domingo, 31 de maio de 2009

Enfermeiros oncológicos sem meios


O diagnóstico está traçado há algum tempo: os doentes oncológicos vão ser cada vez mais e vão viver até mais tarde. Em consequência, os cuidados paliativos serão cada vez mais importantes. Mas serão os hospitais a dar resposta prioritária a esta realidade? Para a Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), a resposta é negativa. Os profissionais de saúde devem acompanhar os pacientes em casa e colocar o centro dos tratamentos na rede familiar.
No entanto, os meios instalados no terreno são ainda muito rudimentares. "Temos muito que trabalhar nesse campo e os recursos são diminutos. O trabalho com doentes oncológicos requer uma grande humanização e o espaço familiar é privilegiado", disse ao CM Jorge Freitas, presidente da AEOP, abordando um dos temas centrais da discussão da segunda reunião nacional que se realizou recentemente em Vila Nova de Gaia. "Este é um dos maiores desafios da classe", acrescentou.
A ideia é partilhada pela enfermeira Lília Castro, há muitos anos a trabalhar no IPO Porto e com larga experiência em trabalho domiciliário. "São necessárias equipas multidisciplinares que façam o acompanhamento em casa dos doentes. É fundamental ir até às pessoas e mostrar-lhes como é que se faz o curativo, como se vira uma pessoa na cama e como se ministra uma injecção. São coisas que é preciso fazer com o familiar", explicou.
A enfermeira recordou uma história que demonstra o estado precário deste processo. "Um dos nossos doentes tinha a mulher a trabalhar fora e eram os dois filhos, de 11 e seis anos, que cuidavam dele. O mais velho não ia muitas vezes à escola para estar com o pai, que tinha medo de estar sozinho. Não havendo solução na comunidade, acabou internado."
O IPO tem apenas uma equipa que acompanha as famílias em casa. "Ainda vamos muito ao domicílio, mas a ideia é formar os enfermeiros dos centros de saúde que podem descentralizar o serviço", referiu a enfermeira.
Outra questão a melhorar é a especialização de enfermeiros oncológicos. "Existem nos IPO e nas unidades hospitalares com serviços oncológicos, mas faltam ao nível dos centros de saúde, onde é preciso apostar", acrescentou Lília Castro. Para Jorge Freitas, a especificidade da função assim o exige. "Pela necessidade de conhecimento das técnicas, bem como pela constante alteração das drogas a ministrar." CM

Mais reclamações no Garcia de Orta


Os responsáveis dos serviços do Hospital Garcia de Orta, Almada, estão descontentes com a nova administração. Um desagrado que se reflecte nos utentes, com as reclamações a dispararem até às mil nos últimos cinco meses.
A situação mais complicada é apontada ao Serviço de Urgência, com o atendimento a demorar horas. Os bombeiros acabam por deixar as macas de um dia para o outro.
Segundo o CM apurou junto de várias fontes, o descontentamento é grande entre os médicos e os directores de serviço, que acusam a direcção, nomeada pela ministra Ana Jorge, há cinco meses, de não promover reuniões com as comissões médicas e de enfermagem. Dois directores de serviço saíram e outros dez tencionam abandonar a unidade hospitalar até ao final do ano: aceleraram o pedido de reforma ou vão para o privado.
Nelson Baltazar, presidente do conselho de administração do Garcia de Orta, nega a existência de problemas: "Os dois directores saíram por reforma e licença sem vencimento, por motivos pessoais. Três médicos saíram, mas foram substituídos: uns concluíram o internato e escolheram outro hospital, com outros acabou a colaboração contratual. Todos os responsáveis de serviço têm o meu número de telemóvel e os endereços electrónicos da administração."
A administração nega ainda que tenha pedido a demissão à ministra da Saúde. A tutela garante que "não há" nenhum pedido de demissão. CM

sábado, 30 de maio de 2009

«Perversidade» nos hospitais privados face doentes com cancro


A alta comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado, disse hoje à Lusa que alguns hospitais privados praticam uma «perversidade» que «não pode existir», referindo-se, nomeadamente, aos doentes com cancro.
«Alguma perversidade que se vê nos privados não pode existir», afirmou à Agência Lusa a alta comissária, sublinhando que, à semelhança do que acontece em outros países, a legislação portuguesa deveria obrigar os hospitais privados a concluirem o tratamento dos seus doentes, mesmo que o «plafond» do seguro termine.
«Os doentes que iniciam tratamento num privado devem aí concluir o tratamento e não serem encaminhados para um hospital público», salientou.
Maria do Céu Machado considerou ainda que a iniciativa privada é importante, mas deve complementar-se ao sector público.
À margem da Conferência Nacional de Gestão Hospitalar, que terminou hoje no Centro de Congressos do Estoril, a alta comissária para a Saúde considerou essencial a existência de uma articulação entre os hospitais, os cuidados primários e os cuidados continuados.
Além disso, Maria do Céu Machado frisou que “os hospitais devem ser transparentes”, no sentido de que o cidadão quer e tem direito a saber os resultados da unidade de saúde e do serviço onde está a ser tratado.
“Isto certamente iria gerar uma competição entre os hospitais, mas eu creio que seria uma competição saudável”, arescentou.
No âmbito das comemorações dos 30 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a alta comissária reconhece que “a saúde de hoje é muito melhor do que há uns anos” e que o SNS é “excelente”, mas considera que “ainda há outro tanto a melhorar”.
“Deve haver uma articulação para que os cuidados hospitalares funcionem a 100 por cento, deve haver um sistema de informação integrado e deve haver um processo clínico único”, enunciou.
Na cerimónia de hoje participou também o representante do Subcomité dos Assuntos Europeus da Associação Europeia dos Gestores Hospitalares, Mark Haster. Lusa

Elas excitam-se com facilidade


Satisfeita e com prazer. Esta foi a resposta mais dada a um estudo relacionado com a vida sexual feminina, apresentado ontem nas Jornadas da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, realizadas na Universidade de Aveiro (UA).
"O orgasmo, ao contrário do que era dito, é relevante na satisfação sexual da mulher. Mas mais importante é a mulher estar numa relação pessoal de qualidade", afirmou Sandra Vilarinho, investigadora responsável, em co-autoria com Pedro Nobre, do estudo ‘Desejo e Satisfação Sexual Feminina: Resultados de um Estudo Empírico’.
Para a docente da Universidade de Coimbra, um dos aspectos mais surpreendentes prende-se com o elevado número de mulheres, de uma amostra de 500, com média de idade de 37 anos, que respondeu ter elevado prazer (51%) e satisfação sexual (55%).
Outro estudo, da autoria de Ana Carvalheira, intitulado ‘Desejo/Excitação na Resposta Sexual Feminina: um Estudo Português’, refere que 52% das três mil mulheres que responderam ao inquérito on-line afirmaram começar uma relação sexual sem desejo, que só surge durante o acto.
Da amostra, 67% disse ser relativamente fácil ficar excitada após o início da relação sexual.
Ontem, foi ainda apresentado o SexLab, coordenado por Pedro Nobre. Para o investigador, a resposta da população portuguesa tem sido surpreendente. "Tínhamos balizado esta primeira parte para 12 meses, mas o número de candidatos é tal que, a este ritmo, julgamos ter concluído as análises em três meses", assinalou.
O SexLab vai analisar as reacções de 50 mulheres e 50 homens quando estiverem a ver vídeos pornográficos e eróticos.
A recolha de dados faz-se através da colocação de um elástico à volta do pénis e da inserção de uma espécie de tampão na vagina para medir a excitação de cada candidato.
PORMENORES
SEXLAB: COMO SE FAZ
Um elástico à volta do pénis e um tampão que se insere na vagina vão medir a excitação de cem candidatos enquanto vêem filmes pornográficos e eróticos.
MAIS ESTÍMULOS
56% das mulheres desejavam que os seus parceiros as estimulassem mais, garante o estudo de Ana Carvalheira.
CANDIDATOS
Já há 300 candidatos para participar no SexLab, um número que supera as expectativas. CM

