sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Director Geral da Saúde diz que surto vai aumentar


O director geral da Saúde, Francisco George, apelou hoje àqueles que recusam a vacinação contra a Gripe A para se protegerem, porque a actividade epidémica vai intensificar-se e o risco da vacina "é praticamente nulo".
"É preciso que todos compreendam a necessidade e a oportunidade de rapidamente se protegerem, uma vez que estamos a admitir que a actividade epidémica aumente. A actividade epidémica não será dramática, mas vai aumentar", declarou à agência Lusa, em Coimbra, onde participou na sessão de abertura do 1º Congresso Europeu e Ibero-Americano de Simulação Biomédica e Segurança do Doente.
Para Francisco George, "comparar os benefícios da protecção que a vacina assegura com os riscos da vacina, que são praticamente inexistentes, não faz sentido".
Contudo, disse que há sinais positivos, já que as recusas à vacina "estão a diminuir de forma significativa", e "todas as unidades de vacinação comunicam que a adesão tem aumentado".
Sobre a situação da Gripe A em Portugal, o director geral da Saúde disse que "há uma reconhecida intensificação da actividade epidémica, mas dentro dos padrões que tinham sido admitidos, antecipados e esperados".
"Há um aumento da actividade dentro dos parâmetros e do padrão epidemiológico que tinha sido admitido para a quadragésima quinta semana. Confirmamos que há um aumento da circulação do vírus, um aumento da actividade gripal dentro dos padrões que tinham sido antecipados, esperados", sublinhou.
Referiu que "este trabalho de seis meses foi para preparar o país para um situação deste tipo".
"Não estamos com problemas surpreendentes. Não há, portanto, nada de novo sobre esta matéria, agora", concluiu.
Na sessão de abertura do congresso, o director do Centro de Simulação Biomédica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) referiu que a segurança do doente é hoje um dos temas que mais preocupam as pessoas e as entidades interessadas em saúde".
Martins Nunes sublinhou que é um sinal dessas preocupações a presença de 120 participantes no congresso e o envolvimento das mais importantes sociedades científicas mundiais -- a europeia, a americana e a latino-americana, bem como de centros de simulação biomédica de vários países.
O 1º Congresso Europeu e Ibero-Americano de Simulação Biomédica e Segurança do Doente compreende conferências e 12 workshops em várias áreas e conta com participantes oriundos de vários países da Europa, África, América do Norte e do Sul. DN

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