sábado, 28 de agosto de 2010

Novo hospital de Vila Franca de Xira abre em 2013


O Governo e a autarquia de Vila Franca de Xira assinaram hoje o contrato para a construção do novo hospital do concelho que deverá abrir portas em 2013 para servir 215 mil pessoas.
O equipamento de saúde, construído e gerido em regime de parceria público privada, vai substituir as atuais instalações do Hospital Reynaldo dos Santos e irá beneficiar, além do concelho de Vila Franca de Xira, os de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja e Benavente.
Segundo os dados do Ministério da Saúde o novo hospital de Vila Franca de Xira, cuja abertura está prevista para o primeiro semestre de 2013, terá uma capacidade anual de 16 mil internamentos, oito mil cirurgias, 192 mil consultas externas e 104 mil urgências, e disporá de 280 camas de internamento, nove salas de bloco operatório e 33 gabinetes de consulta externa.
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do contrato de gestão com o grupo José de Mello, a ministra da Saúde, Ana Jorge, justificou a necessidade de construção de um novo hospital com o facto do atual localizar-se numa zona de difícil acesso e já não conseguir dar resposta a toda a população.

“O Governo tem um padrão de exigência elevado e, por isso, entendemos que devemos reforçar a capacidade de resposta dos equipamentos de saúde existentes”, sublinhou a Ana Jorge. LUSA

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A25/INEM: Número de viaturas envolvidas estabeleceu meios


O ponto de partida para o INEM enviar os meios necessários para assistir as vítimas dos acidentes na A25 foi saber que estavam 50 veículos batidos em cadeia, alguns a arder, disse uma delegada regional da entidade.
Regina Pimentel, delegada regional do Centro do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que coordenou os meios da delegação e a sua mobilização para o local, explicou que, a partir do momento que soube que eram 50 veículos, desencadeou os meios da delegação. «Saiu imediatamente a viatura de intervenção em catástrofe, que tem o posto médico avançado, duas viaturas médicas de emergência e reanimação, a viatura da psicóloga e duas ambulâncias, porque sabíamos que seria fácil as corporações de bombeiros se deslocarem para o local» com as suas ambulâncias, adiantou.

As condições climáticas foram – refere a delegada regional do INEM – «a grande dificuldade», porque os cinco helicópteros do instituto estiveram disponíveis para se deslocarem ao local do acidente, mas «não houve nunca condições para aterrar».

Quanto às lições a tirar da situação, que foi o maior acidente de estrada a que o INEM teve de responder, Regina Pimentel admite que «é preciso agilizar alguns processos», mas garante que «são coisas que se resolvem muito bem internamente».

«[Devíamos] aumentar um bocadinho o stock de fármacos para ficar [na delegação], porque nós [segunda-feira] levámos tudo ou quase tudo e, se houvesse necessidade de alguma coisa mais, teríamos de recorrer aos hospitais», exemplifica.

No local, estiveram cerca de 30 médicos e 50 enfermeiros a prestar auxílio às vítimas dos acidentes na A25. O pessoal do INEM foi mobilizado através de SMS, o que permitiu que «muitos se deslocassem pelos seus próprios meios para o local».

«Mandou-se SMS para os médicos e os enfermeiros da viatura de emergência e reanimação do hospital de Aveiro, que se deslocaram para o local do acidente. Nós conseguimos ter rapidamente 18 médicos no local e à volta de 30 enfermeiros logo numa primeira abordagem e depois houve imensos profissionais que se deslocaram de modo próprio», garantiu a responsável. Para Regina Pimentel, «foi uma mobilização fácil, porque as pessoas, mal receberam o SMS, responderam logo e mostraram-se disponíveis para se deslocar de imediato».

No entanto, «nada é previsível num acidente como este», apesar da «aposta do INEM na formação de todos os profissionais em todos os níveis nos cursos de abordagem de situações de exceção». A responsável do INEM sublinha que «falhas há sempre, mas, dentro da gravidade do acidente, [a situação] foi bem coordenada no local e nenhum doente saiu sem ser triado e rotulado», em função da gravidade dos seus ferimentos.

Regina Pimentel considera que a coordenação das operações «não foi difícil, porque havia meios humanos para o fazer», mas salvaguarda que essa «é sempre a tarefa que exige maior atenção e maior capacidade de decisão», uma vez que «tudo tem de ser feito com serenidade, mas com celeridade ao mesmo tempo». A delegada regional refere ainda a necessidade de «não entupir a urgência de um hospital só» com as vítimas dos sinistros, pelo que os doentes foram encaminhados para vários hospitais: Aveiro, Viseu, Coimbra (Centro Hospitalar e Hospitais da Universidade), Santa Maria da Feira e Lisboa (Hospital de Santa Maria), que recebeu um queimado.
Os acidentes na A25 ocorreram cerca das 16:00 horas de segunda-feira, junto ao nó de Talhadas, em Sever do Vouga, um em cada sentido, envolvendo mais de meia centena de veículos e provocando 72 feridos. Até ao momento, o Instituto Nacional de Medicina Legal comunicou ter recebido cinco vítimas mortais, informação confirmada pelo Ministério da Saúde. Lusa

