domingo, 21 de novembro de 2010

Papa Bento XVI admite utilização do preservativo

Pela primeira vez um Papa, Bento XVI, admitiu a utilização «em certos casos» do preservativo «para reduzir os riscos de contaminação» do vírus da SIDA.
Segundo um livro de entrevistas que será publicado na terça-feira, citado pela agência de notícia France Presse, à questão «A Igreja Católica não é fundamentalmente contra a utilização de preservativos?», o líder da Igreja Católica respondeu: «Em alguns casos, quando a intenção é de reduzir o risco de contaminação, isso poderá ser um primeiro passo para preparar o caminho para uma sexualidade mais humana».


No livro intitulado «Luz do Mundo», feito com um jornalista alemão, e que aborda temas como a pedofilia, o celibato dos padres, a ordenação das mulheres e a relação com o Islão, entre outros, Bento XVI cita o exemplo do «homem prostituto» para ilustrar as suas palavras.


«Pode haver casos isolados, como quando um homem prostituto utiliza um preservativo. Isso pode ser um primeiro passo para uma moralização, o início da tomada de consciência de que nem tudo é permitido e de que não podemos fazer tudo o que queremos», afirmou o Papa. «Mas este não é o caminho para se vencer a infeção do HIV. Isso deve ocorrer na humanização da sexualidade», acrescentou.


Até agora, o Vaticano bania todas as formas de contracepção, além da abstinência, mesmo como prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

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