sexta-feira, 26 de março de 2010

Portugueses terão Registo de Saúde Eletrónico em 2012

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou hoje que em 2012 todos os portugueses terão um Registo de Saúde Eletrónico (RSE), que lhes permitirá "mover-se tranquilamente" no sistema de saúde, seja qual for o prestador.
"A nossa agenda é que, até 2012, todos os portugueses tenham uma versão inicial do RSE (...), que permita a um cidadão mover-se tranquilamente no sistema de saúde, qualquer que seja o prestador", afirmou o secretário de Estado em declarações aos jornalistas nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Manuel Pizarro foi o convidado especial de um seminário sobre "Fatores da mudança na informação", que se realizou hoje, integrado no congresso "Inovação e Qualidade em Saúde", a decorrer até sexta feira nos auditórios dos HUC.

De acordo com o membro do Governo, o RSE “não pode ser o repositório de toda a informação, tem de ser um instrumento fácil de utilizar pelos cidadãos e pelos profissionais, quando, por exemplo, uma pessoa vai a uma urgência num hospital”.

O objectivo é criar “um sistema que esteja centrado no cidadão e que permita transitar sem dificuldade nos vários hospitais, públicos e privados”, adiantou.

Manuel Pizarro adiantou que o Registo de Saúde Eletrónico terá uma definição de áreas consideradas essenciais - os diagnósticos activos, a medicação que os utentes estão a fazer, as alergias - encontrando-se em estudo a inclusão de outros dados.

Permitirá, “a médio prazo, não só viajar tranquilamente" por Portugal, mas também no conjunto da Europa, disse ainda o secretário de Estado.

Ao fazer o balanço do programa Eagenda, que permite a marcação eletrónica de consultas nos centros de saúde, Manuel Pizarro afirmou que os resultados ultrapassaram as suas expetativas.

“Os resultados têm ultrapassado em muito a minha melhor expectativa. O facto de ao fim de três meses de generalização no plano nacional deste sistema ter havido mais de 60 mil consultas marcadas pelo Eagenda revela uma mudança essencial na vida do país”, sustentou.

O que é importante aqui é que estas 60 mil pessoas não precisaram de ir para nenhum sistema complexo de marcação da consulta, acederam pela Internet ao sistema e marcaram consulta no centro de saúde para o seu médico de família. Mesmo que existam alguns problemas, que existirão de certeza, acho que a dimensão da generalização do programa é de tal modo importante que deve ser realçada”, frisou.

Questionado sobre o começo do programa de transplantes pulmonares nos HUC, Manuel Pizarro reiterou que a sua expectativa é que tal deverá acontecer “nas próximas semanas”.

O congresso é uma iniciativa da APEGSAUDE - Associação Portuguesa de Engenharia e Gestão da Saúde. Lusa

Sem comentários: