sábado, 3 de janeiro de 2009

Hospitais privados dão prioridade a quem tem dinheiro

A inspecção-geral de Actividades em Saúde (IGAS) está a investigar várias reclamações de utentes que demoraram mais tempo a obter um exame médico em serviços privados quando pediram a marcação através do Serviço Nacional de Saúde.
Esta reacção surge na sequência de um artigo da Deco - Associação de Defesa do Consumidor, a publicar na revista "proteste" de Dezembro. Elementos da associação, fazendo-se passar por doentes, descobriram que vários hospitais privados antecipam a marcação de exames quando os utentes se disponibilizam a prescindir da credencial e a pagar do próprio bolso - uma discriminação proibída por lei.
No artigo, a Deco afirma que em 11% dos 529 estabelecimentos privados que visitaram verificaram que foi diminuido o tempo de espera quando se abdicou da credencial do médico de família.
(...) Nalguns casos, o tempo de espera era de 187 dias com credencial e passou para 12, quando o colaborador colocou a hipótese de pagar o valor do exame do próprio bolso.
Tanto fontes do Ministério da Saúde, como da Entidade Reguladora da Saúde admitiram ter recebido queixas sobre o mesmo assunto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obviamente que quem paga o exame por integral quer fazê-lo rapidamente contudo noa é justo para com os outros utentes que esperam muito mais e em que certos casos o grau de gravidade é maior. deveria haver uma triagem por graus de prioridade, quanto maiores forem os risco mais brevidade deveria haver. Temos muito que evoluir neste sentido...