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Reunião de 17 de Agosto Sindicatos e MS

1 – Aos dias 17 de Agosto de 2010 o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem – SIPE e Sindicato dos Enfermeiros – SE (FENSE) reuniram com o Gabinete do Ministério da Saúde para análise e correcção de actas envolventes do processo negocial do qual consta grelha remuneratória e transições dos Enfermeiros para a nova Carreira de Enfermagem.

2 – Nessas actas realçamos o conteúdo das nossas propostas bem como o equilíbrio das mesmas.

3 – Merece destaque, por importante, a análise de actas referentes a reuniões realizadas aos dias 14 de Junho de 2010 e 1 de Julho de 2010 que, para além de outros motivos, demonstram que:
3.1 – A proposta de princípios apresentada pelo Governo, da qual faz parte a tabela remuneratória e transições, viola frontalmente o acordo assinado entre todos os Sindicatos de Enfermagem e Ministério da Saúde aos dias 31 de Agosto de 2009, onde se diz claramente que o próximo diploma a negociar é, tão só, o da tabela remuneratória e transições.
3.2 – A proposta remuneratória apresentada pelo actual Governo piorou, em relação á proposta do Governo anterior.

4 – Concluída a análise das actas referidas e introduzidas alterações de conteúdos menos convergentes com a verdade dos factos, ou seja, imposição unilateral do Governo quanto a grelha salarial e transições, posição por nós liminarmente rejeitada, em defesa de princípios inquestionáveis dos Enfermeiros e, acima destes, da dignificação da profissão de Enfermagem

5 – A nossa posição fundamenta-se num conjunto de anexos que reflectem o laborioso cuidado negocial que pusemos na matéria que vai fazer parte da referida acta, onde constam as propostas apresentadas e defendidas pelos Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem SIPE e Sindicato dos Enfermeiros - SE (FENSE), por serem as únicas coerentes e relativamente justas no conjunto das remunerações dos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde, de acordo com a formação académica destes.

6 – É evidente o desinteresse do Ministério da Saúde na concretização de negociações em falta e indispensáveis para a viabilização da nova Carreira de Enfermagem.

7 – Face ao descrito comportamento do Governo, impõe-se a estas estruturas Sindicais SIPE, e SE reanalisarem, em profundidade, as causas e consequências que vão servir de base para um processo de luta adequado e inquestionável cujas fases e datas estão dependentes do amadurecimento e consciencialização dos Enfermeiros em função do tratamento que o Governo persiste em impor, exagerando nos cortes sem qualquer razão e critérios justificáveis.

Cá se fazem cá se pagam.

Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem – SIPE / Sindicato dos Enfermeiros – SE

domingo, 22 de agosto de 2010

Farmácias: Situação económica e financeira é «preocupante»

No primeiro semestre deste ano, o número de farmácias com fornecimentos suspensos aumentou 47%, um dos dados que faz com que a Associação Nacional de Farmácias (ANF) considere a situação económica e financeira destes estabelecimentos «preocupante».
Segundo dados da ANF, em Junho deste ano, 375 farmácias estavam com os fornecimentos suspensos, mais 47% do que em Dezembro do ano passado (255). «Naturalmente que é preocupante, aliás, este quadro é elucidativo, uma vez que, em seis meses, revela uma degradação da situação financeira e de relacionamento das farmácias com os fornecedores», disse o vice-presidente da ANF, João Silveira.

No mesmo período, entre Dezembro de 2009 e Junho de 2010, o número de processos judiciais em curso para a regularização de dívidas das farmácias aumentou de 121 para 168, o que significa um aumento de 39%. Já o número de farmácias com acordos de regularização de dívidas aumentou 178%, passando de 179 para 497.

João Silveira referiu que, «apesar da antecipação dos pagamentos do Serviço Nacional de Saúde às farmácias, a situação está a complicar-se». «Isto é um rescaldo da baixa de margens a funcionar durante três, quatro anos, na sequência da decisão do Governo anterior. Por outro lado, também tem que ver muito com a quebra dos preços dos medicamentos, que foram sucessivas, e agora mais recentemente com a quebra drástica em relação aos medicamentos genéricos, que começam a ter uma quota de mercado importante», afirmou.
O mercado ambulatório, das farmácias de rua, de acordo com o responsável, «quer em valor quer em unidade, tem estado praticamente estável ou por vezes tem caído. Onde o mercado sobe com grande incidência é ao nível do consumo hospitalar». Para tentar alterar este cenário, o vice presidente da ANF aponta duas possíveis soluções: «Como atualmente as farmácias vivem da sua margem, que apesar de ter sido resposta continua a ser a mais baixa da Europa, uma possibilidade é mexer na margem. Apesar de o contexto não ser o mais adequado. Outra hipótese, e que está a acontecer em alguns países da Europa, é dissociar o preço às farmácias do preço do medicamento e as farmácias poderem ser remuneradas através do serviço prestado aos doentes», defendeu.
O responsável recordou que as farmácias, segundo um estudo elaborado recentemente pela Universidade Católica, prestam «um grande número de serviços à população totalmente grátis», além «da dispensa, informação dos medicamentos e o acompanhamento».

