
Algumas dezenas de enfermeiros que trabalham nos quatro Centros de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) não aceitam a proposta apresentada, no final de Maio, pela direcção da instituição para continuarem a exercer as mesmas funções mas recebendo quase metade do valor que lhes é pago por hora.
A maioria dos profissionais diz não concordar com a proposta e admite sair se não for feita uma contraproposta. A instituição alega ao CM que ainda não foi feita nenhuma proposta.
Ao que o CM apurou junto de algumas fontes, a intenção do INEM afecta dezenas de enfermeiros de acompanhamento e a maioria admite sair.
Estes enfermeiros de acompanhamento não pertencem aos quadros, sendo pagos como prestadores de serviços (recibo verde), e asseguram turnos de 24 horas.
Os enfermeiros de acompanhamento têm formação em suporte avançado de vida e de Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).
Compete a estes profissionais atender os meios de socorro que estão no terreno e validar os protocolos de actuação, ou seja, perante dúvidas dos tripulantes das ambulâncias no socorro, são estes enfermeiros que dão as indicações clínicas e terapêuticas para administrar à vítima ou ao doente. Não atendem o público através da linha de emergência nacional, 112.
"A direcção do INEM propôs--nos colectar numa empresa de trabalho e receberíamos quase metade do valor que nos pagam agora. Claro que não aceitamos", dizem as fontes.
Acusam a direcção de "má gestão" ao querer colocar nos lugares vagos os enfermeiros das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), "com menos formação na emergência pré-hospitalar e a receber em horas extras". "Querem reduzir despesa mas vão pagar muito mais", consideram.
A maioria dos profissionais diz não concordar com a proposta e admite sair se não for feita uma contraproposta. A instituição alega ao CM que ainda não foi feita nenhuma proposta.
Ao que o CM apurou junto de algumas fontes, a intenção do INEM afecta dezenas de enfermeiros de acompanhamento e a maioria admite sair.
Estes enfermeiros de acompanhamento não pertencem aos quadros, sendo pagos como prestadores de serviços (recibo verde), e asseguram turnos de 24 horas.
Os enfermeiros de acompanhamento têm formação em suporte avançado de vida e de Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).
Compete a estes profissionais atender os meios de socorro que estão no terreno e validar os protocolos de actuação, ou seja, perante dúvidas dos tripulantes das ambulâncias no socorro, são estes enfermeiros que dão as indicações clínicas e terapêuticas para administrar à vítima ou ao doente. Não atendem o público através da linha de emergência nacional, 112.
"A direcção do INEM propôs--nos colectar numa empresa de trabalho e receberíamos quase metade do valor que nos pagam agora. Claro que não aceitamos", dizem as fontes.
Acusam a direcção de "má gestão" ao querer colocar nos lugares vagos os enfermeiros das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), "com menos formação na emergência pré-hospitalar e a receber em horas extras". "Querem reduzir despesa mas vão pagar muito mais", consideram.
PÔR COBRO ÀS HORAS EXTRAS QUE SÃO ILEGAIS
A direcção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tomou a decisão, em Fevereiro, de reduzir os custos com o pessoal, determinando a redução do pagamento das horas extras. No documento a que o CM teve acesso, a direcção assume, inclusive, ter conhecimento de procedimentos "incorrectos, quando não ilegais", assumindo ser necessário pôr-lhes termo. Referia--se ao pagamento de horas extras aos delegados regionais que, por lei, enquanto dirigentes e/ou responsáveis pelas delegações regionais, não têm direito a auferir qualquer remuneração por horas extraordinárias. O INEM reconheceu que a maior "escalada de horas extras era a que se verificava no grupo profissional dos médicos". A direcção admitiu esse pagamento apenas em casos de acréscimo de trabalho e a não justificação de admissões.
A direcção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tomou a decisão, em Fevereiro, de reduzir os custos com o pessoal, determinando a redução do pagamento das horas extras. No documento a que o CM teve acesso, a direcção assume, inclusive, ter conhecimento de procedimentos "incorrectos, quando não ilegais", assumindo ser necessário pôr-lhes termo. Referia--se ao pagamento de horas extras aos delegados regionais que, por lei, enquanto dirigentes e/ou responsáveis pelas delegações regionais, não têm direito a auferir qualquer remuneração por horas extraordinárias. O INEM reconheceu que a maior "escalada de horas extras era a que se verificava no grupo profissional dos médicos". A direcção admitiu esse pagamento apenas em casos de acréscimo de trabalho e a não justificação de admissões.
FALHAS NO CODU JÁ FORAM TODAS ULTRAPASSADAS
O Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa e Vale do Tejo foi alvo de acusações de falhas no atendimento, que motivou a realização de uma auditoria e a ida do presidente da instituição, Abílio Gomes, ao Parlamento. Entretanto, o Ministério da Saúde garantiu ao CM que os problemas foram ultrapassados. A solução passou, segundo a tutela, por aumentar os recursos humanos, melhorar as condições de trabalho e a implementação de um sistema de auditoria. Em Janeiro, o CODU atendeu em média 1718 chamadas por dia e foram desligadas na origem, em média, 97 chamadas. CM
O Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa e Vale do Tejo foi alvo de acusações de falhas no atendimento, que motivou a realização de uma auditoria e a ida do presidente da instituição, Abílio Gomes, ao Parlamento. Entretanto, o Ministério da Saúde garantiu ao CM que os problemas foram ultrapassados. A solução passou, segundo a tutela, por aumentar os recursos humanos, melhorar as condições de trabalho e a implementação de um sistema de auditoria. Em Janeiro, o CODU atendeu em média 1718 chamadas por dia e foram desligadas na origem, em média, 97 chamadas. CM
Sem comentários:
Enviar um comentário