sábado, 27 de dezembro de 2008

Urgências do Amadora-Sintra continuam cheias

O serviço de urgências do Hospital Amadora-Sintra está cheio, com os casos mais graves a esperar mais de 12 horas para serem atendidos na sexta-feira. Para hoje, o director do serviço não arrisca previsões.
Luís Cunha admite que o hospital não seja capaz de responder com a rapidez esperada, já que, nesta manhã, já se encontravam no sistema 180 utentes por atender, quando, num «dia pesado», a média é de 60.
«Ontem, já não conseguimos atender toda a gente que cá chegou, atendemos apenas os doentes mais graves após a triagem e, mesmo assim, tivemos muita dificuldade», explicou o médico, argumentando que o problema não passa pela falta de pessoal, mas pela afluência, exagerada para as instalações, preparadas para receber um determinado número de pacientes.
«Posso ter um médico disponível e não ter um maqueiro», explica o responsável, sublinhando que, devido, especialmente, a pessoas que apresentavam problemas respiratórios, constipações e gripes, há muitos doentes a dirigirem-se ao Hospital Amadora-Sintra, o que «entope» as urgências.
Entretanto, o director-geral da Saúde, Francisco George, aconselhou as pessoas que sintam sintomas de gripe a visitarem as urgências apenas em caso de «necessidade absoluta», acrescentando que o surto epidémico deve prolongar-se, «pelo menos, ao longo dos próximos 15 dias».
Nunca em 12 anos de existência o Hospital Amadora-Sintra recebeu tantos utentes nas urgências. À semelhança do que aconteceu nas outras unidades do País, o serviço registou na sexta-feira uma procura muito acima da média. Em 24 horas, teve 594 entradas de doentes, quando o normal ronda as 300.

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