segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Enfermeiros podem faltar nos hospitais


Os enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com duplo vínculo à Linha Saúde 24 podem ter que interromper o serviço público no hospital e trabalhar a tempo inteiro no call center, em caso de pandemia provocada pela gripe A. Essa transferência pode vir a desfalcar os recursos humanos nos hospitais e centros de saúde e a comprometer a assistência clínica.
O alerta foi feito por Francisco George, director-geral da Saúde, ao grupo de trabalho da Comissão Parlamentar que acompanha a gripe A. E justificou essa transferência de recursos: "A autorização deve ser lida pela responsabilidade que o Estado tem em trabalhar com parceiros e não faz sentido criar obstáculos quando os cidadãos vão beneficiar com o aumento da capacidade das linhas telefónicas."
O director-geral da Saúde sublinhou que o reforço pode ser feito desde que não prejudique serviços essenciais. "Os enfermeiros que trabalham nas unidades de Cuidados Intensivos ou Queimados, ou outros serviços importantes, não podem abandonar os serviços para ir emprestar um trabalho a tempo inteiro na Linha Saúde 24."
Francisco George explicou que o pagamento aos enfermeiros com duplo vinculo à Linha e ao SNS é "acordado de forma tripartida entre o enfermeiro, a Linha Saúde 24 e o hospital. A unidade de origem e o SNS não têm nenhuma responsabilidade financeira, pois não é um destacamento é um acordo tripartido que vai permitir que o enfermeiro vá trabalhar a tempo inteiro na Linha e interromper o serviço público no hospital".
Já os médicos reformados e dispensados das Urgências, por terem atingido os 50 anos, poderão reforçar os serviços de atendimento à gripe. Esse reforço é do agrado da Ordem dos Médicos e dos sindicatos. CM

Vacinas chegam nas próximas 2 semanas


A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu anteontem à noite que as primeiras vacinas contra a gripe A (H1N1) deverão chegar a Portugal na primeira quinzena de Setembro. "Será uma pequena quantidade numa primeira fase e será para os grupos de risco."
A vacinação é especialmente importante uma vez que Portugal é um dos países europeus com maior incidência de infecções, com 20,9 casos por cem mil habitantes, atrás de países como o Reino Unido ou a Alemanha, por exemplo. Em Portugal estão confirmados 2244 casos de infecção desde Maio.
Ana Jorge garantiu que as vacinas serão gratuitas e não haverá necessidade de aplicar outras medidas que não os cuidados com as regras de higiene, porque, sublinhou, "vai haver ainda um período onde será possível contrair a doença e por isso é preciso estarmos atentos".
A ministra advertiu que "a vacina, nesta fase, dado que é uma pandemia, é uma reserva estratégica que só será ministrada a quem tenha sido identificado pelos centros de saúde".
Para a governante, esta gripe "não é mais perigosa do que a sazonal, que também tem complicações. No entanto, é de mais fácil contágio e abrange fundamentalmente os grupos mais jovens". Cerca de 90 a 95 por cento das pessoas terão sintomas ligeiros que não precisarão de grandes cuidados médicos".
Os obesos estão classificados como prioritários na resposta à gripe A, mas a associação que os defende receia que venham a ser discriminados no atendimento uma vez que, apesar de doentes crónicos, "na prática não são tratados como tal".
A apreensão foi manifestada pelo presidente da Associação de Obesos e Ex-Obesos de Portugal, Carlos Oliveira, que acusou as autoridades de saúde de não considerarem os obesos, nomeadamente os que sofrem de obesidade mórbida, um grupo prioritário.
Também o director clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, João Raposo, alertou para as consequências que a gripe A pode ter nestes doentes, conduzindo a descompensações, defendendo especial atenção dos profissionais de saúde. CM

domingo, 30 de agosto de 2009

Síndrome pós-férias causa irritabilidade e falta concentração


Cansaço, problemas de concentração e irritabilidade são sintomas que os especialistas associam à síndrome pós-férias, que nesta altura do ano afecta quem, depois de um período de descanso, tem de voltar ao trabalho e à rotina do dia-a-dia.
Segundo um documento de recomendações que a Sociedade Espanhola de Medicina da Família e Comunitária (SEMFC) publica anualmente por esta altura, todas as pessoas sofrem desta síndrome, quando depois de um período de descontracção se vêem obrigadas a regressar à rotina laboral, que normalmente está associada a uma série de outras rotinas, o que «desencadeia um estado de ansiedade».
Para Madalena Lobo, psicóloga clínica especializada em perturbações de ansiedade, esta síndrome, é, no fundo, uma «versão mais alargada da sensação que as pessoas sentem Domingo à noite, de ter que voltar ao trabalho, que nos deixa a todos um pouco 'em baixo'».
A adaptação do organismo à nova realidade de ter de regressar ao trabalho é tanto mais complicada, quanto maior for o período de descanso: «Voltar à rotina depois das férias quer dizer que o organismo tem de adaptar-se a um novo horário de deitar, levantar e à hora limitada de refeição no trabalho, etc.».

As pessoas, explica, são confrontadas com "uma necessidade de mobilização a todos os níveis que induz uma reacção de stress" muito grande: «Esta adaptação súbita e brutal, que o organismo tem de fazer para passar de um ritmo de aceleração para outro completamente diferente faz com que as pessoas se sintam mal» e apresentem alguns dos sintomas acima referidos.
Já Telmo Baptista, presidente da comissão instaladora da Ordem dos Psicólogos, explica que o que as pessoas sentem no regresso ao trabalho é «apenas um processo de readaptação», considerando «exagerado falar-se em depressão pós-férias».
«A pessoa vai estar de novo sujeita a horários apertados e a um ritmo mais acelerado, após um período em que normalmente dispomos das coisas, não estamos dependentes de horários e somos muito mais senhores de nós próprios», refere.

Segundo este especialista, quem vai uma semana de férias, «se calhar nem teve tempo de desacelerar o ritmo de trabalho e não terá sequer manifestações de stress pós-férias».
Madalena Lobo precisa que o stress «tem a ver com uma pressão que é exercida sobre o organismo, seja esta boa ou má», salientando que também «há pessoas que quando entram de férias adoecem, porque o seu organismo demora a adaptar-se ao novo ritmo fisiológico».
Segundo a psicoterapeuta, para tornar o regresso ao trabalho «menos penoso», o melhor que as pessoas têm a fazer é «um 'fade out' das férias, ou seja, reservar dois a três dias para, progressivamente, começarem a reajustar os seus ritmos para voltar a encontrar o seu ritmo biológico».

Isto quer dizer, «de uma forma gradual, começar a levantar-se perto da hora que vão ter que levantar-se, deitar-se mais cedo, começar a modificar hábitos alimentares, reorganizar algumas coisas para a reentrada e estruturar mentalmente as rotinas», precisa. Lusa

Estudo: Fruta é ainda mais benéfica do que se julgava


Uma equipa internacional de cientistas descobriu que o conteúdo da fruta em substâncias polifenóis tem sido subestimado, o que a torna ainda mais benéfica para a saúde.
Ao analisarem maçãs, pêssegos e nectarinas, os investigadores espanhóis constataram que o seu conteúdo não extraível em polifenóis é até cinco vezes superior aos compostos extraíveis, indica um estudo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.
«Se os polifenóis não extraíveis não forem considerados, os níveis de polifenóis benéficos como as proantocianidinas, o ácido elágico e a catechina são substancialmente subestimados», acrescenta.
Segundo Paul Kroon, do Instituto para a Investigação Alimentar de Norwich (Reino Unido), onde o trabalho foi realizado, «estes compostos são fermentados por bactérias no cólon, criando metabolitos que podem ser benéficos, por exemplo com actividade antioxidante».

