sexta-feira, 8 de maio de 2009

Profissionais suspensos por agressão


Dois profissionais da saúde foram suspensos, um foi multado e outro repreendido por agredirem ou injuriarem doentes ou colegas, dentro dos hospitais e centros de saúde, em 2008, revela o relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS).
Segundo o documento, um total de 12 profissionais (entre médicos, enfermeiros e técnicos) foram alvo de penas por falta de assiduidade. Destes 12, seis receberam a pena mais grave, a demissão de funções, um foi reformado compulsivamente, dois foram suspensos, um foi multado e outro repreendido por escrito.
O desvio ou roubo de material motivou uma demissão e uma inactividade. No total, 44 profissionais foram punidos. Estas penas não incluem os processos disciplinares desencadeados pelas administrações das unidades. Em 2008, a queixa dos doentes, por negligência ou má prática clínica, deu origem a 290 peritagens médicas e pedidos de pareceres técnicos.
"PENAS SÃO MENOS DO QUE SERIA DE ESPERAR" (Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos)


Correio da Manhã – Qual o seu comentário ao Relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde que refere que 44 profissionais foram alvo de penas por situações como agressões ou furtos, em 2008?


Pedro Nunes – É um número muito limitado, tendo em conta que só médicos a trabalhar para o Estado são 30 mil e, entre todas as profissões, serão perto de cem mil pessoas. É uma percentagem de indivíduos submetidos a penas baixíssima. É mais pequena do que seria de esperar.


– Falta de assiduidade atingiu 12 profissionais sendo que destes, seis foram suspensos. Há também uma demissão por furto?


– O que representa um furto em cem mil profissionais a trabalhar 365 dias por ano. Volto a referir que são casos isolados


– Há um trabalho conjunto entre a Ordem dos Médicos e a Inspecção-Geral das Actividades da Saúde nas infracções?


– Sim, por parte da Ordem são comunicados à inspecção os ilícitos cometidos.
– Há igualmente casos de profissionais de saúde alvo de agressões e injúrias dos doentes. Uma situação poderá levar à outra?


– Infelizmente também acontece, mas não é possível estabelecer relação.

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