURADAS
As especialidades com mais procura para primeira consulta são as que têm listas de espera maiores: Ginecologia/Obstetrícia, Oftalmologia, Urologia e Ortopedia.
116 mil pessoas à espera da primeira consulta de Oftalmologia em Dezembro de 2007.
6,6 milhões urgências hospitalares registadas durante o ano de 2007.
85 377 partos realizados nos hospitais em 2007, menos três mil do que em 2006.
474 mil Utentes à espera de primeira consulta de especialidade, em Março de 2008.
181 099 doentes à espera de cirurgia. Tempo médio de espera: 6,1 meses, em Setembro de 2008.

AUMENTO: TAXAS MODERADORAS
Em 2008, a taxa moderadora de uma consulta no Centro de Saúde era 2,15 euros. Desde o dia 1 de Fevereiro deste ano que o utente passou a desembolsar 3,70 euros
Calcula-se que cerca de 500 mil portugueses não tenham médico de família, apesar da abertura de 160 Unidades de Saúde Familiar (USF) que beneficiam perto de 2 milhões de utentes.
Este é um resumo do estado da Saúde actual de Portugal. Correio da Manhã

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Carreiras médicas com entendimento próximo


Sindicatos e ministra reúnem-se na terça- -feira e poderão chegar a consenso. Dois diplomas sobre carreiras médicas são uma alternativa.


A próxima reunião, a realizar terça-feira, entre ministra da Saúde, Ana Jorge, e os sindicatos representativos dos médicos pode ser decisiva para o processo de negociação das carreiras médicas. Neste encontro, as duas partes poderão chegar a um consenso sobre os princípios gerais da negociação colectiva. Quem o admite é Mário Jorge, dirigente da FNAM - Federação Nacional dos Médicos, que reconheceu haver neste momento mais aproximação de pontos de vista de ambas os lados do que há alguns meses, em que os sindicatos chegaram a ameaçar recorrer à greve.
Um entendimento que só vem reforçar a convicção das duas estruturas sindicais FNAM e SIM - Sindicatos Independente dos Médicos -, que acordaram falar a uma só voz em tudo o que respeitasse a este dossiê - de haver novos diplomas das carreiras aprovados ainda no decurso desta legislatura deste Governo. Isto apesar de faltarem apenas seis meses para as eleições.
A solução para acelerar o processo negocial pode passar por uma negociação única para a criação de dois diplomas:um que regulamentará as carreiras dos médicos com contratos individuais de trabalho nos Hospitais EPE e outro que rege os dos profissionais da carreira da função pública. Trata-se da mesma matéria aplicada em dois diplomas, conclui Mário Jorge.
Tudo para evitar uma alteração legislativa à Lei 12 A, que estabelece o novo regime da função pública, que demoraria demasiado tempo. E ao mesmo tempo permitir que os novos diplomas abranjam todos os médicos e não só alguns, explicou aquele responsável.
Se assim não fosse, diz "o Governo teria de solicitar à Assembleia da República uma alteração legislativa a uma Lei tão recente como a que estabelece o novo regime da Função Pública." O que o próprio executivo considera que neste momento não seria oportuno fazer.
Aos médicos também não interessa correr o risco de não ter novos diplomas de carreira aprovados até ao final deste ano. " Por isso procuramos alternativas que salvaguardassem o interesse comum".
Além dos dois diplomas de carreira há ainda um terceiro, o da qualificação médica, para negociar. Ou seja, muita coisa para escassos meses.
Mas, apesar de ainda nem sequer estarem definidos os princípios gerais da negociação colectiva, Mário Jorge, assegura que "já há muita coisa discutida com o Ministério da Saúde sobre matérias que hão-de constar dos novos diplomas".
O dirigente da FNAM sublinha ainda que no dia 14, próxima terça-feira, vão ser discutidos os "pormenores no documento que rege as negociações, por isso nesta reunião entre sindicatos e Governo também vão estar presentes juristas". A ministra Ana Jorge, poderá assim, evitar mais um conflito aberto com uma classe profissional forte.

Poupança nas mãos dos médicos


Os medicamentos genéricos permitem ao utente poupar, em muitos casos, metade do valor de um remédio de marca. Uma poupança agora só possível mediante decisão do médico, após o cancelamento da campanha de substituição de medicamentos de marca por genéricos mais baratos anunciado ontem pela Associação Nacional de Farmácias.
Numa incursão por algumas farmácias no Centro de Lisboa, o CM constatou que, entre os medicamentos mais vendidos, é possível poupar-se até 12,60 euros. É o caso do antidepressivo Digassim que custa 30,31 euros, enquanto o genérico se fica pelos 17,71.
A campanha de substituição permitiu, segundo João Cordeiro, presidente da ANF, poupar cerca de 200 mil euros desde o dia 1 de Abril. "Em meia dúzia de dias, os doentes pouparam 112 mil euros e o Serviço Nacional de Saúde poupou 93 mil. A ministra prefere comparticipar medicamentos de marca mais caros e rejeita comparticipar genéricos mais baratos. Concluo que não há crise no Ministério da Saúde", afirmou ontem João Cordeiro, revelando que "os recibos passados pelas farmácias vão passar a conter a informação do preço do genérico mais barato e a diferença para o medicamento de marca".
Além disso, João Cordeiro anunciou o lançamento de uma petição para que o Ministério permita ao doente escolher entre medicamentos mais baratos, garantindo ainda que irá processar o Ministério da Saúde se as receitas médicas forem devolvidas sem qualquer pagamento.
Em resposta, Ana Jorge mostrou-se intransigente quanto ao assunto: "As receitas com irregularidades serão devolvidas." A ministra da Saúde, porém, revelou abertura para proceder a alterações à lei no que diz respeito à prescrição de medicamentos. "A lei já tem algum tempo e muitas vezes a sua aplicação cria dificuldades. Poderá ser revista", afirmou Ana Jorge, reiterando o apelo aos médicos feito a meio de Março: "Tenho apelado a todos os médicos para discutirem com o doente os custos do tratamento, mas a escolha deve ser feita pelo médico."
SUBSTITUIR REMÉDIOS É PERIGOSO
Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, considera que a substituição de medicamentos de marca por genéricos é um perigo para a saúde dos doentes. "Há genéricos muito potentes e com duplicação das doses colocam o doente em risco", afirmou, defendendo que "não vale a pena correr esse risco só para que um determinado grupo de comerciantes ganhe mais dinheiro".
O bastonário sublinhou o papel do médico, dizendo que este "deve estar disponível para defender a melhor solução para o doente que passa também pelo ponto de vista económico". Para Pedro Nunes, os médicos são a única entidade não interessada economicamente na questão do medicamento. Já o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Família, Luís Pisco, é da opinião de que tem de ser o doente a pedir o genérico ao médico de família. Correio da Manhã


Comparação entre Medicamentos:


Ben U Ron 1,83 euros; Paracetamol 1,00 euros; Diferença 0,83 euros


Voltaren 9,31 euros ; Diclofenac 4,10 euros; Diferença 5,21 euros


Losec (28 comp) 39,53 euros; Omeprazol (56 comp) 39,53 euros; Diferença 28 comp


Clavamox DT 15,69 euros; Amoxicilina+Àc. Clavu. 8,75 euros; Diferença 6,94 euros


Xanax (0,5mg) 7,43 euros; Alprazolan 3,72 euros; Diferença 3,71 euros


Infarmed: Genéricos são iguais aos originais mas mais baratos


Os medicamentos genéricos têm a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem do remédio original, de marca, que lhe serviu de referência, mas são mais baratos e só são produzidos após o período de protecção da patente original.
Segundo o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.), que regula este mercado, os genéricos têm a mesma qualidade, eficácia e segurança a um preço inferior ao do medicamento original. No seu sítio na Internet, o Infarmed informa que "um medicamento genérico é um medicamento com a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação terapêutica que o medicamento original, de marca, que serviu de referência".
Relativamente ao preço, a autoridade esclarece que "são medicamentos 20 ou 35 por cento mais baratos do que o medicamento de referência, com a mesma forma farmacêutica e igual dosagem, caso não exista grupo homogéneo".
"No caso de existir grupo homogéneo, o preço de venda ao público é igual ou inferior ao preço de referência desse grupo".
No que diz respeito a garantias de segurança, qualidade e eficácia, o Infarmed invoca o decreto-lei n.º 176/2006 de 30 de Agosto, que estabelece que "a Autorização de Introdução no Mercado (AIM) de medicamentos genéricos está sujeita às mesmas disposições legais dos outros medicamentos, estando dispensada a apresentação de ensaios pré-clínicos e clínicos desde que demonstrada a bioequivalência com base em estudos de biodisponibilidade".
Contudo, no mesmo decreto-lei é dito ainda que "os medicamentos genéricos só podem ser comercializados dez anos após a autorização inicial do medicamento de referência, concedida a nível nacional ou comunitário".
"São medicamentos cujas substâncias activas se encontram no mercado há vários anos e que, por essa razão, apresentam maior garantia de efectividade e permitem um melhor conhecimento do respectivo perfil de segurança", esclarece o Infarmed.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Reunião com a Ministra da Saúde


Dia 15 de Abril a Ministra prometeu reunir novamente com os sindicatos... Vamos ver se é desta que a Sra. Ministra tem uma visão lúcida da nova Carreira de Enfermagem... ou infelizmente talvez não...

