sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

100 por cento de adesão à greve dos enfermeiros


Em alguns hospitais do País, o turno da noite registou uma adesão de 100 por cento dos enfermeiros à greve. “Em Lisboa, a Estefânia, o Santa Marta e a Maternidade Alfredo da Costa, em Coimbra a Maternidade Daniel Matos e o Hospital da Covilhã foram os locais com greve total”, assegurou ao CM José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), no balanço feito ao final da manhã desta sexta-feira.
Na base da greve de 24 horas está a negociação da carreira de Enfermagem. “Desde 1 de Janeiro de 2009 que o Governo estipulou que todos os licenciados que entrem para a administração pública recebam 1200 euros brutos e os enfermeiros recebem menos que isso. Porquê?”, questiona José Carlos Martins que admitiu igualmente novas formas de protesto e uma nova greve geral durante a primeira quinzena do mês de Março.
“A ministra da Saúde marcou três datas para nos receber e apresentar uma contra-proposta à negociação da nossa carreira, mas desmarcou sempre a reunião. Esperamos que nos receba rapidamente”, acrescentou.
O SEP, que já avisou que vai radicalizar a contestação a partir de Março, acusa o Ministério da Saúde de 'não pretender legislar as Carreiras Especiais da Saúde, designadamente a de Enfermagem, até às eleições legislativas'.
HOSPITAIS DO ALGARVE COM ADESÕES DE 80% E 88%
Os dois hospitais da região do Algarve registaram na madrugada 80 e 88 por cento de adesão à greve dos enfermeiros.
O Hospital de Faro registou o valor mais elevado de adesão à greve, sendo que dos 75 profissionais escalados para o turno da madrugada, apenas comparecerem 10 ao serviço.
A situação foi semelhante no Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão, onde apenas oito dos 50 enfermeiros escalados se apresentaram na unidade.
E se nos serviços básicos de Loulé e Vila Real de Santo António nenhum dos enfermeiros trabalhou, em Albufeira todos os profissionais cumpriram o seu horário.
CIRURIGAS ADIADAS NO IPO DO PORTO
Todas as cirurgias que estavam marcadas no Instituto Português de Oncologia do Porto foram adiadas, devido à greve que ronda os 80 por cento.
Relativamente aos turnos da noite, no Hospital de São João a greve ronda os 93 por cento, no Hospital de Gaia 90 por cento, no Hospital Padre Américo, em Penafiel, 92 por cento e na Unidade Local de Saúde de Matosinhos 92 por cento. (correio da manhã)

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