Este grupo de investigação, dirigido por Fulgencio Saura-Calixto - do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) de Espanha -, tem vindo a trabalhar para mostrar que os polifenóis não extraíveis, que escapam muitas vezes às análises e não são considerados normalmente nos estudos nutricionais, são uma parte importante dos compostos bioactivos da dieta.
Os polifenóis da fruta actuam no organismo como agentes antioxidantes, antivirais, bactericidas e anti-enzimáticos que protegem contra doenças. Lusa


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Linha de Saúde 24 já pagou multas por incumprimento



Os incumprimentos da Linha de Saúde 24, gerida pela empresa LCS, já vêm de 2007, ano em que o Ministério da Saúde pôs a funcionar o serviço de atendimento 808 24 24 24.
Segundo o director-geral da Saúde, Francisco George, no primeiro semestre de actividade, entre Abril e Outubro de 2007, a empresa pagou uma multa de 250 mil euros e, no segundo, de 140 mil euros.
O responsável falava esta tarde na primeira reunião do grupo de trabalho de acompanhamento da gripe A, da Assembleia da República, onde referiu que a situação se agravou a partir do dia 5 de Julho, aquando do aparecimento dos casos de infecção pelo vírus da gripe A (H1N1) no Externato das Pedralvas, em Benfica.
O funcionamento, disse, “não tem sido satisfatório” e o número de chamadas atendidas fica aquém do que foi contratualizado – 85% têm de ser atendidas. CM


E ainda a resposta do Director Geral da Saúde perante o parlamento:

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Deputados-questionam-contrato-para-Linha-Saude-24.rtp&article=274088&visual=3&layout=10&tm=2

Saúde: Médicos reformados ajudam na gripe A


O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, concorda que os médicos dispensados do serviço de urgência ou profissionais reformados possam ajudar no caso de aumento dos casos de gripe A em Portugal, avançou esta manhã a TSF.
A ideia, defendida pelo sindicato de médicos independentes visa colmatar os eventuais efeitos da propagação do vírus H1N1 em Portugal.
'«Os médicos estão sempre disponíveis. Naturalmente, o trabalho terá de ser remunerado, mas isso são matérias que o sindicato e só o sindicato poderá discutir com o Governo', sublinhou Pedro Nunes.
A ministra da Saúde, Ana Jorge manifestou-se satisfeita com esta medida e explicou esta quinta-feira que o seu ministério já tinha reunido infomalmente com os sindicatos para debaterem esta ideia. CM

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aumentada prestação social para cirurgias de ambulatório


O Governo aprovou hoje um decreto que estabelece que a prestação social por incapacidade temporária para o trabalho passa a ser paga logo desde o primeiro dia para os beneficiários alvo de intervenções cirúrgicas de ambulatório.
Com esta medida, o executivo alarga as isenções do período de espera de três dias para efeitos de incapacidade temporária para o trabalho, estendendo agora este benefício também às situações decorrentes de cirurgias de ambulatório e não apenas aos casos que exigiram internamento.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o titular das pastas do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, disse que a alteração introduzida pelo Governo «é de reduzida dimensão jurídica, mas terá seguramente um impacto significativo entre os beneficiários do sistema público de Segurança Social». Lusa

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gripe A: até 95% dos casos em Portugal serão ligeiros


Entre 90 a 95 por cento dos casos de infecção de Gripe A em Portugal serão ligeiros.
Quem o defendeu foi a ministra da Saúde, Ana Jorge, que, numa “tertúlia” sobre saúde em Santarém nesta segunda-feira, disse ainda esperar que a vacina chegue a tempo de evitar a propagação generalizada da doença.
Ana Jorge disse ainda estar a contar com alguma sobrecarga nos centros de saúde no início do Inverno.

Cuba admite disponibilizar mais médicos para Portugal


A vinda de 44 médicos cubanos para Portugal reveste-se do «maior simbolismo» e aquele país pode mesmo vir a disponibilizar mais clínicos, caso o Governo esteja interessado, garantiu hoje o embaixador de Cuba em Portugal.
A vinda dos médicos para Portugal «tem um maior simbolismo porque é o primeiro país da Europa» com o qual Cuba, «como excepção e não como política», aceitou um acordo a este nível, realçou Jorge Benitez.
Cuba «aceitou o pedido de Portugal para contribuir para a solução» da falta de médicos, mas, na verdade, os médicos cubanos «estão principalmente nos países do mundo pobre», explicou o embaixador, adiantando que existem «cerca de 30 mil médicos cubanos» em África e na América Latina, as regiões do mundo onde Cuba «presta maior colaboração».
Jorge Benitez falava aos jornalistas depois de uma cerimónia na Câmara Municipal de Santiago do Cacém, no Litoral Alentejano, para receber informalmente os quatro médicos cubanos que vão reforçar o centro de saúde local.

O Ministério da Saúde anunciou sexta-feira a contratação de 44 clínicos cubanos para reforçar os quadros clínicos dos centros de saúde de algumas zonas do Alentejo, do Algarve e da região de Lisboa e Vale do Tejo.
Destes, 24 estão a ser distribuídos pelo Alentejo, sendo que 16 deles vão reforçar o Litoral Alentejano, enquanto que outros 18 vão ficar no Algarve e dois no centro de saúde de Alpiarça (Lisboa e Vale do Tejo).
O representante de Cuba assegurou ainda que Havana não vai receber qualquer contrapartida por ceder estes profissionais, sublinhando que «há uma reciprocidade das câmaras municipais de Portugal» que, «há muitos anos atrás», quando Cuba «estava num momento mais difícil», ajudaram o país.
«Portugal não impôs condições. Disse que precisava de médicos e estudámos e confirmámos que realmente há uma situação complicada», explicou, lembrando que alguns municípios lusos também já «enviaram para Cuba doentes com problemas de oftalmologia».

O único pedido que o governo cubano fez, frisou, foi o de que os médicos viessem «atender portugueses que têm dificuldade» no acesso à saúde «por falta de médicos» e não para os «substituir».
O embaixador adiantou também que há a «possibilidade» de Cuba enviar mais médicos, dependendo «da necessidade e do interesse do Governo» português.
O director do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral, Paulo Espiga, disse que este recurso é uma «almofada temporal» para Portugal e que estes profissionais de saúde vão contribuir para que os doentes sem médico de família desapareçam.
Aos cerca de 54 médicos a exercer nos centros de saúde do Litoral Alentejano somam-se agora mais 16 cubanos, que «vão dar resposta aos cerca de 35 mil utentes sem médico de família» nesta região, disse.

Quanto ao coordenador dos médicos cubanos que se encontram em Portugal, Rosell Diaz, assegurou que a adaptação está a correr bem, até porque «as culturas não são muito diferentes».
«E o idioma também não é problema, porque tivemos alguma preparação em Cuba. Eu compreendo o português sem nenhum problema», assegurou, recordando que foi em português que realizaram «quatro ou cinco exames para a Ordem dos Médicos».
O médico cubano, que vai ficar a trabalhar em Santiago do Cacém, apontou ainda semelhanças entre os sistemas de saúde dos dois países.
«Penso que o resultado do contrato será o melhor possível, não do ponto de vista do Governo, mas do ponto de vista de ajudar a melhorar a situação de saúde e a qualidade de vida da população», concluiu. Lusa

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Linha Saúde 24 deve ser gerida pelo Estado