Incêndios: Fogo no S. Francisco Xavier extinto em 14 minutos

O incêndio no Hospital S. Francisco Xavier (Lisboa) demorou 14 minutos a ser extinto, tendo-se registado a transferência de seis doentes para o Hospital Egas Moniz que já estava prevista, mas foi antecipada, segundo um responsável da instituição.
Em representação do presidente do Conselho de Administração do Hospital S. Francisco Xavier, Caldeira Pinto explicou ainda ter havido falhas na comunicação na ala onde deflagraram as chamas.
O fogo iniciou-se às 19:40 na cozinha, localizada no piso -1, devido a uma frigideira por «razões ainda desconhecidas».
No local estiveram meios dos bombeiros, PSP, INEM e Protecção Civil, que incluíram 14 veículos, 16 ambulâncias e 40 homens.
O alerta foi dado às 19:40, cinco minutos mais tarde estavam no local os meios de socorro e 14 minutos depois o fogo foi dado como extinto. Agencia Lusa

domingo, 5 de abril de 2009

Ministra Saúde apela aos enfermeiros que mantenham diálogo

A ministra da Saúde, Ana Jorge, apelou esta sexta-feira, em Guimarães, aos enfermeiros para que mantenham o clima de diálogo nas negociações com o Governo, avisando-os de que, se assim não for, terá de "registar" essa atitude.
"O próprio presidente do Sindicato dos Enfermeiros reconheceu que as negociações decorrem num clima aberto e de diálogo e que, embora não se tenha chegado a consenso total, há avanços", sublinhou, dizendo, por isso, "não compreender as razões da greve dos enfermeiros".
Os enfermeiros realizaram quinta-feira e esta sexta-feira uma greve nacional.
A governante falava aos jornalistas no final da visita que hoje efectuou em Guimarães ao Centro Hospitalar do Vale do Ave para analisar a possibilidade de alargamento do serviço de Urgência.
Ana Jorge foi recebida à entrada do Hospital por um grupo de 30 enfermeiros que se manifestaram contra a política do Ministério que dirige.
A governante frisou que quer manter o bom clima de diálogo nas negociações com o sindicato, mas acentuou que "ninguém trabalha bem sob a pressão de greves".
A ministra referiu-se, ainda, ao tema da reunião que manteve com os responsáveis da unidade hospitalar, adiantando que vai ser estudada a possibilidade de ampliação e melhoramento do serviço de Urgência.
Sobre a construção de um novo Hospital em Fafe, garantiu que foi já lançado concurso público para o projecto de arquitectura. Agência Lusa

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Enfermeiros: Adesão de 90% no turno da manhã - sindicato


A adesão à greve nacional dos enfermeiros no turno da manhã de hoje situa-se nos 90 por cento, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que convovou protesto.
Os enfermeios iniciaram quinta-feira às 08:00 uma greve de dois dias, que abrangerá cinco turnos, para protestar contra a nova carreira para a profissão proposta pelo Ministério da Saúde.
O protesto termina hoje, com o turno que começa às 16:00.
No turno da noite passada, a adesão situou-se entre os 85 e os 95 por cento, de acordo com dados preliminares do SEP.
A página na Internet da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde ainda não disponibilizou os dados da greve relativos ao turno da noite.
Na quinta-feira, o sindicato indicou que a adesão à greve atingiu os 77,7 por cento no turno da tarde, números que a tutela contestou, apontando para 62,16 por cento para o mesmo período.
No que se refere aos dados do turno da manhã de quinta-feira, o Ministério da Saúde indicou que a adesão à greve fora de 58,62 por cento, menos do que os 75 a 95 por cento apontados pelo sindicato que promove o protesto. Agência Lusa

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Proposta do Governo para a Carreira de Enfermagem

A proposta do governo manteve-se inalterável no que diz respeito aos critérios mais críticos

http://www.sep.org.pt/images/stories/sep/accaosindical/2009/03/010409propostams.pdf (proposta)

Mantêm-se as Categorias: Enfermeiro e Enfermeiro Principal

Níveis Remuneratórios de Enfermeiro: (Inicio) nível 11 - 995,51 euros; 15 - 1201,48 euros; 19 - 1407,45 euros; 23 - 1613,42 euros ... ... ... ... ... ... ... (Fim) 44 - 2694,75 euros.