Governo desconhece despedimento da Enfermeira da Saúde 24


O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, irá pedir "informações" sobre o despedimento da enfermeira responsável pela Linha Saúde 24, que aconteceu um dia depois de ter sido renovado o contrato entre o Estado e a empresa responsável pela gestão da linha, que pertence ao grupo Caixa Geral de Depósitos.
Em declarações à TSF, Manuel Pizarro garantiu que o caso será tratado de forma rigorosa. "A Direcção-Geral da Saúde tratará disso como tem tratado com absoluto rigor todas as questões", disse.
A enfermeira Ana Rita Cavaco, suspensa desde Outubro de 2008, garantiu ter recebido a carta de despedimento sem surpresa e acusa a empresa que gere a Linha de Saúde 24 de ter essa intenção logo no primeiro processo disciplinar. Correio da Manhã

Linha Saúde 24 despede enfermeira


Um dia depois de ter visto o Ministério da Saúde prorrogar o contrato de gestão da Linha Saúde 24 até 2011, a empresa Linha Cuidados de Saúde (LCS), que faz parte do grupo Caixa Geral de Depósitos, despediu a enfermeira supervisora que há oito meses denunciou o caos organizativo naquele serviço de saúde.
Na altura , os oito enfermeiros que também subscreveram a carta de denúncia enviada à ministra da Saúde, Ana Jorge, foram suspensos, mas quatro deles acabaram por ser readmitidos por pressão da tutela. A situação de conflito entre a LCS e os enfermeiros levou o director-geral da Saúde, Francisco George, a ameaçar não renovar o contrato com a empresa, mas este foi agora renovado e logo de seguida a enfermeira supervisora foi despedida pela empresa que gere a Linha.
O despedimento de Ana Rita Cavaco foi deliberado terça-feira, um dia após ter sido anunciada a decisão do Ministério de renovar o contrato com a LCS, na sequência de um processo disciplinar que tem por base uma carta falsa que envolve o director-geral da Saúde (DGS) e que está ainda em investigação no Ministério Público.
Contactada pelo CM, fonte oficial da LCS confirma o despedimento, alegando que há 'muitas razões fundamentadas'. 'Sempre falhou em termos de lealdade e cooperação com a empresa', acrescentou a mesma fonte que, quanto ao dia do despedimento, garante tratar-se de uma 'coincidência de datas e de prazos legais'. Os partidos vão exigir explicações à ministra.
BLOCO QUER EXPLICAÇÕES DA MINISTRA
O Bloco de Esquerda vai chamar a ministra Ana Jorge ao Parlamento. 'É inevitável', disse ao CM o deputado João Semedo, considerando que o despedimento da enfermeira – que denunciou o caos organizativo na Linha 24 – é 'gravíssimo' e demonstra que 'os conflitos laborais estão longe de ser resolvidos': 'Isso só confirma todas as nossas reservas e oposição à renovação do contrato.'
Já Teresa Caeiro, do CDS-PP, destaca a 'importância do serviço para a população e para o País', receando que os moldes em que a empresa LCS opera 'não contribua para a qualidade do serviço'. Ambos os deputados lembram que já pediram ao Ministério, sem sucesso, os relatórios de avaliação da Linha. Correio da Manhã

terça-feira, 26 de maio de 2009

HUC: Manuel Antunes não cede na ameaça de deixar direcção


O cirurgião Manuel Antunes advertiu hoje que «não cede» na decisão de se demitir de director da Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) caso a administração persista em mexer na sua equipa.
«Espero que o conselho de administração reveja a sua posição, senão vamos ter uma situação difícil para os dois lados. Não vou ceder nesta minha posição. Na equipa que ganha não se mexe», frisou, em declarações à Lusa.
Manuel Antunes ressalva que «continuará a tratar dos doentes».
Em causa está uma proposta da administração, decorrente da empresarialização do hospital, para que alguns dos enfermeiros e profissionais da equipa de Manuel Antunes reduzam de 42 para 35 as horas de trabalho semanal, contratando outros para compensar as restantes horas.
«Isto teria um impacto devastador na qualidade e eficiência do Centro, não consigo gerir um serviço desta maneira», disse Manuel Antunes, classificando a decisão como uma «medida economicista».
O cirurgião acusa o conselho de administração dos HUC de referir o Centro de Cirurgia Cardiotorácica «como mérito próprio quando lhe convém» e garante que a situação «já causou estragos muito grandes na equipa».

«A equipa está em pé de guerra, é como se tivesse entrado um elefante numa loja de loiça de porcelana», disse.
A intenção de Manuel Antunes foi anunciada pelo próprio num almoço-convívio do Circulo de Amigos da Cirurgia Cardiotorácica, realizado domingo em Fátima, e noticiada pelo Diário de Coimbra e Público.
«Decidi que tinha de pôr as cartas na mesa, batendo-as bem, como um bom jogador faz», disse hoje à Lusa.
Manuel Antunes considera falaciosos os argumentos da administração, que até agora se remeteu ao silêncio, e sublinha que a filosofia do Centro que dirige é a da exclusividade (42 horas semanais).
A administração - referiu o cirurgião - «alega que estes profissionais, que se foram diferenciando, têm agora um preço mais caro e que ao contratar novos cumpre a sua função social».

«Isto tem duas falácias: um centro de responsabilidade tem um estatuto jurídico próprio que transcende o hospital e estão a querer trocar experiência por inexperiência, qualidade por qualidade duvidosa, dedicação por ponto de interrogação», afirmou.
O especialista frisa que a «missão principal de um hospital é tratar doentes» e que «há gente que programou a sua vida a ganhar ‘x’».
Entretanto, em declarções à agência Lusa, António Arnault, o «pai» do Serviço Nacional de Saúde, sai em defesa de Manuel Antunes.
«As razões da administração não podem prevalecer sobre critérios técnicos», afirmou, referindo que espera «bom senso das duas partes» para se evitar a ruptura.
Contactado pela Lusa, o presidente do conselho de administração dos HUC, Fernando Regateiro, informou que não pretende pronunciar-se sobre o assunto. Lusa

Sindicato processa Hospital de Santa Maria


O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) interpôs um processo judicial contra o Centro Hospitalar Lisboa Norte por «tentativa de violação dos serviços mínimos» da greve dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica agendada para esta semana.
À Lusa, o presidente do SCTS, Almerindo Rego, explicou que nos serviços do Hospital de Santa Maria os funcionários a contrato foram ameaçados de que não verão os seus vínculos renovados caso adiram à greve de quinta e sexta-feira para exigir a revisão de carreiras.
«Por escrito, em documentos que apresentámos ao tribunal, estava a ordem para se criar uma escala para assegurar os serviços mínimos, o que é ilegal», acusou o sindicalista.
Fonte do centro hospitalar referiu desconhecer a queixa interposta segunda-feira.
O sindicato estima que a adesão à greve venha a rondar os 80 a 100 por cento, acrescentou Almerindo Rego.
O mesmo responsável afirmou que a paralisação apenas será cancelada caso a ministra da Saúde «chame nas próximas horas o sindicato para fixar objectivos e apresentar um projecto de revisão de carreira».

«A ministra já falhou uma vez», argumentou o sindicalista, criticando os «dois pesos e duas medidas» de Ana Jorge, uma vez que o processo de revisão das carreiras dos médicos «está no final» e a dos enfermeiros «próximo do final». Lusa

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Manual de Normas de Enfermagem


Encontra-se disponível a versão revista e actualizada do Manual de Normas de Enfermagem - Procedimentos Técnicos.
Este documento assenta em princípios técnico-científicos que caracterizam a enfermagem, pretendendo ser um contributo para os profissionais da área. ACSS

