terça-feira, 13 de julho de 2010

INEM: Salários em atraso para os médicos dos helicópteros


Os médicos dos helicópteros de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) garantem que não recebem desde Abril, quando o serviço foi alargado a todo o país e passou a contar com cinco veículos. O INEM adianta apenas que está a elaborar protocolos para remunerações e satisfação de outras necessidades destes profissionais.
De acordo com a edição desta terça-feira do Diário de Notícias, em Abril, três novos helicópteros foram colocados ao serviço do INEM, ficando estacionados em Loulé, Macedo de Cavaleiros e Santa Comba Dão, mas, desde essa altura, que «uma centena de médicos, todos sem qualquer vínculo, e que recebem uma média de 500 a 600 euros por turno de serviço, estão sem receber», tendo sido «contactados e cumprem agora as escalas em regime de prestação de serviço», adianta uma fonte.

Em causa, está uma dívida de «quase 300 mil euros, que afecta todos os médicos embarcados nos helis», que, quando questionam o serviço, «é através de coordenadores regionais, que justificam o atraso com falta de verbas», continuou a mesma fonte. «O pagamento foi assumido directamente pelo INEM, que nunca nos deu qualquer justificação para este atraso», explica, salientando que, ao contrário do que acontece com as viaturas médicas, cujo pagamento é feito pelos hospitais, neste caso, a responsabilidade é do instituto de emergência.
Esta centena de médicos também nunca recebeu fardas e desconhece se tem seguro de acidentes de trabalho. O INEM apenas esclareceu que está a estudar «a elaboração de protocolos, a firmar com as administrações regionais de saúde, para garantir as questões remuneratórias, de seguros e fardamentos dos meios aéreos», sem adiantar mais pormenores sobre os atrasos no pagamento aos médicos.

O INEM dispõe, para este ano, de um orçamento de 84,7 milhões de euros, sensivelmente mais 9,3% do que em 2009, para garantir o funcionamento de 1.300 profissionais, cinco helicópteros, 61 ambulâncias e 48 viaturas médicas de reanimação. O serviço de helicópteros tem uma despesa máxima, em três anos, de 20 milhões de euros, como consta de uma portaria conjunta, dos ministérios das Finanças, Administração Pública e Saúde. Mas, em Junho, o INEM anunciou um plano de redução de custos, no qual suprimia o funcionamento de dois helicópteros de Lisboa e Porto. LUSA

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