quinta-feira, 21 de maio de 2009

Risco de cancro aumenta com idas ao solário


Na apresentação do ‘Euromelanoma 2009’, Osvaldo Correia, da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, explicou que “a utilização de solários e os actuais padrões de moda seguidos pelos portugueses são um factor de risco para o surgimento de cancro de pele entre os jovens”.
O dermatologista salientou que as entidades responsáveis pelos equipamentos não respeitam a legislação e, denuncia, “os solários são mais prejudiciais do que a exposição ao sol e causam dependência”. A maioria dos locais permite o acesso a menores de dezoito anos e não disponibiliza “pessoal técnico com formação” nem um termo de conhecimento e consentimento para a utilização dos equipamentos. Osvaldo Correia considera que a depilação a laser também deverá ser alvo de cuidados redobrados uma vez que “as máquinas não distinguem a emissão de energia num pêlo escuro de um sinal passível de transformação”.
João Abel Amaro, Coordenador Nacional do Dia da Prevenção do Cancro de Pele aproveitou a ocasião para apontar “novos comportamentos de risco”, criados pela alteração dos hábitos sociais. A população rural deixou de estar tão exposta a este tipo de agressões, no entanto, o facto de as classes média e média-alta terem viajado para os trópicos nos últimos anos, aumentou a incisão de melanomas nestes grupos. “A exposição abrupta em fins-de-semana e feriados aumenta exponencialmente as probabilidades de cancro da pele”, explicou o médico.
Rosa Mota, maratonista olímpica, explicou a importância do uso de roupa adequada no desporto. A atleta referiu que “a prática do desporto tem que ser repensada para que se torne mais saudável”.
Em Portugal, são detectados, anualmente, mil novos melanomas, um número que tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Ainda assim, os diagnósticos precoces diminuem as proporções de mortalidade. Correio da Manhã

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