quinta-feira, 5 de maio de 2011

Médicos aderem à greve de sexta-feira

Os médicos estão entre os profissionais abrangidos pelo pré-aviso de greve para sexta-feira, esperando a federação nacional uma adesão na ordem dos 60 por cento que vai afetar consultas externas e cirurgias marcadas.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Sérgio Esperança, referiu hoje à agência Lusa que «os serviços mínimos estão perfeitamente definidos e assegurados» através de um protocolo assinado com os ministérios da Saúde e do Trabalho e abrangem essencialmente urgências, assistência a internamentos e situações de tratamento imprescindível.

A expectativa é que haja «uma adesão razoável porque o descontentamento e as razões para [os médicos] participarem têm vindo a agudizar-se nos últimos meses e esperamos uma adesão na ordem dos 60 por cento», apontou Sérgio Esperança.

«A repercussão da adesão dos médicos à greve irá reflectir-se sobretudo a nível das consultas externas e das cirurgias programadas», explicou.


O responsável da FNAM, que representa mais de 6.000 mil profissionais, disse que os motivos para a decisão da federação de emitir um pré-aviso de greve estão relacionados com «os problemas que atingem os médicos nos últimos tempos, em termos de cortes salariais e das condições de trabalho, que têm sido agravadas» nas instituições.

Sérgio Esperança acrescentou ainda a estas razões as reivindicações próprias dos médicos que «não têm estado a ser seguidas», como concursos e admissões em locais onde fazem falta, nomeadamente para substituição de profissionais que saíram.

A greve nacional da Administração Pública foi convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública para sexta-feira.

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