segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Vacinas chegam nas próximas 2 semanas


A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu anteontem à noite que as primeiras vacinas contra a gripe A (H1N1) deverão chegar a Portugal na primeira quinzena de Setembro. "Será uma pequena quantidade numa primeira fase e será para os grupos de risco."
A vacinação é especialmente importante uma vez que Portugal é um dos países europeus com maior incidência de infecções, com 20,9 casos por cem mil habitantes, atrás de países como o Reino Unido ou a Alemanha, por exemplo. Em Portugal estão confirmados 2244 casos de infecção desde Maio.
Ana Jorge garantiu que as vacinas serão gratuitas e não haverá necessidade de aplicar outras medidas que não os cuidados com as regras de higiene, porque, sublinhou, "vai haver ainda um período onde será possível contrair a doença e por isso é preciso estarmos atentos".
A ministra advertiu que "a vacina, nesta fase, dado que é uma pandemia, é uma reserva estratégica que só será ministrada a quem tenha sido identificado pelos centros de saúde".
Para a governante, esta gripe "não é mais perigosa do que a sazonal, que também tem complicações. No entanto, é de mais fácil contágio e abrange fundamentalmente os grupos mais jovens". Cerca de 90 a 95 por cento das pessoas terão sintomas ligeiros que não precisarão de grandes cuidados médicos".
Os obesos estão classificados como prioritários na resposta à gripe A, mas a associação que os defende receia que venham a ser discriminados no atendimento uma vez que, apesar de doentes crónicos, "na prática não são tratados como tal".
A apreensão foi manifestada pelo presidente da Associação de Obesos e Ex-Obesos de Portugal, Carlos Oliveira, que acusou as autoridades de saúde de não considerarem os obesos, nomeadamente os que sofrem de obesidade mórbida, um grupo prioritário.
Também o director clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, João Raposo, alertou para as consequências que a gripe A pode ter nestes doentes, conduzindo a descompensações, defendendo especial atenção dos profissionais de saúde. CM

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