sexta-feira, 17 de abril de 2009

Centro aberto há um mês não funciona por falta de um médico


Depois da remodelação, que custou mais de meio milhão de euros, o centro de Procriação Medicamente Assistida (PMA) da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa, reabriu a 9 de Março, mas ainda não fez nem um tratamento. Depois de uma avaria técnica, o atraso deve-se agora à falta de um especialista.

«Falta um médico que é o mais importante já que vai ser o director do centro», disse à TSF o director da maternidade, justificando que não existem médicos da área em Portugal.
Jorge Branco adiantou que esta sexta-feira terá uma reunião com um colega espanhol, que dirigiu um centro de PMA num hospital de Valência «durante mais de 20 anos», pelo que espera ter o problema resolvido «até meados» de Maio.
Ainda assim, o director da Maternidade Dr. Alfredo da Costa mostrou acreditar que é possível recuperar o tempo perdido, já que a nova tecnologia da unidade remodelada permite diminuir os tempos de espera.
Actualmente, aquele hospital tem mais de 800 casais em listas de espera, o que constitui «um número muito elevado», tendo em conta o «ritmo de antigamente», mas «com estas novas instalações e equipas mais completas», aquilo que era feito num ano inteiro poderá agora ser concretizado em meses, frisou.
Além disso, acrescentou, existe «a possibilidade de entrarem neste projecto também centros privados», logo «vamos dar uma resposta muito superior àquela que se fazia no ano passado».
Os casais que estavam há mais tempo em lista de espera já foram chamados para a primeira formação. TSF

4 comentários:

Anónimo disse...

É urgente agir. Se em Portugal a problemática da infertilidade assume esta dimensão e faltam médicos com conhecimentos e competências na área, torna-se fundamental apostar na formação dos profissionais existentes. Mais uma vez, Portugal recorre ao exterior, quando tem o potencial no seu interior. Basta saber usá-lo, rentabilizá-lo e valorizá-lo. O dom da vida necessita de ser cultivado!

Anónimo disse...

Sem dúvida nenhuma colega. O mercado privado nesta área tem aumentado mas os profissinais médicos são os mesmo em todo o lado quer no público quer no privado levando a grande premiscuidade no que respeita a levar clientes de um lado para o outro por isso é fundamental formar mais médicos ou investigadores nesta área para que se possam dar as devidas respostas à população. É inaceitável tempos de espera tão prelongados.
Shadownight

Anónimo disse...

Corroboro com a sua ideia colega. Contudo, gostaria de colocar outra questao: para além dos médicos/investigadores não serão necessários outros profissionais de saude? que recursos estão disponiveis, a nivel do apoio psicossocial, para estes casais? Constato diariamente com esta problemática e não queira saber o quão dificil é ajudar estes casais a desenvolver estrategias de coping, que lhes permitam ser resilientes.

Anónimo disse...

Tem toda a razão colega é fundamental uma equipa "intra-disciplinar". Sem dúvida que o gesto técnico não é tudo e que o apoio é essencial pois são tratamentos dificeis que induzem a grande carga emocional. Seria fundamental desenvolver competências nesta área que tem muito ainda para dar.
Shadownight