sexta-feira, 17 de julho de 2009

Revisão dos Estatutos da Ordem dos Enfermeiros


Decorrente de uma notícia divulgada hoje, 16 de Julho, pelo «Correio da Manhã» - a qual refere o possível adiamento para a próxima legislatura de várias propostas legislativas apresentadas pelo Governo e onde se confunde «carreira de Enfermagem» com a «alteração ao Estatuto», importa esclarecer o seguinte:
A alteração ao Estatuto da Ordem dos Enfermeiros continua em processo legislativo na Assembleia da República, tal como ontem, dia 15, informámos os membros, após reunião com a Comissão Parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública;
Estivemos hoje, de novo, na Assembleia da República, onde confirmámos junto dos responsáveis deste processo que serão realizadas, no dia 21 de Julho, a votação na especialidade e, no dia 23 de Julho, a votação em Plenário - conforme compromisso assumido em audiência e expresso na nossa nota de ontem;
Sabemos que existem tentativas de contra-informação no sentido de procurar confundir e travar o processo. Continuaremos a intervir para que os compromissos assumidos por todos os Grupos Parlamentares sejam concretizados.
Lisboa, 16 de Julho de 2009. OE

1 comentário:

Anónimo disse...

A meu ver ainda falta isto:
” AM disse…
Há uma coisa que me faz, como se diz na minha terra, «espécie», tanto mais que me parece evidente e ninguém fala dela.
E é a questão do 4º poder, daquele que serve de portal público para os outros 3 poderes reconhecidos num Estado baseado no Direito.

As reivindicações dos enfermeiros são, no seu cerne, justas. Uma carreira condigna, de alto grau de complexidade, que não deve ser, evidentemente, sub-remunerada, em particular fazendo-se o contraponto com outras carreiras especiais da Função Pública.

Acham admissível que os enfermeiros tenham feito uma das maiores manifestações de sempre da Administração Pública e as cadeias televisivas a tenham, na prática, ignorado? Nesse dia, no último jornal da SIC houve de facto uma referência à manifestação, na rubrica «imagens do dia», mas o jornalista, por lapsus linguae presumo eu, referiu-se a ela como uma grande manifestação de professores (leram bem). E isto depois de meia hora de Lopes da Mota e cães de 3 patas (ou coisa que o valesse) …

E agora, a entrega de uma das maiores petições nesta República mereceu o quê? Viram bem: uma nota de rodapé no telejornal da RTP… (E depois de aparecer o Mário Nogueira a queixar-se do método de avaliação dos professores…)

Alguma coisa vai mal. Se tenho lido muitos comentários de enfermeiros neste blog que se sentem desinformados, ainda mais grave que isso é a desinformação geral da opinião pública.

Sem que os cidadãos deste país saibam por que os enfermeiros lutam, sem eles saberem que um enfermeiro não ganha como licenciado, sem saberem aos anos que se aguarda a revisão da carreira de enfermagem, não se vai a lado nenhum. É ESSENCIAL a simpatia pública numa causa destas, e esta não se pode obter sem as pessoas conhecerem os motivos com os quais simpatizarem.

É que a isto há ainda que adicionar os «serviços mínimos»: uma greve nunca será total como em outras profissões públicas. E isto, em vez de aumentar a consideração de quem negoceia do lado do MS, serve como plataforma de apoio, de garantia, de «nós-ainda-podemos-ir-mais-longe-que-mais-longe-eles-não-podem-ir».

E isto torna apenas mais importante a informação, para que alguém atendido em serviço mínimo saiba que o foi por esse motivo, pela vossa profissão ser tão importante que tem um mínimo legalmente exigível, e que, se está a ser atendido não é pela «causa» não ser importante, é pelo doente agudo/grave ser, naquele momento, mais.

Mas é preciso que o Povo saiba a «causa». É preciso informar, é preciso inundar as redacções, é preciso fazer comunicados, distribuir panfletos, chamar os repórteres, fazer blogs, petições e tudo o mais.
Este foi um passo na direcção certa. Mas vai chegar a quem tem que ouvir? Vai chegar a quem manda (pelo voto) em quem manda? Ou só a quem manda e que nesta altura só parece mandar dar uma volta?”