terça-feira, 18 de agosto de 2009

Gripe A: Linha Saúde 24 tem de melhorar resposta


A ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu hoje que a Linha de Saúde 24 tem de melhorar a resposta aos utentes, alguns dos quais se queixam de demora no atendimento e no encaminhamento dos casos de gripe A (H1N1).
«É evidente que tem que haver uma maior resposta da Linha Saúde 24», que tem tido «um número de chamadas acrescido» devido à nova estirpe da gripe, afirmou Ana Jorge à margem da cerimónia de inauguração do Serviço de Urgência Básica de Sintra.
A ministra lembrou que este serviço telefónico (808 24 24 24) não é apenas de atendimento à gripe A: «É uma linha de orientação de doentes de toda a patologia e que tem desde há algum tempo uma orientação específica para a gripe».
Salientou ainda que o Ministério da Saúde tem estado a trabalhar com a empresa que gere este serviço - que é uma parceria público-privada - para melhorar a resposta.
«A Direcção-Geral da Saúde, que gere o atendimento da linha em colaboração com a empresa, tem estado a desencadear uma série de processos para responder e aliviar essas questões quer do atendimento mais rápido, quer do retorno», avançou.

Ana Jorge explicou que na fase de contenção da doença era necessário um «controlo muito maior e com várias chamadas de atendimento e de envio para a linha de saúde pública».
Numa altura em que se registam já 1397 casos em Portugal, todo esse processo, «mais complexo, vai ser simplificado», «não só com o aumento da capacidade de resposta da linha», mas também com mais postos de atendimento de apoio à gripe que permitirá o encaminhamento mais facilitado para os utentes, adiantou.
«Isto leva a uma diminuição da necessidade do tempo de atendimento de cada chamada», acrescentou a ministra, reiterando que «será de todo o interesse que as pessoas continuem a ligar para a Linha Saúde 24» para saberem qual é o centro de atendimento mais perto do local onde se encontram ou, em algumas situações, ficarem em casa.

«Há situações graves internadas em hospitais, mas nós pensamos que 95 por cento das situações vão ser simples e muitas delas podem ficar em casa quase sem necessidade de consulta médica», sustentou.
Ana Jorge acrescentou que, «neste momento, nada está fora de controlo», mas lembrou que esta gripe tem características epidémicas, o que significa que vai alastrar a grande parte da população em simultâneo.
Sublinhou também que, neste momento, ainda se fazem análises a todos os casos suspeitos, mas anunciou que em breve esse processo mudará.
«Os grupos técnicos da Direcção-Geral da Saúde estão a preparar toda uma série de alterações que serão necessárias fazer na fase em que já existam muitos doentes», frisou, sem avançar uma data para quando entrarão em vigor. Lusa


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