segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ana Jorge descarta cortes orçamentais nos tratamentos


A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu hoje que não vão existir cortes orçamentais nos tratamentos, tendo apenas sido decidido manter o aumento de 2,8 por cento nos gastos com medicamentos, e assegurou que os doentes não serão prejudicados.
Interrogada se os tratamentos dos doentes oncológicos não serão prejudicados na sequência dos cortes orçamentais previstos, Ana Jorge negou terem existido quaisquer cortes orçamentais, adiantando que apenas foi definido que “para o aumento dos gastos com os medicamentos na farmácia hospitalar que se tinham de manter os 2,8 por cento”.

“Não houve cortes orçamentais”, afirmou a ministra da Saúde, que falava aos jornalistas no final de uma visita do Presidente da República aos Centros de Transplantação do Hospital Curry Cabral e do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.

“Posso garantir que os doentes não são prejudicados, foi isso que nós garantimos”, acrescentou, lembrando que “as terapêuticas mais caras nem sempre são as melhores” e que as opções que os especialistas tomam são sempre no sentido de garantir que os doentes têm “os tratamentos que são necessários dentro aquilo que é a boa prática clínica”.
Questionada também sobre a situação dos seis mil profissionais de saúde que estão neste momento com contrato a termo, na sua maioria enfermeiros, Ana Jorge disse que “no decreto de execução orçamental foi criada uma situação que permite que estes contratos que terminavam em julho sejam prolongados enquanto duram os concursos que estão a ser realizados”.

Quando os concursos terminarem, acrescentou, e tendo em conta que os contratos apenas são para quatro mil profissionais, terão de ser encontradas “outras formas para resolver no futuro”.

Relativamente às reivindicações deixadas pelo diretor do serviço de Cirurgia e Transplantação do Curry Cabral, Eduardo Barroso, para a necessidade de mais espaço para a unidade, Ana Jorge disse que terá de ser o próprio hospital a encontrar “sinergias” para criar condições logísticas, já que é neste momento uma Entidade Pública Empresarial (EPE).
Relativamente à possibilidade de no futuro existirem equipas médicas dedicadas em exclusividade à prática de transplantes, a ministra da Saúde não exclui a hipótese, mas ressalvou que isso implicará “uma reorganização do modelo de funcionamento hospitalar”.

Quanto à localização do novo edifício do IPO, Ana Jorge disse não existir ainda nenhuma decisão tomada, escusando-se a revelar se tem algum local preferido. Lusa

Sem comentários: