quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Portugal envia mais médicos e enfermeiros


Uma segunda equipa de três médicos e três enfermeiros partiu, ontem, para Cabo Verde, para substituir o primeiro grupo de sete profissionais que partiu a 7 de Novembro para apoiar o combate à epidemia de dengue – a doença já infectou perto de 17 mil pessoas. A equipa é composta por dois médicos de Medicina Interna cabo-verdianos, uma infecciologista e três enfermeiros dos Cuidados Intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Os profissionais de Saúde integram as escalas de serviço no Hospital Agostinho Neto, na Cidade da Praia, capital cabo-verdiana. Na bagagem levam ainda 35 quilos de equipamento clínico e medicamentos. A primeira equipa levou 14 embalagens de material clínico, dois monitores de funções vitais e dois ventiladores.
Fernando Regateiro, presidente do conselho de administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra, sublinha ao CM a prontidão da resposta ao pedido de ajuda: "Em apenas três horas reunimos uma equipa de profissionais."
Entretanto, a doença continua a colher vítimas em Cabo Verde. Domingo registaram-se 301 novos casos de dengue, mas nenhuma morte. No total, a dengue provocou nos últimos dois meses 16 744 casos, dos quais 149 de febre hemorrágica da dengue e seis mortes. O próprio primeiro-ministro José Maria Neves esteve uma semana de baixa, tendo ontem regressado ao trabalho.
Para a directora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Maria de Lurdes Monteiro, há "uma diminuição gradual de casos, embora seja muito lenta". A epidemiologista confessa não gostar dos números de fim-de-semana "porque podem não ser os melhores indicadores". "Ainda não percebi a razão, mas o que é certo é que ao fim-de-semana o número de novos casos é substancialmente mais baixo. Será por as pessoas preferirem ficar doentes em casa a ir ao hospital?", questiona. CM

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