Mais um ano na S24


O Ministério da Saúde decidiu prolongar por mais um ano, até 2011, o contrato da empresa que fornece o serviço da linha telefónica Saúde 24, segundo um despacho a que a Lusa teve acesso.
O contrato com a empresa Linha de Cuidados de Saúde SA (LCS), que faz parte do grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), celebrado pela Direcção Geral da Saúde (DGS), tinha a duração de três anos, até 2010, com a possibilidade de ser prolongado até 2011, explicou fonte da tutela.
A decisão relativamente a um eventual prolongamento teria de ser tomada antes do último ano de vigência. Lusa

sábado, 23 de maio de 2009

Arquivamento do Processo a Enfermeiro


O Conselho de Administração do Hospital de São João anunciou hoje o arquivamento do processo disciplinar contra um enfermeiro que escreveu ao Presidente da República queixando-se de que estava a ser injustiçado, perseguido e discriminado pelas chefias.
"Atendendo ao superior interesse público, e à consideração que nos merecem todas as instituições democráticas, o Conselho de Administração do Hospital de São João decide arquivar o processo, na certeza de melhor servir os interesses do país", refere um comunicado da administração hospitalar.
No texto, a administração do Hospital de São João justifica o processo iniciado, e agora arquivado, porque a carta do enfermeiro ao Chefe de Estado continha afirmações "falsas, ofensivas e difamatórias para a instituição e para os profissionais que nela exercem funções, nomeadamente, para os profissionais do Serviço de Otorrinolaringologia".
Ao recorrer aos mecanismos legais, internos e externos, o hospital pretendia não só o "completo esclarecimento dos factos invocados na exposição referida, mas também à responsabilização dos diversos intervenientes".
A questão foi levantada há cerca de um mês pelo deputado do Bloco de Esquerda João Semedo, numa pergunta feita à ministra da Saúde, Ana Jorge, na comissão parlamentar da especialidade.
"Como a ministra disse que não tinha elementos para responder, fiz a pergunta por escrito", contou o deputado à agência Lusa, explicando que nunca obteve resposta.
Quinta-feira, o diário i debruçou-se sobre o caso (que já anteriormente tinha sido publicado no Público), explicando que a administração e a directora do Serviço de Otorrino apresentaram uma queixa-crime por difamação contra um enfermeiro da unidade, na sequência da carta escrita pelo profissional ao Chefe de Estado.
Uma fonte oficial de Belém, citada hoje pelo mesmo diário, afirmava que o Presidente da República considera "absolutamente inaceitável que alguém possa ser processado por lhe ter escrito uma carta".
Comentando à Lusa a decisão da administração hospitalar, João Semedo disse que ela "não podia ser outra", "só peca por tardia" e que, de resto, "nunca devia ter sido tomada".
Semedo lamentou também o silêncio que o Ministério da Saúde manteve sobre o assunto "durante um mês" e disse esperar que a Administração do Hospital de São João "não procure outra forma de retaliação".
O deputado do BE considerou que "seria particularmente grave" que este arquivamento não fosse acompanhado com a desistência do processo-crime. EXPRESSO




sexta-feira, 22 de maio de 2009

Saúde: Gastos totais representaram 10,2% do PIB em 2006


Os gastos totais com a Saúde em Portugal em 2006 representaram 10,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), depois de em 2000 terem sido de 8,8 por cento do PIB, revelam dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgados.
Em matéria de cobertura dos serviços de saúde, os dados, que abrangem períodos até 2007, indicam, por exemplo, que entre 2000 e 2006 os nascimentos por cesariana em Portugal atingiram 34 por cento, valor semelhante a Malta (34,3) e México (36,1), mas muito acima do Reino Unido e Irlanda do Norte (22) e Luxemburgo (24).
Quanto à esperança de vida, os dados da OMS referem que para os homens, em Portugal, era de 71 anos em 1990, passando para 73 em 2000 e situando-se em 76 em 2007, enquanto para as mulheres a progressão é de 77 (1990), 80 (2000) e 82 (2007). LUSA

Plásticas travam operações vitais


Aumenta o número de pessoas, especialmente de mulheres, que recorrem aos hospitais públicos para uma cirurgia estética, como reduzir as gorduras localizadas no corpo, barriga ou coxas, aumentar ou diminuir os seios.
As cirurgias estéticas, porém, ‘entopem’ os blocos operatórios e são tratadas, em alguns casos, em igualdade de circunstância com outros problemas mais graves, como as queimaduras, a deformação da mão, que impede a pessoa para o trabalho, os casos de cicatrizes, que perturbam a funcionalidade e até a capacidade de alimentação, entre outros.
Esta situação deve-se à falta de orientações por parte do Ministério da Saúde aos hospitais para haver uma discriminação destes casos. Como não existem tais orientações, as unidades de saúde tratam a maioria dos doentes em igualdade de circunstâncias. À excepção dos casos clínicos considerados graves e prioritários.
O alerta é feito ao CM pelo cirurgião Vítor Fernandes, membro do Colégio da Especialidade de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Estética da Ordem dos Médicos. “Essas pessoas recorrem aos hospitais, mas não estão doentes. A Ordem tem vindo a sensibilizar os médicos para uma análise criteriosa dos casos, o que já acontece.”
Esse problema é reforçado com dados agora divulgados pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, que revela que 7338 doentes estavam inscritos para uma cirurgia, em Setembro de 2008. Quase metade dos casos (40 por cento) com tempos de espera superiores aos previstos para os níveis de prioridade clínica.

QUATRO MIL MORTES
Enquanto esperavam uma consulta ou tratamento, incluindo cirúrgico, morreram nove mil pessoas, desde 2004, com problemas relacionados com a obesidade, denuncia a Associação de Obesos e Ex-Obesos de Portugal (Adexo).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ORGANIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS


A FENSE - Sindicato Independente de Profissionais de Enfermagem e Sindicato dos Enfermeiros enviou uma carta à Sra. Ministra da Saúde Ana Jorge sobre a sua posição relativamente à Organização dos Cuidados de Saúde Primários.

É importante estarmos alertados/actualizados para as frentes activas em que os sindicatos se prenunciam e lutam por uma organização mais digna, que são os fundamentais Cuidados de Saúde Primários.

Pode ler-se a carta aqui...




Risco de cancro aumenta com idas ao solário


Na apresentação do ‘Euromelanoma 2009’, Osvaldo Correia, da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, explicou que “a utilização de solários e os actuais padrões de moda seguidos pelos portugueses são um factor de risco para o surgimento de cancro de pele entre os jovens”.
O dermatologista salientou que as entidades responsáveis pelos equipamentos não respeitam a legislação e, denuncia, “os solários são mais prejudiciais do que a exposição ao sol e causam dependência”. A maioria dos locais permite o acesso a menores de dezoito anos e não disponibiliza “pessoal técnico com formação” nem um termo de conhecimento e consentimento para a utilização dos equipamentos. Osvaldo Correia considera que a depilação a laser também deverá ser alvo de cuidados redobrados uma vez que “as máquinas não distinguem a emissão de energia num pêlo escuro de um sinal passível de transformação”.
João Abel Amaro, Coordenador Nacional do Dia da Prevenção do Cancro de Pele aproveitou a ocasião para apontar “novos comportamentos de risco”, criados pela alteração dos hábitos sociais. A população rural deixou de estar tão exposta a este tipo de agressões, no entanto, o facto de as classes média e média-alta terem viajado para os trópicos nos últimos anos, aumentou a incisão de melanomas nestes grupos. “A exposição abrupta em fins-de-semana e feriados aumenta exponencialmente as probabilidades de cancro da pele”, explicou o médico.
Rosa Mota, maratonista olímpica, explicou a importância do uso de roupa adequada no desporto. A atleta referiu que “a prática do desporto tem que ser repensada para que se torne mais saudável”.
Em Portugal, são detectados, anualmente, mil novos melanomas, um número que tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Ainda assim, os diagnósticos precoces diminuem as proporções de mortalidade. Correio da Manhã

Rede Nacional de Cuidados Continuados



José Sócrates garantiu esta quarta-feira que em breve todo o território nacional ficará em coberto pela rede nacional de Cuidados Continuados. “Três anos depois, temos em funcionamento mais de três mil camas. Não é ainda o suficiente, mas estamos num caminho que nos vai levar a cobrir todo o território nacional muito rapidamente", assegurou.
O primeiro-ministro falava em Aguiar, concelho de Viana do Alentejo (Évora), na inauguração de uma nova unidade de Cuidados Continuados Integrados, designada 'Companhia dos Avós - Residência Sénior'. Segundo José Sócrates, a Rede Nacional de Cuidados Continuados é 'uma das mais importantes reformas' destes quatro anos de governação socialista.
Na inauguração de hoje, José Sócrates realçou também o facto de este investimento ter carácter privado, integrado numa rede que 'é do Estado, mas não é gerida pelo Estado', resultando de uma parceria com as Misericórdias e privados.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ENEE aproxima-se



O maior encontro de estudantes (e não só) do ensino superior aproxima-se. É já dia 24 o seu inicio e são muitos os profissionais e estudantes que anseiam reencontrar-se e conviver juntos. O painel científico é também motivo de deslocação a Leiria/Pedrógão. É uma semana intensa em que os futuros profissionais e os actuais interagem e partilham experiências/conhecimentos.

