sábado, 20 de novembro de 2010

Enfermeiras parteiras querem poder receitar medicamentos

As enfermeiras parteiras portuguesas vão exigir que a Ordem dos Enfermeiros contemple a autonomia destas profissionais especializadas para prescreverem medicamentos e exames na área da vigilância pré-natal e pós-parto em casos de gravidez considerada normal.
Dolores Sardo, da Associação de Enfermeiros Obstetras, disse à Lusa que estes profissionais especializados querem «assumir na plenitude a vigilância pré-natal, pois vêem relegado para segundo plano este conhecimento, sendo as mulheres vigiadas por enfermeiros e médicos de família, pessoas sem formação específica nesta área».

«Quando falamos de prescrição, não queremos ser médicos, mas enfermeiros especialistas que, à semelhança de outros colegas de países europeus, têm autonomia para prescrever determinados medicamentos, exames, protocolos de ecografias e drogas protocoladas, necessários à vigilância da gravidez normal, sem patologia».

A enfermeira refere que já foram feitas «diligências para chamar a atenção da bastonária da Ordem dos Enfermeiros e do colégio da especialidade para pôr em pleno esta área de actividade, que está contemplada na directiva europeia como função autónoma da parteira».

Esta reivindicação é um dos temas da 3.ª Conferência das Parteiras Europeias, que decorre até sábado no Funchal, com a participação de cerca de uma centena destes profissionais de saúde de 23 países.

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