O PCP defende que a Linha de Saúde 24 passe a ser gerida pelo Estado, alegando que, neste momento, existem motivos para o Ministério da Saúde denunciar o contrato com a empresa que gere a linha.
O PCP desafiou, esta quinta-feira, o Governo, defendendo que é preciso que o Estado termine de imediato o contrato com a empresa que gere a Linha de Saúde 24.
Em declarações à TSF, Jorge Pires, da Comissão Política do PCP, advertiu a ministra da Saúde para eventuais responsabilidades que tenha de assumir, num futuro próximo, por situações graves que resultam do mau funcionamento da Linha de Saúde 24.
«A ministra da Saúde tem de assumir as suas responsabilidades políticas e tomar medidas imediatas, porque amanhã pode ser responsabilizada por outras situações mais graves que resultem do facto de haver centenas ou milhares de pessoas que ligam para a Linha Saúde 24 e não são atendidas», afirmou.
Jorge Pires disse ainda que o PCP considera importante que o grupo de trabalho parlamentar criado para acompanhar a gripe A tenha uma reunião, tal como já foi pedido pelo CDS-PP. No entanto, sublinhou que terá de ser no sentido de encontrar uma solução para o problema. «O Governo deve denunciar rapidamente o contrato com esta empresa, transformar este serviço num serviço público em que o Estado assume as suas responsabilidades e introduzir as medidas que os próprios trabalhadores têm vindo a sugerir para que a linha corresponda às expectativas», destacou. TSF

Linha Saúde 24: Enfermeiros recrutados


A Direcção-Geral da Saúde está a recrutar enfermeiros para reforçarem o atendimento sobre a gripe A na Linha Saúde 24, em regime de turnos e com possibilidade de admissão imediata pela empresa Linha de Cuidados de Saúde, que gere a Linha.
A admissão dos profissionais surge depois de a ministra da Saúde, Ana Jorge, ter admitido ontem falhas no atendimento da linha e a falta de cumprimento da empresa pelos serviços contratualizados. A empresa está obrigada ao atendimento de dez mil chamadas por dia e só está a atender três mil chamadas diárias.
Cinco minutos é o tempo médio de espera para quem contacta com os 350 enfermeiros que atendem as chamadas telefónicas, mas muitas centenas de chamadas são perdidas. CM

Saúde 24 proibida a polícias


Os agentes da PSP estão impedidos de contactar a linha de Saúde 24, segundo directiva do Ministério da Administração Interna (MAI), enviada para o Comando de Aveiro, a que o CM teve acesso. O documento levou os elementos das esquadras ao pânico, acusando o MAI de “desconsideração”. CM

Farmacêuticos já são suficientes no País


Portugal já ultrapassou a média de 83,3 farmacêuticos por cada 100 mil habitantes. Este era é um dos objectivos delineados no Plano Nacional de Saúde para 2010.
De acordo com dados da Ordem dos Farmacêuticos, no final de 2007 Portugal já tinha uma média de 96,7 farmacêuticos por cada 100 mil habitantes, um valor abaixo dos números da França e da Bélgica, onde há cerca de 120 profissionais de farmácia por cada 100 mil residentes. Em Portugal, a profissão de farmacêutico é dominada pelas mulheres: entre os 9795 farmacêuticos, 7748 são mulheres.
Por ano são admitidos à profissão 364 novos farmacêuticos. Entre 1999 e 2008, segundo os dados divulgados pela Associação Nacional de Farmácias, o crescimento do número de farmacêuticos beneficiou algumas das zonas do País com menor densidade populacional, como são exemplo Bragança e Viana do Castelo, com aumentos de 90 por cento. CM

Lamego: Novo hospital vai abrir caminho a um novo conceito


O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o Hospital de Lamego, reivindicado há décadas pela população local, vai abrir o caminho a um novo conceito de hospitais de proximidade em Portugal.
José Sócrates fez questão de se associar à construção do Hospital de Lamego, lançando a primeira pedra desta unidade que vai custar 41 milhões de euros e vai servir 375 mil habitantes da área do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
O primeiro-ministro sublinhou a «importância nacional deste hospital, que vai servir de referência, abrir caminho e inaugurar um novo conceito de hospital de proximidade». Lusa

domingo, 23 de agosto de 2009

Procedimentos Obrigatórios para Doentes nos Serviços de Atendimento à Gripe

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) lançou um cartaz com os procedimentos obrigatórios para os doentes que se deslocam aos Serviços de Atendimento à Gripe (SAG). O uso de máscaras e a higiene das mãos são fundamentais para minimizar o risco de transmissão aos outros utilizadores e profissionais dos serviços de saúde.Os SAG foram criados para aumentar a capacidade de resposta aos casos de gripe A, mas é importante que os doentes cumpram determinados procedimentos para que não se tornem fontes de contágio. Por isso, à entrada no SAG é entregue a cada doente uma máscara cirúrgica e disponibilizada uma solução de base alcoólica ou água e sabão.O doente deve colocar a máscara e retirá-la apenas quando tiver autorização do profissional de saúde. Caso seja necessário retirar a máscara durante a avaliação, deve tocar apenas nos atilhos, lavar as mãos e colocar uma nova máscara cirúrgica.O doente deve também fazer a higiene das mãos com a solução anti-séptica de base alcoólica ou água e sabão à entrada e saída do SAG, bem como, à entrada dos gabinetes e antes e depois de utilizar as instalações sanitárias.O Ministério da Saúde mantém o alerta aos cidadãos para, em caso de sintomas de gripe, contactarem de imediato a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguirem as indicações que lhes são dadas. A actualização da informação sobre a evolução da pandemia em Portugal é agora realizada semanalmente, à quarta-feira, no Portal da Saúde.

sábado, 22 de agosto de 2009

Saúde corta nas análises e Tamiflu


A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou ontem cortes nas análises clínicas e na medicação preventiva da gripe A, com a racionalização do Tamiflu. A partir de agora os testes só serão feitos aos doentes cujo quadro clínico o justifique e o Tamiflu só será dado aos grupos de risco. A informação sobre a situação da epidemia no País deixa de ser diária e passa a ser disponibilizada uma vez por semana, às quartas, no site do Portal da Saúde.
A governante justificou estas medidas com a evolução da infecção que exige "um novo conjunto de respostas". Assim, a fase actual passa a estar centrada no tratamento dos doentes com sintomas gripais, e já não na contenção da transmissão.
Ana Jorge justificou a contenção com os antivirais por "já não ser possível identificar os contactantes" e pela "necessidade de contenção da medicação". Disse ainda que a medicação preventiva passa a estar indicada para pessoas que integram os grupos de risco – grávidas, crianças com menos de um ano de idade, pessoas com asma, obesos e pessoas com o sistema imunitário diminuído – que sejam um contacto muito próximo do doente com gripe.
Ana Jorge adiantou que, até ao final de Agosto, todos os centros de saúde estarão preparados progressivamente para atender os utentes suspeitos de terem gripe e o encaminhamento continua a ser efectuado pela Linha Saúde 24. Os hospitais passam a assistir aos casos mais graves.