Estado ineficaz em parcerias público privadas


O Tribunal de Contas (TC) critica a ineficácia do Estado no lançamento do programa de parcerias público privadas da Saúde, nomeadamente por criar falsas expectativas ao sector privado e obrigar o mesmo a incorrer em custos excessivos.
Entre as críticas apontadas nas conclusões de uma auditoria, o TC sublinha o facto de o Estado ter optado por um modelo de parceria complexo e sem paralelo a nível internacional e por, apesar de não ter experiência nesta matéria, não ter avançado primeiro com um projecto-piloto.

O relatório refere que, no essencial, pode concluir-se que nenhum dos objectivos de contratação inicialmente definidos foi, até agora, atingido, o que conduz, neste domínio das parcerias público privadas da Saúde, a que se possa concluir "por ineficácia por parte do Estado".

O TC acrescenta ainda que, dos dez hospitais inicialmente previstos funcionar neste regime, apenas o hospital de Cascais se encontra em construção. Correio da Manhã

terça-feira, 19 de maio de 2009

Os salários dos Gestores Hospitalares


As remunerações dos gestores dos hospitais públicos estão a ser auditadas pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, entidade sob a tutela do Ministério da Saúde. A auditoria abrange ainda todos os administradores do sector público e das unidades com gestão empresarial, além dos centros de saúde, institutos e todos os organismos sob a tutela da Saúde.
As remunerações dos gestores estão a ser auditadas este ano depois de, em 2005, uma primeira auditoria ter detectado "situações irregulares", com gestores a receberem mordomias e dinheiros indevidos.
Os salários dos gestores variam conforme a dimensão do hospital, sendo que nos maiores, em termos de produção, recebem mais. O presidente de um conselho de administração de um hospital central (tipo A) tem um salário-base de 4750 euros, acrescido de despesas de representação (1660 euros), carro, telemóvel e cartão de crédito. Os vogais executivos, director--clínico e enfermeiro-director recebem menos: um salário de 4200 euros e 1260 euros para despesas de representação, carro, telemóvel e cartão de crédito.


"OS SALÁRIOS ACABAM POR SER UMA VERGONHA"
Um gestor de um hospital central público de média dimensão, que preferiu manter o anonimato, considera "uma vergonha" os salários pagos aos presidentes dos conselhos administrativos hospitalares. Deduzidos os impostos "as remunerações não ultrapassam os 3300 euros e acabamos por receber menos dinheiro do que alguns colegas que integram o conselho de administração". Dá o exemplo dos directores clínicos, que "podem optar pelo salário do lugar de origem, como quando são directores de serviço e não têm a responsabilidade que nós temos."


AUTOMÓVEIS TOPO DE GAMA
O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, garante concordar com as auditorias. "É normal e bom o papel da inspecção para avaliar do exercício e da aplicação da lei", explica ao CM. Pedro Lopes lembra que, "quando avançou o processo da empresarialização dos hospitais, houve um momento em que se cometeram alguns excessos". O responsável sublinha que essas "situações de exagero" levaram a uma auditoria e a legalidade foi reposta". A compra e utilização de viaturas, de marcas topo de gama, foi uma das situações fiscalizadas, em 2005, pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. Desde então, cada administrador hospitalar, entre vogais executivos, director--médico e enfermeiro-director, tem entre 35 mil euros a 40 mil euros para aquisição de um automóvel, para uso pessoal.

Os vencimentos dos gestores variam consoante a dimensão da unidade de saúde.
4750 euros mensais recebe um presidente do conselho de administração.
4200 euros é o salário de um vogal ou de um director-clínico de um hospital.

CARTÃO DE CRÉDITO
O plafond dos cartões de crédito dos gestores é decidido pela própria administração. Correio da Manhã

segunda-feira, 18 de maio de 2009

OE e o Modelo de Desenvolvimento Profissional


A Ordem dos Enfermeiros esclarece todos os Alunos de Enfermagem e não só relativamente ao MDP: http://www.ordemenfermeiros.pt/images/contents/uploaded/File/sededestaques/Maio%202009/Newsletter_estudante_vers__o_final.pdf


O que é, propriamente, o Modelo de Desenvolvimento Profissional?

O MDP assenta em dois “pilares” fundamentais: o Sistema de Certificação de Competências e o Sistema de Individualização de Especialidades em Enfermagem.

O Sistema de Individualização de Especialidades permite, como o próprio nome indica, individualizar diferentes especialidades de enfermagem de acordo com um determinado sistema de organização. Isto conduzirá à construção de referenciais de competências do enfermeiro especialista que nos identificarão melhor enquanto tal e nos ajudarão na regulação da prática especializada e na atribuição de título de enfermeiro especialista. Por outro lado, este sistema cria condições para o surgimento de novas especialidades que permitam a adequação das respostas em enfermagem a novas necessidades de resposta em saúde. Sendo o enfermeiro especialista aquele que está habilitado para abordar as situações de maior complexidade, fácil será perceber a importância deste sistema para o futuro da qualidade dos cuidados de enfermagem em contextos marcados pela complexidade e pela diferenciação.

O Sistema de Certificação de Competências está por sua vez relacionado com o processo de atribuição e título profissional de enfermeiro e de Enfermeiro especialista. Quando a OE atribui um título profissional reconhece competência científica, técnica e humana para a prestação de cuidados de enfermagem ao indivíduo, à família e à comunidade, nos três níveis de prevenção. O que a sociedade espera de nós quando atribuímos um título é que lhes demos garantias de que aquele enfermeiro tem condições para prestar, com segurança, cuidados de enfermagem de qualidade. O que nós propusemos e decidimos enquanto enfermeiros foi deixar de atribuir títulos profissionais de forma administrativa e criarmos um período de Exercício Profissional Tutelado (EPT) que permitisse uma certificação de competências de enfermeiro e de enfermeiro especialista de forma segura para o profissional e para os clientes e com garantias de qualidade.

Consideramos o exercício profissional tutelado – o EPT – como um período de indução e de transição para a prática profissional (enfermeiro) ou para a socialização a um novo perfil de
competências (especialista), suportando a gradual assunção de responsabilidade e intervenção
autónoma, de forma que se pretende segura para o profissional e para os clientes. Trata-se de um período de desenvolvimento profissional para o licenciado em enfermagem, ou para o
enfermeiro que pretende aceder ao título de especialista e por isso deve acontecer de forma acompanhada, num processo de Supervisão Clínica.

Para o EPT precisamos então: de um Supervisor, enfermeiro experiente, com competências específicas no domínio da supervisão clínica que se voluntaria para desempenhar esse papel; de um supervisado, licenciado em enfermagem com título provisório para aceder ao título de enfermeiro ou enfermeiro em desenvolvimento profissional para enfermeiro especialista.

Quanto tempo durará o EPT para o título de enfermeiro?

Ainda não está definido em definitivo mas a evidência em termos internacionais aponta para um período não inferior a 9 meses.

Haverá EPT para todos os Licenciados?

A nossa posição é que todos os habilitados pelas escolas com o grau de licenciado em enfermagem têm de ser colocados em EPT e fazerem a sua transição tutelada para a atribuição do título profissional e para a decisão autónoma em contexto clínico.

O Supervisado em EPT é remunerado?
Quanto vai receber?

Falamos de Exercício Profissional da responsabilidade do supervisado e sim terá de ser remunerado. O valor da remuneração dependerá certamente daquilo que for decidido, daquilo que os sindicatos negociarem.

Os Supervisores são remunerados?

São remunerados pelo seu exercício como enfermeiros. Consideramos importante que sejam certificados e que o facto de serem supervisores clínicos esteja averbado na cédula profissional.

Quem me garante que consigo emprego depois do EPT?

Ninguém. Mas também ninguém lho garante sem o EPT. O MDP não foi pensado com esse objectivo específico, mas acreditamos que consegue contribuir para ele pelas razões apontadas.


Todos seremos especialistas?

Todos os enfermeiros poderão fazer o percurso de desenvolvimento profissional que os conduzirá à prática da especialidade. Se todos o farão, essa é uma resposta que cada um tem de dar.

sábado, 16 de maio de 2009

Cânfora pode provocar convulsões em crianças


Investigadores norte-americanos alertam que a utilização inapropriada de cânfora, que fornece um forte odor aromático a muitos produtos para a constipação, pode provocar convulsões em crianças pequenas.Os investigadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, em Nova Iorque, referiram que as crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos tóxicos da cânfora, que é facilmente absorvida através da pele e membranas mucosas, sendo que o governo federal norte-americano limita o conteúdo de cânfora nas preparações comuns para a constipação e requer que os produtos que contêm cânfora sejam rotulados apropriadamente.Os investigadores relataram na revista científica “Pediatrics” três casos de convulsões associadas à cânfora em crianças observadas nas urgências do Hospital Infantil de Montefiore, em Nova Iorque, durante um período de duas semanas.Num dos casos, um rapaz de 15 meses ingeriu acidentalmente cubos de cânfora; no segundo caso, um rapaz de 22 meses ingeriu um produto que continha cânfora que estava colocado para repelir baratas; no terceiro caso, uma rapariga de 3 anos foi exposta a comprimidos esmagados espalhados pela casa para repelir baratas e a uma pomada que foi aplicada na sua pele a cada hora durante 10 horas.As três crianças receberam tratamento com fármacos para parar as convulsões e os pais foram aconselhados a deixarem de utilizar todos os produtos que contêm cânfora. As crianças já não tinham convulsões quando foram seguidas dez semanas depois.

Portugal regista 250 novos casos de epilepsia por ano



Por ano são diagnosticados em Portugal cerca de 250 novos casos de epilepsia, cujo tratamento vai começar a ser feito com um novo método administrado através de radiocirurgia, disse sexta-feira à Lusa um especialista. Até domingo, especialistas das áreas de Neurologia e Neurocirurgia vão debater novas tecnologias no "Neuro 2009", congresso que se realiza em Albufeira e que reúne médicos de vários países. Segundo Nuno Reis, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, estão referenciados e sob tratamento em Portugal 50 mil casos de epilepsia, dos quais apenas cinco mil (5 %) se resolvem com cirurgia. A maioria dos casos (95%) é tratada com medicação, mas para 30% dos 50 mil doentes diagnosticados não há solução, uma vez que não podem recorrer à cirurgia e são resistentes aos medicamentos. Apesar de não ser uma doença fatal, a epilepsia é caracterizada por convulsões que afectam a qualidade de vida dos doentes, que agora poderão contar com uma nova tecnologia no tratamento da doença. Apesar de já ser usada para tratar tumores benignos e malignos e malformações vasculares, a radiocirurgia vai começar agora a ser usada em Portugal também no tratamento de epilepsia, referiu Nuno Reis à Agência Lusa. O tratamento é uma espécie de radioterapia, mas mais localizado e sem os efeitos negativos associados, observa o médico, que adianta não haver ainda dados relativos à taxa de sucesso deste tratamento na epilepsia. A radiocirurgia engloba uma nova tecnologia denominada "gamma knife", que consiste na emissão de raios gama e cujo procedimento dura apenas um dia, tornando-a vantajosa em relação à cirurgia. Segundo Nuno Reis, este método inovador - que já existe em três clínicas privadas e dois hospitais públicos portugueses - vai permitir minorar os efeitos associados à epilepsia, caracterizada pela ocorrência de convulsões.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Manifestação dos Enfermeiros a 12 Maio




Gostaria de agradecer ao Colega que enviou a sua opinião relativamente à manifestação de 12 de Maio.




"Foi com agrado que vi a numerosa concentração de Enfermeiros, na manifestação de hoje, dia internacional do Enfermeiro. Se assim o foi, podia ainda ter sido maior, pois muitos ainda ficaram por casa à espera que os “colegas” lhe conseguissem um salário mais justo, uma carreira com sentido e por ai em diante…Começamos a ver mudanças tanto a nível dos Srs. Enfermeiros, como na sociedade que já tem algum respeito pelo que somos e pelo que fazemos. Cabe-nos a nós continuar a informar os que nos rodeiam, da importantíssima profissão que desempenhamos, mas…não se esqueçam que também, depois, temos de agir em conformidade e demonstra-lo na nossa aparência, atitude, acção, cariz, ou seja, ao longo do dia-a-dia…"


Se nos juntarmos ainda temos hipotese de lutar por uma carreira digna, caso contrário perderemos tudo pelo qual lutámos durante décadas.

Coimbra: êxito no primeiro transplante duplo de coração e rim


Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) anunciaram hoje que realizaram, com êxito, uma operação inédita em Portugal de transplante simultâneo de coração e rim num homem de 60 anos.
De acordo com uma nota dos HUC, o transplante foi realizado quarta-feira num homem com 60 anos, que sofria de insuficiência cardíaca e renal grave, por uma equipa mista dos serviços de cirurgia cardiotorácica e de urologia, liderada pelos cirurgiões Manuel Antunes e Carlos Alberto Bastos.
«O doente tinha sido submetido a um transplante de fígado há 10 anos e, na sequência dessa intervenção, os rins entraram em falência e o coração enfraqueceu, levando a este transplante duplo», explicou à Agência Lusa Alfredo Mota, director do Serviço de Urologia e Transplantação Renal.
Segundo o responsável, a operação demorou quatro horas «e correu muito bem», tendo o doente iniciado o processo de recuperação.
«Para a semana deve ter alta e, como é uma pessoa muito agarrada à vida, vai correr tudo bem», referiu Alfredo Mota, salientando que o paciente, residente em Coimbra, já hoje «tomou o pequeno-almoço».
«Não é uma intervenção que acontece todos anos, mas quando acontecer estamos preparados para a fazer», sublinhou o médico.
Alfredo Mota salientou ainda que para o sucesso do transplante contribuiu a «boa coordenação» entre as duas equipas.
Apesar das tentativas, não foi possível à Agência Lusa obter uma reacção do responsável do Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos HUC. Lusa

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Elevada adesão à Greve


Esta quarta-feira aderiram à greve 78% dos enfermeiros, disse ao tvi24.pt Guadalupe Simões, do SEP com base nos dados de mais de metade das unidades portuguesas, recolhidos durante a manhã.

«Dos 5350 enfermeiros escalados nessas unidades», 4157 estão em greve, afirmou. Segundo a responsável, por exemplo nos hospitais de Ponte de Lima, Fundão e Régua, a adesão foi de 100%. E foram muitos os hospital com adesão próxima dos 100%, como o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde (98,39 por cento), Barreiro (95,83 por cento), Santiago do Cacém (93,75 por cento).

Guadalupe Simões adiantou que as cirurgias marcadas nos hospitais de Santa Maria e São João foram remarcadas e a adesão nos IPO (Instituto Português de Oncologia) é elevada. Contudo, garantiu que todos os serviços mínimos, incluindo os tratamentos oncológicos estão a ser assegurados. O Ministério da Saúde fala numa adesão na ordem dos 63,09%. De acordo com o ministério, dos 7168 enfermeiros escalados para o turno das 0:00 às 10:00, estiveram em greve 4420. Já no turno das 10:00 às 16:00 os dados referentes aos centros de saúde e hospitais apontam para 3.185 enfermeiros em greve para um total de 4579 escalados. Agora à tarde, os enfermeiros têm marcada uma manifestação que começará em frente ao ministério da Saúde e se deslocará depois para a residência oficial do primeiro-ministro.

«Esperamos cerca de 2 mil enfermeiros neste protesto», afirmou Guadalupe Simões. Segundo a responsável, «esta adesão mostra que os enfermeiros estão descontentes com as políticas do Governo e do Ministério da Saúde e com a forma como o processo de renegociação da carreira está a ser conduzido».

domingo, 10 de maio de 2009

Análise da Empregabilidade em Enfermagem em 400 enfermeiros com 30 ou menos anos de idade


Eis um estudo que dá uma noção das percentagens no que respeita aos Enfermeiros e Enfermagem a nível da empregabilidade:


Dos 400 enfermeiros que responderam, 79,75% tinham 25 ou menos anos de idade. A idade mais representativa foram os 23 anos (26,5%). 74,5% eram mulheres.

