terça-feira, 27 de julho de 2010

Enfermeiros e sindicatos debatem Emergência Pré-hospitalar

Ordem dos Enfermeiros (OE), sindicatos e associações reúnem-se hoje, em Lisboa, num clima de «preocupação», para discutir o Plano Estratégico para a Emergência Pré-hospitalar, recentemente aprovado pelo Governo.
Em declarações à agência Lusa, a bastonária da OE, Maria Augusta Sousa, referiu que a Ordem tem «acompanhado todo este processo com preocupações acrescidas», já que as situações resultantes do plano são «altamente preocupantes».
O plano prevê maior formação dos técnicos de ambulância de emergência e dos técnicos operadores de telecomunicações de emergência, mas a OE discorda, alegando «o estreitamento do campo de ação dos enfermeiros».
A bastonária defende que o Plano de Emergência Pré-hospitalar deve ser uma garantia de qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos, dizendo aguardar que o Ministério da Saúde forneça mais «informações» sobre as medidas.
Maria Agusta Sousa disse que a «preocupação comum» da OE, sindicatos e associações é a «segurança e qualidade dos cuidados que se prestam aos cidadãos», considerando que a «insegurança criada» na emergência pré-hospitalar resulta de razões financeiras que são «inaceitáveis».
O Ministério da Saúde (MS) aprovou o Plano Estratégico dos Recursos Humanos de Emergência Pré-hospitalar, que recebeu 83 contributos e mereceu a desaprovação da OE durante a discussão pública realizada em maio.
Segundo o relatório do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), publicado no Portal da Saúde, a OE discorda, de forma global, do plano por considerar que a definição do perfil funcional dos profissionais de enfermagem é feita com «o estreitamento do campo de ação dos enfermeiros».
O INEM assegura que «não é essa a intenção do documento», afirmando que foram introduzidas várias alterações, que se procuram aproximar das propostas da OE.
O plano cria uma nova carreira profissional, de técnico de emergência pré hospitalar (TEPH), que terá uma componente formativa «mais exigente».
A OE manifesta «frontal oposição à criação de um grupo técnico para atuar na área de emergência», embora reafirme «a importância de melhorar a formação dos atuais técnicos de ambulância de emergência, tripulante de ambulância de socorro e técnico operador de telecomunicações de emergência».
Para o INEM, o único caminho possível, além do aumento dos meios de suporte imediato de vida (SIV), é o alargamento da formação dos novos técnicos de emergência pré hospitalar.

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