Gripe A: Ministra da Saúde pode fechar empresas


Medidas de excepção que permitem à ministra da Saúde ordenar o encerramento de empresas ou a seperação de pessoas perante casos de emergência para a saúde pública foram hoje publicadas no Diário da República. A responsável pela Saúde pode também ordenar a paragem de meios de transporte, como comboios ou aviões, que tenham sido expostos a doenças graves,como é o caso da gripe A.
O diploma institui 'um sistema de vigilância em Saúde Pública, que identifica situações de risco, recolhe, actualiza, analisa e divulga os dados relativos a doenças transmissíveis e outros riscos para a saúde pública'. A lei nº 81 deste ano avança ainda com a elaboração de 'planos de contigência face a situações de emergência ou tão graves como de calamidade pública'.
Para combater situações graves como uma caso de epidemia de gripe A, o diploma estipula a criação do Conselho Nacional de Saúde Pública, com um número máximo de 20 membros, sem remuneração.
O Conselho Nacional de Saúde Pública exerce as funções consultivas do Governo no âmbito da prevenção e do controlo das doenças transmissíveis e outros riscos para a saúde pública e, em especial, para análise e avaliação das situações graves, nomeadamente surtos epidémicos de grande escala e pandemias.' Compete-lhe fundamentar proposta de declaração do estado de emergência, por calamidade pública', divulgou hoje o ministério da Saúde. CM


Inférteis têm novo centro em Gaia


Os casais inférteis terão um centro de tratamento nas novas instalações dos Serviços de Procriação Medicamente Assistida do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho. O anúncio foi feito, ontem, pela ministra da Saúde, Ana Jorge, na inauguração da nova unidade daquele hospital.
A previsão hospitalar, durante o próximo ano, aponta para 470 casais na primeira consulta, 1072 em tratamento e 365 consultas de procriação medicamente assistida.
Assim, os casais que estão em lista de espera para tratamentos de fertilidade poderão agora vir a ser atendidos em Gaia. "Com as novas instalações haverá melhores condições de funcionamento. Como aqui não há listas de espera, este centro, através de contratualização, recebe casais que estejam noutras instituições em lista de espera", afiançou Ana Jorge.
Este centro já tem a aprovação do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida e trará maior capacidade de resposta ao sector público.


Ministério anuncia contratação de 44 médicos cubanos

O Ministério da Saúde anunciou hoje a contratação de 44 médicos cubanos que, durante três anos, vão exercer em nove centros de Saúde do Alentejo, cinco do Algarve e um da região de Lisboa e Vale do Tejo.
Segundo comunicado do ministério enviado à agência Lusa, 42 dos clínicos cubanos vão trabalhar em centros de Saúde de zonas do Alentejo e do Algarve «particularmente carenciadas de médicos de família».
Moura, Ferreira do Alentejo, Almodôvar e Odemira, todos do distrito de Beja e o último situado também no litoral, assim como Portel, do distrito de Évora, e Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Sines e Grândola, no Litoral Alentejano (distrito de Setúbal), são os concelhos beneficiados no Alentejo.
Já no Algarve, os médicos vão ser encaminhados para Albufeira, Silves, Lagos, Lagoa e Loulé.
Os outros dois médicos oriundos de Cuba, acrescenta o ministério tutelado pela ministra Ana Jorge, vão exercer no centro de Saúde de Alpiarça, o concelho da região de Lisboa e Vale do Tejo onde «a percentagem de utentes sem médico de família é a mais elevada».
A contratação de médicos da América Latina para ajudar a suprir a carência de clínicos em vários centros de Saúde do país, que o ministério já tinha identificado como estando localizados, sobretudo, nas regiões alentejanas de Beja e do Litoral Alentejano e no Algarve, era um processo que decorria há algum tempo.
No comunicado de hoje, o Ministério da Saúde revela que a Administração Central do Sistema de Saúde I.P. (ACSS) e os Serviços Médicos Cubanos concretizaram o protocolo que permite aos médicos deste país exercer no Serviço Nacional de Saúde (SNS) português «durante três anos».
«Os 44 médicos têm mais de 10 anos de experiência profissional e a sua licenciatura foi reconhecida por uma Faculdade de Medicina portuguesa», adianta o ministério.
Estes profissionais, pode ler-se ainda no comunicado, estão também «já inscritos na Ordem dos Médicos, possuindo todas as habilitações necessárias para exercer Medicina em Portugal».
O Ministério da Saúde assegura ainda que continua a prosseguir, «em vários países», o «esforço de recrutamento de médicos», no quadro de acordos de cooperação com outros Estados, «respeitando as carências que outros países também têm e de acordo com o princípio da reciprocidade».
Apesar desse mesmo «esforço», o ministério liderado por Ana Jorge lembra que, desde 2005, têm sido tomadas «várias medidas estruturais para resolver a falta médicos» do SNS, em particular de médicos de família.
O aumento de vagas no curso de Medicina, que no próximo ano lectivo (2009/2010) vão permitir admitir no primeiro ano «1.658 alunos», ou seja, «o maior número após o 25 de Abril», é uma das medidas enumeradas, tal como a criação daquela licenciatura na Universidade do Algarve, para atrair novos profissionais para o Sul do país.
O ministério destaca ainda o «aumento acentuado» dos médicos em formação para Medicina Geral e Familiar, pois este ano entraram no internato dessa especialidade «314 jovens médicos», e a entrada em funcionamento de «196» Unidades de Saúde Familiar (USF), que permitiram o acesso a médico de família por parte de «cerca de 240 mil utentes». Lusa

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Gripe A: Linha Saúde 24 tem de melhorar resposta


A ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu hoje que a Linha de Saúde 24 tem de melhorar a resposta aos utentes, alguns dos quais se queixam de demora no atendimento e no encaminhamento dos casos de gripe A (H1N1).
«É evidente que tem que haver uma maior resposta da Linha Saúde 24», que tem tido «um número de chamadas acrescido» devido à nova estirpe da gripe, afirmou Ana Jorge à margem da cerimónia de inauguração do Serviço de Urgência Básica de Sintra.
A ministra lembrou que este serviço telefónico (808 24 24 24) não é apenas de atendimento à gripe A: «É uma linha de orientação de doentes de toda a patologia e que tem desde há algum tempo uma orientação específica para a gripe».
Salientou ainda que o Ministério da Saúde tem estado a trabalhar com a empresa que gere este serviço - que é uma parceria público-privada - para melhorar a resposta.
«A Direcção-Geral da Saúde, que gere o atendimento da linha em colaboração com a empresa, tem estado a desencadear uma série de processos para responder e aliviar essas questões quer do atendimento mais rápido, quer do retorno», avançou.

Ana Jorge explicou que na fase de contenção da doença era necessário um «controlo muito maior e com várias chamadas de atendimento e de envio para a linha de saúde pública».
Numa altura em que se registam já 1397 casos em Portugal, todo esse processo, «mais complexo, vai ser simplificado», «não só com o aumento da capacidade de resposta da linha», mas também com mais postos de atendimento de apoio à gripe que permitirá o encaminhamento mais facilitado para os utentes, adiantou.
«Isto leva a uma diminuição da necessidade do tempo de atendimento de cada chamada», acrescentou a ministra, reiterando que «será de todo o interesse que as pessoas continuem a ligar para a Linha Saúde 24» para saberem qual é o centro de atendimento mais perto do local onde se encontram ou, em algumas situações, ficarem em casa.

«Há situações graves internadas em hospitais, mas nós pensamos que 95 por cento das situações vão ser simples e muitas delas podem ficar em casa quase sem necessidade de consulta médica», sustentou.
Ana Jorge acrescentou que, «neste momento, nada está fora de controlo», mas lembrou que esta gripe tem características epidémicas, o que significa que vai alastrar a grande parte da população em simultâneo.
Sublinhou também que, neste momento, ainda se fazem análises a todos os casos suspeitos, mas anunciou que em breve esse processo mudará.
«Os grupos técnicos da Direcção-Geral da Saúde estão a preparar toda uma série de alterações que serão necessárias fazer na fase em que já existam muitos doentes», frisou, sem avançar uma data para quando entrarão em vigor. Lusa


