segunda-feira, 22 de junho de 2009

Poucas mulheres recorrem a aborto ilegal


A Associação para o Planeamento de Família entende que são agora poucas as mulheres que recorrem ao aborto clandestino. Elisabete Souto, da linha de aconselhamento da associação, diz no entanto que há muitas mulheres que desconhecem o conteúdo da actual lei.


A Associação para o Planeamento da Família acredita que serão poucas as mulheres que estão a recorrer ao aborto ilegal, isto numa altura em que passaram dois anos sobre a regulamentação da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez.
A responsável pela linha de aconselhamento desta associação explicou que tem vindo a baixar o número de mulheres que desconhece que pode fazer um aborto através do Serviço Nacional de Saúde, um número que agora é «residual».
«De vez em quando, temos uma chamada em que as mulheres, muitas vezes por desconhecimento ou porque residem em determinado meio em que têm dificuldade de se deslocar a um serviço de saúde, querem saber como podem resolver a sua situação com recurso à automedicação», explicou Elisabete Souto.
Em declarações à TSF, esta responsável constatou, contudo, que ainda muitas mulheres que desconhecem o conteúdo desta lei que foi regulamentada há dois anos, apesar da mediatização do referendo.
«Desconhecem exactamente de que forma é que poderão utilizar o seu pedido e onde se devem dirigir: se se devem dirigir-se a uma urgência hospitalar para falar com o seu médico assistente», explicou.
Elisabete Souto referiu ainda que algumas mulheres questionam-se sobre se, por viverem numa área em que existe um hospital objector, terão os mesmos direitos de outras mulheres que vivem em zonas onde estes hospitais não existem.
«Pretendem saber quais são os passos a dar e como poderão fazê-lo com toda a confidencialidade que o processo exige», acrescentou a responsável desta linha da Associação para o Planeamento da Família. TSF

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