A nota do curso de enfermagem mais prevalente é de 15 (37,5%), seguido de 14 (26,25%) e de 16 (25,5%), sendo a média de 14,82 ±1,106 valores. 64% realizaram o curso numa escola de enfermagem pública. 98% eram licenciados (os restantes 2% eram mestres). 14% possuem ou estão a frequentar pós-graduação e 60% não possuem pós-graduação, mas pensam iniciar futuramente.

Dos 400 enfermeiros com 30 ou menos aos incluídos no estudo, 29% responderam estarem desempregados ou empregados noutra área que não a enfermagem. Verifica-se ainda que 25,75% apresentam um vínculo laboral que proporciona estabilidade laboral1. De notar ainda a existência de 3,75% que referem estar em estágio profissional ou regime de voluntariado. Dos que exercem enfermagem, 90% fá-lo em Portugal. 74,25% não estão inscritos em qualquer sindicato de enfermagem.


57% responderam de uma negativa (classificação <>53,28% responderam de forma positiva (classificação ≥ 5) à questão “De 1 (mau) a 10 (excelente), classifique o grau de satisfação que tem com o apoio que recebeu aquando do pedido de ajuda/informação aos sindicatos de enfermagem (responder apenas se tiver existido alguma situação em que tenha pedido ajuda/informação a algum sindicato)”.


Em relação ao número de enfermeiros em Portugal (a exercer funções nos serviços de saúde), 61% referem ser em baixo número, 24,75% referem ser em excesso e 14,25% referem ser em número suficiente.

Em relação ao número actual de alunos de enfermagem, 95,75% refere como excessivo o número de vagas actuais para o curso de enfermagem.

Dos enfermeiros que já estão a exercer enfermagem, 25,94% referem ter demorado menos de 1 mês a começar a exercer enfermagem, 23,89% entre 1 e 3 meses, 28,33% entre 4 e 6 meses, 18,53% entre 7 e 12 meses, 3,07% entre 13 e 18 meses e 0,34% entre 2 e 3 anos.

Os que ainda não exercem enfermagem, 30,71% estão desempregados há menos de 3 meses, 10,24% de 3 a 6 meses, 46,46% entre 7 e 12 meses e 12,6% há mais de 1 ano.
Fórum Enfermagem Enf. Ricardo Ribeiro

Hospitais reduzem 25% dos episódios de urgência até 2020


Os hospitais devem reduzir em 25%, até 2020, os episódios de urgência, de acordo com o primeiro de quatro estudos da Comissão para o Reordenamento Hospitalar da Área Metropolitana do Porto, que aponta as necessidades actuais e futuras dos cuidados hospitalares.
As unidades hospitalares deviam ter menos urgências, mais consultas externas, mais cirurgias de ambulatório, menos cirurgias convencionas e menos camas para internamento, defende o vice-presidente da ARS do Norte, Fernando Araújo.
O próximo estudo quantifica os serviços de saúde prestados pelos hospitais da região Norte e vai ser aberto à discussão pública daqui a um mês, sendo que, no último estudo, que só deve estar disponível em Agosto próximo, deverão ser sugeridos encerramentos e aberturas de serviços de saúde. LUSA

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Reunião 9 de Maio



Reunião Enfermeiros Pela Enfermagem



Dia 9 de Maio às 17h Lisboa



Estão todos convidados a assistir e participar com o Tema

Imagem e Identidade dos Enfermeiros


Para mais pormenores sobre o local contactar enfermeiroshadownight@gmail.com



Conclusões da Reunião 7/5 entre Sindicatos e MS



“APROXIMAÇÕES” A 27/4,


UM DESASTRE A 7/5


Ministério da Saúde não decide… não evolui...

TEMOS QUE CONTINUAR A LUTAR!


Âmbito de Aplicação — continua a ponderar mas afirmou que a futura grelha não se aplicará aos enfermeiros com contrato individual de trabalho o que significa que o Ministério da Saúde pretende continuar a patrocinar a exploração de mão de obra qualificada que já hoje existe, nos Hospitais EPE’s.


Deveres Funcionais — a 27/4 Ministério aceitou retirar. Agora volta a colocar como proposta.
Conteúdos Funcionais — Face à apresentada pela CNESE, o MS vai contra propor.
Nomenclatura de Enfermeiro Gestor — depois de ter aceite vem agora dizer que se pode confundir com cargos dirigentes. É para continuar a ponderar.

Exercício de funções de Enfermeiros em Departamentos e Unidades de Gestão — continua a
ponderar.


Assessorias Especializadas — continua a ponderar Formação Profissional — continua a ponderar!
Grelha Salarial — tudo na mesma mas CONTINUA A… PONDERAR! mantém o início no nível 15 = 1201, 48€ sem que, até ao momento, apresente qualquer justificação para a discriminação a que pretendem sujeitar os enfermeiros quando comparados com outras carreiras Especiais e de Licenciados:


- Carreira de Inspector, por proposta do Governo, o inicio é no nível 20 = 1458,94 - Professores o inicio é de 1518€.

- Para a Carreira Docente Universitária o Governo está a propor a exclusividade


Mantém os 10 níveis na categoria de Enfermeiro e o topo no nível 44 = 2694,75€ passível de ser atingido ao fim de 45 anos de exercício profissional. Na actual carreira, no topo de Graduado, ao
final de 27 anos de serviço = 2228,00€, ou seja, apenas menos 442€; CNESE reafirmou a sua total discordância com a possibilidade da manutenção da progressão dos escalões de 5/5 anos, a manutenção dos 10 “escalões” na categoria de Enfermeiro.


A CNESE EXIGE:
que TODOS os enfermeiros transitem para a nova Carreira, que os Enfermeiros TENHAM GANHOS SALARIAIS IMEDIATOS na transição salarial para a nova Carreira; que seja clarificado o direito à progressão nos escalões da actual Carreira; soluções que evitem injustiças Relativas na transição salarial.

“SNS vai ter que escolher quem trata”


O médico Manuel Sobrinho Simões, Prémio Pessoa em 2002, considera que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não é sustentável e que "a médio prazo teremos que decidir quem vamos tratar e deixar morrer".
"Sou totalmente a favor do SNS, mas ele é insustentável, mesmo se melhorarmos os 25% de desperdício que existe", afirmou Sobrinho Simões na sessão ‘Uma Visão Diferente da Saúde – Prémios Pessoa em diálogo’, terça-feira, em Coimbra. "Teremos que fazer cedências, definir que prestações de cuidados são essenciais e explicar aos doentes por que é que não os tratamos", acrescentou.
O médico sublinhou ainda o "efeito perverso" e "obsceno" que a medicina privada pode ter "quando o SNS deixar de tratar todos", explicando que o fenómeno se deve ao envelhecimento da população, aos preços elevados de medicamentos e diagnósticos e à expectativa da imortalidade. Na sessão, moderada por Clara Ferreira Alves, estiveram ainda o jurista Gomes Canotilho e o arquitecto Carrilho da Graça.

Profissionais suspensos por agressão


Dois profissionais da saúde foram suspensos, um foi multado e outro repreendido por agredirem ou injuriarem doentes ou colegas, dentro dos hospitais e centros de saúde, em 2008, revela o relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS).
Segundo o documento, um total de 12 profissionais (entre médicos, enfermeiros e técnicos) foram alvo de penas por falta de assiduidade. Destes 12, seis receberam a pena mais grave, a demissão de funções, um foi reformado compulsivamente, dois foram suspensos, um foi multado e outro repreendido por escrito.
O desvio ou roubo de material motivou uma demissão e uma inactividade. No total, 44 profissionais foram punidos. Estas penas não incluem os processos disciplinares desencadeados pelas administrações das unidades. Em 2008, a queixa dos doentes, por negligência ou má prática clínica, deu origem a 290 peritagens médicas e pedidos de pareceres técnicos.
"PENAS SÃO MENOS DO QUE SERIA DE ESPERAR" (Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos)


Correio da Manhã – Qual o seu comentário ao Relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde que refere que 44 profissionais foram alvo de penas por situações como agressões ou furtos, em 2008?


