quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A25/INEM: Número de viaturas envolvidas estabeleceu meios


O ponto de partida para o INEM enviar os meios necessários para assistir as vítimas dos acidentes na A25 foi saber que estavam 50 veículos batidos em cadeia, alguns a arder, disse uma delegada regional da entidade.
Regina Pimentel, delegada regional do Centro do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que coordenou os meios da delegação e a sua mobilização para o local, explicou que, a partir do momento que soube que eram 50 veículos, desencadeou os meios da delegação. «Saiu imediatamente a viatura de intervenção em catástrofe, que tem o posto médico avançado, duas viaturas médicas de emergência e reanimação, a viatura da psicóloga e duas ambulâncias, porque sabíamos que seria fácil as corporações de bombeiros se deslocarem para o local» com as suas ambulâncias, adiantou.

As condições climáticas foram – refere a delegada regional do INEM – «a grande dificuldade», porque os cinco helicópteros do instituto estiveram disponíveis para se deslocarem ao local do acidente, mas «não houve nunca condições para aterrar».

Quanto às lições a tirar da situação, que foi o maior acidente de estrada a que o INEM teve de responder, Regina Pimentel admite que «é preciso agilizar alguns processos», mas garante que «são coisas que se resolvem muito bem internamente».

«[Devíamos] aumentar um bocadinho o stock de fármacos para ficar [na delegação], porque nós [segunda-feira] levámos tudo ou quase tudo e, se houvesse necessidade de alguma coisa mais, teríamos de recorrer aos hospitais», exemplifica.

No local, estiveram cerca de 30 médicos e 50 enfermeiros a prestar auxílio às vítimas dos acidentes na A25. O pessoal do INEM foi mobilizado através de SMS, o que permitiu que «muitos se deslocassem pelos seus próprios meios para o local».

«Mandou-se SMS para os médicos e os enfermeiros da viatura de emergência e reanimação do hospital de Aveiro, que se deslocaram para o local do acidente. Nós conseguimos ter rapidamente 18 médicos no local e à volta de 30 enfermeiros logo numa primeira abordagem e depois houve imensos profissionais que se deslocaram de modo próprio», garantiu a responsável. Para Regina Pimentel, «foi uma mobilização fácil, porque as pessoas, mal receberam o SMS, responderam logo e mostraram-se disponíveis para se deslocar de imediato».

No entanto, «nada é previsível num acidente como este», apesar da «aposta do INEM na formação de todos os profissionais em todos os níveis nos cursos de abordagem de situações de exceção». A responsável do INEM sublinha que «falhas há sempre, mas, dentro da gravidade do acidente, [a situação] foi bem coordenada no local e nenhum doente saiu sem ser triado e rotulado», em função da gravidade dos seus ferimentos.

Regina Pimentel considera que a coordenação das operações «não foi difícil, porque havia meios humanos para o fazer», mas salvaguarda que essa «é sempre a tarefa que exige maior atenção e maior capacidade de decisão», uma vez que «tudo tem de ser feito com serenidade, mas com celeridade ao mesmo tempo». A delegada regional refere ainda a necessidade de «não entupir a urgência de um hospital só» com as vítimas dos sinistros, pelo que os doentes foram encaminhados para vários hospitais: Aveiro, Viseu, Coimbra (Centro Hospitalar e Hospitais da Universidade), Santa Maria da Feira e Lisboa (Hospital de Santa Maria), que recebeu um queimado.
Os acidentes na A25 ocorreram cerca das 16:00 horas de segunda-feira, junto ao nó de Talhadas, em Sever do Vouga, um em cada sentido, envolvendo mais de meia centena de veículos e provocando 72 feridos. Até ao momento, o Instituto Nacional de Medicina Legal comunicou ter recebido cinco vítimas mortais, informação confirmada pelo Ministério da Saúde. Lusa

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