Sintra: Novo serviço de Urgência


O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Sintra foi esta manhã inaugurado pela ministra da Saúde, Ana Jorge, e representa um investimento de 700 mil euros, em equipamentos e instalações.
O SUB está localizado no terreno das instalações da antiga fábrica da Messa, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, funciona 24 horas por dia e assegura o atendimento a adultos.
A inauguração foi marcada pela opinião dividida dos utentes, entre a satisfação e as críticas. Fernando Augusto acompanhou a mulher Rosário Domingas, devido a forte dores que sentia. “Estas instalações são muito pequenas. Além disso é a terceira vez que vimos às Urgências (ao hospital) e espero que nos resolvam o problema desta vez.”
Mais satisfeita mostrou-se Maria Odília Ribeiro. “O atendimento nestas urgências evita a que tenhamos de ir para o Hospital Amadora-Sintra, onde iríamos esperar várias horas. Estou satisfeita por ter esta unidade mais perto de casa.”
O presidente da Junta de Freguesia de Mem Martins, Manuel do Cabo, elogiou o investimento do Ministério da Saúde. “Estas Urgências são extremamente importantes porque a nossa freguesia, a maior do País, com mais de 100 mil habitantes e estamos muito carenciados de estruturas de saúde.”
O autarca criticou ainda a instalação do centro de saúde num prédio de habitação de seis andares.
O SUB dispõe de médicos, enfermeiros e técnicos de radiologia em serviço permanente e destina-se ao atendimento de situações urgentes. Está equipado com rádio-X, monitor-desfibrilhador, exames clínicos de química seca e equipamento que permite pequenas cirurgias.
O concelho de Sintra é composto por vinte freguesias, com 409227 utentes inscritos nos serviços de saúde. CM

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

SNS nos Estados Unidos


President Obama has made health care his top priority. He says the cost of Medicare and Medicaid is “the biggest threat” to the nation’s fiscal future. But to the puzzlement of Congress and health care experts around the country, Mr. Obama has not named anyone to lead the agency that runs the two giant programs.


Um sistema de saúde público para os EUA tudo em:


MP analisa 80 queixas de negligência médica


O número de queixas de casos de alegada negligência médica aumentou nos últimos anos, sendo que o Ministério Público (MP) estará, actualmente, a avaliar 80 situações em que poderá ter existido um erro médico, avança a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias.
Segundo o jornal, há 16 novos casos todos os meses que chegam ao Instituto de Medicina Legal, registando um total de 202 queixas em 2008, contra 32 registadas em 2001, grande parte delas baseadas em alegados erros dos serviços de Medicina Interna, Obstetrícia e Cirurgia Geral. Lusa

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Manuel Pizarro: Mais 492 para INEM


O INEM vai abrir um concurso para admitir 492 novos técnicos de ambulância e emergência anunciou ontem o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.

Farmacêuticos: Governo deve finalizar negociação carreiras


Os farmacêuticos exigem que o Governo finalize rapidamente o processo de negociação das carreiras dos Técnicos Superiores de Saúde (TSS) e dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT), à semelhança dos restantes profissionais do Serviço Nacional de Saúde.
Num documento hoje divulgado, vários representantes destes profissionais, entre os quais a Ordem dos Farmacêuticos, defendem que o processo se finalize e que «assente em pressupostos rigorosos, válidos e bem ponderados, no interesse do Estado, dos profissionais de saúde envolvidos» e dos utentes.
O documento é assinado também pela Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e Sindicato Nacional dos Farmacêuticos. Lusa

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Enfermeiros: Sindicatos dizem que falta negociar remunerações


O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considerou hoje como «muito importante» o acordo alcançado com a tutela sobre o estatuto da carreira destes profissionais, lembrando, no entanto, que ainda há «aspectos sensíveis por negociar», como as remunerações.
O Ministério da Saúde (MS) e os sindicatos dos enfermeiros assinaram hoje, em Lisboa, os acordos que regulam o regime da carreira especial de enfermagem e os respectivos requisitos de habilitação profissional.
«Este acordo é muito importante porque foi estabelecido com todos os sindicatos do país», explicou José Carlos Martins, considerando ser «extremamente positivo» que nos próximos anos «todos os enfermeiros na área do Serviço Nacional de Saúde (SNS), independentemente do patrão e da relação de emprego, vão ter as mesmas perspectivas e percurso de desenvolvimento».Falando à agência Lusa, à margem da sessão formal da assinatura do acordo, o responsável do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) precisou que o acordo estabelecido com a tutela estrutura as carreiras em duas categorias: "a de enfermeiro e enfermeiro principal, sendo que o enfermeiro principal, além de prestar cuidados especializados, também fica com funções de assessoria de risco e outras".

José Carlos Martins disse que o acordo alcançado sobre a estrutura das carreiras, as categorias, as comissões de serviço e a manutenção de uma parte da legislação "culmina um processo de luta", mas lembra, no entanto, que ainda há "aspectos sensíveis por negociar".
"Na avaliação de desempenho, concursos e horários mantém-se a legislação em vigor até ser revista proximamente. As negociações sobre as remunerações começam já no dia 26 de Agosto", adiantou.
Questionado sobre se este acordo acaba com as divergências existentes entre a tutela e os sindicatos, o responsável lembrou que as negociações sobre os salários são "um dos pontos mais sensíveis".
"É natural que haja guerra em torno da exigência de uma remuneração justa e adequada àquilo que é o papel e a função dos enfermeiros", antecipou.

Sobre se vão ser precisas mais greves, concentrações e manifestações para que as negociações cheguem a bom porto, o responsável do sindicato foi peremptório: "Nos não o desejamos mas não hesitaremos em recorrer a greves e manifestações caso a tutela não se aproxime das nossas posições."
Por sua vez, a ministra da Saúde, Ana Jorge, explicou que com este decreto-lei o Governo pretende garantir que os "enfermeiros das instituições de saúde do SNS possam ter um percurso comum de progressão profissional e diferenciação técnica-científica", e que passe também a existir "equiparação entre os profissionais na carreira de enfermagem no sector público e empresarial".
Sobre as negociações relativas às remunerações e à avaliação de desempenho - que serão definidas em diploma próprio -, Ana Jorge garante que vai "trabalhar" no sentido de as concluir até às eleições. Lusa


OMS mantém recomendação do uso de antivirais


A Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve esta quarta-feira a recomendação do uso antivirais, como o Tamiflu ou o Relenza, no tratamento da gripe A, depois de um estudo britânico ter desaconselhado o uso destes medicamentos em crianças.
'A OMS continua a recomendar a utilização de antivirais como tratamento para as pessoas gravemente doentes ou que apresentem riscos de complicações clínicas', escreveu a OMS em comunicado.
O estudo publicado no British Medical Journal concluiu que o uso de antivirais em crianças para combater a gripe A pode ser mais prejudicial do que benéfico e que raramente ajudam a evitar complicações no caso de se tratar de uma gripe sazonal.
A OMS admitiu conhecer o estudo e sustentou que este se refere principalmente aos casos de gripe sazonal e não aos do vírus H1N1. A Organização defendeu ainda que os antivirais 'não precisam de ser administrados a indivíduos saudáveis com sintomas ligeiros de gripe', sendo mais recomendados para casos graves ou de elevado risco.
O último balanço da OMS apontou para 1462 mortes causadas pela gripe A em 170 países. CM

Desfibrilhadores: Uso do DAE por não-médicos autorizado


A partir de Setembro, espaços públicos como estádios e centros comerciais podem ter aparelhos desfibrilhadores para utilização por pessoal não-médico, de forma a socorrer mais rapidamente vítimas de paragem cardíaca.
O decreto-lei que estabelece a utilização do Desfibrilhador Automático Externo (DAE) por pessoal não-médico devidamente formado foi hoje publicado no Diário da República e entra em vigor a 01 de Setembro próximo.
Os estádios de futebol, centros comerciais e espaços de espectáculos são recintos que podem dispor deste equipamento e de equipas de técnicos para o operar, embora seja da responsabilidade de quem gere estes espaços a aquisição do equipamento.
Com estas regras, aprovadas em Conselho de Ministros a 18 de Junho, o governo pretende aumentar o uso do DAE, tendo em conta que este aparelho só é útil se usado num tempo curto, nomeadamente em caso de paragem cárdio-respiratória.

