sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Amostras entopem laboratório


Todos os dias chegam cerca de 200 amostras de casos suspeitos de infecção com o vírus H1N1, da gripe A, para serem confirmadas no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em Lisboa. No laboratório que coordena a rede nacional de diagnóstico da gripe A já foram realizadas cerca de 7500 análises.
Nos últimos dias o Instituto Ricardo Jorge registou um aumento do número de pedidos de confirmação laboratorial, o que provocou um atraso na resposta a todas as solicitações. É o caso de um pai de uma criança de cinco anos que aguarda há mais de cinco dias pelo resultado das análises à amostra recolhida no Serviço de Atendimento à Gripe de Paço de Arcos, em Oeiras.
'Estamos a responder conforme o que está estabelecido nas orientações da Direcção-Geral da Saúde', afirmou fonte do laboratório, explicando que se está a dar prioridades aos casos de 'doentes internados com síndroma gripal, doentes crónicos, grávidas, crianças com menos de 12 meses, profissionais de saúde doentes ou que tiveram contacto directo com doentes e casos suspeitos de resistência do vírus aos antivirais'.
Nestas situações, garante a mesma fonte laboratorial, a 'resposta está a ser dada num período médio de 24 horas'.
Portugal registou ontem a sexta morte provocada pelo vírus H1N1. Nos Açores, um homem de 50 anos morreu com gripe A, um dia após o falecimento do primeiro menor, em Lisboa. A criança foi internada na madrugada de quarta-feira, vindo a falecer no mesmo dia.
O resultado da autópsia ao menino de dez anos foi revelado ontem, dando conta de uma doença cardíaca congénita agravada pelo vírus da gripe A. Ana Jorge, ministra da Saúde, explicou ontem que foi essa conjugação que vitimou a criança. 'É uma alteração congénita do coração. As duas situações em conjunto foram a razão da morte súbita', disse Ana Jorge, em conferência de imprensa no Hospital D. Estefânia.
Gonçalo Cordeiro, director de Pediatria Clínica, sublinhou 'que este caso foi uma situação clínica excepcional', garantindo ter sido efectuado o correcto acompanhamento médico à criança. CM

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