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pensamento

Boa noite a todos.
Ver este blog, o que ele contem e ver o numero de seguidores que o visitam provoca em mim alguma esperança no que diz respeito à tomada de consciência colectiva dos enfermeiros portugueses no que diz respeito à condição profissional mas também sobre as outras problemáticas presentes na sociedade e na área da saúde em particular. Quando ha cerca de dois anos nos reunimos com a intenção de formar um grupo de reflexão e debate sobre a enfermagem pensava que iria pessoalmente poder contribuir de forma mais afincada do que tenho feito para esta causa mas infelizmente a visa tem-me afastado deste projecto no entanto lembro a primeira reunião que organizamos em Lisboa para debater com representantes dos sindicatos e da OE, soluções para a situação dos enfermeiros portugueses. Dessa reuniao sobresairam desentendimentos e uma infelizmente clássica lavagem de roupa suja pouco construtiva entre os responsáveis presentes. Da parte dos organizadores ficou claro que pouco teríamos a esperar de organismos que dificilmente assumem o seu papel e preferem remeter a responsabilidade para os que a eles se opõem. Da minha parte tentei entrar numa estrutura organizada e bem rodada na defesa dos nossos interesses como deveriam ser os sindicatos. Ja na associação de estudantes no tempo de estudante tentei sempre levar a voz e a opinião dos que representava para que fossem ouvidos. No entanto, e embora tenha conhecido muitos colegas, que com abnegação e altruísmo, fazem das suas vidas uma constante devoção para o proveito de toda uma classe profissional, nao encontrei no sindicato o interesse simples pelos problemas dos meus colegas em cada serviço da instituição onde trabalhava na altura. O imperativo era a adesão à greve, o golpe mediatico de uma mobilização em peso dos enfermeiros, a afirmação política.
Sempre acreditei que a intervenção tem de começar pela base, pela luta junto dos colegas em cada instituição, sermos próximos dos problemas que tentamos resolver ou ajudar a resolver e que a greve é uma solução de ultimo recurso à qual se recorre quando tudo o resto falhou. Mas na minha situação sindical vi-me reduzido a distribuir panfletos apelando à greve e fazer a contagem dos que aderiam. Estava por isso longe do que pretendia realmente fazer e ia verificando a crescente desilusão dos meus colegas que por vezes aderiam à greve para nao seguirem turno se faltasse algum colega e outros que em vez de se reunirem durante a greve para debaterem a situação tornavam o momento em mais um dia de folga.
Sou um idealista e um utopista convicto mas nao consegui ver como ajudar a mudar uma situação tao adversa como os enfermeiros portugueses e claro eu próprio atravessava. Estava em Portugal numa situação relativamente segura com um bom contrato e um duplo invejavel mas uma situação familiar e pessoal precária. certas semanas a carga de trabalho podia atingir as 90 horas. Ferias era quando so trabalhava num sitio e quando so tinha um turno no dia parecia que nem tinha trabalhado com "tanto" tempo livre. Vivi uma realidade distorcida pela natural adaptação do ser humano a qualquer situação e o meu normal era inconcebível para muitos que nao estavam na nossa profissão. Descontente e inconformado procurei melhorar a minha vida na companhia de dois amigos e da minha futura mulher e assim descobrimos a oportunidade de trabalhar na Suíça.
A chagada tudo parecia quase impossível de conceber. Desde as condições de trabalho, a obrigação de descansar, de nao acumular muitos dias de trabalho seguidos, os ordenados, a qualidade de vida... Este últimos pormenor é importante para mim, a qualidade de vida. Afinal era possível ter qualidade de vida e ser enfermeiro. Existia um sitio que nao tendo ordem de enfermagem e pouco ou nenhuns sindicatos tinha desenvolvido um grande apreço pelos enfermeiros e seu trabalho e lhes conferia um nível de vida compensador de tudo o que enfermeiro estuda e investe na sua profissão. Dei por mim a sonhar mais alto, a pensar no que poderia realizar na minha vida num quinto do tempo que antes previa. Mas com as frequentes idas a Portugal continuei a ouvir as condições em que trabalhavam os meus colegas e amigos assim como o crescente desdém pela nossa profissão que se evidenciava nos jornais e revistas.
A distancia pouco ou nada poderia fazer mas mesmo assim encontrei uma solução para ajudar mesmo assim. Comecei entao a enviar os currículos de amigos e colegas que mo pediam, para instituições na Suíça e fui conseguindo encontrar trabalho para colegas de Viseu, Lisboa, Porto, Portalegre. Era isto que sempre tinha desejado conseguir. Isto pode ter sido uma gota num oceano mas para mim a verdadeira intervenção é a de proximidade, tentar ajudar concretamente colegas a saírem de situações precárias ou injustas. Por sua vez estes colegas ajudaram outros que poderão descobrir que se pode ser enfermeiros e ter uma vida decente e equilibrada e que o nosso trabalho tem um grande valor.
Naturalmente a emigração nao é solução para todos mas os exemplos de desenvolvimento social e laboral que aprendemos fora do nosso pais talvez um dia nos ajudem a mudar o que em Portugal esta a atrasar essa mesma evolução e encerra os portugueses numa continua crise que tem mais de 20 anos e que a cada ano se agrava e que todos pagamos cada vez mais sem que uma solução seja encontrada.

