terça-feira, 20 de outubro de 2009

Doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte em Portugal


De acordo com dados divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e relativos a 2008, as doenças do aparelho circulatório continuam a ser principal causa de morte em Portugal.
As doenças do aparelho circulatório estão no topo da lista, no ano passado provocaram a morte a mais de 33 600 pessoas, na sua maioria mulheres. Valor que dá uma média de 92 óbitos por dia.
Seguem-se os tumores malignos na lista de doenças mais mortais. Em 2008 foram quase 25 mil aqueles que perderam a vida devido ao cancro, tendo sido os homens as principais vítimas.
Em terceiro lugar surgem as doenças do aparelho respiratório que provocaram mais de 11 500 mortes, na sua maioria indivíduos do sexo masculino.
Em quarto lugar estão as doenças do aparelho digestivo com quase 11 600 óbitos e logo a seguir os acidentes, envenenamentos e o que o Instituto Nacional de Estatística classifica como violências, que em 2008 foram as responsáveis por 4500 mortes, sendo quase dois terços do sexo masculino.
Por fim surge a diabetes, mais fatal nas mulheres. No ano passado perderam a vida 4267 pessoas devido a esta doença.
Entre as outras causas de morte, o INE divulga que ocorreram 790 óbitos pelo vírus da SIDA e 1035 pessoas faleceram na sequência de lesões auto provocadas intencionalmente.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística em 2008 morreram em Portugal Continental 104 768 pessoas, mais de 97 mil tinham 50 anos ou mais. TSF

1 comentário:

Movimento de Acção na Saúde disse...

accanasaude.blogspot.com


No passado dia 18 de Setembro, sexta-feira às 12h, estavam em frente ao Ministério da Saúde (MS) cerca de 200 enfermeiros numa concentração convocada pelos sindicatos dos enfermeiros, contra as grelhas salariais propostas pelo MS.

Os mais distraídos pensarão, só 200?? Há que louvar os que conseguiram marcar presença, no entanto não se podia esperar muito mais que este número, num dia de semana, num dia que nem se quer coincide com greve, ao meio-dia.

As próprias direcções sindicais afirmaram que o pouco que se avançou nas negociações foi à custa das grandes manifestações e greves. Ainda assim ficou acordada uma divisão na carreira que os enfermeiros não queriam. As direcções sindicais afirmam que foi uma opção táctica, que vão continuar a lutar pela carreira única e agora também contra as grelhas salariais. Com o acúmulo das reivindicações qual a vantagem de convocar uma concentração que à partida não passaria de simbólica?

O objectivo da concentração era exigir, através de uma moção que “nas reuniões negociais com a CNESE e a FENSE de 21 e 22 de Setembro, o Ministério da Saúde apresente os elementos que fundamentam as suas propostas e opções e evolua de posição.” Ora, os elementos que fundamentam as propostas do MS são fáceis de deduzir: poupar à custa dos trabalhadores da saúde, tal como o está a fazer com todos os outros trabalhadores da função pública (auxiliares, professores, administrativos, polícia...), tentando baixar ao máximo as grelhas salariais, ao mesmo tempo que agravam as condições de trabalho e eliminam a possibilidade da grande maioria de trabalhadores de chegar ao topo da carreira. Esta é a receita do MS para poupar no SNS, estes são os seus fundamentos, independentemente do próximo governo ser um PS com ou sem D. E não deveria o sindicato exigir outra grelha salarial e não os fundamentos desta? Não deveria o próprio sindicato apresentar uma grelha salarial que considerasse justa?

E será que é esta a táctica que os enfermeiros querem seguir? As exigências e as formas de luta foram discutidas e votadas, democraticamente, em plenários de enfermeiros sindicalizados e não sindicalizados? Ou foi uma decisão exclusiva da direcção do sindicato?

Já há quem clame por greve de tempo indeterminado. Será a maioria dos enfermeiros? Não se sabe porque as suas vozes não têm sido ouvidas no local certo: em plenários.

O MAS propõe esses mesmos plenários para que sejam os enfermeiros a decidir o que querem. Apelamos também às direcções dos sindicatos que representam os enfermeiros, os médicos, os auxiliares de acção médica, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, para que as mobilizações sejam conjuntas e não divididas, especialmente agora que as nossas reivindicações são tão semelhantes. O nosso inimigo é o mesmo, juntos temos mais força.