segunda-feira, 23 de novembro de 2009

INEM: Vários responsáveis na Região Centro demitiram-se


Vários responsáveis do INEM na Região Centro demitiram-se nos últimos dias devido a divergências com a direcção nacional, disseram hoje à agência Lusa fontes da instituição.
«Estes responsáveis, todos com larga experiência de 'back office' e formação, apresentaram a demissão. Os meios SIV da Região Centro poderão não estar operacionais a partir de 01 de Janeiro», declarou uma das fontes, que pediu para não ser identificada.
Conctactado pela Lusa, o enfermeiro Rui Miguel, coordenador regional dos meios Suporte Imediato de Vida (SIV), confirmou alguns dos problemas que abalam a delegação regional do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).«Tenho sido informado pelos colegas da sua intenção de não continuarem após 31 de Dezembro», disse.
Cerca de 30 enfermeiros, seis dos quais com responsabilidades de coordenação em «back office» a partir de Coimbra, asseguram na região a prestação de cuidados de emergência com ambulâncias SIV.
No Centro, o INEM dispõe de bases SIV em Peniche, Pombal, Cantanhede, Tondela e Seia. Todos os coordenadores da região vão reunir-se na terça-feira, em Coimbra, para analisar a situação.

Vinte e três dos 24 enfermeiros que integram os meios SIV não têm vínculo ao INEM, estando requisitados a outros serviços do Ministério da Saúde ao abrigo de comissões de serviço por interesse público.
Há anos que a maioria destes profissionais anseia fazer parte dos quadros do Instituto, não vislumbrando agora que tal venha a acontecer até final de 2010. Neste quadro, «estão quase todos a dizer que não ficam», disse Rui Miguel, frisando que ele próprio já comunicou à hierarquia a sua indisponibilidade para continuar no INEM.
Paulo Anacleto, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), alegou, por outro lado, que «muitos dos enfermeiros» adstritos aos meios SIV «estão a ser pressionados» pelas antigas chefias a regressar aos hospitais de origem no dia 1 de Janeiro.

A Lusa tentou contactar a responsável máxima do INEM na Região Centro, mas tal não foi possível porque Regina Pimentel encontra-se de baixa médica. Por seu lado, a responsável de comunicação e imagem do INEM, Raquel Leal, desvalorizou a situação, sublinhando que a maioria dos enfermeiros em causa está requisitada no âmbito da «mobilidade interna» entre serviços do Ministério da Saúde.
«É um processo de mobilidade normal da Função Pública. Internamente não é um problema, se têm de regressar já contavam com isso», disse.
Raquel Leal adiantou, no entanto, que aqueles enfermeiros «têm agora a possibilidade de prorrogar essa mobilidade», desde que as chefias de origem estejam de acordo. Lusa

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