quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Preservativo perigoso para a saúde mental


Um trabalho científico em que foi analisada a vida sexual de 210 portugueses e agora publicado na revista científica ‘Archives of Sexual Behaviour’ defende que o preservativo usado no coito vaginal é prejudicial para a saúde. Os seus autores, Rui Miguel Costa e Stuart Brody, consideram que "no coito vaginal o preservativo é perigoso para a saúde mental". Acrescentam nas conclusões que não é o sexo desprotegido que propaga doenças como o HIV/sida ou a sífilis, mas sim o sexo anal, sexo praticado com desconhecidos infectados ou que usam seringas contaminadas para se injectar.
"Segundo um anterior trabalho de Stuart Brody, é baixíssima a propagação do HIV//sida por coito vaginal", explica ao CM Rui Miguel Costa, investigador da Universidade West of Scotland, Paisley. Neste trabalho é ainda sustentado que as pessoas que praticam sexo sem preservativo possuem em geral melhor saúde mental do que a restante população.
Fernando Ventura, infecciologista e ex-coordenador da Comissão Nacional da Luta Contra a Sida, contesta a conclusão do trabalho referente à distinção entre sexo anal e vaginal para a propagação de doenças sexualmente transmissíveis. "É pacífico entre a comunidade científica que as doenças sexualmente transmissíveis se propagam por sexo anal ou vaginal. O uso de preservativo é decisivo na não propagação dessas doenças."
Stuart Brody, colega de Rui Miguel Costa, defende que o preservativo não tem esse relevo no sexo vaginal e considera mesmo que possui um efeito negativo em termos psicológicos. "As explicações possíveis para a inferência negativa dos preservativos nos benefícios para a saúde do sexo vaginal incluem o bloqueio de agentes antidepressivos e imunológicos no sémen e nas secreções vaginais e a redução da satisfação e intimidade sexual".
As conclusões resultaram da análise da vida sexual de 111 homens e 99 mulheres da região de Lisboa, que acederam responder a diversas pergunats sob anonimato. CM

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