Hospitais: Há descontrolo na dívida, dizem administradores

A Associação dos Administradores Hospitalares admitiu hoje que o crescimento da dívida dos hospitais à indústria farmacêutica é “um bocadinho descontrolado”, mas disse que novas medidas adotadas pelos hospitais vão inverter a situação.
“O aumento vai na linha dos gastos que se têm vindo a verificar nos últimos meses. Foram tomadas medidas no sentido de diminuir o crescimento da dívida e que irão provavelmente ter impacto neste segundo semestre. Agora, é um crescimento um bocadinho descontrolado, é uma situação que não é nada boa”, admitiu o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Pedro Lopes, numa reação ao relatório mensal elaborado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.

De acordo com os dados do relatório, a que a Lusa teve acesso, as dívidas dos hospitais à indústria farmacêutica cresceram dois milhões de euros por dia em julho passado, totalizando os 920 milhões.

Dívidas hospitalares a laboratórios subiram 2 M€/dia em Julho


As dívidas dos hospitais à indústria farmacêutica subiram 2 milhões de euros (M€) por dia durante o mês de julho, para um total de 920 milhões, demorando agora estas unidades de saúde 349 dias para pagar a estes fornecedores.
De acordo com os dados do relatório mensal elaborado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a que a Lusa teve acesso, os hospitais aumentaram a dívida às farmacêuticas em 2 milhões por dia, aumentando, no último mês, 60 milhões de euros.

Nos dados, constata-se que a dívida total dos hospitais aos laboratórios subiu 67,3 por cento desde agosto do ano passado, passando de 555,7 milhões para 929,5 milhões de euros. LUSA

Saúde militar: Chefe Estado-Maior considera positiva reforma


O Chefe de Estado-Maior do Exército disse hoje em Mafra que é positiva a reforma da saúde militar que prevê a criação de um único hospital em Lisboa.

«Vejo a reforma de uma perspetiva positiva porque a reforma terá de concretizar um sistema de saúde para as Forças Armadas que seja tão bom ou melhor do que o atual», afirmou o Chefe de Estado-Maior do Exército.

José Luís Pinto Ramalho, que falava à margem das comemorações do Dia da Arma de Infantaria e da Escola Prática de Infantaria em Mafra, adiantou que o «Exército vai cumprir os prazos» estabelecidos num despacho assinado pelo Ministério da Defesa Nacional.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Clínica de Lagoa operava sem ter bloco operatório

Apesar de realizar intervenções cirúrgicas, a clínica I-QMed, em Lagoa, não tem, nem previa ter, um bloco operatório.
A afirmação é feita na edição desta sexta-feira do diário Público, com base no projecto de obras de adaptação que a clínica apresentou, em final do ano passado, junto dos serviços da Câmara Municipal de Lagoa, e a que o diário teve acesso.
Segundo o mesmo periódico, a intenção da clínica onde foram operados pelo menos quatro pacientes, três dos quais acabaram por cegar de um olho, era juntar duas lojas do Parque Empresarial de Lisboa para criar dois gabinetes de consulta, uma sala de consulta/tratamento e uma outra de tratamento e estética, além de uma sala de esterilizados, uma sala de resíduos e uma casa de banho acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
O jornal recorda que a unidade de saúde de Lagoa nasceu há sete anos, numa loja com 161 metros quadrados, sem divisórias fixas - designada, na altura, por Centro Médico Oftalmológico Unipessoal. LUSA

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Privados: «Inconstitucional» portaria que limita partos


A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) considera inconstitucional a portaria que proíbe as maternidades privadas de realizar partos a grávidas com menos de 32 semanas de gestação e pediu uma audiência urgente ao Ministério da Saúde.
Num comunicado enviado à imprensa, a Associação encara a portaria como “um atentando aos mais elementares princípios constitucionais e de interpretação jurídica”.

