quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Facturação dos hospitais privados nos 1.200 M€ em 3 anos


O volume de negócios dos hospitais privados deverá ultrapassar os 700 milhões de euros este ano e atingir os 1.200 milhões de euros nos próximos dois a três anos, segundo Teófilo Leite, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).
Os últimos dados disponíveis, referentes a 2005, apontam para a existência de 93 hospitais privados em Portugal, mas estão já concretizados ou em fase de concretização mais 25 novas unidades de saúde privadas em todo o País. Estas novas unidades representam um investimento global de 500 milhões de euros e deverão gerar nos próximos anos um volume anual de negócios de 525 milhões de euros.
Segundo Teófilo Leite os hospitais privados têm actualmente 3.000 camas, devendo atingir as 5.000 com as novas unidades de saúde. Contudo o responsável adianta que os hospitais têm o dobro da capacidade porque a taxa de permanência dos doentes é inferior em 50% à dos hospitais públicos.

Actualmente o sector privado é responsável pela realização de mais de 25% das cirurgias em Portugal, ao abrigo do programa SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia), criado pelo Governo para reduzir as listas de espera. Este factor explica, segundo o responsável, as "muito elevadas" taxas de ocupação dos hospitais privados.

O presidente da APHP refere que as cirurgias nos hospitais privados são "cerca de dois terços do valor que custa no Serviço Nacional de Saúde. Somos mais económicos porque temos hospitais onde utilizamos intensivamente as tecnologias de informação e temos equipas altamente motivadas". É neste contexto que a APHP defende que o sistema português de saúde deve evoluir para um modelo que promova a liberdade do utente para escolher a unidade de saúde e o médico. A associação defende que esta liberalização permitirá tornar o sistema de saúde socialmente mais justo, mais eficiente e mais próximo dos patamares de desenvolvimento de outros países europeus.
De acordo com um estudo da consultora Health Consumer Powerhouse Portugal caiu na classificação de sistemas de saúde na Europa, em 2009, do 16.º para 21.º lugar. Lusa

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