sexta-feira, 26 de março de 2010

Enfermeiros entregam 2000 cartas no Ministério da Saúde

Uma delegação de jovens enfermeiros entregou hoje no Ministério da Saúde duas mil cartas com as suas preocupações face aos vínculos precários, à falta de profissionais nas unidades e à situação salarial no início da carreira.
Os jovens defendem a admissão de mais enfermeiros, já que faltam - dizem - cerca de 20 mil para suprir as necessidades, ao mesmo tempo que há profissionais no desemprego. Quanto aos salários, os licenciados ficam com o mesmo valor dos bacharéis até 2013, segundo Pedro Frias, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
Entre as pretensões descritas nas cartas estão a «admissão de mais enfermeiros, devido à carência na maior parte dos serviços e das instituições e o fim da precariedade e da subcontratação através dos recibos verdes», como referiu aos jornalistas.
Dizem também à ministra que «os jovens estão extremamente descontentes com aquilo que é a proposta de grelha salarial e de transições que o Ministério tem apresentado aos sindicatos para negociar».
O dirigente sindical salientou, igualmente, que existem cerca de 2700 enfermeiros que acabam os contratos em julho de 2010 e o Ministério «ainda não arranjou solução» para esta situação.
Assim, estes profissionais «correm o risco de irem para o desemprego, com grave prejuízo daquilo que é o normal funcionamento das instituições de Saúde», apontou.
O SEP é uma das estruturas sindicais que convocaram uma greve de enfermeiros, que vai decorrer a 29, 30 e 31 de março e 1 de abril.
Uma dos cerca de 20 jovens presentes frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, Daniela Santos, referiu à Lusa «o receio sentido muitas vezes de serem despedidos ou sofrer algum tipo de coação por parte dos órgãos administrativos». Por isso, acabam por calar-se perante regimes de pagamento diferentes que resultam em salários 150 a 200 euros mais baixos no final do mês.
Já Ricardo Martins, que acabou o curso em julho do ano passado, foi contratado pela Linha de Saúde 24 e agora faz parte do grupo de «cerca de 380 enfermeiros que ficaram desempregados», sentindo muita dificuldade em encontrar novo emprego.
Estes enfermeiros vão participar na manifestação de hoje dos jovens trabalhadores contra a precariedade laboral e o desemprego, numa iniciativa da CGTP. Lusa

1 comentário:

Anónimo disse...

ENTRE O SEP E A ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HOSPITALIZAÇÃO PRIVADA ASSINADO EM 08-01-2010 UM CONTRATO:ENFº ENTRA A GANHAR 900 EUROS DURANTE 1 ANO E DEPOIS GANHA 1075 EUROS DURANTE 6 ANOS.VÃO AO SITE.MEDITEM.ENFERMAGEM DE 2ª?