Na interpretação da APHP, as normas do diploma são inconstitucionais porque “violam o direito de liberdade de iniciativa económica e privada”.

Os responsáveis repudiam o que consideram ser a “reiterada discriminação das unidades privadas”, alegando que estas obedecem a critérios mais seletivos e rigorosos do que os aplicados no setor público e social.

“É inaceitável, quando estão em causa requisitos técnicos de qualidade de serviços de saúde, criar um regime para os estabelecimentos privados e outro para os públicos”, sublinham os responsáveis da associação que representa as unidades particulares.

Para a Associação, a portaria publicada no início deste mês conduz a um “flagrante atentado contra o princípio da liberdade de escolha dos cidadãos no acesso aos serviços de saúde”.

Perante esta análise, a associação solicitou uma audiência urgente ao secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, e diz estar disponível para colaborar com o Ministério na alteração da portaria.

A portaria 615/2010 estabelece os requisitos técnicos a cumprir por unidades privadas com serviços de obstetrícia e neonatologia, limitando a aceitação de grávidas.

O diploma define que as unidades de obstetrícia sem urgência aberta só podem receber “grávidas referenciadas diretamente por obstetra privado, com gestação de baixo risco e obrigatoriamente com mais de 34 semanas de gestação”.

As unidades privadas com urgência aberta ao exterior ficam limitadas a acolher grávidas com mais de 32 semanas.

Detectada superbactéria resistente a quase todos antibióticos


Uma nova superbactéria resistente a quase todos os antibióticos foi detetada em hospitais britânicos, indicou hoje um estudo, referindo que o micróbio é originário de países do sul da Ásia.
De acordo com o estudo, publicado na revista britânica The Lancet, os investigadores isolaram 37 doentes, incluindo alguns que tinham viajado para a Índia e para o Paquistão para realizarem cirurgias estéticas.

As «enterobacteriaceae» (bactérias que podem causar infeções do aparelho gastrointestinal e de outros órgãos do corpo), que produzem uma enzima do tipo NDM-1, foram detetadas pela primeira vez em 2009 por Timothy Walsh, da Universidade britânica de Cardiff, num doente sueco que tinha estado hospitalizado na Índia.

“A NDM-1 tem um forte potencial para se transformar num problema da saúde pública mundial e é necessária uma vigilância coordenada”, alertaram os autores do estudo, sublinhando que “a Índia disponibiliza cirurgias estéticas para a Europa e para a América e é provável que a NDM-1 se propague no mundo”.

A superbactéria é resistente a quase todos os tipos de antibióticos, incluindo aqueles geralmente reservados para emergências e ao tratamento de infeções multi-resistentes.

“Com este género de bactéria, esgotamos quase todos os antibióticos. Apenas dois podem combater esta bactéria e um deles não é muito eficaz. Não irão existir novos antibióticos disponíveis em dez anos. Se permitirmos que estas infeções subsistam sem tratamento adequado, iremos presenciar provavelmente algumas mortes”, afirmou Timothy Walsh, numa entrevista à estação britânica BBC.

Só dois antibióticos - tigeciclina e colistina - combatem a nova superbactéria.

Cerca de 44 casos positivos do tipo NDM-1 foram identificados no estado de Tamil Nadu (sul da Índia) e 26 no estado de Haryana (norte), existindo ainda registos de casos em outras regiões indianas, no Bangladesh e no Paquistão.

Torres Vedras: VMER com falhas no socorro por falta de médicos



A viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do hospital de Torres Vedras não está a conseguir responder a todos os pedidos de socorro por falta de médicos neste período de Verão, disse fonte do INEM.




“Verificam-se algumas dificuldades no preenchimento dos turnos de médicos que o INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] tem de assegurar”, existido falhas em um “terço dos turnos”, explicou fonte do gabinete de comunicação do Instituto, adiantando tratar-se de um problema pontual, que não coloca em causa o socorro da população.

O protocolo assinado há um ano entre INEM e o centro hospitalar estabelece que os médicos sejam assegurados pelas duas instituições.

Referindo que a VMER de Torres Vedras não está a registar uma actividade muito intensa, a fonte do INEM justificou que neste período de verão os médicos destacados para a viatura “também prestam serviços em horas extraordinárias nos seus hospitais para suprir as férias de colegas”.

Por outro lado, estão também a “desdobrar-se em turnos no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), que não pode ficar desguarnecido em detrimento de um meio no terreno” e há ainda uma médica que se encontra em licença de parto.

Segundo o INEM, trata-se de um problema “pontual”, que ocorre apenas este mês, por haver médicos de férias, e que “será solucionado rapidamente logo que na segunda quinzena [de agosto] regresse mais um dos médicos”.