Níveis Remuneratórios de Enfermeiro Principal: (Inicio) nível 44 - 2694,75 euros; 48 - 2900,72 euros; 52 - 3106,68 euros ... (Fim) 57 - 3364,14 euros

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Enfermeiros iniciam na quinta-feira uma greve de dois dias


Enfermeiros iniciam na quinta-feira uma greve de dois dias.

Os enfermeiros começam às 08:00 de quinta-feira uma greve de dois dias que deverá reflectir «a profunda insatisfação» desta classe com a ausência de uma nova proposta reformulada da reestruturação da carreira, segundo o sindicato que convocou o protesto.
De acordo com José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a greve de dois dias vai realizar-se como protesto contra a ausência de uma proposta reformulada do Ministério da Saúde para a reestruturação da carreira destes profissionais.
Este dirigente sindical adiantou que, apesar de terem existido «alguns avanços» nas negociações com a tutela, estes não estão contemplados numa nova proposta do Ministério da Saúde.
A título de exemplo, José Carlos Martins disse que durante as negociações com a ministra da Saúde, Ana Jorge, esta terá assumido que o actual diploma é aplicável aos actuais e futuros contratos individuais de trabalho.
Apesar deste «compromisso», o mesmo não está contemplado numa nova proposta, explicou.
O SEP espera uma forte adesão à greve de dois dias, já que «existe uma profunda insatisfação dos enfermeiros e uma ampla indignação destes profissionais com o actual Ministério da Saúde», disse.

O principal reflexo desta indignação deverá ser a paralisação dos serviços não urgentes nos hospitais e centros de saúde.
Nas vésperas da greve, o SEP equaciona já outros protestos, caso não exista uma resposta da tutela.
Caso avancem para um novo protesto, este deverá ter uma «cada vez maior gravidade», nomeadamente um maior número de dias de greve.
A última greve dos enfermeiros, por causa das carreiras, foi a 20 de Fevereiro, tendo a adesão sido de quase 60 por cento, segundo o Governo, e de 65 por cento a cem por cento, segundo o sindicato. Agência Lusa

Afirmações de um Administrador Hospitalar sobre os Enfermeiros


Em vários locais da net estão publicitadas umas citações que foram efectuadas por um Administrador Hospitalar. Foi pedido ao grupo Enfermeiros pela Enfermagem para divulgar estas informações que vêm demonstrar a visão que estes profissionais têm dos Enfermeiros.


”… Ficaria mais preocupado se os médicos, que são quem trata os doentes directamente, me pusessem problemas, pelo contrário, é um serviço de excelência”


”Os Enfermeiros têm pouco interesse para os Conselhos de Administração, ao contrário dos médicos que são escassos e temos que cativá-los quanto mais não seja com bons salários, por isso nas reuniões de conselho nem se discute sobre Enfermagem. Não é necessário.”


”Pode ter a certeza que, nem que fosse pelo salário mínimo, teria sempre Enfermeiros para trabalhar””Não precisamos de pagar horas extra aos Enfermeiros, aliás, essa questão nem se coloca. Mas não é possível seguir a mesma política com a classe médica, somos mesmo obrigados a compensá-los””Os Enfermeiros não são valorizáveis. Não têm autonomia que lhes permita uma produção hospitalar independente””Imagine que tínhamos problemas com uma equipa de Enfermeiros... no dia seguinte apresentava-mos uma equipa nova e estava feito. Lembra-se do exemplo de Vila Real?”


”A política educativa facultou uma avalanche de Enfermeiros que só ajudou os Conselhos de Administração – deixou de haver problemas com Enfermeiros. Nem sequer é preciso aliciá-los! Os técnicos de diagnóstico e terapêutica também. Deixam-me dormir descansado.”
Estas citações veridicas foram difundidas por inumeros enfermeiros e em vários locais da internet, pois demonstram a atitude que muitos administradores hospitalares têm tido com os Enfermeiros. A Enfermagem é uma classe profissional que luta em prol e defesa dos doentes estando sempre juntos destes, 24h/dia ao longo dos 365 dias do ano. É exigido respeito e consideração pelo trabalho nobre que é exercido. Estes ataques e desrespeitos não podem ser tolerados por uma classe que tanto dá e se dedica à sociedade.
Antes de haverem estes Administradores Hospitalares "prepotentes e arrogantes" a área da saúde era tida como humana e digna, neste momento é vista como outro comércio em que os números falam mais alto e o respeito pelas pessoas não é valorizado nem tido em conta.