Pedro Nunes – É um número muito limitado, tendo em conta que só médicos a trabalhar para o Estado são 30 mil e, entre todas as profissões, serão perto de cem mil pessoas. É uma percentagem de indivíduos submetidos a penas baixíssima. É mais pequena do que seria de esperar.


– Falta de assiduidade atingiu 12 profissionais sendo que destes, seis foram suspensos. Há também uma demissão por furto?


– O que representa um furto em cem mil profissionais a trabalhar 365 dias por ano. Volto a referir que são casos isolados


– Há um trabalho conjunto entre a Ordem dos Médicos e a Inspecção-Geral das Actividades da Saúde nas infracções?


– Sim, por parte da Ordem são comunicados à inspecção os ilícitos cometidos.
– Há igualmente casos de profissionais de saúde alvo de agressões e injúrias dos doentes. Uma situação poderá levar à outra?


– Infelizmente também acontece, mas não é possível estabelecer relação.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Primeiro transplante de Face

Foi efectuado há 5 meses atrás o Primeiro Transplante de Face no Mundo com sucesso, agora Connie Culp´s tem uma nova face.

Após ter sido baleada na face, esta mulher corajosa volta a sorrir com uma nova cara (vinda de um corpo falecido). As imagens mostram a crueldade humana e posteriormente a bondade com que todos os dias os profissionais de saúde demonstram para recuperar e diminuir o sofrimento dos que estão doentes. Foram precisas 40 cirurgias para colocar este rosto como ele está neste momento. Ainda temos muito que progredir mas estamos no bom caminho...

















Centro Hospitalar de Lisboa Central promove I Encontro Nacional de Enfermagem de Cardiologia nos dias 8 e 9 de Maio.


Um Coração em Construção” é o tema do I Encontro Nacional de Enfermagem de Cardiologia, organizado pelo Serviço de Cardiologia do Hospital de Santa Marta - Centro Hospitalar de Lisboa Central, nos dias 8 e 9 de Maio.
O evento, que decorre no Auditório do Metro do Alto dos Moinhos, pretende contribuir para um papel activo na prevenção cardiovascular primária, secundária e terciária.
As doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade e morbilidade em Portugal, sendo preocupação da enfermagem em cardiologia acompanhar este problema. Neste sentido, está atenta à globalização do cuidar e às técnicas em cardiologia que assentam no desenvolvimento de capacidades e competências dos enfermeiros, com base na fundamentação científica e na evidência.
Com este evento científico pretende-se divulgar a realidade portuguesa da enfermagem em cardiologia, através da partilha de experiências dos profissionais enfermeiros que desempenham funções nesta área, do conhecimento dos diferentes contextos de trabalho e da contribuição para a melhoria dos cuidados de enfermagem, tendo em vista o futuro. Portal da Saúde

Temas:
Coração ideal vs coração real
Tempo ou músculo cardíaco?
A técnica aliada ao cuidar
Viver com um coração doente

Exercícios são benéficos para os asmáticos


Acções de rastreio e de sensibilização assinalaram o Dia Mundial da Asma, uma doença que afecta um milhão de portugueses. Alertar para os cuidados a ter na detecção e no tratamento desta doença crónica é o objectivo da Associação Portuguesa de Asmáticos, que promove um road-show por todo o País.
Um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto revela que o exercício físico é benéfico para os asmáticos. Uma "descoberta importante", segundo André Moreira, líder da equipa de investigação, uma vez que muitos profissionais de Saúde temiam uma exacerbação da doença com a prática de exercício físico. Correio da Manhã

terça-feira, 5 de maio de 2009

Governo programa construção de novo hospital em Aveiro


O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, anunciou hoje que deu orientação ao conselho de administração do Hospital Infante D. Pedro (HIP) de Aveiro para programar a construção de um novo hospital.
Francisco Ramos, que falava na inauguração das instalações e novos equipamentos do serviço de Patologia Clínica do HIP, que comemora 33 anos como hospital distrital, afirmou que a orientação do Ministério da Saúde para que seja construído um novo hospital em Aveiro não dispensa a manutenção e mesmo algum investimento nas actuais instalações, que deverão continuar ao serviço por alguns anos.
Segundo o secretário de Estado, a «solução mais provável» é a construção de um novo hospital de raiz, em detrimento da possibilidade de ampliar o actual, mas a decisão ainda não está tomada. LUSA

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cidadã portuguesa com H1N1


A portuguesa, de 31 anos, que esteve de férias no México e num outro país da América Latina foi contagiada com "o vírus da Gripe A, H1N1", revelou ontem ao CM Francisco George, director-geral da Saúde. "Uma vez verificado que o vírus corresponde a uma estirpe diferente da gripe sazonal, o que está agora a ser analisado é se corresponde à estirpe responsável pelo surto de gripe no México", acrescentou.
Está prevista para hoje a chegada dos resultados das análises pedidas a um laboratório inglês que trabalha com a Organização Mundial da Saúde (OMS). "A análise foi enviada para o laboratório, onde está a ser elaborado o perfil deste vírus novo", disse ao CM fonte do Ministério da Saúde
A cidadã portuguesa recupera em casa, permanece de quarentena e é observada com regularidade, tal como os familiares mais próximos, apurou o CM. A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse na sexta-feira que a doente "já não apresenta sintomas de gripe e não recebe medicação adicional". Confirmada a gripe, a jovem terá recuperado sem necessidade de antivirais. Hoje, Ana Jorge irá fazer um ponto da situação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) explicou ontem à noite ao CM que "são os próprios países que testam o vírus e posteriormente notificam a OMS". Desde ontem que Portugal integra a lista do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, como tendo um caso provável de infecção.
Segundo este organismo, no espaço de nove horas houve um aumento de 30 casos confirmados na Europa, num total de 79. Espanha regista 44. Em todo o Mundo, já são quase mil os casos confirmados.
Com a propagação da doença, os cerca de 300 portugueses, que chegam amanhã a Lisboa provenientes do México, serão submetidos a uma avaliação médica. A delegada de Saúde do Aeroporto de Lisboa, Maria João Martins, confirmou que "eventuais casos suspeitos serão observados a bordo". Correio da Manhã

Fundação Bill Gates investe 75 mil euros em projectos de saúde


Um tomate que liberta medicação antiviral quando ingerido e fungos que actuam como uma constipação em mosquitos portadores de paludismo são alguns dos 81 projectos invulgares apoiados pela fundação de Bill Gates.
Os projectos - que visam desenvolver soluções inovadoras e não convencionais na área da saúde - vão contar com 100 mil dólares (cerca de 75 mil euros) de apoio da fundação que Bill Gates mantém com a mulher, Melinda.
As bolsas de investigação, que têm uma duração de cinco anos e beneficiam pesquisadores de 17 países, pretendem encorajar os cientistas a trabalharem em ideias que possam conduzir a novas descobertas.

sábado, 2 de maio de 2009

Provas de selecção para o Curso de Medicina na Ualg


Hoje foi o dia em que cerca de um milhar de profissionais ligados à área da saúde (veterinária, farmácia, enfermagem, ciências biomédicas), ciências da natureza (biologia, quimica, geologia) e matemáticas exactas (matemática, engenharias, física) fizeram os testes psicotécnicos para concorrer ao curso de medicina para a Universidade do Algarve.

Este curso com um novo formato de 4 anos, em que a base são estágios clinicos levou à candidatura de muitas pessoas com o desejo de serem médicos no futuro.

Apesar das muitas referências académicas e profissionais que eram exigidas, foram muitos os que preencheram esses requisitos e se apresentaram na FCT para as provas de selecção.

Quem lá esteve relatou que todos os candidatos iniciaram este processo de selecção pelo teste de inglês de 1hora que é eliminativo, ou seja, é exigido 50% do exame correcto para que se possa passar à fase seguinte. Posteriormente foram aplicados testes de compreensão abstrata, numérica e verbal de 3horas.

Apesar deste processo nada ter a ver com o curso de medicina é um método bastante utilizado actualmente na selecção de profissionais pelas empresas e que agora se vê cada vez mais nas universidades.

À saída uns estavam pouco convictos e outros confiantes mas, segundo o relato de vários candidatos estes testes tinham um grau de dificuldade elevado.