“Não haverá qualquer redução deste meio”, assegurou o INEM, afastando quaisquer cenários de inoperacionalidade permanente do meio de socorro.

O INEM adianta que o socorro não está em causa, uma vez que a população pode ser socorrida por outras VMER (sendo que as mais próximas estão em Lisboa e Caldas da Rainha), pelo helicóptero que tem base em Loures ou pelos meios dos bombeiros. LUSA

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Entidade reguladora detecta 300 clínicas ilegais

A Entidade Reguladora da Saúde identificou nos últimos dois anos entre 200 e 300 clínicas privadas em situação ilegal, avança a edição de hoje do Diário de Notícias.
Existem "cerca de dez mil unidades a operar nas diversas especialidades. Detectámos centenas de unidades sem registo nos últimos anos, especialmente nos últimos dois", explicou ao DN o presidente da ERS, Álvaro Almeida.
Eurico Reis, dirigente da ERS explicou ainda que nestes casos sem registo, as unidades são notificadas para fazerem o registo na ERS e pagarem a sanção por incumprimento. Além disso, é feita uma fiscalização para ter a certeza de que os critérios estão a ser cumpridos.
Depois do registo, estes estabelecimentos têm de pedir o licenciamento, que vai passar a ser compulsivo.
Álvaro Almeida refere que em 2007, 50% destas unidades não estavam licenciadas.
Na sequência de uma intervenção oftalmológica na clínica I-QMed de Lagoa, no Algarve, quatro doentes ficaram em risco de cegar e estão com “prognóstico muito reservado” no Hospital dos Capuchos, em Lisboa. Lusa

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Estudo: Grávidas com excesso de peso têm bebés gordos


As mulheres que ganham excesso de peso durante a gravidez têm bebés mais gordos, que poderão tornar-se adultos obesos, revela um estudo publicado hoje na revista médica Lancet.
Investigadores norte-americanos acompanharam nascimentos em Michigan e Nova Jérsia entre 1989 e 2003, focando a sua atenção nas mulheres que tinham mais de um filho, para excluírem a possibilidade de as geneticamente predispostas para a obesidade transmitirem os genes aos seus bebés.
Entre as 513 mil mulheres e as 1,1 milhões de crianças estudadas, os cientistas descobriram que as mulheres que ganharam mais 24 quilos durante a sua gravidez tiveram bebés com mais 150 gramas do que as que engordaram dez quilos.
Nos Estados Unidos, mais de um terço das mulheres com peso normal e mais de metade das mulheres obesas ou com excesso de peso engordam na gravidez acima do recomendado pelos médicos.
Para um dos autores do estudo, David Ludwig, bebés mais pesados correm riscos, no futuro, de terem excesso de peso e desenvolverem doenças como asma, alergias e cancro.

O também director do programa Ótimo Peso para a Vida, do Hospital Pediátrico de Bóston, sustenta que, quando as grávidas comem demasiado, algumas das calorias extra estimulam o crescimento do feto.
«O feto desenvolve um ambiente metabólico anormal quando há excesso de açúcar no sangue», defende, acrescentando que tal facto pode «alterar o desenvolvimento de tecidos, órgãos e o mecanismo cerebral que regula o apetite e o metabolismo». Lusa

Saúde: Ministério atenua pena aplicada a Machado Cândido

O Ministério da Saúde decidiu atenuar a sanção aplicada pela Inspeção Geral das Actividades em Saúde (IGAS) ao médico Machado Cândido de suspensão por 240 dias e optou por suspender a execução da sanção por dois anos, disse hoje fonte oficial.
O caso remonta a outubro de 2009, quando a IGAS suspendeu o então chefe do Serviço de Neurologia do Hospital de São José por 240 dias por alegadamente ter cobrado centenas de horas a mais ao Serviço Nacional de Saúde, durante vários anos, algumas em dias em que estaria de férias, segundo a acusação.
A investigação da IGAS partiu de uma denúncia anónima e apurou que o médico Joaquim Machado Cândido terá também efetuado viagens pessoais por conta de verbas do Serviço de Neurologia e promovido jantares aos seus profissionais numa quinta de turismo rural pertencente a uma empresa da qual é sócio, alegadamente pagos com verbas do Hospital de São José, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC). Lusa

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

IEFP: Médicos e enfermeiros de fora dos estágios profissionais

Os médicos e os enfermeiros devem ficar de fora das profissões que integram os estágios profissionais financiados parcialmente pelo Estado, defende a proposta que o IEFP entregou ao Governo, revelou o presidente do IEFP, Francisco Madelino, à Lusa.

«Está em cima da mesa uma proposta [feitas pelo IEFP à tutela do Ministério do Trabalho] que é que as profissões das áreas médicas não sejam abrangidas pelo Programa Estágios», anunciou o presidente do IEFP.

