segunda-feira, 28 de setembro de 2009

462 milhões para seguros de saúde


Os portugueses gastaram perto de 462 milhões de euros em seguros de saúde, em 2008. São já mais de dois milhões de pessoas com seguros de saúde, 48 por cento dos quais seguros individuais. Um segmento, dos únicos do sector, a crescer já este ano mais de 2 por cento, contabilizou no primeiro semestre a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
Os prémios pagos pelos portugueses, que optam por esta protecção adicional na doença, o ano passado permitem cobrir actualmente cerca de 18,3 por cento da população, de acordo com um estudo sobre a Evolução do Seguro de Saúde em Portugal.
As empresas seguradoras, por seu turno, despenderam cerca de 365 milhões de euros com os seguros de saúde, em 2008. Segundo o estudo, a produção do seguro de saúde cresceu, em média, cerca de 11 por cento entre 2001 e 2008.
A evolução mostra também que a maioria das pessoas continua coberta por seguros de grupo, embora 48 por cento do total já correspondam a apólices individuais.
Por outro lado, esta análise conclui que o peso do sistema convencionado (que passa pelo cliente recorrer a médicos e clínicas com os quais a empresa seguradora tem acordos) tem vindo a ganhar face ao reembolso (em que o cliente paga os serviços e depois é reembolsado).
Nos primeiros seis meses do ano este segmento cresceu 2,8 por cento, atingindo os 284 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores.

GRIPE A
A polémica instalou-se mas o sector segurador continuou a garantir que as apólices não cobrem pandemias. 20 empresas seguradoras comercializavam, em 2008, produtos de saúde.
30% a Administração Fiscal permite abater 30% dos custos com prémio deste tipo de seguro.
284 milhões foi o valor subscrito em seguros de Saúde no primeiro semestre deste ano.
LISTAS DE ESPERA
As listas de espera para cirurgia no Serviço Nacional de Saúde somavam, em 2008, cerca de dois milhões de pacientes.

DÚVIDAS NOS VITALÍCIOS
O sector segurador tem muitas dúvidas quanto à proposta do Instituto de Seguros de Portugal (ISP) de criação de um seguro vitalício. 'Como se poderá saber o que acontece dentro de 50 ou 100 anos' ou 'como se poderá calcular um prémio num espaço temporal tão alargado', são duas das questões levantadas, recentemente, pelo presidente da Associação Portuguesa de Seguradores.
O ISP, no entanto, está a trabalhar no enquadramento legal que visa garantir aos consumidores um conjunto mínimo de coberturas e apólices que não sejam limitadas pela idade, isto é, seguros de saúde vitalícios. Ou seja, que prevejam cuidados de saúde e meios de tratamento em caso de doenças graves, nomeadamente a neoplastia, enfarte cardíaco e acidentes cerebrovasculares.

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