terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Excedente da saúde recua em 2008 para 42,7 milhões de euros


As contas da saúde deterioraram-se em 2008, com o excedente orçamental a baixar para 42,7 milhões de euros, num ano em que as despesas subiram mais do que as receitas, de acordo com as contas provisórias divulgadas pela Direcção Geral do Orçamento.
A execução orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS) revela que, usando um universo comparável, o saldo da saúde em Portugal passou de um excedente de 111,8 milhões de euros, em 2007, para um excedente de 42,7 milhões de euros.
A DGO refere que em Setembro e Outubro de 2008 houve cinco hospitais e três sub-regiões de saúde que saíram da esfera do Sector Público Administrativo e passaram a integrar o grupo das Entidades Públicas Empresariais, pelo que foi necessário ajustar o universo de 2007 para poder comparar as contas dos dois anos.
As despesas do SNS cresceram 3,2%, para 8.337 milhões de euros, ao mesmo tempo que as receitas subiram 2,3%, para 8.379,7 milhões de euros.
A pressionar a despesa estiveram sobretudo os subcontratos, com o custo dos produtos vendidos em farmácias a aumentar 4,2%, os meios complementares de diagnóstico e terapêutica a subirem 10,8% e as despesas com outros serviços de saúde dos hospitais EPE a agravarem-se em 2,6%.
As despesas com pessoal avançaram 0,7%, representando 18% das despesas totais.
Do lado da receita, em que a verba subiu 2,3%, foram sobretudo as transferências do Orçamento de Estado que justificaram esse aumento, já que estas últimas cresceram 227 milhões de euros, o equivalente a 3%, face ao ano anterior.
As receitas com a prestação de serviços aumentaram 0,8%, totalizando 223,5 milhões de euros.
Como as instituições da saúde do Sector Público Administrativo ainda não encerraram as contas, os dados agora apresentados pela DGO são ainda provisórios, nota a entidade que divulga a execução orçamental. (Agência Lusa)

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