quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Genéricos representam um sexto dos medicamentos vendidos


Uma em cada seis embalagens de medicamentos vendidos em Portugal já é de genéricos, afirmou terça-feira à noite, no Porto, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde à margem de um debate sobre «Política do medicamento».
Manuel Pizarro acrescentou que «há seis meses era apenas uma em cada sete embalagens», concluindo assim que a evolução registada mostra que «os portugueses, confiam cada vez mais nos genéricos».
«A quota dos genéricos em termos de embalagens está em 17,4 por cento e em valor encontra-se nos 18,6 por cento» dos medicamentos vendidos em Portugal.Mas nem tudo corre bem neste domínio, segundo Vasco Maria, presidente do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), que também participou no debate, organizado pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. Vasco Maria condenou a proliferação de «medicamentos genéricos à volta da mesma substância activa», tendo dado como exemplo a sinvastatina, utilizada para combater problemas cardiovasculares e da qual existem várias cópias à venda. «Estranho que a tutela ainda não tenha feito nada» sobre esta questão, realçou Vasco Maria, numa altura em que Manuel Pizarro já não se encontrava na sala.

À margem deste debate, o governante falou ainda sobre as despesas com medicamentos, desmentindo que haja descontrolo. «A despesa com medicamentos cresceu 1,6 por cento acima daquilo que tínhamos previsto», disse Pizarro, explicando que a explicação para este facto reside na decisão do anterior governo de proporcionar «genéricos gratuitos para todos os pensionistas com mais de 65 anos que ganham menos do que o salário mínimo nacional».
«Isto abrange 900.000 portugueses e contribuiu, seguramente muito, para o crescimento do mercado dos genéricos e também para que gastássemos um pouco mais do que o que tínhamos previsto», acrescentou. O governante garantiu que o Governo tem a «despesa sob controlo».

Ainda sobre a política de saúde, Manuel Pizarro realçou que «a ambição do Ministério da Saúde é que em cada hospital, onde existe uma urgência a funcionar 24 horas por dia, exista também uma farmácia» de venda ao público. «Estão abertas cinco e nos próximos dois, três anos vão abrir mais», indicou. Lusa

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