domingo, 5 de julho de 2009


A Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN) alertou hoje para a existência de espaços com falsos nutricionistas, sugerindo a quem quer perder peso que procure locais credíveis e que, em caso de dúvida, peça o diploma aos profissionais.
«Têm surgido muitos espaços que apregoam consultas de nutrição realizadas por nutricionistas, mas onde, de facto, não são nutricionistas que as estão a realizar», denuncia Alexandra Bento, presidente da APN, destacando que a associação já tem alertado os órgãos de soberania sobre esta situação.
Alexandra Bento destacou que está para breve a criação da Ordem dos Nutricionistas - que já recebeu parecer favorável do Ministério da Saúde -, o que facilitará a identificação de quem pode ou não intitular-se como tal. «Mas, por enquanto, a população tem de se preocupar, porque há pessoas que estão a passar por nutricionistas quando de facto não o são», aconselha.
«Muitas vezes, em espaços de dietas de franchising, não é um nutricionista que lá está, mas pessoas que não têm habilitação. É uma situação terrível e um atentado à saúde pública», considera.


Esta responsável salienta que a APN tem recebido queixas sobre falsos nutricionistas, normalmente «quando as coisas dão para o torto».
«Convenhamos que esta é uma área de negócio forte e, quando há uma área de negócio forte, há sempre quem se queira aproveitar de forma indevida», sublinha.
Alexandra Bento diz que tem sido feito um trabalho com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) para que os atendimentos de nutricionismo nas farmácias sejam realizados por nutricionistas, «porque uma farmácia é um espaço de saúde, credível, e perderia muito se as consultas não fossem dadas por um nutricionista».
Na dúvida, a especialista aconselha os consumidores a informarem-se junto da APN, que representa cerca de 90 por cento dos nutricionistas, ou a pedirem o diploma aos profissionais a quem recorram. «A pessoa vai pagar uma consulta e tem o direito de ver o diploma», frisa.


A associação sugere ainda às pessoas «que procurem locais credíveis de consulta e que não embarquem em modas». Lusa

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