quarta-feira, 23 de junho de 2010

Doença de Crohn tem novo tratamento revolucionário


Os pacientes com Doença de Crohn têm motivos para sorrir, depois de ter sido publicado um estudo que está a revolucionar a abordagem terapêutica à condição.
De acordo com o estudo, publicado no The New England Journal of Medicine, a terapêutica biológica Infliximab apresenta «uma eficácia ímpar» e «os doentes tratados com este medicamento atingem muito mais cedo a remissão clínica – ausência de sinais e sintomas – e a cicatrização completa da mucosa intestinal».
Actualmente, não há cura para a Doença de Crohn, uma condição que afecta pelo menos sete mil portugueses e tem como sintomas dor abdominal, diarreia, hemorragia rectal, perda de peso e febre.
«Embora os primeiros sinais costumam aparecer entre os 20 e os 30 anos, cerca de 12% dos doentes são diagnosticados antes dos 16 anos. Pode levar a hospitalização frequente, cirurgia e perda de produtividade», segundo o divulgado em comunicado.

O gastrenterologista Fernando Magro aponta que «os resultados deste estudo estão a mudar a forma como a comunidade médica encara o tratamento da Doença de Crohn. O fármaco apresenta uma eficácia terapêutica comparativa muito positiva e diminui substancialmente as manifestações clínicas da doença. Concluindo, os doentes recuperam a qualidade de vida e podem levar um dia-a-dia normal, como se não sofressem do problema.
Realizado nos EUA, Europa e Israel, o estudo incluiu 508 doentes e comparou a eficácia, segurança e tolerabilidade do fármaco biológico Infliximab com a Azatioprina (AZA), medicamentos do grupo dos imunossupressores.
Na 26ª semana do estudo, «57% dos doentes tratados com Infliximab apresentavam remissão clínica», comparativamente com 30% dos que receberam AZA. LUSA

Sem comentários: