A adesão dos enfermeiros à greve iniciada hoje, devido a questões relacionadas com as tabelas salariais, registou uma adesão de 50,59 por cento, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS).
Segundo os mesmos dados, do total de 4932 enfermeiros escalados para os diversos serviços e hospitais, 2495 fizeram greve, o que resulta numa percentagem de 50,59 por cento.
A greve, decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), começou às 14:00 de hoje e termina às 08:00 de quinta feira. O protesto durará na prática menos tempo do que a anterior greve, realizada em janeiro.
A anterior paralisação abrangeu três dias completos. Desta vez, no entanto, a greve começou com um turno da tarde, que “na maior parte dos centros de saúde não tem esta definição”, e acabará às 08:00 da manhã de quinta feira, o que significa que todos os enfermeiros terão de ir trabalhar nesse dia, explicou Guadalupe Simões, do SEP.
A sindicalista lembrou que na origem da greve continua a estar o “sentimento de discriminação que os enfermeiros sentem por parte do Ministério da Saúde”.
Segundo Guadalupe Simões, a tutela “relega os enfermeiros para licenciados de segunda”, ao não serem pagos conforme a lei: “Se um nutricionista ou um advogado ou um outro profissional qualquer fosse admitido para um hospital seria por um mínimo de 1200 euros, enquanto para os enfermeiros, que já são licenciados, o Ministério da Saúde tem uma proposta de manter de 1020 euros até 2013”.
A responsável acrescentou não haver “preocupações acrescidas [para os utentes], porque na situação de uma doença súbita os enfermeiros estão a prestar serviços mínimos em todos os serviços de urgência”.
Fonte oficial do Ministério da Saúde disse à Lusa no fim de semana, que a tutela respeita o direito à greve dos enfermeiros, mas lamenta um protesto destes quando decorrem ainda negociações entre as duas partes. Lusa
terça-feira, 30 de março de 2010
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