O curso de medicina continua a fazer suspirar muitas pessoas que sonham com uma profissão que as preencha e as satisfaça não só profissionalmente mas também como pessoas. Continuar a lutar após a conquista de uma dura licenciatura (como algumas das que foram referidas acima e que bem sabemos o quanto são dificeis) é de valor.

Boa Sorte a todos os candidatos e que a justiça se sobreponha a qualquer interesse... pois todos merecem uma oportunidade de mostrarem o seu verdadeiro valor.


Nova licença de parentalidade entra em vigor


As novas regras de licença de parentalidade entram esta sexta-feira em vigor, substituindo as de paternidade e maternidade. O diploma visa que os homens acompanhem mais os filhos.
Segundo as novas normas, a licença parental aumenta para seis meses, sendo subsidiada com 83 por cento do salário bruto, mas que atingirá 100 cento se a licença for de cinco meses partilhada por pai e mãe.
A nova lei prevê também a criação de um subsídio parental alargado, permitindo um prolongamento da ausência do trabalho de um dos progenitores por mais três meses ou mesmo seis meses se houver partilha da licença entre pai e mãe.
O diploma equipara ainda a adopção às licenças de parentalidade e reforça os direitos dos avós.
Um outro diploma do Ministério das Finanças transpõe estas regras para os funcionários públicos em situação de convergência nos regimes de protecção social.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Carreira de Enfermagem: Proposta dos Sindicatos SE e SIPE



1 Grelha Salarial


1.1 Quanto a esta matéria a FENSE deixou claro, que só aceita para início de carreira o valor
ponderado entre os níveis 19/20, da tabela única da administração pública 1407€. Devemos
acrescentar que este princípio já está legislado desde 1989 (DL 30/90).

2 Deveres funcionais


2.1.Pretendia o Governo, impor aos Enfermeiros, um estatuto de obediência limitativo da
acção profissional, em crescendo, situação de que não aceitamos porque limitava diplomas
próprios da Enfermagem de âmbito mais alargado. Foi retirado este artigo, como o impunha a
força da nossa argumentação.


3 Gestão

3.1 A proposta inicial apresentada pela FENSE, como base negocial, previu desde a primeira
hora a introdução dos cargos de gestão, com a dignidade que se impõe.
3.2 Finalmente, na reunião de 27/04/09 a Comissão Negociadora do Governo, aceitou a nossa
proposta, também por força da nossa argumentação.

4 Formação Profissional


4.1 Toda a proposta apresentada pela FENSE consubstancia a criação de condições para
efeitos de formação aos vários níveis, culminando na especialização ligada intrinsecamente
ao exercício profissional contínuo. Por tal motivo foi entendimento entre a FENSE e a
Comissão Negociadora Governamental proceder ao levantamento de toda a legislação acerca
desta matéria com o fim de alargar os períodos previstos na legislação em vigor,
aproximando-a das propostas da FENSE.

5 Âmbito de aplicação


5.1 Na reunião de 15Abril, a FENSE manteve posição irredutível, acerca da defesa de
documento único a aplicar a todos os Enfermeiros, seja qual for o seu vínculo. Esta posição
foi determinante para a necessidade da Comissão Governamental Interministerial (Saúde,
Trabalho, Finanças) reunir, visando a criação de condições, ainda que através de 2 diplomas
gémeos, que abranjam quer os Enfermeiros em Contrato de Trabalho em Funções Públicas
quer em Contrato Individual de Trabalho.

6 Estrutura e Desenvolvimento profissional, estrutura desenvolvimento salarial e transição,
conteúdos funcionais (perfil profissional), duração e organização do trabalho, são questões a
aprofundar na próxima reunião negocial agendada para 7 de Maio de 2009 com início às 15 horas.

7 Em conclusão, afirmamos que os avanços negociais que vão sendo conseguidos resultam do
forte empenhamento quer das comissões negociadoras sindicais quer do inquestionável apoio
dado pelo colegas aderentes às formas de luta que vêm sendo desenvolvidas. ESTA SIMBIOSE É
MUITISSIMO IMPORTANTE PARA QUE POSSAMOS VENCER.

8 APROVEITAMOS ESTA INFORMAÇÃO PARA RECORDAR QUE O 1º DE MAIO COMEMORA A MORTE DE ELEVADO NÚMERO DE SINDICALISTAS CHACINADOS EM CHICAGO EUA, EM DEFESA DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES. DEDIQUEMOS-LHE, CADA UM DE NÓS, UM MINUTO DE REFLEXÃO. Sindicato dos Enfermeiros e Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem.

Enfermeiros um impacto no outro


Eis um texto demonstrativo do poder que todos temos quando cuidados de pessoas doentes.







Uma enfermeira... um doente oncologico em fase terminal... uma palavra amiga é o suficiente para num momento de grande sofrimento, as pessoas se ligarem a nós e ficarem na nossa memória para todo o sempre.


Este texto espelha uma componente muito importante que cada um tem particularmente mas, que une toda a enfermagem, que é o humanismo. O componente cientifico é fundamental quando associado a um cariz humano e generoso. Só depois de conquistarmos a confiança da pessoa é que potenciado o efeito das nossas acções. Em oncologia os enfermeiros não são super-heróis, são seres super-humanos. Parabéns a todos os colegas que no dia-a-dia lutam pela dignificação do doente através de conhecimentos cientificos sólidos e de uma dedicação humanitária extrema.

Gripe suína provoca corrida às farmácias


As farmácias e os armazenistas aumentaram os pedidos de fornecimento dos antivirais Relenza e Tamiflu aos dois laboratórios que os produzem, GlaxoSmithKline e Roche. O pedido de reforço do stock deve-se ao aumento da procura dos medicamentos pelos portugueses nas farmácias.
Fonte da Glaxo confirmou ao CM o aumento da procura do antiviral Relenza pelos farmacêuticos e grossistas. "Durante o dia de hoje [ontem] fomos contactados por várias farmácias e armazenistas que, pressionados pelos utentes, querem aumentar o fornecimento. Ainda temos capacidade para fornecer o medicamento." A Glaxo fez um investimento para aumentar a produção do Relenza e de uma vacina pré-pandémica e pandémica, na ordem dos 1,7 mil milhões de euros, após a ameaça de uma eventual epidemia do vírus da gripe aviária. "A nossa capacidade de produção do medicamento está no máximo", garantiu.
Fonte da Roche afirmou ao CM que o laboratório tem capacidade de resposta para fornecer farmácias e hospitais. "Produzimos 400 milhões de tratamentos por ano e neste momento temos pedidos 225 milhões de tratamentos. Ainda temos folga para produzir mais." Os dois antivirais são vendidos sob receita médica e não têm comparticipação do Estado. O Relenza, que é um pó para inalar, custa 19,70 euros e o Tamiflu, em comprimidos, custa 25,17 euros.
Antes de viajar, os portugueses previnem--se com os antivirais. É o caso de João Cabral, algarvio, 49 anos, que embarcou segunda-feira de manhã para o México com Tamiflu e Paracetamol na bagagem: "Não tenho receio da gripe, quero divertir-me e conhecer o México. Trouxe os medicamentos por prevenção, nada mais." Correio da Manhã

Ministra exclui possibilidade retirar Tamiflu das farmácias


A ministra da Saúde, Ana Jorge, excluiu hoje a possibilidade de restringir a distribuição de Tamiflu, à semelhança do sucedido em Espanha no quadro do combate à gripe suína, considerando «suficiente» a «reserva estratégica» existente em Portugal.
Ana Jorge, que falava à saída de uma reunião extraordinária dos ministros da Saúde da UE no Luxemburgo para discutir a resposta europeia à «nova gripe», disse que Portugal não pondera adoptar tal medida, quando questionada sobre se poderia acontecer o mesmo que em Espanha, onde hoje o governo decidiu limitar a distribuição de Tamiflu a hospitais e a centros médicos.
«Não, nós neste momento não tomámos essa medida e não estamos a pensar de momento tomá-la. Nós temos uma reserva estratégica que já existe, e que será de facto distribuída nas instituições de saúde, e pensamos que ela é suficiente para a situação que poderá vir a acontecer», afirmou. Lusa