O diploma salienta que as doenças cardiovasculares representam «a principal causa de morte em Portugal», a maioria dos casos de urgência «ocorre fora dos hospitais e que a experiencia internacional permite aferir que "a utilização de DAE em ambiente extra-hospitalar por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas».
O decreto-lei permite que equipas devidamente treinadas de não-médicos possam usar o equipamento, apesar de a supervisão médica continuar a ser indispensável.
A prática de actos de DAE, no âmbito da entidade licenciada, tem de ter um responsável médico e só pode ser feita por operacionais de DAE devidamente certificados para tal.
Até agora, a utilização de DAE era feito exclusivamente por profissionais de saúde, nomeadamente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que está agora incumbido da aprovação de um Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa.

É ao INEM que cabe também a formação dos técnicos e dos utilizadores não-médicos do desfibrilhador e licenciar a utilização de desfibrilhadores, quer no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), quer em locais de acesso público. Lusa

Consumir aspirina ajuda pacientes com cancro colo-rectal


Consumir regularmente aspirina reduz o risco de morte em pacientes que sofrem de cancro colo-rectal, avançou esta terça-feira um estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association.
Já estava provado que o consumo de aspirina era eficaz na redução do adenoma colo-rectal (tumor benigno), e ajudava na prevenção do aparecimento de tumor.
A descoberta passa pelo facto de que o remédio também podia ajudar na sobrevivência de pacientes que sofrem deste tipo de cancro, segundo a Folha Online.
Outros estudos provaram que a aspirina, além de ser um analgésico, apresenta ingredientes (como ácido acetilsalicílico) que tem propriedades anti-inflamatórias e anticoagulantes.
Andrew Chan, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, realizou estudos sobre a relação entre a aspirina e a sobrevivência de 1.729 pessoas com cancro colo-rectal não metastático.
O relatório apontou que o consumo regular de aspirina está associado a uma «grande redução» do risco de morte por cancro colo-rectal. O risco foi 29% menor nos doentes que consumiram o analgésico.

«Estes resultados sugerem que a aspirina pode influenciar a biologia dos tumores colo-rectais, além de prevenir a sua aparição», referiu Chan. Todavia, diz o cientista, é necessário realizar estudos mais aprofundados sobre o efeito da aspirina, incluindo provas com placebos. Lusa


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pentear favorece a perda de cabelo


O uso demasiado frequente do pente favorece a perda de cabelo em vez de reforçar o coro cabeludo, segundo um estudo de um dermatologista israelita hoje publicado na imprensa.
Durante um teste, 14 mulheres contaram diariamente, durante várias semanas, o número de cabelos arrancados pelo pente. No final, concluiu-se que quanto mais se penteavam, mais cabelos perdiam.
«As mulheres que se penteiam duas vezes por dia perdem três vezes mais cabelos do que se o fizessem apenas uma vez», disse ao jornal Haaretz o autor da investigação, Alexandre Kirdman, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Lusa

domingo, 9 de agosto de 2009

IGAS já identificou arguidos no caso dos cegos de Santa Maria


A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) já entregou ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) um relatório com documentos e provas que permitem identificar os responsáveis pelos casos de cegueira no Hospital de Santa Maria e que, segundo a IGAS, deverão ser constituídos arguidos, avança este domingo o Diário de Notícias.
O jornal assinala que o relatório conclui que os procedimentos clínicos exigidos não foram aplicados.
Em causa estão seis doentes que perderam a visão após receberem injecções nos olhos, no âmbito de intervenções oftalmológicas no Santa Maria.
Cinco dos seis doentes continuam internados e ainda não recuperaram a visão. LUSA

Governo quer resolver falta de médicos no Alentejo


O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, admitiu esta sexta-feira que há falta de médicos de família no Alentejo, mas destacou que o Governo está a apostar na formação de novos profissionais e em “medidas transitórias” que resolvam “rapidamente” esse problema.
“Precisamos de mais alguns médicos de família e tomámos todas as medidas necessárias” para os formar, afirmou Pizarro, sublinhando que o Litoral Alentejano é o que tem a “situação mais preocupante”.
O secretário de Estado garante que enquanto os novos médicos não concluem a formação, serão adoptadas “algumas medidas transitórias”, e acrescentou que o Governo está a fazer “tudo o que é necessário” para que “todos os portugueses tenham médico de família”. CM

90 mil doentes em Portugal com demência


Em Portugal, 153 mil pessoas sofrem de demência, das quais 90 mil têm um diagnóstico de Alzheimer.
De acordo com um estudo de-senvolvido pelo Eurocode (Colaboração Europeia sobre a Demência), a idade continua a ser o principal factor de risco para a demência. 'O facto de haver um aumento do número de idosos com Alzheimer tem a ver com a evolução natural da funcionalidade da biologia', referiu o neurologista Fernando Morgado.
A previsão de que o número de doentes de Alzheimer irá duplicar até 2040 exige a equação de novos desafios, tal como defende António Oliveira Costa, director da Alzheimer Portugal. 'Em termos do Alzheimer está tudo por fazer. Não há um curso ou uma cadeira de geriatria'.
Por outro lado, é necessário criar meios para que o diagnóstico da doença possa ser feito de forma precoce, de modo a evitar prejuízos irreparáveis no paciente. 'Os clínicos gerais são quem estão mais perto da população e melhor podem identificar as alterações na pessoa e encaminhá-la para um especialista. Em Portugal, isso não acontece porque não há médicos suficientes nem meios', denunciou o responsável da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer.
Assim, afigura-se urgente a criação de um plano nacional para o Alzheimer, já que, em Portugal, esta doença não é reconhecida como crónica, ao contrário de outras demências como o Parkinson.
O facto de a medicação para o Alzheimer estar abrangida pelo escalão C, com apenas 37 por cento de comparticipação, face aos 95 por cento atribuídos à demência de Parkinson, leva a que muitas famílias portuguesas tenham de optar constantemente entre a sua sobrevivência ou uma melhor qualidade de vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tabela salarial dos Enfermeiros


Esta é a tabela actual (2008) aguardamos com espectativa a nova tabela que irá ser aprovada, já que a carreira já o foi...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ministério da Saúde aponta erros ao relatório do Tribunal de Contas

O Ministério da Saúde admitiu, esta terça-feira, que a base de dados dos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está desactualizada, mas considerou que o Tribunal de Contas tinha a obrigação de reparar nisso antes de concluir que em dois anos e meio aumentou o número de portugueses sem médico de família.
O Tribunal de Contas divulgou, na segunda-feira, um relatório, segundo o qual o número de pessoas sem médico cresceu 27 por cento entre Junho de 2006 e Dezembro de 2008. No documento, a instituição recomendou um maior esforço para resolver o problema da falta de médicos de família.
O Ministério tutelado por Ana Jorge contestou as conclusões do relatório, mas admitiu que os dados fornecidos pelas administrações regionais de Saúde estavam desactualizados.
«A falha está na base de dados dos utentes que não permite com absoluto rigor conhecer qual é o número de utentes», disse o secretário de Estado Adjunto da Saúde.
No entanto, Manuel Pizarro defendeu que o Tribunal de Contas tinha a obrigação de ter reparado que a soma do número de utentes era superior à própria população portuguesa.
Contactado pela TSF, o Tribunal de Contas limitou-se a dizer que o Ministério da Saúde não exerceu o direito de resposta quando lhe foram remetidas as conclusões do relatório. TSF

