Os enfermeiros das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica vão paralisar a 25 de fevereiro por falta de resposta do Ministério da Saúde e do INEM à sua situação laboral, anunciou hoje o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Presente numa conferência de imprensa com o Sindicato, o presidente da Associação de Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar, José Gomes, afirmou que o projeto da SIV tem sido «deitado ao abandono» e que os enfermeiros não são em suficiente número para as ambulâncias existentes.
Cada SIV devia ser assegurada por cinco enfermeiros e há casos em que são apenas apoiadas por dois destes profissionais, alertou José Gomes, sublinhando que «está em risco o socorro pré-hospitalar».
O coordenador do SEP, José Carlos Martins, afirmou que só para o funcionamento regular das SIV faltam mais de 30 enfermeiros e que só em 2009, para assegurar todo o dispositivo, foram realizadas cerca de 60 mil horas extraordinárias.
«Perante esta situação, e devido à falta de respostas do INEM e do Ministério da Saúde, os enfermeiros decidiram realizar esta greve, que será a primeira de várias formas de luta», disse José Carlos Martins, adiantando que estes protestos poderão levar à total inoperacionalidade dos meios de emergência.
Os enfermeiros exigem um plano estratégico para a rede do pré-hospitalar e a abertura de um concurso para a estabilização dos profissionais no INEM. Lusa
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