domingo, 9 de agosto de 2009

90 mil doentes em Portugal com demência


Em Portugal, 153 mil pessoas sofrem de demência, das quais 90 mil têm um diagnóstico de Alzheimer.
De acordo com um estudo de-senvolvido pelo Eurocode (Colaboração Europeia sobre a Demência), a idade continua a ser o principal factor de risco para a demência. 'O facto de haver um aumento do número de idosos com Alzheimer tem a ver com a evolução natural da funcionalidade da biologia', referiu o neurologista Fernando Morgado.
A previsão de que o número de doentes de Alzheimer irá duplicar até 2040 exige a equação de novos desafios, tal como defende António Oliveira Costa, director da Alzheimer Portugal. 'Em termos do Alzheimer está tudo por fazer. Não há um curso ou uma cadeira de geriatria'.
Por outro lado, é necessário criar meios para que o diagnóstico da doença possa ser feito de forma precoce, de modo a evitar prejuízos irreparáveis no paciente. 'Os clínicos gerais são quem estão mais perto da população e melhor podem identificar as alterações na pessoa e encaminhá-la para um especialista. Em Portugal, isso não acontece porque não há médicos suficientes nem meios', denunciou o responsável da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer.
Assim, afigura-se urgente a criação de um plano nacional para o Alzheimer, já que, em Portugal, esta doença não é reconhecida como crónica, ao contrário de outras demências como o Parkinson.
O facto de a medicação para o Alzheimer estar abrangida pelo escalão C, com apenas 37 por cento de comparticipação, face aos 95 por cento atribuídos à demência de Parkinson, leva a que muitas famílias portuguesas tenham de optar constantemente entre a sua sobrevivência ou uma melhor qualidade de vida.

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