Linha ajuda Médicos do Mundo


Os Médicos do Mundo criaram uma linha telefónica de valor acrescentado para apoiar a aquisição de mais uma unidade móvel para o projecto Noite Saudável, que garante à população de rua o acesso aos cuidados básicos de saúde. A linha telefónica – 760 50 10 50– dará aos Médicos do Mundo uma parte do valor da chamada e será usada durante um ano.
A única unidade móvel disponível para o projecto Noite Saudável garante actualmente "o acesso aos cuidados básicos de saúde a cerca de 1881 pessoas por ano, em Lisboa, em horário nocturno". Os Médicos do Mundo dizem ser necessário "reforçar a qualidade do atendimento".
Lusa

27 novos casos num único dia, Tamiflu só em alguns casos


A maioria dos doentes infectados com o vírus H1N1 não necessita de tomar medicamentos como o Tamiflu, garantiu um especialista. Fernando Maltez, responsável pelo serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, considerou que "os doentes que clinicamente estejam bem e não inspirem cuidados, ou que não tenham outras patologias que façam deles doentes de risco", não necessitam de tomar o antiviral contra a gripe A. O especialista explicou que os medicamentos especificamente indicados para a gripe A devem ser tomados pelos grupos, em que se incluem "grávidas, pessoas com uma doença metabólica concomitante e doentes imunodeprimidos".
Ontem, foram confirmados mais 27 novos casos de gripe A no País, representando o dia em que se registaram mais casos. Em Portugal, já se registaram 369 casos de H1N1 desde o início de Maio.
O Hospital de S. João, no Porto, criou um novo espaço de atendimento para doentes com gripe no Serviço de Urgência. O novo serviço pretende "diminuir a infecção hospitalar nesta situação nova e exigente para todo o sistema de Saúde", explicou fonte hospitalar.
Nas Caldas da Rainha, o Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde foi isolado durante o dia ontem, depois de ter sido detectado um caso suspeito de gripe A.
De acordo com os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, já morreram 1154 pessoas devido à gripe A. CM

Liga de Clubes recorre a plano com privados (HPP)


A Liga Portuguesa de Futebol Profissional assinou um protocolo com os Hospitais Privados de Portugal (HPP) para a elaboração de um plano de contingência da gripe A, destinado a funcionários da Liga, árbitros e clubes. O anúncio do protocolo foi divulgado no mesmo dia em que o Ministério da Saúde cancelou uma reunião com o presidente da Liga, Hermínio Loureiro.
O secretário de Estado adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, viria contudo, durante a tarde, a reunir com as federações e outros agentes desportivos, acompanhado pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e pelo director-geral da Saúde, Francisco George.
No final da reunião, Francisco Ramos afirmou que "não pode ser afastada a hipótese de os diversos campeonatos desportivos" serem interrompidos no futuro, mas salientou que esta é uma realidade que "não se coloca neste momento".
Hermínio Loureiro afirmou, por sua vez, que o estabelecimento da parceria com os Hospitais Privados não está relacionado com o cancelamento da reunião no Ministério da Saúde. "A Liga está há muito tempo a trabalhar e felizmente encontrámos um parceiro de inegável qualidade."
Por sua vez, Pedro Lima, administrador dos HPP, frisou que não houve um afastamento do Ministério da Saúde para ser encontrado um plano para o futebol, referindo que a articulação com a tutela é essencial. "Não passa pela cabeça de ninguém que não haja articulação com os serviços oficiais do Ministério da Saúde", esclareceu. CM

Preservativo perigoso para a saúde mental


Um trabalho científico em que foi analisada a vida sexual de 210 portugueses e agora publicado na revista científica ‘Archives of Sexual Behaviour’ defende que o preservativo usado no coito vaginal é prejudicial para a saúde. Os seus autores, Rui Miguel Costa e Stuart Brody, consideram que "no coito vaginal o preservativo é perigoso para a saúde mental". Acrescentam nas conclusões que não é o sexo desprotegido que propaga doenças como o HIV/sida ou a sífilis, mas sim o sexo anal, sexo praticado com desconhecidos infectados ou que usam seringas contaminadas para se injectar.
"Segundo um anterior trabalho de Stuart Brody, é baixíssima a propagação do HIV//sida por coito vaginal", explica ao CM Rui Miguel Costa, investigador da Universidade West of Scotland, Paisley. Neste trabalho é ainda sustentado que as pessoas que praticam sexo sem preservativo possuem em geral melhor saúde mental do que a restante população.
Fernando Ventura, infecciologista e ex-coordenador da Comissão Nacional da Luta Contra a Sida, contesta a conclusão do trabalho referente à distinção entre sexo anal e vaginal para a propagação de doenças sexualmente transmissíveis. "É pacífico entre a comunidade científica que as doenças sexualmente transmissíveis se propagam por sexo anal ou vaginal. O uso de preservativo é decisivo na não propagação dessas doenças."
Stuart Brody, colega de Rui Miguel Costa, defende que o preservativo não tem esse relevo no sexo vaginal e considera mesmo que possui um efeito negativo em termos psicológicos. "As explicações possíveis para a inferência negativa dos preservativos nos benefícios para a saúde do sexo vaginal incluem o bloqueio de agentes antidepressivos e imunológicos no sémen e nas secreções vaginais e a redução da satisfação e intimidade sexual".
As conclusões resultaram da análise da vida sexual de 111 homens e 99 mulheres da região de Lisboa, que acederam responder a diversas pergunats sob anonimato. CM

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ordem dos Enfermeiros satisfeita com internato para jovens licenciados

A Ordem dos Enfermeiros concorda com a aprovação do diploma que prevê que os jovens licenciados passem a cumprir um tempo de internato para se adaptarem à profissão. Maria Augusta Sousa diz que se trata de um mecanismo de segurança.O sindicato e a Ordem dos Enfermeiros consideram positivo que os jovens licenciados passem a cumprir um tempo de internato.Esta quinta-feira, na última sessão desta legislatura, o Parlamento aprovou por unanimidade a alteração ao Estatuto da Ordem que abre caminho para o internato que pode vir a ter a duração de um ano.A bastonária, Maria Augusta Sousa, lembra que a maior parte dos erros cometidos por um enfermeiros acontecem no primeiro ano de exercício da profissão, o que faz o internato ganhar importância. TSF

domingo, 2 de agosto de 2009

Registo electrónico controla medicação


Os médicos podem vir a controlar melhor a medicação que os doentes fazem através do registo de saúde electrónico do cidadão. As conclusões do grupo de trabalho para criação do registo estão em discussão pública até 15 de Setembro.
Segundo o Ministério da Saúde, através do registo de saúde electrónico é possível a um médico detectar situações em que o doente está a fazer uma medicação que não corresponde àquela que foi prescrita pelo clínico e despoletar um alerta caso haja incumprimento da terapêutica e resulte em prejuízo para a saúde do doente.
Na proposta em estudo é possível ao cidadão ter acesso e permissão para actualizar dados, como os de contacto, indicação da medicação, regime alimentar, exercício que está a fazer na altura e dados de monitorização. O cidadão passa a ter aceso à validação da informação submetida para o sistema central, estando disponível para outros profissionais. CM

Estudo: 50% dos que têm apneia pode sofrer hipertensão


Um estudo realizado pela Escola Paulista de Medicina indicou que a apneia do sono contribui para desenvolver nos doentes a hipertensão. Cerca de metade dos que sofrem da apneia pode vir a padecer daquele mal.
A pesquisa, que integrou 1042 residentes em São Paulo, apontou que o cenário clínico que caracteriza a doença da apneia do sono provoca a activação do sistema que causa a hipertensão.
Pelo menos 50% dos portadores de apneia do sono sofrem de hipertensão, apontou Robson Santos, coordenador do Laboratório de Hipertensão da UFMG. «Quem sofre de apneia tem um grande stress durante todo o período do sono e não consegue oxigenar bem os tecidos do organismo», disse.
«O corpo entende que está a viver uma situação de perigo, e uma série de sistemas hormonais são accionados», disse o investigador, acrescentando que a interrupção da respiração leva a uma queda na oxigenação, ao aumento do gás carbónico e ao curto despertar do sono (para retomar a respiração).

