quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mais de 40 mil na lista de espera no novo hospital de Braga

O Bloco de Esquerda considerou hoje que o número de pessoas que aguardam por uma primeira consulta no Hospital de Braga revela “a incapacidade e o insucesso da gestão privada” daquela unidade hospitalar.
Em comunicado, o BE afirma que, analisando a informação disponibilizada, em julho, pela Administração Regional (ARS) do Norte no Relatório sobre monitorização mensal da lista de espera para primeira consulta externa “existem mais de 40 mil inscritos para uma primeira consulta neste hospital”.
Contactado pela Lusa, o hospital disse não comentar “a interpelação do Bloco de Esquerda ao Ministério da Saúde”.
O BE adianta que os “elementos agora divulgados – e ao contrário de toda a propaganda que tem vindo a ser feita pela José de Mello Saúde – revelam a incapacidade e o insucesso da gestão privada daquele hospital”.
O BE questiona o Ministério da Saúde sobre esta matéria, querendo saber “quais os objetivos com que o grupo Mello se comprometeu ao abrigo do contrato de gestão do Hospital de Braga em regime de parceria público-privada (PPP) relativamente à lista de espera para primeira consulta, nas diferentes especialidades”.

É também intenção do BE saber se o contrato de gestão prevê algum tipo de penalização, nomeadamente multa, a aplicar aos responsáveis pela gestão privada do hospital nestas situações.
“O Bloco pergunta ainda se existe algum plano de ação para melhorar o desempenho do Hospital de Braga e se o Governo vai manter o contrato estabelecido com a José de Mello Saúde para a gestão do novo Hospital de Braga”, conclui.
O BE afirma que a lista de espera no Hospital de Braga representa quase 20 por cento do total de utentes inscritos para uma primeira consulta na região Norte.
“É também o hospital com maior tempo de espera”, refere, acrescentando que os utentes aguardam, em média, mais de três meses por uma primeira consulta.
De acordo com o BE, a lista de espera para uma primeira consulta de oncologia médica representa 83 por cento do total de inscritos para uma primeira consulta desta especialidade na região Norte.

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