Em causa está o facto de este apoio ter «um efeito morto» do ponto de vista das políticas públicas, na medida em que a contratação destes profissionais «não muda em função de haver ou não o apoio» do Estado à sua contratação. LUSA

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Médicos e enfermeiros voltam ao helicóptero de Santa Comba Dão



A partir de 9 de Agosto, os médicos e enfermeiros da região Centro vão voltar a integrar as escalas do helicóptero do INEM de Santa Comba Dão, uma garantia dada pelo Ministério da Saúde.
Após cerca de três horas de reunião, Governo, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e representantes dos médicos e enfermeiros chegaram ao fim do braço de ferro mantido nos últimos dias, que resultou na indisponibilidade dos profissionais para integrarem as escalas do helicóptero de Santa Comba Dão no mês de Agosto.
No final do encontro, Manuel Pizarro, visivelmente satisfeito pelo «clima de forte cooperação», garantiu que todos os helicópteros do INEM manterão «a sua plena operacionalidade», tendo os problemas levantados pelos profissionais sido discutidos.
«O helicóptero de Santa Comba Dão esteve sempre em funcionamento e até ao dia 9 de Agosto a escala está feita com médicos e enfermeiros que vão do Norte. A partir de dia 9, os enfermeiros e médicos da região Centro voltarão a estar integrados nessa escala», afirmou o secretário de Estado.
Manuel Pizarro avançou ainda que «os pagamentos em atraso até ao mês de Maio serão feitos nos próximos dias» e no mês de Setembro toda a situação será regularizada.
«Ficamos de trabalhar no domínio do pagamento de subsídio de transporte, porque aqui a dificuldade é nós encontrarmos um quadro que seja igual para todos os profissionais em todo o país», disse o governante, acrescentando que «o que acontece é que os profissionais das outras delegações regionais não têm esse subsídio de transporte», sendo, por isso, necessário encontrar uma solução que trate o conjunto de profissionais de igual forma.

Governo insta Instituto do Sangue a acabar com discriminação


A secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, instou hoje o Instituto Português do Sangue (IPS) a «retirar, tão rapidamente quanto possível», as perguntas relacionadas com a orientação sexual que constam nos questionários a dadores de sangue.
A governante falava à agência Lusa a propósito das questões sobre a orientação sexual dos dadores de sangue que «estão no manual distribuído a profissionais de saúde e que constam de alguns questionários» feitos nos locais de recolha de sangue.

Num inquérito a dadores de sangue do Hospital de Santo António, no Porto, ao qual a Lusa teve acesso, consta a pergunta «Se é homem: alguma vez teve relações sexuais com outro homem?».

Esta mesma pergunta levou o Bloco de Esquerda a avançar com uma iniciativa parlamentar para acabar com essa «discriminação» – projecto de resolução que foi aprovado há quatro meses pela Assembleia da República, sem votos contra e com a abstenção do CDS-PP, e que «recomenda ao Governo a adopção de medidas que visem combater a actual discriminação dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue».

«A pergunta é, sem sobra de dúvida, discriminatória», vincou Elza Pais, recordando que esta discriminação «já foi sinalizada» pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), que endereçou um parecer ao IPS instando à supressão de questões daquele tipo.

«O senhor presidente [do Instituto Português] do Sangue, [Gabriel Olim], deverá, tão rapidamente quanto possível, agir em conformidade», reiterou Elza Pais.

«Deverá mandar retirar, tão rapidamente quanto possível, do manual e de todos os questionários, perguntas discriminatórias em função da orientação sexual», acrescentou.

«O rigor deve ser exercido, mas não deve ter por base o preconceito nem a discriminação», sublinhou a secretária de Estado.

E, «se algum profissional tiver, no seu ato clínico individual, uma atitude discriminatória, as pessoas deverão identificar essa discriminação, para que depois se possam retirar daí as devidas consequências», apelou, precisando que a CIG é a entidade competente para tratar essas queixas.

Confrontada com a mesma questão na semana passada, a ministra da Saúde, Ana Jorge, reconheceu que terá de ser reforçada a recomendação aos locais de colheita de sangue para que, nos inquéritos distribuídos aos dadores, não constem perguntas relacionadas com a orientação sexual.

Mas, garantiu, «o modelo que foi feito pelo Instituto Português do Sangue, que existe em todos os locais de colheita de sangue, nomeadamente nos hospitais, e que é distribuído aos doentes e aos potenciais dadores, não tem nenhuma referência à orientação sexual dos indivíduos».

«Do inquérito constam apenas perguntas relacionadas com o comportamento das pessoas, independentemente de serem homo, hetero ou bissexuais», realçou. Interrogada sobre o inquérito do Hospital de Santo António, Ana Jorge admitiu que a questão poderá ter surgido numa abordagem clínica individual.

