O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) declinou hoje que a culpa no desperdício e no mau uso na prescrição dos medicamentos seja dos médicos e apontou culpas ao próprio sistema que diz ser propício ao desperdício.
Hoje, à margem da comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, a ministra da Saúde, Ana Jorge, reiterou que há desperdício e mau uso na prescrição de medicamentos.
Contactado pela Agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, ressalvou não ter ouvido as declarações de Ana Jorge, mas admitiu que "em algumas ocasiões se possam prescrever medicamentos que doutra forma poderiam não ser usados", não acreditando, no entanto, que a responsabilidade seja só dos médicos.
"O próprio sistema estimula o uso deste tipo de medicamentos. Um sistema em que os doentes vão buscar terapêuticas crónicas aos centros de saúde e são os médicos a receitar, porque eles não conseguem ter consulta no seu médico habitual, é muito estimulante do gasto excessivo dos medicamentos", defendeu Pedro Nunes.
No entender do médico, esta é uma situação habitual que leva a que os doentes "acumulem em casa muitos medicamentos".
Hoje, à margem da comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, a ministra da Saúde, Ana Jorge, reiterou que há desperdício e mau uso na prescrição de medicamentos.
Contactado pela Agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, ressalvou não ter ouvido as declarações de Ana Jorge, mas admitiu que "em algumas ocasiões se possam prescrever medicamentos que doutra forma poderiam não ser usados", não acreditando, no entanto, que a responsabilidade seja só dos médicos.
"O próprio sistema estimula o uso deste tipo de medicamentos. Um sistema em que os doentes vão buscar terapêuticas crónicas aos centros de saúde e são os médicos a receitar, porque eles não conseguem ter consulta no seu médico habitual, é muito estimulante do gasto excessivo dos medicamentos", defendeu Pedro Nunes.
No entender do médico, esta é uma situação habitual que leva a que os doentes "acumulem em casa muitos medicamentos".
Relativamente à prescrição electrónica, que arranca em Março, Pedro Nunes acredita que será uma boa medida porque "permite evidentemente maior controlo".
"E mais ainda, o acesso ao processo clínico electrónico permite saber a cada momento e perceber o que é que cada doente tem estado a tomar e saber se há ali consumo excessivo", sublinhou.
No entanto, para o bastonário "a grande medida" seria "analisar doente a doente o que é cada pessoa está a tomar porque aí se veria se haveria grandes desvios".
"Aí se detectariam aqueles casos em que aquelas pessoas que têm direito a protecções especiais, ou por falta de rendimentos, ou porque estão reformados, e pedem medicamentos para toda a família", sublinhou.
"E mais ainda, o acesso ao processo clínico electrónico permite saber a cada momento e perceber o que é que cada doente tem estado a tomar e saber se há ali consumo excessivo", sublinhou.
No entanto, para o bastonário "a grande medida" seria "analisar doente a doente o que é cada pessoa está a tomar porque aí se veria se haveria grandes desvios".
"Aí se detectariam aqueles casos em que aquelas pessoas que têm direito a protecções especiais, ou por falta de rendimentos, ou porque estão reformados, e pedem medicamentos para toda a família", sublinhou.
Sem comentários:
Enviar um comentário