quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carreira de Enfermagem uma desilusão...


Recebemos, em 20 de Fevereiro, mais uma cópia do mesmo documento, com pequenas alterações, para pior, onde o sénior passou a principal, e a remuneração, a uma desilusão total.
Sob a aparência, o governo está, indubitavelmente, a brincar com os Enfermeiros.

Há suspeitas de que estejam a preparar-se para encostarem a carreira de Enfermagem, às carreiras técnico-profissionais. Com uma tabela a começar no nível 12 (1017,51 euros sem os 2,9% de inflação), é o que se visualiza. Pretende abafar um direito adquirido em 1989/90, pelo DL 34/90, onde os licenciados, em Enfermagem, deviam ascender ao 2º escalão de especialista, índice 16, que é a correspondência ao ingresso na carreira técnica superior.
Fingem esquecer este direito nosso, apesar de, cinicamente, com justiça incontornável, aliás, classificarem a nossa carreira, entre as técnicas superiores, com o grau máximo de complexidade; o grau 3.
As transições, sem as chefias expressas, subsumidas no "Principal", podem significar que os médicos, [até ver, apenas os configurados por aqueles dois espécimes, (ministra e secretário da saúde), tentam espezinhar os Enfermeiros, classificando-os, definitivamente, segundo a aspiração velha, mesquinha e bacoca, que, já em 1790, era detectada por Florence, no seu livro "Notas sobre Hospitais", que em breve, estará ao vosso alcance, caros Colegas.
Os tempos são outros e as pessoas, também.
A falência do SNS reflecte, sobretudo, os efeitos da marginalização dos Enfermeiros Chefes, que, obviamente, não podem andar, sempre, de espingarda em bandoleira. Vão cuidando do estado dos doentes, com o seu grupo, actividade, que esperamos não ver transformada em subversiva e clandestina, para fugir, enganando os abutres do SNS, que a pusilanimidade deste governo finge ignorar e protege, a pretexto do mais Estado, menos Estado; mais desgovernado e o raio, que não cai. Está farto de saber quem e porquê procede assim com os Enfermeiros.
De quando em vez, um ou outro dos nossos Colegas, mais confiantes no seu valor, ou menos ingénuos, vão-nos alertando para a circunstância de não aparecermos muito, na coisa da comunicação social, que temos... por vontade nossa, provavelmente; pensam.
É verdade, que não somos vistos, por esses meios, há outros!
Mas, quem nos julgamos, numa Função Pública, completamente destroçada, onde os Serviços Públicos estão a ser capturados pelos famintos prosélitos do Governo?!
Não é o mesmo Sócrates, que não sabendo que mais mentiras inventar, resolve falar verdade, dizendo que vai arranjar emprego para uns quantos milhares, (o número depende dos cartões a emitir), na extinta função pública, que, na versão anterior, dificultava a forma de empregar à sua militância!
O dinheiro vai buscá-los aos mais dóceis, onde esperamos não ser incluídos!
Só a luta nos pode garantir as capacidadess, que detemos, que são únicas.
Só a luta nos pode livrar do complexo da perseguição, de todos o pior, que nos poderia acontecer, depois de tanta desdita! (Sindicato dos Enfermeiros)

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