Questionada sobre eventuais medidas a tomar pelo Ministério da Saúde para que haja uma harmonização dos inquéritos a dadores de sangue, Ana Jorge reconheceu que «será necessário voltar a fazer recomendações».
LUSA

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Redução de 5% no preço das análises poupa 10 M€ ao SNS

O Ministério da Saúde acordou com os laboratórios uma redução de cinco por cento no preço das análises clínicas bem como a manutenção dos valores até 2012, medida que vai permitir poupar 10 milhões de euros anuais.
O secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, explicou à agencia Lusa que o acordo assinado hoje prevê reduzir o custo das análises nos casos em que o preço convencionado com os laboratórios supere o preço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“É um pequeno passo mas é um passo claramente no sentido da sustentabilidade do SNS. O facto de termos acordado com as empresas, e não termos tomada uma medida administrativa, garante um quadro de maior estabilidade legal e financeiro e permite que consigamos garantir os milhares de postos de trabalho que existem nas empresas de análises clínicas”, justificou Óscar Gaspar.

O governante admitiu que “uma medida mais cega podia pôr em causa algumas empresas de análises clínicas”, mesmo que trouxesse mais vantagem para o SNS.

“São cerca de oito mil pessoas neste setor. Aquilo que queremos garantir é uma medida que está no limiar do que é aceitável para que continuem a prestar um serviço de qualidade”, afirmou.

Óscar Gaspar adiantou ainda que a poupança de 10 milhões de euros por ano permitida por esta medida é um acréscimo aos 50 milhões de euros que o Ministério da Saúde pretende poupar com as medidas de contenção apresentadas há alguns meses.

Para a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC), este acordo vai “permitir manter o setor a funcionar com a qualidade a que os médicos e os utentes estão habituados”.

Jorge Nunes de Oliveira, dirigente da APAC, afirmou à Lusa que este acordo “teve em conta a situação complicada que o país atravessa”.

O acordo hoje estabelecido tenta ainda conjugar a conservação do sistema convencionado de análises clínicas como “melhor método para regular os preços e a qualidade do serviço” com a manutenção dos postos de trabalho no setor.

Segundo Jorge Nunes de Oliveira, da parte do Ministério da Saúde partiu ainda o compromisso de avançar para a revisão do licenciamento dos laboratórios.

Genéricos mais baratos a partir de domingo, alguns baixam 50%

O preço dos medicamentos genéricos baixa domingo, com alguns «campeões de venda» a registarem diminuições de 50%.

Esta nova baixa do preço dos genéricos resulta da aplicação do decreto-lei n.º 48-A/2010 de 13 de maio e da portaria n.º 312-A/2010 de 11 de Junho.

Em resultado desta legislação, o Preço de Venda ao Público (PVP) dos medicamentos genéricos, em 2010, será 65% do preço máximo administrativamente fixado ao medicamento de referência com igual dosagem e na mesma forma farmacêutica, no caso das substâncias ativas Simvastativa (redução do colesterol) e Omeprazol (para o aparelho digestivo).

Nos restantes casos, o PVP será 85% do preço máximo administrativamente fixado, do medicamento de referência com igual dosagem e na mesma forma farmacêutica. As reduçõ

es são mais significativas em alguns genéricos, como o da Sinvastativa 20 mg que desce cerca de 50 por cento face ao preço anterior.

Também o Omeprazol 20 mg e Amlodipina 10 mg (hipertensão) descem cerca de 20%.
Sobre esta nova baixa, a Associação Portuguesa de Genéricos (Apogen) refere que «estas descidas brutais do preço dos medicamentos genéricos não fazem diminuir a despesa».

«Da factura total da Saúde (cerca de 9,5 mil milhões de euros) a fatura com o medicamento em ambulatório é de cerca de 1,5 mil milhões», sublinha a associação.

Segundo a Apogen, a quota de mercado dos medicamentos genéricos é cerca de 20% e estes representam apenas 3% da despesa total em saúde.

«O que não é aceitável é que cerca de 3% da factura seja o alvo sistemático das descidas de preço», afirmou à Lusa esta associação.

Estas descidas, prossegue, «limitam o crescimento dos genéricos e é preciso ter em conta que os crescimentos do mercado de genéricos são crescimentos saudáveis, uma vez que por cada euro que este mercado cresce, são poupados vários euros no mercado global».

«Preços baixos levam à perda de competitividade dos medicamentos genéricos e à transferência para produtos protegidos por patente, semelhantes do ponto de vista terapêutico, mas de preços muito mais elevados, sem que se verifiquem benefícios terapêuticos adicionais», adiantou.

A Apogen concorda que o preço a atribuir de início ao medicamento genérico seja inferior em 35% ao produto de referência e que, em seguida, se ajuste de acordo com os níveis crescentes de consumo (quota de mercado).

Entre Janeiro e Maio deste ano foram vendidas em Portugal 101.556.928 embalagens de medicamentos genéricos, representando 1.365.688.235 euros. Lusa