Todos estes factores reunidos contribuem para a activação do sistema simpático, que causa hipertensão, o que tem consequências gravíssimas e pode conduzir o doente com apneia a um enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou a um caso de insuficiência renal, que pode levar à hemodiálise.
A professora Sônia Togeiro, investigadora do Instituto do Sono de São Paulo, no Brasil, afirmou que, dos doentes que apresentaram caso confirmado de apneia do sono, 21,2% sofria de apneia leve e 16,7 apresentava graus moderados e intensos.
A pesquisa será apresentada pela primeira vez durante o 17º encontro anual da sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), em Agosto, em Belo Horizonte, avança o UOL.

pesquisa, que integrou 1042 residentes em São Paulo, apontou que o cenário clínico que caracteriza a doença da apneia do sono provoca a activação do sistema que causa a hipertensão.
Pelo menos 50% dos portadores de apneia do sono sofrem de hipertensão, apontou Robson Santos, coordenador do Laboratório de Hipertensão da UFMG. «Quem sofre de apneia tem um grande stress durante todo o período do sono e não consegue oxigenar bem os tecidos do organismo», disse.
«O corpo entende que está a viver uma situação de perigo, e uma série de sistemas hormonais são accionados», disse o investigador, acrescentando que a interrupção da respiração leva a uma queda na oxigenação, ao aumento do gás carbónico e ao curto despertar do sono (para retomar a respiração).

Todos estes factores reunidos contribuem para a activação do sistema simpático, que causa hipertensão, o que tem consequências gravíssimas e pode conduzir o doente com apneia a um enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou a um caso de insuficiência renal, que pode levar à hemodiálise.
A professora Sônia Togeiro, investigadora do Instituto do Sono de São Paulo, no Brasil, afirmou que, dos doentes que apresentaram caso confirmado de apneia do sono, 21,2% sofria de apneia leve e 16,7 apresentava graus moderados e intensos.
A pesquisa será apresentada pela primeira vez durante o 17º encontro anual da sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), em Agosto, em Belo Horizonte, avança o UOL.


Regime de carreira especial de enfermagem aprovado


O regime da carreira especial de enfermagem e os respectivos requisitos da habilitação profissional foram ontem aprovados em Conselho de Ministros através de dois diplomas.
O Governo pretende que os enfermeiros das instituições do Serviço Nacional de Saúde possam ter um percurso comum de progressão profissional e de diferenciação técnico-científica, o que possibilita também a mobilidade inter-institucional.
O diploma aprovado institui "uma carreira especial de enfermagem na Administração Pública, integrando as actuais cinco categorias em duas". A entrada na carreira tem como "condição de admissão" a titulação profissional e passa a estar estruturada nas categorias de Enfermeiro e Enfermeiro Principal.
A avaliação do desempenho, lê--se no comunicado, "pressupõe a diferenciação pela qualificação e pelo mérito". CM

Mulheres têm orgasmos mais longos


O orgasmo definido como uma intensa sensação de prazer, dura, em média, dois a dez segundos no homem e mais cinco a dez segundos na mulher. A energia libertada durante o clímax é tanta que a de cinco mulheres daria para acender uma lâmpada de um volt.
O Dia Internacional do Orgasmo, assinalado ontem, constitui uma data importante para lembrar que 10% das mulheres portuguesas têm disfunções do desejo sexual. "A falta de desejo e excitação agrava-se nas mulheres à medida que a idade avança", explicou o urologista Manuel Mendes Silva, garantindo que "ainda estamos muito atrasados" em termos de terapêuticas dirigidas às mulheres.

"TÊM EXPECTATIVAS IRREAIS SOBRE O ORGASMO" (Bruno Inglês, Sexólogo sobre Dia do Orgasmo)

Correio da Manhã – Estima-se que apenas 30 por cento das mulheres portuguesas consigam atingir o orgasmo. Porquê?


Bruno Inglês – É muito difícil termos acesso a uma estimativa real, exactamente pela diferente experiência subjectiva que o orgasmo constitui. Ou seja, muitas mulheres têm orgasmos, até vários, mas não os sabem identificar, ou porque são pouco intensos ou porque têm expectativas irreais sobre o orgasmo.


Ainda existem muitos mitos sobre a sexualidade e, em particular, em relação ao orgasmo?


– Atingir sempre o orgasmo, em todas as relações sexuais, é um mito gerado em torno da sexualidade feminina, em muito para a ‘colar’ à masculina. Na verdade, não é sequer necessário atingir o orgasmo para se ter prazer durante a relação sexual.

Qual a importância para a sexualidade do Dia do Orgasmo?


– Estes "dias internacionais" têm o mérito de chamar a atenção para alguns problemas e levar as pessoas a procurar ajuda. É evidente que também é muito redutor, pois o orgasmo constitui apenas uma pequena parte da sexualidade e da resposta sexual humana. CM

Espanha multa bastonário dos médicos em 135 mil euros


O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, foi multado em 135 mil euros; o antigo presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Miguel Leão, em 120 mil euros; e o antigo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, João Silveira, em 160 mil euros. As multas foram aplicadas pela Direcção-Geral de Seguros de Espanha por terem recebido ajudas de custo para deslocações, alegadamente indevidas, enquanto desempenharam funções de conselheiros da seguradora espanhola AMA, em Madrid.
Os visados consideram a situação 'ridícula' e 'absurda' e esperam que o recurso que corre na Justiça espanhola lhes dê razão e não tenham de pagar as multas.
Além da coima, decretada pela Direcção-Geral de Seguros espanhola, os conselheiros têm de devolver os montantes recebidos como ajudas de custo, que, no caso de Pedro Nunes, são de três mil euros mensais, durante dois anos, o que totaliza 72 mil euros. Foi multado em 135 mil euros. No total, tem de pagar 207 mil euros.
Este processo envolve, além dos dois médicos e do farmacêutico portugueses, um grupo de cerca de treze espanhóis, também conselheiros da AMA, que pertencem aos mais altos cargos de instituições representativas dos médicos, farmacêuticos, enfermeiros, veterinários ou dentistas.
Apanhado de surpresa durante a cerimónia da tomada de posse do novo bastonário da Ordem dos Médicos em Cabo Verde, Pedro Nunes disse ao CM que este mesmo processo já se arrasta há dois anos em Espanha.
'Este caso é um absurdo e não tem pés nem cabeça. O processo já está em tribunal e aguardo o recurso. Acredito que nenhum tribunal vai dar razão à Direcção-Geral de Seguros', afirmou ainda ao CM.
O bastonário explica que foi convidado pela AMA a integrar o conselho de administração, indo substituir o médico Miguel Leão, que exercera as funções de 2003 a 2006 e foi seu adversário na corrida eleitoral à Ordem: 'Disseram que pagavam as ajudas de custo de três mil euros, para as duas viagens por mês, de avião, em classe executiva e o hotel. Sempre apresentei essas despesas e não recebi qualquer compensação por perder esses quatro dias por mês de consultório.'
O bastonário assegura que 'não teve benefício algum' e que 'assumiu funções para defender os interesses dos médicos portugueses'.
O resultado do recurso que corre no tribunal em Espanha pode levar sete ou oito anos. 'Se, nessa altura, quem estiver a assumir as funções de bastonário – já afirmei que não me recandidatarei ao cargo após os dois mandatos – entender que não deve ser a Ordem dos Médicos a pagar a multa mas que tenho de ser eu, então pago. Mas não sou rico e vivo do meu trabalho', sublinhou Pedro Nunes. CM